Daphine Jones, uma jovem de 17 anos, inicia uma nova fase na universidade onde conhece e se apaixona por Ethan Baker. No entanto, um surto misterioso interrompe sua felicidade, fazendo-a desaparecer e perder a memória. Ethan a ajuda a se recuperar, revelando a verdadeira natureza de Daphine, que luta para controlar seu lado sombrio. Anos depois, Daphine tenta viver uma vida normal, namorando Caleb Miller, um CEO bem-sucedido. Mas seu passado retorna, ameaçando sua nova vida. Agora, Daphine deve enfrentar seu verdadeiro eu e decidir entre seu primeiro amor, Ethan, e sua nova vida com Caleb.
Ler maisO silêncio que se seguiu às palavras de Aurora parecia ser mais do que apenas a ausência de som; era como se o tempo tivesse parado. Cada pessoa presente no círculo — lobos e bruxas, alfas e subordinados — estava imersa em uma sensação de suspensão, como se o universo esperasse para testemunhar o desenrolar daquele momento. A aura que emanava de Aurora era poderosa e pacificadora, como se ela estivesse ali para dissolver o peso das feridas antigas que carregavam.O Supremo, no entanto, era quem parecia mais afetado. Sua expressão, que momentos antes exalava raiva e incredulidade, começou a mudar. A dureza que normalmente marcava suas feições deu lugar a algo mais suave, mais vulnerável. Ele olhou para Aurora como se estivesse vendo um fantasma, mas um fantasma que carregava consigo todas as emoções que ele havia enterrado: amor, saudade e arrependimento.Enquanto ele a observava, flashes de memória o invadiam. Ele lembrou-se de Aurora como era antes — jovem, cheia de vida, uma mulher q
Enquanto lutava para se levantar, ouviu outro pensamento dele, ainda mais claro que o anterior: "Ela não sabe do que é capaz. Talvez nunca descubra."Daphine respirou fundo, tentando se concentrar.— Eu preciso pensar. Não posso vencê-lo com força ou velocidade. Mas talvez... com estratégia. Pensou ela. Ela começou a observar os movimentos do Supremo com mais atenção. Cada golpe, cada desvio, cada passo que ele dava parecia seguir um padrão, como se ele estivesse dançando uma coreografia ensaiada. E então, uma ideia começou a surgir. "Se eu conseguir antecipar os movimentos dele... talvez eu tenha uma chance."Com isso em mente, Daphine levantou-se novamente, seus olhos fixos no Supremo. Ela sabia que estava em desvantagem, mas também sabia que precisava acreditar em si mesma. O círculo ao redor deles estava silencioso, os espectadores observando com expectativa. — Está pronta para tentar de novo? — Perguntou o Supremo, com um sorriso desafiador. Daphine estreitou os olhos. — Es
O Supremo deu um passo para o lado, indicando o caminho com um gesto firme. Daphine hesitou por um instante antes de começar a caminhar, cada passo pesado com a consciência da situação que ela mesma havia criado. Seus pensamentos estavam em turbilhão. Ela tentou manter a compostura, mas o peso das palavras que havia ouvido e do momento que se desenrolava era quase insuportável.— Eu realmente o desafiei? Como cheguei a este ponto? Pensou.Daphine sabia que não havia mais volta.O Supremo, sempre imponente, caminhava logo atrás dela, suas botas batendo no chão de pedra com um som surdo e ameaçador. Sua presença parecia encher o espaço, como se a própria atmosfera ao redor dele estivesse sob seu controle. Ele não disse nada, mas Daphine podia sentir o peso de seus olhos em suas costas.Quando chegaram ao lado de fora, o cenário já estava preparado. O círculo de lobos formava uma barreira quase impenetrável. Eles estavam organizados, seus olhares focados nos dois que haviam acabado de sa
O silêncio no salão era quase insuportável, como se o ar tivesse sido drenado. Cada movimento parecia pesar, cada respiração era um esforço. Derick, o Supremo, manteve seus olhos fixos em Daphine, seu olhar perfurante, como se tentasse enxergar através dela, à procura de uma fraqueza. Mas não havia nada. Apenas a chama de uma determinação que ela mesma não sabia que possuía até aquele momento.Finalmente, Derick deu um passo para trás, cruzando os braços sobre seu peito largo. Ele parecia ainda maior sob a luz tremeluzente do salão, seus dois metros de altura e físico imponente projetando uma sombra que quase engolia a figura de Daphine. As cicatrizes que adornavam seu corpo eram testemunhas silenciosas de batalhas passadas, de desafios vencidos, de uma liderança forjada na força e na violência.Daphine sustentou o olhar por alguns instantes antes de sentir as pernas ameaçarem ceder. A presença dele era esmagadora, mas, em um instante de clareza, as palavras de sua mãe ecoaram em sua
