Augusto,Nina decidiu que quer adotar o filho de Vitória, eu na realidade não concordo e não por ser filho daquela louca e sim por medo do que as lembranças podem causar, mas se ela está decidida eu vou apoia-la.Passo no escritório atualizo as obrigações diárias, deixo algumas recomendações com a secretária e então saio para encontrar o amante da Vitória.Passo no clube que eles frequentavam mas não encontro, converso com algumas pessoas e então uma moça me diz onde posso encontra-lo.— Augusto! É esse seu nome, né? — A moça pergunta quando já estou saindo.— Sim! — Respondo seco.— A Vitória, o que aconteceu com ela? Por está atrás dele? — Ela pergunta claramente preocupada.— Ela faleceu há alguns dias... — O rosto da moça se transforma em desespero assim que ouve.— E o bebê? — Ela pergunta aflita.Nesse instante eu vejo que ela não é só uma pessoa qualquer, ela é íntima de Vitória e sabe muito sobre tudo isso. Volto dois passos ficando próximo a ela novamente.— O que você é da V
Nina,Estou feliz que as coisas estejam caminhando de acordo com o planejado, se tudo der certo em poucos dias meu filho estará comigo, o advogado da família Barros já está cuidando de toda parte burocrática.Jorge tem se aproximado de Augusto que ainda oferece alguma resistência, mas sei que em breve ele cederá totalmente.Hoje é o casamento de Nicole e Fabrício, estou ansiosa, daqui a pouco o carro vem me buscar para ir ao SPA onde a noiva e as madrinhas serão arrumadas.— O próximo será o nosso! — Augusto fala beijando minha testa.— Já somos praticamente casados. — Falo abraçando-o.— Quero casar com você dentro de tudo que exige o figurino. — Augusto fala e eu me emociono.O carro chega e eu me despeço, sinto um frio na barriga e em minha mente os últimos acontecimentos vão sendo repassado seguidos de reflexões, agradeço por todo aprendizado que todas as situações me trouxeram, uma vez superadas não há porque reclamar.— Estou tão ansiosa! — Nicole fala vindo me abraçar.— Já de
Nina,A festa de Nicole foi surpreendentemente linda, Felipe e Joaquim juntos é melhor do que poderíamos prever em todos os anos de amizade, saber quem podem explanar esse amor ao mundo me deixa muito feliz.Para completar minha paz interior, a documentação da adoção foi aprovada, passaremos por uma experiência social,mas isso é procedimento padrão, ou seja, meu bebê que sai hoje da UTI e recebe alta vira para casa.— Amor, eu te falei que a mamãe chega hoje? Vem ela e o Alfred. — Augusto fala enquanto se veste.— Ela me contou, você deve ter se esquecido. — Sorrio.— Daqui a pouco temos que buscar nosso filho, nosso Antônio. — Augusto fala todo orgulhoso.— Sim, nosso cowboy. — Falo com um sorriso enorme no rosto e abraço Augusto.Descemos as escadas e meus pais já estão na sala nos esperando, estamos todos ansiosos com a chegada do nosso menino.Mamãe e papai decidem aguardar aqui para não tumultuar o hospital, dona Helena também deve estar pousando a qualquer momento e já vem diret
Nina, Dois meses do mais puro amor em meus braços, ver a evolução do meu filho e a cumplicidade do Augusto nas noites acordadas me mostra que fiz a escolha certa.Decidimos que é melhor e mais fácil nos mudarmos para o Haras, essa semana termina as adaptações na casa e então voltamos definitivamente para o sossego da fazenda.— Como está os dois amores da minha vida? — Augusto chega brincando com Antônio que está em meus braços.— Estamos bem, lava as mãos para pegá-lo. — Falo arrumando Antônio em meu colo que fica todo faceiro só de ouvir a voz do papai.Augusto retorna do lavabo e passa o antisséptico nas mãos, pega o nosso filho e começa a brincar todo bobo.Dona Helena desce ao ouvir a voz de Augusto, Alfred também está com ela, estão aqui para finalizar os últimos detalhes, o Haras será inaugurado hoje no fim da tarde.Embora tenha babás para cuidar de Antônio, eu reduzi minha carga horária para acompanhar dele nos primeiros seis meses.— Tudo certo mamãe, está animada? — August
