P.D.V. de Ravena Ravem.
À medida que descia os corredores do palácio, os detalhes de ouro e marfim cintilavam sob os candelabros, provocando pequenos flashes de memórias que eu não conseguia colocar em ordem. O cheiro de lavanda me fazia pensar em minha mãe, Irina, e nas manhãs que passávamos juntas na sacada, observando o horizonte.
Emil, por sua vez, ainda era um mistério para mim. Seu nome surgia em minha mente como uma brisa suave, mas não conseguia conectar o seu rosto ou qualquer lembrança mais concreta, além da nossa infância e início da adolescência...
Raphael Stone. Esse nome me causava arrepios por todo corpo. Mesmo sem conseguir lembrar dele, uma sensação intensa de ligação e familiaridade me assaltava. Era estranho pensar que ele, alguém que eu não lembrava, pudesse ter tanta importância em minha vida. E a ideia de que tínhamos uma filha, Lyanna, era ainda mais desconcertante.
Eu não lembrava de nenhum deles...
Ao me aproximar da sala principal, ouvi sussurros e risadas suaves. Eram vozes que eu reconhecia, mas não conseguia associar a rostos. Respirei fundo e empurrei as portas maciças, entrando na sala. Lá estavam elas, as criadas.
Umas carregavam os segredos dos corredores há décadas, enquanto outras ainda estavam se acostumando com os murmúrios da fortaleza. Reunidas, olhavam pela janela para o pátio, seus rostos iluminados por um misto de espanto e admiração.
Aproximei-me furtivamente, me esgueirando entre os cantos escuros e os feixes de luz que cortavam o corredor, minha curiosidade tornando-se mais forte a cada passo. O que poderia atrair tanta atenção, a ponto de parar até mesmo as criadas mais velhas, aquelas que pareciam já ter visto de tudo?
Quando finalmente alcancei uma posição que me permitisse olhar para o pátio, meus olhos se arregalaram em surpresa e, confesso, um pouco de apreensão.
Raphael...
Meu coração bateu mais rápido, somente pela vista do seu torso musculoso reluzente de suor, agora entendia as criadas...
Deusa!... Que visão era aquela?
Ele estava lá, sem camisa, expondo uma pele que parecia refletir os últimos raios solares da manhã, transformando-os em dourado líquido sobre cada contorno e músculo definido. Sua calça jeans azul estava tão justa que parecia quase uma segunda pele, delineando cada curva e ângulo de suas pernas.
Mas o que realmente roubou minha atenção foi o grande machado que ele segurava. Com força e graça, ele rachava toras gigantescas, e cada movimento fluía como uma dança – uma dança selvagem e bruta, mas hipnoticamente bela.
A cada golpe, os músculos de seus braços, e costas trabalhavam em uníssono, uma demonstração de pura força e destreza.
Me escondi atrás de uma cortina, tentando recuperar o fôlego que havia sido roubado por aquela visão. Meus olhos fixos nele, minha mente se debatia em meio a um turbilhão de pensamentos.
O ar ao meu redor parecia ter sido sugado de meus pulmões no exato momento em que meus olhos encontraram aquela figura.
O sol do meio-dia brilhava com intensidade, mas, diante daquela visão, tudo parecia se ofuscar.
Meus lábios, antes úmidos pelo orvalho da manhã, agora pareciam rachar sob o peso da surpresa e da sede incontrolável. Um batimento cardíaco, que até então ritmava pacificamente o decorrer do meu dia, de repente tornou-se uma corrida frenética e descompassada dentro do meu peito.
O calor, que anteriormente me tocava como uma carícia suave do verão, de repente se tornou um vulcão, emanando de dentro para fora.
Eu estava no ápice do fervor. Minha mente, antes repleta de preocupações mundanas, agora era consumida por um único pensamento.
— Será possível, Oh Deusa, que a encarnação do pecado, escolheu este pátio para se revelar?
O vento brincava com seus cabelos, tornando-os uma tapeçaria viva de sombras e luz. Cada movimento que ele fazia parecia uma dança cuidadosamente coreografada, destinada a me enfeitiçar.
