Vinte anos apagados... Vinte anos roubados da memória de Ravena... Após ser sequestrada por uma feiticeira gananciosa, consumida por seus próprios anseios de poder, e vingança. Ravena desperta sem lembranças em um mundo onde seu clã está ameaçado por uma força maligna desconhecida, a existência de uma "suposta" filha, já adulta, e se depara com um lobisomem Alfa que insiste em afirmar ser seu companheiro destinado... Sua verdadeira alma gêmea... As únicas memórias que persistem em sua mente são do seu clã, o som persistente do choro de um bebê, e flashes intermináveis, de tortura e dor. Seu primo, em quem ela sempre confiou, afirmar categoricamente que todos estão mentindo para ela. Ele insiste que pouco antes do seu sequestro, eles estavam prestes a se casar, pois haviam sido prometidos um ao outro desde o nascimento. Segundo ele, todas as histórias que lhe contaram são artimanhas para mantê-la longe de sua verdadeira casa e de seu destino. No entanto, mesmo com todas as dúvidas, seu coração acelera, e sente uma profunda saudade, de “uma sensação” muito especial, quando ela olha nos lindos olhos avelãs, do majestoso lobisomem Alfa, a sua frente... Quem está realmente mentindo? Quem está falando a verdade? Ravena embarca em uma jornada para descobrir a verdade sobre seu passado e desvendar os segredos ocultos que cercam seu sequestro. Nessa jornada de busca de verdade, amor, autodescoberta e redenção, ela confronta não apenas seus inimigos externos, mas também seus próprios medos e inseguranças. Com a ajuda de aliados improváveis, ela será capaz de enfrentar qualquer desafio reconstruindo não apenas sua história, mas também a sua própria identidade.
Ler maisP. D. V. de Ravena RavemVer o sorriso radiante no rosto de Raphael, era uma bênção, que preenchia todos os cantos da minha alma! Diante de todas as adversidades enfrentadas, os desconfortos passageiros do café da manhã, agora pareciam insignificantes, distantes...Nunca poderia ter imaginado que estaria GRÁVIDA novamente!...Naquela manhã, despertei com uma voz ecoando em minha mente, sussurrando um dos títulos mais sagrados de todos: MÃE. No início, confusa e atordoada, demorei a perceber, mas logo compreendi que era devido a marca ardente, de Raphael sobre o meu corpo.Aquela marca, me concedia poderes, que eu ainda estava me adaptando, alguns eu lembrava, outros ainda estavam confusos na minha mente.Ela brilhava com uma intensidade, nunca antes experimentada. Aquela marca, que retornou a mim, enquanto estava aprisionada na cela criada por Emil, agora parecia mais viva do que nunca. E então, como um trovão rompendo o silêncio, ouvi a voz de Lyanna chamando por mim.— Mãe?... mãe, v
P. D. V. de Raphael Stone.A adrenalina ainda percorre minhas veias como fogo líquido...O rugido da batalha ainda ecoa em meus ouvidos, mas a aurora traz consigo, uma calmaria que só os vitoriosos conhecem. Ontem, o campo de batalha testemunhou a ira dos justos, contra os traidores, e agora, no raiar de um novo dia, somos os guardiões da vitória.Mas a vitória não veio sem preço. As cinzas da luta ainda pairam sobre nós, como sombras fugazes, enquanto nos preparamos para organizar os destroços deixados pela batalha.Uma parte dos traidores Ravem foi condenada às minas de pedras preciosas, um destino adequado para aqueles que se desviaram do caminho da honra. Os remanescentes dos clãs bruxos, aliados de Emil, foram encaminhados ao grande Júri dos seres sobrenaturais, um tribunal cujo veredito é tão implacável, quanto a lâmina de uma espada.Graças à benevolência da Deusa Selene, nossos lobos da Dawn Moon escaparam ilesos. Seus uivos ecoaram como canções de triunfo, ao fim da batalha, e
P. D. V. de Emil Ravem.Aqueles desgraçados!Como eles conseguiram entrar na fortaleza? Eu tomei tantas providências, alertei tantos aliados, e como eles conseguiram inserir tantos lobos, sem que ninguém percebesse? E que diabos aqueles assassinos fizeram? Eles confirmaram para mim que estava tudo certo para finalizar Raphael Stone, nas terras dos Savage, mas vejo, que subestimei a força de todos envolvidos.Desgraçados!Mas se pensam que vão conseguir escapar do vale, felizes e realizados, estavam enganados. Durante este período em que tomei o poder, eu interliguei a barreira mágica dos Ravem com o medalhão que continha o animal símbolo do clã, e que eu mantinha em meu laboratório.Seria esse, o objeto para provar a minha soberania e poder sobre o vale! Quando concluído, só entrava ou saía, quem eu autorizasse. Mas aqueles imbecis invadiram, e eu ainda não tinha concluído ele, como tinha desejado... Porém, agora eu farei!Todos ficaram presos dentro da barreira! Prisioneiros da minha
P. D. V. de Ravena Ravem.O calor da batalha queimava no ar enquanto eu observava Raphael avançar impiedosamente em direção a Emil. Seus olhos faiscavam com uma sede insaciável de sangue, uma determinação, que deixava claro para mim, que Rígil não iria recuar, até que seu objetivo fosse alcançado. E quem poderia culpá-lo?Meu olhar se fixou em Emil, mas o que vi diante de mim não era o amigo de antes. Ele tinha se transformado em algo irreconhecível, uma sombra cruel e mesquinha, que não se importava com nada nem ninguém. Emil havia murmurado palavras de "amor" antes, mas agora era óbvio que aquilo não passava de uma ilusão e loucura. Uma mentira criada, por sua mente doente...O que ele sentia não era amor, era possessão!Possessão pelo poder que ele acreditava ter, sobre os clãs bruxos, comigo ao seu lado, possessão por ser o escolhido, da "grande mãe bruxa"...Ele não passava de um egoísta, disfarçado sob o manto da ambição. O momento exigia ação, exigia que eu me erguesse, contra e
