106. DECISÃO

O silêncio na sala era quase palpável enquanto Daphine processava as confissões que acabara de ouvir. As palavras de Aria ecoavam em sua mente, confrontando tudo o que ela acreditava saber sobre si mesma e sua mãe. Seus pensamentos eram um turbilhão de memórias, flashes de momentos que antes pareciam desconexos, mas agora começavam a se encaixar.

Ela se lembrou das conversas com sua mãe, aquelas noites em que Aurora falava com ternura, mas sempre com uma pontada de tristeza nos olhos. Lembrou-se das histórias que Jones contava, pintando Aurora como uma mártir, uma mulher que tinha se sacrificado por algo maior. E os remédios... os remédios que sua mãe insistia que ela tomasse.

“É para o seu bem, minha filha,” dizia Aurora, com a voz trêmula. Na época, Daphine nunca questionou, mesmo quando aqueles remédios a deixavam letárgica ou a faziam perder o controle. Ela simplesmente aceitava.

Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto de Daphine, como se fosse a materialização de todo o peso
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