Eu, uma bruxa, estava agora cativa, presa em seu feitiço...
Como pude esquecer aquele HOMEM?
Como tinha esquecido o calor de seu olhar, o timbre de sua voz, o toque de suas mãos? E, mais especificamente, como tinha esquecido daquele corpo. Eu já estive em seus braços? Afinal, tínhamos uma filha...
Deusa...eu realmente o amei? Então, como pude esquecê-lo?
Talvez os percalços da vida, com suas reviravoltas, tivessem me feito perder algumas páginas desse capítulo. Mas eu ansiava descobrir TUDO que foi perdido...eu não iria me entregar ao esquecimento.
Reuni coragem, respirei fundo e decidi me aproximar. Não sabia como ele reagiria, mas estava disposta a descobrir. Já tinha percebido, que ele se mantinha distante, mas eu sempre me surpreendia com a sua presença.
Aquela feiticeira m*****a. Ela havia roubado uma parte crucial da minha história, da minha essência. E agora, eu estava ali, confrontada com o passado em sua forma mais vívida e palpável.
Me aproximei da porta do pátio e ao atravessá-la me vi trespassada, pela emoção que sempre me atingia quando estava diante daquele homem, daqueles olhos, era uma mistura de anseio e desamparo, que faziam o meu coração acelerar.
O som contínuo do machado de Raphael contra a madeira era o único que rompia o silêncio, até que parou abruptamente.
Raphael ergueu os olhos, encontrando os meus. Havia um brilho de reconhecimento, uma faísca de surpresa. Ele parecia tão atordoado quanto eu. Suas mãos calejadas pelo trabalho árduo envolviam firmemente o cabo do instrumento. Seu olhar permanecia tão penetrante, que por um momento senti como se ele pudesse ver através de minha alma.
Mas, em meio à confusão, uma certeza emergia: estávamos conectados de uma forma que nem a magia mais potente poderia quebrar. E eu estava determinada a descobrir cada pedaço da história, que estava por trás daquele olhar.
Ele demorou mais do que eu teria imaginado para me avaliar, a pausa entre sua última machadada e seu cumprimento foi agonizantemente longa.
— Bom dia, minha bela Luna!... Dormiu bem? — Disse ele com uma voz rouca e profunda, mas com um toque de doçura que contrastava com sua aparência robusta, e tão descaradamente sensual.
Meu coração pulou uma batida. Era sempre assim. Sempre que ele se referia a mim como "minha bela Luna", algo em mim se revirava. Era uma sensação de pertencimento que eu não entendia, e muito menos lembrava de ter concordado com ela. De alguma forma, ele reivindicava algo que eu não recordava de ter dado.
Engoli em seco.
— Dormi bem, obrigada... E você?
Ele deu de ombros, limpando o suor da testa com o dorso do braço.
— Mal...eu ainda não estou dormindo ao seu lado— eu ruborizei com essas palavras, e ele concluiu — Como sempre. Só sonhando com o passado distante...
Seu olhar, desta vez, parecia distante, perdido em memórias.
Eu estava prestes a perguntar mais sobre esses sonhos, mas algo me deteve. Talvez fosse o medo de descobrir a verdade sobre nosso passado compartilhado, sobre essa conexão que ele parecia sentir tão intensamente, enquanto eu permanecia confusa.
Mas uma coisa era certa, a cada dia que passava, eu estava mais curiosa, mais envolvida, algo me puxava para Raphael.
De repente, como um eco vindo de além das sombras do corredor, a voz de Emil ressoou pelo ambiente, cortando o silêncio como uma lâmina afiada.
— Ravena...
Sua face, normalmente aberta e amigável, estava agora mascarada por uma expressão fechada e intensa. Seus olhos, penetrantes como aço polido, fixaram-se em mim com uma intensidade perturbadora.
— Ravena... estar na hora da nossa sessão de hipnose — A simples menção daquela palavra fez com que meu coração disparasse, uma mistura vertiginosa de ansiedade e apreensão.