Daphine permaneceu firme no centro do salão, seus olhos cravados no Supremo como lâminas afiadas, desafiando-o a manter o controle que ele tão orgulhosamente exibia. Sua voz saiu firme, mas carregada de tensão, como uma corda prestes a se romper.— Como você conheceu a minha mãe? — Sua pergunta ressoou pelo salão, arrancando olhares curiosos e surpresos dos alfas ao redor. Ela respirou fundo antes de continuar. — E não quero ouvir a mesma história que você contou antes. Quero a verdade.O Supremo, Derick, manteve a postura, mas algo em sua expressão mudou. O leve estreitar de seus olhos denunciava que ele sabia exatamente o que ela estava insinuando. Ele caminhou lentamente até uma das cadeiras da mesa central e sentou-se, cruzando as mãos sobre o joelho. Observava Daphine com uma mistura de cautela e análise, como um predador que estudava os movimentos de sua presa.— Daphine... — começou ele, sua voz tão suave que parecia quase carinhosa. — Há coisas no passado que podem não ser fác
Assim que o carro estacionou diante do castelo, a tensão no ar era palpável. Daphine foi a primeira a sair do veículo, seus passos decididos. Caleb a seguiu, com o semblante mais reservado, enquanto Duck permaneceu no carro por alguns instantes, observando com cautela o que estava por vir.Alexander, já esperando na entrada, caminhou até eles. Seu rosto exibia uma expressão que misturava alívio e expectativa. Ele estendeu a mão e pousou-a no ombro de Caleb, um gesto de acolhimento.— Bem-vindo de volta, Caleb — disse Alexander, sua voz firme, mas cordial.Caleb, no entanto, afastou-se ligeiramente, seus olhos fixando-se nos de Alexander.— Eu não fugi, se foi isso que pensou — respondeu ele, com um tom defensivo. — Eu só precisava de um tempo. Muita coisa aconteceu nos últimos dias, e eu precisava processar tudo.Alexander manteve a mão no ar por um momento, antes de deixá-la cair ao lado do corpo. Ele deu um pequeno suspiro e balançou a cabeça.— Tudo bem, Caleb. Não estou aqui para
O silêncio na sala era quase palpável enquanto Daphine processava as confissões que acabara de ouvir. As palavras de Aria ecoavam em sua mente, confrontando tudo o que ela acreditava saber sobre si mesma e sua mãe. Seus pensamentos eram um turbilhão de memórias, flashes de momentos que antes pareciam desconexos, mas agora começavam a se encaixar. Ela se lembrou das conversas com sua mãe, aquelas noites em que Aurora falava com ternura, mas sempre com uma pontada de tristeza nos olhos. Lembrou-se das histórias que Jones contava, pintando Aurora como uma mártir, uma mulher que tinha se sacrificado por algo maior. E os remédios... os remédios que sua mãe insistia que ela tomasse. “É para o seu bem, minha filha,” dizia Aurora, com a voz trêmula. Na época, Daphine nunca questionou, mesmo quando aqueles remédios a deixavam letárgica ou a faziam perder o controle. Ela simplesmente aceitava. Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto de Daphine, como se fosse a materialização de todo o peso
Daphine se acomodou no sofá, sua postura rígida revelando a tensão que sentia. Seus olhos se voltaram para Aria, procurando respostas em meio ao caos que agora ocupava sua mente. — Por favor, — disse Daphine, com um suspiro. — Comecem do início. Tudo isso está muito confuso. Aria trocou um olhar preocupado com Apolo antes de segurar as mãos de Daphine. Ela respirou fundo e começou: — Havia três de nós, Daphine: Amistea, eu e Aurora, sua mãe. Nós éramos muito unidas, mas também muito diferentes. Enquanto eu e Amistea seguíamos as tradições das bruxas, obedecendo fielmente o que nos era ensinado, Aurora... ela sempre teve um fascínio pelo mundo lupino. — Fascínio? — perguntou Daphine, curiosa. — Sim, — continuou Aria. — Ela acreditava que os lobos não eram tão perigosos quanto nos ensinaram. Ela queria entendê-los, quebrar as barreiras que nos separavam. Esse fascínio cresceu ainda mais depois do último confronto entre lobos e bruxas. Aria fez uma pausa, como se revivesse memórias
Enquanto eles se aproximavam da pequena casa no meio da floresta, dois meninos, um de aproximadamente cinco anos e o outro aparentando oito, correram ao encontro deles. O menor, com olhos curiosos, parou abruptamente diante de Daphine e a examinou atentamente. Após alguns segundos de silêncio, ele sorriu e exclamou com uma voz infantil: — Ela tem cheiro de frutas! Antes que Daphine pudesse reagir, o garoto saiu correndo atrás do irmão, rindo e brincando como se nada tivesse acontecido. Daphine observou as crianças com surpresa e, ao olhar para Caleb, perguntou, desconfiada: — Quem vive aqui? Caleb continuou caminhando, sem desviar o olhar da trilha à frente. — Você já sentiu o cheiro, Daphine — respondeu ele, enigmático. — Logo saberá a verdade que foi ocultada de você. As palavras dele apenas aumentaram a confusão em sua mente, mas ela continuou a segui-lo, determinada a descobrir o que Caleb parecia estar prestes a revelar. Quando chegaram à casa, um homem surgiu na porta. El