Aaron Baumann está prestes a enfrentar o maior desafio de sua vida. O patriarca da família, Leonel Baumann, decide passar o controle das Indústrias Baumann para a próxima geração, mas com uma condição inusitada: o herdeiro escolhido deve lhe dar um bisneto o quanto antes. Aaron, determinado a conquistar o império familiar, se depara com um obstáculo inesperado quando sua esposa, Paola, revela que não pode ter filhos. Desesperado para atender às exigências de seu avô e garantir seu lugar como chefe das indústrias, Aaron se alia a seu amigo de longa data, Eric, em um plano ousado e controverso. É então que Rebecca, uma jovem de vinte anos, bela e apaixonada pela pintura, entra em sua vida. Fugida de uma família religiosa e sem apoio algum, Rebecca se encontra sem opções até que a proposta de Aaron lhe oferece uma saída: gerar o herdeiro do Império Baumann por cinco milhões de Reais.
Ler maisRebeccaO dia do nosso casamento finalmente chegou, e eu mal conseguia acreditar que estávamos aqui, prontos para começar essa nova fase da vida juntos. Depois de tudo o que passamos, depois de todas as lutas e desafios, finalmente estávamos prontos para dizer "sim" um ao outro, diante das pessoas que mais amávamos.O vestido de noiva caía suavemente sobre minha barriga já proeminente, um lembrete constante da nova vida que Aaron e eu estávamos prestes a começar juntos. A trajetória até aquele momento não tinha sido fácil, mas agora, olhando para o meu reflexo e para o anel brilhando em meu dedo, eu sabia que cada obstáculo havia valido a pena.No jardim da propriedade, tudo estava preparado para a cerimônia discreta. Apenas a família e os amigos mais próximos estavam presentes. Anton, como padrinho, conversava animadamente com Ettore, enquanto Leonel observava tudo com uma expressão de satisfação discreta. Para a minha surpresa, o patriarca da família fez questão de organizar a cerim
RebeccaDesde que cheguei à mansão Baumann, eu evitava encontrar o patriarca da família. Algo dentro de mim ainda não se sentia pronto para esse momento, que se tornou um temido encontro. O peso de tudo o que aconteceu entre Aaron e eu, somado ao que eu ouvi sobre Leonel Baumann, fazia com que esse encontro parecesse ainda mais intimidante. Mas, desta vez, minha desculpa de que ainda precisava descansar não funcionou. Aaron foi insistente, paciente e, com sua doçura habitual, convenceu-me a me juntar à sua família no tradicional jantar de domingo.Enquanto descia as escadas ao lado de Aaron, senti meus dedos entrelaçados aos dele, mas nem mesmo o calor de sua mão foi capaz de acalmar os batimentos acelerados do meu coração. A cada degrau que eu pisava, minha ansiedade aumentava, como se estivesse caminhando para um campo de batalha onde cada olhar, cada palavra e cada gesto seriam cuidadosamente analisados.No último degrau, Aaron parou abruptamente, me puxando suavemente para que eu
AaronO sol do final da tarde entrava suavemente pela janela do quarto, iluminando o rosto sereno de Rebecca enquanto ela dormia. Eu estava sentado ao lado da cama, observando cada detalhe do seu rosto, cada movimento suave da sua respiração. Era difícil acreditar que, depois de tudo o que havíamos passado, finalmente estávamos em paz. Rebecca estava segura. Nosso bebê estava seguro. E, pela primeira vez em muito tempo, eu sentia que podia respirar.O confronto com Paolla e Eric, a revelação de que Antônio havia sido pago para mentir, a decisão de processá-los por tudo o que fizeram... Eu sabia que, com o poder e a influência da família Baumann por trás de mim, eles não teriam para onde correr. Eles haviam mexido com as pessoas erradas, e agora colheriam as consequências.Mas, no fim das contas, o que mais importava era Rebecca. Eu havia prometido a mim mesmo que nunca mais a decepcionaria, e eu faria de tudo para cumprir essa promessa.Rebecca mexeu-se levemente, seus olhos se abrin
AaronPaolla revirou os olhos, como se aquela conversa estivesse deixando-a entediada. De maneira fria e claramente dissimulada, ela sentou-se sobre um dos sofás, indicando que sentássemos no outro que estava à sua frente.— A que devo a honra da visita? — Paolla perguntou, cruzando as pernas e fingindo desinteresse.Leonel, com sua imponência natural, tomou a dianteira.— Chega de jogos, Paolla. Sabemos exatamente o que você e Eric fizeram. E vocês terão que responder por isso.A falsa compostura de Paolla vacilou por um breve segundo, mas logo ela sorriu, jogando os cabelos para o lado.— Eu não faço ideia do que está falando, Leonel. Será que Aaron veio chorar para o vovô porque perdeu a namoradinha? — ela debochou, lançando um olhar frio na minha direção.Eu me inclinei para frente, cerrando os punhos com tanta força que minhas unhas quase perfuraram a palma das mãos. A fúria queimava dentro de mim, mas eu sabia que precisava manter o controle. — Você pagou Antônio para mentir pa