Raphael soltou um leve rosnado. Não era a primeira vez, e eu já tinha percebido que isso acontecia com frequência na presença de Emil. Será que Raphael, não gostava de Emil? Seria um aviso? Ou apenas uma reação da sua mente dominante de lobo?
Concordando com a cabeça, me voltei para Raphael e falei.
— Tenho que ir agora, mais tarde...nos falamos— ao dizer isso percebi que os olhos dele estavam totalmente negros. Um rosnado baixo escapou de sua garganta, uma advertência quase imperceptível. Ele virou o rosto, seus traços esculpidos, revelando a tensão que se agitava em seu interior. E que ele segurava com dificuldade...
Mas o que eu poderia fazer? Era perceptível que a minha aproximação de Emil, chateava Raphael. Mas em contra partida, a minha aproximação de Raphael, causava o mesmo efeito em Emil...
Emil estava lá, de pé à margem da clareira, seus olhos fixos em mim com uma intensidade magnética. A cada passo que eu dava em sua direção, podia sentir a eletricidade no ar.
Assim que começamos caminhar pelo corredor em direção ao seu laboratório, ele falou.
— Seu amigo não gosta de mim nem um POUQUINHO — disse Emil, sorrindo de leve, o canto dos lábios subindo em um ar de desafio. Seu tom não era de escárnio, mas havia um toque de provocação.
Respirei fundo, tentando conter a explosão de emoções que ameaçava se derramar. Olhando para Emil com firmeza, retorqui.
— Ele não é meu amigo... é o meu companheiro, bem, segundo o que todos dizem — A intensidade da minha declaração fez com que o ar parecesse mais denso por um instante.
Uma mistura de surpresa, dúvida e algo mais que não conseguia identificar. Talvez fosse descrença ou talvez medo.
Ele riu de forma sarcástica, o som rasgando o silêncio.
— Então, você finalmente se lembrou? Ou é apenas um palpite desesperado?
Minhas mãos tremiam, mas me forcei a permanecer firme.
— Não é um palpite, Emil. Eu sinto... — Respondi, permitindo que a emoção preenchesse minha voz. — Eu posso não lembrar de todos os detalhes, de todos os momentos, mas eu sinto... na minha alma que existe uma ligação real...eu só preciso me lembrar. E você não tem o direito de questionar isso....
Por um momento, a expressão de Emil endureceu, mas depois suavizou, e um vislumbre de tristeza passou por seus olhos.
— Sabe, há algum tempo atrás, eu teria feito qualquer coisa para que você me olhasse da maneira que olhou para ele agora a pouco...
Estas palavras me pegaram de surpresa. Eu não sabia como responder. Afinal, não me lembrava de nada entre nós dois. Mas, naquele momento, senti uma pontada de pena por Emil.
Contudo, rapidamente retomei meu foco.
— Temos uma filha, Emil. Uma prova viva de nosso compromisso... Eu só preciso lembrar...então eu decidirei o meu futuro...mas não gosto de ser pressionada...por ninguém!
Ele deu um passo atrás, os olhos ainda fixos nos meus.
— Veremos... — Ele murmurou antes de se virar e sair da sala, deixando-me ali, com um turbilhão de emoções e mais perguntas, do que respostas.
O que ele queria dizer com isso?
Oi pessoal!
Agradeço por acompanhar este capítulo!
Se você gostou da jornada até aqui, temos ainda mais surpresas emocionantes pela frente...
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Até o próximo capítulo!