P. D. V. de Ravena Ravem.No meio do caos, no turbilhão de emoções que me envolviam, eu mal podia acreditar no que via...Por um instante, pensei que minha mente estivesse pregando peças em mim, mas ali, diante dos olhos de todos os presentes ao enlace, ele surgiu. Raphael, meu amor, meu alfa, companheiro...Ele emergiu como uma sombra de esperança, cortando o ar com sua presença ameaçadora. Um arrepio percorreu minha espinha quando seus olhos se encontraram com os meus, carregados de amor e promessas.Meu coração disparou, uma mistura de medo e adrenalina me inundou, enquanto eu lutava para processar TUDO que estava acontecendo. A mera visão dele, quase transformado em seu lobo, era o suficiente para paralisar até o mais corajoso dos homens, ou os sobrenaturais ali presentes.Ele exalava força, determinação e força...Então, suas palavras ecoaram como trovões em todo recinto e na minha mente atordoada.— Então será bem rápido! PORQUE HOJE, você vai morrer, SEU ESPIGA DE MILHO, enviado
P. D. V. de Raphael Stone.Com a adrenalina correndo nas minhas veias, eu avancei pelos corredores sombrios da fortaleza, meu coração batendo tão alto que parecia que todos ao redor podiam ouvi-lo...Tinha planejado meticulosamente cada passo desta missão, mas agora, com Luckyan ao meu lado, disfarçado como segurança, e Lyanna infiltrada como serviçal, eu me sentia mais determinado do que nunca, a completar nosso objetivo.Salvar a minha Luna e aniquilar, aquele desgraçado!Nossos aliados, que estavam disfarçados, espalhados entre os seguranças, e garçons, nos forneceram informações cruciais enquanto nos aproximávamos do centro nervoso da fortaleza. Descobrimos a localização dos prisioneiros, e com a destreza de quem domina a arte da furtividade, nos livramos facilmente dos guardas que os vigiavam...sem falar, que tínhamos a força de lobisomens!Adentrei a cela e me deparei com um Ikal, ferido e exausto, mas ainda firme em sua determinação. Seus olhos brilhavam com a esperança ao me ve
P. D. V. de Ravena Ravem.Fui buscada na sala por um grupo que servia a Emil. Desgraçados, esses homens tiveram o cuidado de esconder a coleira, sob uma echarpe verde esmeralda.Meu vestido de cerimônia se assemelhava a um traje nupcial, mas era apenas um “tomara que caia”, com o corpo esculpido como o de uma sereia. Não havia véu, mas o manto com capuz, na mesma tonalidade fazia alusão a esse acessório.Meus cabelos foram deixados à vista, um rubro que contrastava vividamente com o verde dos meus olhos. A tiara de esmeralda era um lembrete para todos de minha linhagem, uma Ravem pura, descendente direta da Deusa Hécate. Como parte da família real, eu me ornava com as cores do clã. Se soubessem o ódio fervente que eu sentia naquele momento...Eles lançaram um feitiço de invisibilidade, sobre as algemas e a coleira, mas eu ainda podia senti-las, cortando minha pele delicada, até que ela sangrasse.Ao chegar ao final do corredor, a porta que dava para o jardim, se abriu diante de mim. Er
P. D. V. de Lyanna Ravem Stone.Enquanto caminhava pelos jardins da fortaleza Ravem, podia sentir a tensão no ar. Ninguém ali parecia feliz...Emil estava determinado a mostrar seu poder não apenas aos Ravem que estariam presentes, na cerimônia de seu enlace, mas a todos os clãs bruxos que o apoiavam.Aqueles que se recusaram a reconhecê-lo como líder supremo, foram forçados à clausura em suas próprias moradias, uma medida severa que os impedia, de participar da cerimônia, ou de interagir entre si...A maioria estava ciente de nossa presença no vale, e ofereceram suas casas, no vilarejo mais próximo como refúgio, para os homens que trouxemos.Luckyan estava ao lado do meu pai, colocando em prática o plano meticuloso que ele orquestrara. Enquanto isso, eu me passava por um dos serviçais da fortaleza, tentando me manter calma apesar da ansiedade, que me consumia. Não saber exatamente o que eles estavam tramando só aumentava a minha tensão.Enquanto organizava os copos de champanhe para a
P. D. V. de Raphael Stone.Enquanto observava pela janela do escritório de Luckyan, meus olhos percorriam o movimento dos lobos no pátio da fortaleza Savage.Uma mistura de tensão e ansiedade fervilhava dentro de mim, tão palpável quanto o pulsar do meu próprio coração. Estávamos aguardando a chegada de todos os nossos aliados convocados para uma reunião crucial.Era hora de compartilhar informações, traçar estratégias e determinar o curso de ação para resgatar Ravena, rainha Huína e Irina das garras do inimigo.Rígil, meu companheiro inseparável, compartilhava da mesma agonia que eu. Nos últimos dias, nossa ansiedade tinha atingido níveis sufocantes. Ontem, vi-me forçado a me transformar em lobo três vezes apenas para acalmar meu espírito inquieto.Hoje, comecei o dia bem cedo, exercitando-me incansavelmente na tentativa de conter a fúria que ameaçava transbordar de dentro de mim. A vontade de correr, de ir atrás daquele responsável por nossa dor, era avassaladora. Desde que meu lobo