Aaron
Não consigo acreditar no que estou prestes a fazer. Meu coração b**e descompassado dentro do peito, uma mistura de excitação e nervosismo. Mas não vou recuar. Tenho um objetivo em mente e farei qualquer coisa para alcançá-lo.
Chego ao apartamento indicado por Eric e paro em frente ao número na porta. Demoro um momento antes de tocar a campainha, meu dedo hesitante sobre o botão. Mas logo decidi seguir em frente. Não há espaço para dúvidas agora. Preciso concluir isso o mais rápido possível.
A porta se abre lentamente e Eric está lá, com um sorriso de satisfação no rosto, totalmente impróprio para o momento. Ele me dá um aceno de cabeça e me deixa entrar, fechando a porta atrás de mim.
— Que bom que chegou. Pensei que tinha desistido.
Eu permaneço no mesmo lugar e deixo-lhe saber os meus pensamentos.
— Confesso que essa ideia passou pela minha cabeça — Digo, sentindo a tensão aumentar sobre os meus ombros.
— Mentalize aquela velha e importante frase de Maquiavel: Os fins justificam os meios.
— Essa você buscou diretamente do seu arquivo histórico, hein! — falei de maneira irônica.
Eric apenas deu de ombros, indicando que eu deveria seguir.
— Eu quis dizer que você deve mentalizar apenas o seu propósito e fazer o que precisa ser feito — Eric explicou. — Garanto-lhe que não será nenhum sacrifício e logo você vai me entender.
— Fala isso porque não está no meu lugar, Eric — protestei, sentindo-me prestes a explodir de tanta tensão que estava sentindo.
— Cara, eu adoraria estar em seu lugar e em mais de um sentido! — Eric protestou, rindo.
Apesar das minhas palavras, eu percebo que Eric tem razão - mais uma vez - e após suspirar com resignação, meu olhar avalia o espaço. É um lugar modesto, mas bem decorado, com móveis simples e confortáveis.
Eric havia ligado para mim alguns dias atrás, com uma proposta que mudaria tudo. Ele encontrou a garota perfeita para gerar o herdeiro que precisava. Rebecca, recém-chegada ao centro de acolhimento, era exatamente o que eu estava procurando. Ela era o estereótipo de uma garota do interior: simples, inocente e ainda não contaminada pelos vícios da cidade grande. Além disso, estava completamente sem apoio e sem dinheiro, tornando-a uma candidata ideal.
Fiquei indeciso por um momento, questionando se era ético ou mesmo humano usar alguém dessa maneira. Mas a urgência da situação me fez perceber que não podia deixar essa oportunidade escapar. Concordar com o plano de Eric foi a decisão certa, não importa o quão difícil fosse.
Ele se encarregou de todos os detalhes, desde encontrar um lugar para Rebecca ficar até organizar uma bateria completa de exames de saúde. E agora, aqui estou eu, prestes a colocar em prática a segunda parte do plano. A mais difícil: a concepção do bisneto de Leonel Baumann.
Respiro fundo, reunindo minha determinação. Não posso mais voltar atrás. Este é o momento que tenho esperado, o primeiro passo em direção ao meu objetivo final. É hora de agir.
— Ela está no quarto — diz Eric, interrompendo meus pensamentos. — Vou chamá-la.
Ele desapareceu pelo corredor, deixando-me sozinho na sala. Sento-me no sofá, tentando ignorar a sensação de desconforto que cresce dentro de mim.
Quando Rebecca aparece, meu coração dá um salto. Vestida com uma camiseta rosa simples e uma calça de moleton, ela é ainda mais bonita do que eu poderia ter imaginado, com seus olhos grandes e expressivos e uma aura de vulnerabilidade que só aumenta sua atração.
— Rebecca, este é Aaron — diz Eric, apresentando-nos. — Aaron, esta é Rebecca.
Levanto-me e estendo a mão, tentando parecer confiante.
— Prazer em conhecê-la, Rebecca.
Ela aperta minha mão, sua pele fria e levemente trêmula.
— Prazer.
Eric nos observa por um momento antes de falar novamente.
— Agora vou deixar vocês a sós… para conversarem.
Eric apanha uma jaqueta sobre o encosto do sofá e, após se despedir com um aceno, ele se dirige à porta do apartamento. Quando ele sai, um silêncio desconfortável se instala.
— Acho que devemos nos sentar… — ela diz finalmente, sua voz suave e melodiosa.