Giovana AndradeTomo mais um gole do café me divertindo com a agitação na cozinha, estão todos alvoroçados com a chegada do filho do patrão. Dizem que ele morou aqui quando criança, mas eu não era nascida, ou era muito pequena. E mesmo tendo vivido a minha vida quase toda dentro da fazenda, ainda assim, nunca cheguei a conhecê-lo, mas aparentemente ele é muito querido por aqui.O senhor Jorge mandou preparar as comidas favoritas dele, e o que me surpreende é que a minha mãe sabe exatamente quais são. Eu sei que ela trabalha na casa do patrão há mais de trinta anos, mas o filho do patrão vem muito pouco aqui.— Nina, quer mais alguma coisa? — Minha mãe, dona Marília, pergunta.— Já estou satisfeita, o pão de queijo estava ótimo — Respondi e ela sorri para mim — Obrigada.— O que você vai fazer hoje? — Ela pergunta enquanto começa a picar algumas cenouras.— Tenho que conferir o gado e depois ir olhar uma vaca que acabou de parir — Respondo tranquila — Quero ver como ela e o bezerrinho
Augusto BarrosDesembarco no aeroporto de Goiânia e fico observando como está mais bonito e moderno desde a última vez em que estive aqui, a uns três anos atrás, me entretenho admirando as mulheres bonitas que desfilam de um lado pra outro me fazendo suspirar. Goiás está sempre cheio de mulheres bonitas, é algo que não se pode negar.Fico perdido nos meus pensamentos até que avisto o Juliano, o capataz da fazenda. Ando em sua direção, ele só me vê quando estou bem perto, Juliano e eu temos quase a mesma idade, sempre que venho a fazenda nós conversamos muito e às vezes saímos para ver as meninas e dançar! no único bar da vila D’água que fica a uns trinta quilômetros da fazenda Soledade.Juliano é um cara alto, tem mais de um metro e oitenta de altura, tem olhos negros e a pele preta e é careca, ele é um cara muito forte e tem uma cara de mau, mas é somente a cara mesmo. Ele é um homem bom aos seus e um amigo que se importa.— Oi, patrão! Como você está? Como foi a viagem até aqui? Pre
Augusto BarrosSinto uma felicidade indescritível, quando vejo a fachada da fazenda Soledade escrito a fogo na madeira, é a coisa mais linda! A porteira é aberta assim que chegamos na guarita e o segurança reconhece a camioneteDescemos pelo caminho de pedra até chegar na varanda do casarão. O casarão é antigo e já estava aqui quando meu pai comprou. Ele foi todo reformado, mas sem tirar suas características, poucas coisas foram mudadas.Destravo o cinto, abri a porta e desço sentindo uma ansiedade, meu pai vem em minha direção, vou ao encontro dele, nos abraçamos. Como eu estava com saudades de Jorge Barros, meu pai.Entramos na varanda e sou recebido com muito carinho pelos funcionários da casa, cumprimento todos numa felicidade sem igual, por tamanho carinho.Depois de um tempo falando como foi a viagem, dona Marília chama para entrar.— Vamos entrar meu filho? Vou preparar um café para você tomar e terminar o almoço enquanto você toma banho. —Dona Marília me diz sorridente!Eu ent
NinaMeu dia hoje foi corrido; ajudei no parto de uma vaca. Dei uma passada rápida na cozinha ,para ver o movimento na cozinha à espera do filho do patrão, tava uma loucura, não tenho saco pra isso, nem tempo.Saio da cozinha e vou ver como a vaca e o bezerro estão, examino e constato que estão bem, vou até o saleiro e quando volto encontro a vaca com uma temperatura muito elevada. Esqueço do mundo a minha volta quando estou cuidando dessas coisinhas, opss! Não tão inhas assim, sorrio e balanço a cabeça voltando a me concentrar na vaca e seu filhote.Coloco o bezerro para mamar, mesmo com os protestos da mãe.Assim que o bezerro mama aplico um antibióticos na vaca. Estou tão concentrada que só lembro que não fui almoçar quando Joaquim, um dos peões da fazenda, entra me chamando aos gritos e me assusto.___ Quer me matar Joaquim que susto! __ Falo com a mão no coração, que bate a mil por hora.Desculpa, Nina! Não era minha intenção assustá-la, eu só vim trazer seu almoço a pedido da su