S.S. Chaves
Ponto de Vista de Raphael Stone.Cortei lenha incessantemente, com cada golpe ecoando minha determinação, até que a ardência se espalhou pelos meus músculos, tornando-se quase insuportável.No entanto, o esgotamento físico era apenas uma fração do turbilhão emocional que me consumia. Aquele bruxo de meia tigela pensava que podia brincar comigo, usando truques para manter Ravena longe.Por mais que ele tentasse ocultar suas manipulações, eu enxergava através delas. Se acreditava que me enganava, estava profundamente equivocado. Minha determinação para reconquistar e proteger Ravena daquele impostor, ou qualquer perigo, era inabalável. Ele logo perceberia.Desde que observei, as sutis manipulações de Emil, entendi seus verdadeiros intentos. Ele claramente tentava tirar proveito da vulnerabilidade de Ravena, especialmente com sua amnésia, na esperança de que ela desenvolvesse sentimentos por ele.Porém, eu conhecia Ravena e a sinceridade de seus sentimentos. Se no passado ela nunca viu E
Ponto de Vista de Raphael Stone.O ardor nos meus pulmões e a pressão crescente em meu peito se confundiam com a paixão que fervilhava em minhas veias. Quase sem perceber, encontrei-me embriagado pelo sabor dos lábios de Ravena, aqueles que eu ansiava, que em sonhos perseguiam minha sanidade.O calor entre nós era palpável, uma faísca que ameaçava se tornar um incêndio incontrolável.A maciez de sua pele contra a minha era uma provocação, cada toque, cada carícia, levava-me a uma vertigem de sensações. As batidas do meu coração pareciam mais audíveis, cada uma ressoando como um tambor apaixonado, preenchendo o silêncio da noite.Eu podia sentir sua respiração pesada misturando-se à minha, e um desejo voraz crescia em mim, algo tão primal que me fazia querer fundir minha alma à dela. A chama que nos envolvia ameaçava consumir-me, e se eu não fosse cuidadoso, nossos corpos se perderiam em um abraço de paixão, revelando todos os segredos que os corações guardam.Nesse momento, todo o uni
Ponto de Vista de Raphael Stone.Após o incidente com Ravena, sentia o coração pulsar descompassado, ecoando no silêncio do quarto.A pressa e o desconcerto ditaram minha escolha de vestimenta. Peguei a primeira calça jeans que vi no armário e a vesti rapidamente. Em seguida, sem pensar duas vezes, lancei sobre meu tronco uma jaqueta de jeans claro, já desgastada pelo tempo, que não tinha mangas. Não era a melhor combinação, nem a mais apropriada para o que viria a seguir, mas naquele momento, minha capacidade de discernimento estava turva.Cada passo que dava, cada batida do meu coração, trazia à tona o recente descontrole.Rígil, meu lobo interno, estava inquieto. A saudade de nossa companheira agia como um gatilho, despertando uma ferocidade e tristeza que eu mal conseguia conter. A conexão entre nós era palpável, e eu sabia que precisava controlá-lo, ou as consequências seriam desastrosas junto a Ravena.Ficamos nesse impasse, frente a frente, ainda que em uma batalha interna. Eu
P.D.V. de Ravena Ravem.Eu ainda estava abalada com o descontrole emocional vivido com Raphael. Toda vez que fechava os olhos, podia sentir a intensidade daquele encontro, como se fosse um eco persistente em minha mente.Por semanas, eu havia me cobrado, tentando reaver as lacunas de minha memória praticamente a força, imaginando e sonhando com as histórias que poderiam preencher aqueles vazios. Mas, confrontar a realidade foi algo totalmente diferente de tudo que eu havia imaginado.Deusa, ele sofreu assim por vinte anos?O olhar de Raphael, era uma mistura de dor e anseio, contava uma história que palavras não poderiam expressar.E então, houve aquele lampejo revelador de dor do seu lobo interior. Foi tão mais do que apenas uma visão física. Era um grito silencioso, um sussurro de um ser que estava quebrado e clamava por libertação. A ferocidade em seus olhos, o tremor que percorria seu corpo, tudo revelava a batalha contínua que ele travava consigo mesmo.Por mais que eu tentasse m