Só então percebo que estamos parados no centro da sala, analisando um ao outro. Sento-me novamente, indicando para que ela faça o mesmo.
Enquanto nos sentamos lado a lado, observo Rebecca com curiosidade. Seus traços delicados e a maneira como ela brinca com os dedos desperta um estranho fascínio dentro de mim. Ela parece tão distante do mundo que conheço, tão diferente das mulheres sofisticadas e calculistas que costumo encontrar em meu círculo social.
Eu busco algo para dizer em minha mente, tentando encontrar as palavras certas.
— Sei que isso deve ser estranho para você — começo, a voz hesitante. — É estranho para mim também. Mas quero que saiba que... eu estou disposto a fazer o que for preciso para que isso funcione.
— Por que eu? — ela pergunta finalmente, sua voz carregada de determinação. — Por que eu fui escolhida para… isso?
Rebecca faz um gesto amplo, mostrando a sala e a nós ao mesmo tempo. Sua coragem em fazer aquela pergunta me deixa encantado. Sinto uma onda de calor inundar meu peito, uma sensação que não estou acostumado a experimentar. Rebecca desvia o olhar, corando levemente, e sinto meu coração acelerar ainda mais. Há algo nela que desperta meu interesse de uma maneira que não sei explicar.
— Porque você precisa de ajuda, e eu preciso de um herdeiro. Eric falou muito bem de você, e acredito que podemos ajudar um ao outro. Quero que isso seja o mais fácil possível para você.
— E depois?
— Depois, você terá todo o apoio necessário. Financeiro, médico, o que precisar. Eu prometo que você não será abandonada — digo, tentando soar convincente.
O olhar de Rebecca se torna mais voraz, expressando uma determinação admirável.
— O que acontece depois que o bebê nascer?
Rebecca era ingênua, mas não tola. Suas indagações mostram isso claramente. Porém, aquilo só aumenta minha curiosidade e fascínio. Ela é uma mistura complexa de ingenuidade e astúcia, que eu não conseguiria explicar, mesmo que tentasse. É estranho como me sinto atraído por ela, mesmo em meio a toda essa confusão.
Contudo, há um propósito muito maior e eu jamais posso esquecer a razão por estarmos juntos neste apartamento, neste momento.
— Você receberá cinco milhões de Reais. — Rebecca chega a prender a respiração à menção da quantia. — E o filho que você gerou será apenas meu.
RebeccaO choque da revelação de Aaron me atinge como uma onda gelada, paralisando-me no lugar. Eric já havia passado aquelas informações para mim, mas era como se eu estivesse ouvindo pela primeira vez. A forma como Aaron falou, sua frieza ao tratar do assunto, assustou-me profundamente.Levantei-me abruptamente, incapaz de permanecer tão perto dele. Aaron era um homem cuja determinação era tão intensa que me deixava arrepiada. Percebo que minha respiração está acelerada, meu coração batendo descontroladamente dentro do peito. Encaro Aaron com uma mistura de medo e desconfiança. Ele era a chave para minha liberdade. A decisão que tomei ao aceitar essa proposta parecia cada vez mais insensata, mas não aceitar não era uma opção sábia naquele momento. Aos vinte anos, ainda era virgem, apesar de alguns encontros inocentes com rapazes da igreja que frequentava com meus pais. Não havia compartilhado esse detalhe com Eric. Além da vergonha em falar sobre algo tão íntimo com alguém que hav
AaronRebecca é uma intrigante mistura de inocência e determinação e eu não estava preparado para lidar com isso. Os seus olhos expressivos me prendem, e por um momento, esqueço o motivo que nos trouxe até aqui. Há uma faísca de algo mais, algo que não consigo definir, mas que me deixa ansioso para descobrir.Aquele encontro deveria ser apenas parte de um importante negócio, mas os sentimentos que ela me desperta jamais poderiam ser considerados como mecânico ou impessoal quando toco os seus lábios com a minha boca e suguei a sua língua com força e desejo.As mãos de Rebecca, que até então estavam em meu pescoço, deslizando por minhas costas. O toque é sutil, quase imperceptível, mas provoca uma corrente elétrica que percorre todo o meu corpo. É como se uma faísca tivesse sido acesa entre nós, uma conexão que vai além do propósito prático desse encontro.Enquanto isso, as minhas mãos a trazem mais para perto e posso sentir cada curva de seu corpo contra o meu. A respiração de Rebecca
