Capítulo 03

Augusto Barros

Sinto uma felicidade indescritível, quando vejo a fachada da fazenda Soledade escrito a fogo na madeira, é a coisa mais linda! A porteira é aberta assim que chegamos na guarita e o segurança reconhece a camionete

Descemos pelo caminho de pedra até chegar na varanda do casarão. O casarão é antigo e já estava aqui quando meu pai comprou. Ele foi todo reformado, mas sem tirar suas características, poucas coisas foram mudadas.

Destravo o cinto, abri a porta e desço sentindo uma ansiedade, meu pai vem em minha direção, vou ao encontro dele, nos abraçamos. Como eu estava com saudades de Jorge Barros, meu pai.

Entramos na varanda e sou recebido com muito carinho pelos funcionários da casa, cumprimento todos numa felicidade sem igual, por tamanho carinho.

Depois de um tempo falando como foi a viagem, dona Marília chama para entrar.

— Vamos entrar meu filho? Vou preparar um café para você tomar e terminar o almoço enquanto você toma banho. —Dona Marília me diz sorridente!

Eu entro e vejo que a sala continua igual. Cortinas em um tom escuro, um sofá em estilo colonial, bem grande em cor marrom e carpetes em pelúcia de couro de carneiro, mesa de centro também no estilo colonial. Tudo harmonioso, tudo muito rústico, porém muito elegante sigo em direção a cozinha, seguindo dona Marilia, que falava pelos cotovelos. Ao chegar a cozinha vejo uma mocinha, muito linda e atraente que se prontificou a me ajudar.

Serviu meu café e alguns biscoitos e bolo de fubá, amei estava tudo muito bom, como me lembrava.

Terminei o café, fui tomar um banho e descansar um pouco para esperar o almoço e ir dar uma volta no meu cavalo Trovão que é tão escuro, como uma noite de tempestade.

Ao abrir a porta do no meu quarto me surpreendo, por encontrá-lo do jeito que deixei, tudo muito limpo e nada fora do lugar, entrei sentei naqueles lençóis branco de seda que são os meus favoritos tirei meu chapéu e coloquei encima da cama com cuidado, tirei a bota e meia e deixei aos pés da cama, fiquei em pé tirei minha roupa entrando no box liguei o ducha no frio, pois o calor esta escaldante assim que a água fria cai na minha cabeça e desce molhando todo meu corpo já me senti aliviado.

Enrolei a toalha na cintura e sai do banheiro vestindo uma cueca box preta e me deitei para descansar um pouco.

Não sei quantas horas dormi, acordei com batidas na porta, meu pai, falei para ele entrar.

— Oi, filho não queria te acordar ,mas o almoço já está servido só a nossa espera, vou te esperar na mesa enquanto você se veste pois temos muito pra conversar e quero mostrar algumas melhorias que fiz na fazenda —Meu pai fala e sai fechando a porta no seu encalço.

Levanto vou até minha mala e pego uma calça jeans e uma camisa xadrez visto e calço minhas botas e não posso esquecer meu chapéu, saio do quarto indo em direção a cozinha.

Sinto o cheiro delicioso de pequi e galinha caipira, meu prato favorito

Cumprimento todos e me sento para saborear essa delícia.

_ Dona Marília , como sempre sendo perfeita, amo ser mimado pela senhora— Digo e ela fica vermelha e dou um dos meus melhores sorriso

— Vou mimar muito mais só para você não querer voltar mais pra aquele lugar ---diz ela toda cheia de si.

— Ele veio para ficar Marília – diz meu pai todo orgulhoso.

Ficamos nos deliciando desse almoço maravilhoso entre lembranças do passado e muitos sorrisos até ser servida uma sobremesa divina, de comer rezando de tão boa, assim que terminamos de se deliciar desse sabor indescritível de ambrosia, chamo meu pai para irmos dar uma volta pela fazenda. — Por onde vamos começar, senhor Jorge Barros? —pergunto sorrindo e ele vira os olhos, fingindo-se de bravo.

Vamos começar pelo celeiro e aproveitar para te apresentar a Nina, nossa veterinária que está cuidando de uma vaca parida. E para você já ir analisando o que mais podemos acrescentar para melhorar e facilitar com a lida. Meu pai fala com orgulho de suas conquistas.

— Até que enfim vou conhecer a Nina, dizem que ela é muito boa! — Ponho na cara meu sorriso mais safado e sou recriminado por meu pai.

— Nina é uma moça direita é pra casar e como você já sabe que ela é filha da Marília e Tobias e mora nessas terra desde que nasceu só saiu daqui para fazer faculdade em Goiânia e voltou agora e está trabalhando aqui, ela muito dedicada no que faz e você está proibido de brincar com ela, iludi-la e fazer ela sofrer, Nina tem um coração puro não vai fazer ela sofrer ouviu bem, Augusto!? Você como patrão não pode ficar com nenhuma de nossas funcionárias é antiético! — Meu pai fala muito sério

—É assim que o senhor me vê um cara aproveitador? — Digo indignado e olhando sério para meu pai.

— Não! Claro que não! Você é um rapaz solteiro e está acostumados com mulheres mais independentes que sabem o quer e que tem a mente mais aberta, aqui no interior uma moça fica mal falada por pouca coisa e você não é adepto a relacionamentos sérios seus casos não dura mais que duas noite e eu na sua idade já estava casado com sua mãe e já tinha você. —Diz sério

Nem conheço a moça e já estou sendo apedrejado como se fosse um cão sarnento.--- Digo fazendo cara de cachorro que caiu da mudança

Chegamos no celeiro e meu pai para com a conversa sobre a veterinária .

Observo as mudanças e fico muito satisfeito com o que vejo.

Entramos num piquete de maternidade e vejo uma mulher linda de olhos verdes penetrantes, cabelos castanhos em um rabo de cavalo e uma pele bronzeada e uma boca! E que boca! Fico hipnotizado olhando aquela formosura por alguns segundos.

— Augusto! Essa é a Geovana, nossa veterinária —Meu pai me tira do transe e eu sorrio para a garota estendendo a mão em cumprimento.

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