Aaron Baumann está prestes a enfrentar o maior desafio de sua vida. O patriarca da família, Leonel Baumann, decide passar o controle das Indústrias Baumann para a próxima geração, mas com uma condição inusitada: o herdeiro escolhido deve lhe dar um bisneto o quanto antes. Aaron, determinado a conquistar o império familiar, se depara com um obstáculo inesperado quando sua esposa, Paola, revela que não pode ter filhos. Desesperado para atender às exigências de seu avô e garantir seu lugar como chefe das indústrias, Aaron se alia a seu amigo de longa data, Eric, em um plano ousado e controverso. É então que Rebecca, uma jovem de vinte anos, bela e apaixonada pela pintura, entra em sua vida. Fugida de uma família religiosa e sem apoio algum, Rebecca se encontra sem opções até que a proposta de Aaron lhe oferece uma saída: gerar o herdeiro do Império Baumann por cinco milhões de Reais.
Ler maisAaronAssim que entrei no escritório na segunda-feira, mal coloquei a pasta sobre a mesa e já peguei o telefone para ligar para Ettore.— Ettore, preciso saber o que tem pra me falar. Hoje. — Minha voz era firme, mas não agressiva.Do outro lado da linha, ele permaneceu calmo, como sempre.— Aaron, confie em mim. Na hora certa, eu irei até você.Fechei os olhos por um momento, tentando conter minha impaciência.— Hora certa? Ettore, já esperei tempo suficiente.— Eu entendo, mas não posso arriscar dar informações incompletas. Você sabe que trabalho com precisão.Soltei um suspiro pesado, percebendo que insistir não levaria a lugar algum. Ettore era metódico, e se ele achava que ainda não era o momento, então eu precisaria esperar.— Tudo bem. Mas não demore.— Não vou — prometeu ele antes de desligar.Deixei o telefone sobre a mesa e passei as mãos pelos cabelos, tentando aliviar a tensão. Precisava confiar que Ettore sabia o que estava fazendo, mas a espera estava me matando.Enquant
AaronEnquanto estávamos no parque, fiz o meu melhor para me desligar dos problemas de Anton. Era o nosso dia, meu e de Rebecca, e eu queria aproveitar cada momento ao lado dela. Mas, assim que voltamos para o apartamento e ela foi para o quarto se trocar, a preocupação voltou com força total.Peguei o telefone e liguei para Anton. Ele atendeu no terceiro toque, e a voz abatida que ouvi do outro lado da linha confirmou o que eu já sabia: ele estava péssimo.— Aaron — começou ele, sem nem tentar esconder a amargura. — Se está ligando para me dizer que tudo vai ficar bem, economize o discurso.— Não estou aqui para isso, Anton. Só queria saber como você está.Houve uma pausa, e quando ele respondeu, sua voz parecia cansada.— Estou... sobrevivendo. Mas é difícil, sabe? Ela não quer nem me ouvir. Não importa o que eu diga, Pietra está convencida de que eu tenho culpa de algo que nem sequer fiz.— Então continue tentando — insisti. — Prove a ela que está comprometido.Anton soltou uma ris
AaronDespertei na manhã de sábado com uma sensação de leveza, algo que há muito tempo não experimentava. Minha primeira reação foi procurar Rebecca ao meu lado. Quando meus braços a envolveram, senti seu corpo relaxar contra o meu, como se ela também estivesse esperando por esse gesto.Inclinei-me e a beijei levemente, o toque suave dos nossos lábios sendo o começo perfeito para o dia.— Bom dia, meu amor — murmurei, a voz ainda rouca do sono. — Como você está se sentindo hoje?Ela sorriu, os olhos brilhando na luz da manhã.— Muito bem, Aaron. E você?— Melhor agora — respondi, e era verdade. Cada manhã ao lado dela parecia um presente.Sem pensar duas vezes, abaixei-me para beijar sua barriga.— Bom dia para você também, pequeno. — Minha voz era cheia de ternura enquanto acariciava suavemente a barriga de Rebecca.Ela riu, aquele som leve e contagiante que sempre conseguia iluminar o meu humor.— Você parece muito animado hoje.Levantei o olhar para ela, sentindo um sorriso surgir
PaollaAndava de um lado para o outro na sala do apartamento de Eric, meus saltos ecoando contra o piso de madeira, enquanto ele permanecia sentado no sofá, me observando com uma expressão de aborrecimento evidente.— Você falhou, Eric! — disparei, virando-me para encará-lo. — Se tivesse feito um trabalho decente, aquela garota já teria se afastado de Aaron.Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos com um gesto exagerado de exasperação.— Paolla, você não pode colocar a culpa toda em mim. — Sua voz era carregada de sarcasmo. — Talvez, se você tivesse feito algo para manter Aaron por perto, ele não teria corrido para os braços dela.Minha raiva ferveu como uma panela prestes a transbordar.— Feito algo? — repeti, quase rindo da audácia dele. — Eu não posso dar um passo sem que Ettore ou algum outro capanga dos Baumann esteja me seguindo. Você acha que eu não quero resolver isso?Ele riu, mas não havia nada de caloroso naquele som.— Seguindo você? Você está delirando, Paolla. Ettore