RebeccaEnquanto Aaron me beijava de modo ardente e cheio de paixão, eu tentava a todo custo conter a ansiedade, mas depois de sentir a boca dele sobre os meus seios, eu precisava de mais. Muito mais.Falar sobre a minha inexperiência faria Aaron desistir do nosso acordo, eu não tinha dúvidas sobre isso. Contudo, ir em frente sem revelar algo tão importante seria um risco. Mas a incerteza me fez recuar quando estava prestes a falar sobre a minha virgindade.— Nada — menti, puxando a sua cabeça de encontro a minha e o beijando com todo o desejo que estava sentindo naquele momento.Queria sentir novamente aquela sensação de formigamento por meu corpo, as pernas parecendo sem controle, assim com
AaronEnquanto esperava Rebecca sair do banheiro, uma mistura de sentimentos complexa tomava conta de mim. Rebecca estava demorando mais do que o habitual, e eu me perguntava por que ainda estava deitado ali, como se estivesse à espera dela. Sacudi a cabeça, repreendendo-me mentalmente. Nós não éramos um casal, não tínhamos esse tipo de ligação. Era apenas um acordo, um negócio entre nós.Levantei-me da cama como se ela estivesse pegando fogo e comecei a juntar minhas roupas do chão espalhadas pelo chão. Vesti-me às pressas, sem me importar muito com a estética. Sentia um mal-estar crescente por ter cedido à tentação de transar com Rebecca mesmo depois de ter percebido claramente que ela ainda era virgem. Mas o que estava feito nã
RebeccaEu já estava há bastante tempo dentro do banheiro, refletindo sobre tudo o que havia acontecido. Contudo, eu não podia ficar ali para sempre, então tomei um longo banho para clarear minha mente, vesti um roupão felpudo e finalmente voltei para o quarto. Ainda não sabia ao certo como proceder, mas para o meu alívio, Aaron não estava mais lá. Um pressentimento me dizia que ele já tinha deixado o apartamento.Respirei fundo, resignada com a situação. Era melhor assim, afinal, nós tínhamos feito um acordo claro desde o início. Não era um relacionamento como os outros. Era um negócio, uma transação fria e calculada. Minha parte agora era torcer para que aquela única noite fosse suficiente para conceber o tão dese
AaronDoze dias após transar com Rebecca, Eric a levou para fazer o exame HCG para confirmar se ela estava grávida ou não. Ele disse que já seria possível obter a informação com precisão. Eu estava no meu escritório, imerso em trabalho, tentando afastar aquelas memórias incômodas, quando Paola entrou, trazendo consigo a notícia que eu mais temia.— O exame deu negativo — ela disse, a voz carregada de tensão.— Merda! — Praguejei, a frustração me consumir.Sabia o que isso significava: eu teria que transar com Rebecca novamente. Meu lado racional gritava que isso não era uma boa ideia. Aquela noite já havia sido difíci
RebeccaQuando Eric ligou para avisar que Aaron estava vindo novamente ao meu encontro, senti um frio no estômago, acompanhado por uma emoção que me envergonha: excitação. Passei todos esses dias pensando nos momentos que tivemos juntos, e saber que iria acontecer novamente me deixou nervosa e ansiosa ao mesmo tempo.Tomei um banho, sentindo a água quente me acalmar um pouco, e depois passei hidratante por todo o corpo, agora extremamente consciente do que estava para acontecer. Abri o guarda-roupa e, entre as várias peças que comprei com o cartão que Eric me entregou, peguei um vestido justo com um decote generoso. Comprei pensando em Aaron.Vesti o vestido e me olhei no espelho. O reflexo mostrava uma mulher provocante, atraente. Por um momento,
AaronCaminhei para o banheiro, fechei a porta e logo estava embaixo do jato de água potente, tentando lavar os resquícios da loucura que estou cometendo. Rebecca era uma tentação e eu não me sentia forte o suficiente para resistir. A cada toque, sentia-me cada vez mais encantado por aquela garota e isso não é nada bom.Preciso recarregar as energias, em todos os sentidos, para voltar ao campo de batalha. Paola e Eric estavam certos sobre uma vez apenas não ser suficiente para alcançar o meu objetivo. O que eles não sabem é que uma vez apenas também não é suficiente para mim, porém, em um sentido totalmente diferente do que eles pensam.Perdido em pensamentos e lavando o meu corpo com mais força do