P.D.V. de Raphael Stone.Eu olhava fixamente para a mulher perante mim...Leona Carter...a MUITO anos não a via..., mas aquela mulher diante de mim, parecia outra.Os traços de seu rosto pareciam esculpidos, repletos de histórias não contadas. Histórias tristes e tenebrosas... Ela era a única filha do Alfa Leônidas Carter, um líder imponente orgulhoso, cuja reputação transcendia os limites de sua alcateia.A "Lua Nevada", como era chamada sua alcateia, tinha sua localização nos planaltos da Sérvia, onde o manto branco da neve, adornava as paisagens com uma majestade, que poucos lugares no mundo poderiam rivalizar.Muitas vezes, de onde eu estava, no Brasil, ou na Europa, eu ouvia histórias sobre a “Lua Nevada” e seu Alfa. Era uma alcateia próspera, conhecida por sua força, união e, sobretudo, pelas tradições que se mantinham firmes através das gerações.Então, a questão que pairava em minha mente, era clara e evidente: o que teria acontecido para que Leona Carter, a herdeira dessa lin
P.D.V. de Ravena Ravem.Ao chegar no campo onde os bruxos Ravem tinham sido enviados, acompanhados pelo Alfa Raphael, para negociar com os "Lobos sem alcateia", esperava encontrar uma reunião diplomática entre possíveis aliados, que desejavam cooperar...No entanto, fui surpreendida por uma reviravolta inesperada...Em vez de discussões sobre tréguas e cooperação, me deparei com um desafio lançado no ar, envolvendo uma misteriosa aquisição de "COMPANHEIRO".O clima tenso pairava no ar quando observei uma loba ASSANHADA e com atitude desafiante, de olhos faiscantes, e postura regida, no centro da cena.Sua presença imponente denotava confiança e ousadia, algo que não esperava encontrar naquela situação delicada. Percebi que ela não estava ali para negociar, mas sim para reivindicar algo mais pessoal e profundo...Enquanto tentava entender o que aquela “loba” estava pretendendo, meu instinto de bruxa se aguçou... Havia algo oculto em seu olhar, uma determinação feroz que contrastava co
P.D.V. de Ravena Ravem.Eu estava no meio da clareira, encarando a imponente Leona com seu olhar desafiante e frio.Aquela loba se achava...As palavras dela ainda ecoavam no silêncio tenso que pairava entre todos nós. A brisa suave balançava as folhas das árvores ao redor, enquanto eu mantinha minha postura firme, pronta para o desafio que se desenrolava diante de mim.— Pronta para perder, princesinha? — provocou Leona, sua voz carregada de confiança e ironia.Um sorriso determinado se desenhou em meus lábios, meu coração pulsando com uma mistura de emoções, e coragem indiscutível.Não me deixaria abalar pelo olhar intimidante de Leona, ou pelas palavras afiadas que ela lançava em minha direção. Em vez disso, respirei fundo e comecei a absorver, a energia da natureza ao meu redor.Os elementos estavam prontos, para me auxiliar.— Você pode se surpreender, Leona... — respondi, minha voz calma e segura — Não subestime a determinação de uma BRUXA, sendo ela princesa ou não, quando está
P.D.V. de Leona Carter.Com a respiração acelerada e o coração batendo forte no peito, eu, encarava a princesa “mimadinha” com fúria nos olhos.Droga! Por que aquela mulher dos infernos, teve que aparecer?Aquele cajado nas mãos dela brilhava com uma energia mágica intensa, e eu sabia que precisava encontrar uma maneira de superá-la...Ela estava atrapalhando MUITO os meus planos...Não parava de pensar...— Eu não permitiria que aquela ARROGANTE MIMADA me vencesse...Meus músculos estavam tensos, prontos para o próximo ataque. Eu podia sentir a energia pulsando através de mim, uma mistura de adrenalina e sagacidade. Com um movimento rápido, avancei na direção dela, desferindo golpes rápidos e precisos, mas a princesa habilmente, desviava e rebatia meus ataques com seu cajado poderoso...— Vadia!... — Eu não esperava que ela fosse tão hábil, ou tão rápida.Cada vez que eu desferia um ataque, faíscas voavam no ar, iluminando o cenário ao nosso redor.O escudo que ela tinha criado em vo