RebeccaEu estava sentada no colo de Aaron e o calor do corpo dele parecia se fundir ao meu. Eu o olhava, sentindo uma felicidade quase irreal me preencher. Nunca imaginei que esse momento realmente aconteceria. Que Aaron escolheria ficar ao meu lado, deixando para trás uma vida inteira de aparências e expectativas.Ainda assim, a felicidade vinha com uma sombra. Eu sabia que, de alguma forma, tinha contribuído para o fim do casamento dele. Embora Aaron tenha me contado que Paolla nunca mostrou ser uma esposa amorosa e dedicada, a culpa ainda me alcançava em momentos de quietude. Mas era impossível não amar Aaron, não querer estar com ele.— Como foi seu dia? — perguntou ele, quebrando o silêncio confortável que havia se instalado.Sorri, tentando me livrar das nuvens na minha mente, e comecei a falar sobre minhas aulas na escola de artes. Contei sobre os exercícios que o professor nos deu e sobre como estava empolgada com o projeto de pintura que iniciamos naquela semana.Ele ouvia c
AaronEstar ao lado de Rebecca me trazia uma felicidade que eu jamais imaginei possível. Cada momento com ela parecia simples e ao mesmo tempo extraordinário. Não era apenas sobre as palavras que compartilhamos ou os gestos de carinho. Era sobre a paz que ela trazia.Minha rotina havia mudado completamente, e eu adorava isso. Nossos dias começaram juntos, compartilhando um café da manhã simples, mas que parecia um banquete apenas por causa de sua companhia. Depois, eu a levava para a escola de artes e o restante do dia era dedicado à Baumann, e mesmo ali, onde os problemas geralmente me esmagavam, nada parecia capaz de me afetar. Quando voltava ao apartamento, o sorriso dela ao abrir a porta me fazia esquecer qualquer aborrecimento. Eu me sentia leve, como se nada mais importasse além daquele momento. Era tão diferente de tudo que vivi antes, especialmente com Paolla. Mas, apesar da felicidade que preenchia meus dias, algo persistia em minha mente como uma sombra. Minhas suspeitas s
RebeccaAssim que abri a porta do meu apartamento, esperava encontrar o espaço silencioso e acolhedor que havia deixado naquela manhã. Em vez disso, quase deixei minha bolsa cair no chão quando vi Eric sentado no sofá, com uma postura casual, mas um olhar que me fez estremecer.— Eric? — exclamei, minha mão instintivamente indo até meu ventre. O susto fez meu coração disparar.Ele levantou os olhos para mim, como se minha surpresa fosse um exagero.— Boa tarde, Rebecca — disse ele, com um tom quase indiferente.Fechei a porta com cuidado, ainda tentando entender o que estava acontecendo.— O que você está fazendo aqui? Como entrou? — perguntei, minha voz carregada de incredulidade.Eric não se moveu. Permaneceu sentado, o pé cruzado sobre o tornozelo, sua expressão desconcertantemente tranquila.— Não sabia que precisava da sua autorização para entrar — respondeu ele, em um tom que era ao mesmo tempo casual e frio. — Na verdade, pensei que fosse o contrário.O queixo dele estava levem
AaronLevei Rebecca até a escola de artes, mesmo sabendo que o apartamento dela ficava a poucos minutos de distância. Insisti, e ela acabou aceitando, sorrindo diante da minha determinação. A verdade é que eu queria aproveitar cada momento ao lado dela.Quando estacionamos, Rebecca virou-se para mim, segurando sua bolsa no colo.— Não precisava ter me trazido, Aaron. — Sua voz era suave, mas havia um brilho de gratidão em seus olhos.— Eu quis. — Respondi com um sorriso. — E quero fazer isso sempre que puder.Ela hesitou por um momento, depois sorriu e se inclinou para me beijar levemente.
AaronO som de algo suave, como passos abafados ou o ranger de uma porta, me tirou de um sono profundo. Meus olhos se abriram lentamente, olhando ao redor, e a estranheza do ambiente me atingiu. O quarto era confortável, espaçoso, mas não era meu. Por um breve instante, senti uma pontada de confusão, até que as memórias da noite anterior vieram à tona.Um sorriso suave se formou em meus lábios enquanto me recostava no travesseiro. Rebecca. Eu a encontrei. E, mais importante, ela aceitou dar uma chance para nós.Virei-me para o lado, esperando vê-la ainda deitada ao meu lado, mas a cama estava vazia. A preocupação começou a se formar no meu peito, e o medo de que tudo tivesse sido apenas uma invenção da minha mente cansada me atingiu como um soco.— Rebecca? — chamei, minha voz um pouco rouca.Antes que pudesse me levantar, a porta ao lado se abriu lentamente, revelando Rebecca. Ela estava usando um roupão atoalhado branco, os cabelos úmidos caindo sobre os ombros. Ela sorriu ao me ver