AaronDepois de instalar Rebecca e vê-la adormecer, finalmente senti que podia respirar um pouco. Ela estava segura, pelo menos por enquanto, e eu precisava garantir que continuasse assim. Peguei meu telefone e liguei para Ettore, precisando atualizá-lo sobre tudo o que havia acontecido nas últimas horas. Eu também precisava de respostas. Precisava de um rumo. Precisava fazer algo.— Ettore — comecei, minha voz baixa para não acordar Rebecca. — Preciso que você descubra onde posso encontrar Paolla e Eric. Eles estão por trás de tudo isso, e eu quero enfrentá-los.Ettore ouviu atentamente, e eu pude sentir a tensão na voz dele quando respondeu.— Aaron, diante dos últimos acontecimentos, já estou monitorando aqueles dois constantemente. Mas eles são espertos, estão se escondendo bem. Vou precisar de mais tempo.Dois dias se passaram, e Ettore ainda não tinha informações concretas. A espera estava me consumindo, mas eu sabia que não podia fazer nada além de confiar nele. Enquanto isso,
RebeccaO trajeto de volta para São Paulo foi tranquilo, mas exaustivo. Os últimos dias têm sido intensos, emocionalmente desgastantes, e a exaustão me dominou de forma implacável. Eu estava cansada, tanto física quanto emocionalmente, e acabei adormecendo no banco de trás do carro que Aaron providenciou para nos levar do aeroporto até em casa. A última coisa que lembro é da sensação do carro balançando suavemente enquanto minha cabeça descansava no ombro de Aaron, que segurava minha mão, seus dedos entrelaçados aos meus, como se quisesse garantir que eu estivesse segura, mesmo enquanto dormia.Quando Aaron me acordou, eu me senti um pouco desorientada, mas logo percebi que estávamos parados em frente a um portão enorme, que se abria lentamente para revelar uma mansão imponente. Meus olhos se arregalaram, e eu me sentei rapidamente, tentando processar o que estava vendo.— Por que estamos aqui? — perguntei, minha voz ainda um pouco grogue do sono. Aaron inspirou profundamente antes
AaronA questão lançada por Rebecca ecoou no quarto, e eu fiquei ali, em silêncio, aguardando com expectativa a resposta de Antônio. Algo estava errado, e eu precisava saber o quê.Antônio respirou fundo, como se estivesse se preparando para algo difícil. Ele olhou para Rebecca, depois para mim, e finalmente falou, sua voz carregada de um peso que eu não conseguia decifrar.— Foi Paolla — ele disse, suas palavras saindo devagar, como se ele ainda estivesse processando o que estava prestes a revelar. — A ex-esposa de Aaron Baumann,s. Ela entrou em contato comigo.Eu senti meu corpo congelar. Paolla? Como ela tinha encontrado os pais de Rebecca? E por quê? O olhar de Rebecca oscilava entre mim e os seus pais, e eu sabia que ela estava tão surpresa quanto ele.— Paolla entrou em contato com vocês? — Ele perguntou, sua voz baixa, mas carregada de tensão.— Ela me procurou na igreja — Antônio continuou, sua voz agora mais firme, mas ainda hesitante. — Não sei como ela me encontrou, mas ela
RebeccaA declaração de amor de Aaron tocou profundamente em mim. Suas palavras ecoavam em minha mente, e por um momento, senti uma pontada de esperança. Mas não conseguia simplesmente confiar que tudo daria certo entre nós agora. Havia tantas coisas atrapalhando, tantas dúvidas e medos que ainda me assombravam. Eric parecia disposto a tudo para nos afastar, e eu tinha medo de que Aaron, mais uma vez, virasse as costas para mim. Enquanto Aaron segurava minha mão, seus olhos cheios de sinceridade, ele pediu que eu voltasse para São Paulo com ele. Ele falou sobre o apoio que eu teria lá, sobre a estrutura muito melhor do que aquela que o pequeno hospital poderia oferecer. Mas a forma como ele olhou em torno do quarto, como se menosprezar o lugar onde eu estava, me deixou irritada. Eu afastei minha mão da dele, sentindo um nó se formar na garganta. — Eu não aceito que você fale dessa forma sobre o lugar onde eu nasci e vivi toda a minha vida — disse, minha voz firme, mas carregada de
PaollaEric e eu estávamos sentados dentro do carro, a um quarteirão de distância do hospital, quando vimos o carro que levava Aaron voltar pelo mesmo caminho de onde veio. Eric sorriu, satisfeito, e bateu com as mãos no volante, comemorando.— O plano funcionou! — exclamou, olhando para mim com um brilho de triunfo nos olhos. — Eu disse que ele não ficaria. Eu, porém, não compartilho do entusiasmo imediato dele. Cruzei os braços e franzi a testa.— Não comemore antes da hora — alertei. — Precisamos esperar António chegar para confirmar se tudo saiu como o esperado. Ainda há muita coisa que pode dar errado.Eric revirou os olhos, mas não contestou. Ele sabia que eu não era do tipo que se contentava com suposições. No entanto, antes de precisarmos esperar muito, o carro de Antônio fez o sinal combinado. Sem perder tempo, Eric seguiu na mesma direção, parando em um estacionamento vazio de uma obra inacabada. Desço do carro e encaro Antonio e Judite, que saem do veículo hesitantes.— Fe