Valentina sempre foi uma menina atrevida, não gostava de boneca e muito menos de brincar de casinha. Cresceu no meio dos peões, montando a cavalo, o que ela mais gosta é de uma aventura e de uma boa briga. Sempre teve Daniel como seu melhor amigo, até ver ele com outra mulher e sentir um sentimento estranho e o carinho passar a raiva, com o tempo descobriu que esse sentimento era amor, mas um amor impossível. Ela a filha do patrão ele o empregado. Ela uma menina aos olhos dele, ele um Rapaz safado e galinha nos olhos dela. Mas um presente de aniversário muda tudo, transformando Valentina na patroa e ele no seu capataz. Entre brigas e pirraças ela vai descobrir que aquele sentimento de anos atrás ainda existe, já ele vai perceber que sua menininha cresceu, só precisa ser domada e ele como um bom domador aceita esse desafio.
Ler mais25 dias depois..Não é que eu seja apresado, nem nada disso, mas depois de todo o tempo que eu esperei achei melhor me casar logo, antes que aquela jaguatirica desistisse de mim.Acredito que não ia fazer isso, mas nada melhor do que precaver.A família dela ficou muito feliz e gostou da ideia de casar logo, os preparativos foram feitos e tanto eu quanto ela queríamos tudo simples.O padre era o mesmo que casou a dona Manuela, ele já tava com quase oitenta anos mas já conhecia bem a família, ele que casou todo mundo lá em Juara e no final ia me casar também, só que aqui em Rio verde.Os bancos todos de madeira envernizadas, e um tapete vermelho no chão.Eu de camisa preta, calça jeans bota e chapéu branco, nada de usar aqueles terno estranho que mais parece pinguim.Minha mãe e meu pai já estão no altar comigo e logo entra meu irmão com a Patrícia, prima da Val, eles tão de rolo que eu sei não sou besta não e sei que tem coisa estranha ali, e mais estranho foi ver ele sem camisa com
* Valentina *.Espero ansiosa a chegada da minha família, faz um mês que não os vejo.Ainda não caiu a ficha que estou grávida, acho que só vou ter total certeza quando o bebê nascer, ainda tenho medo de não ser uma boa mãe, mas isso só o tempo é capaz de me ensinar.Ainda nem acredito que o Daniel me pediu em casamento, foi lindo e fofo ao mesmo tempo, meu melhor amigo, meu ex amigo, meu primeiro amor, minha primeira desilusão, meu empregado e logo meu marido e pai do meu bebê, ele foi tudo na minha vida.São tantas incertezas em minha vida, que a única certeza que tenho é que eu amo aquela peste, amo de verdade, e estaria enganando a mim mesma se não aceitasse isso.Da varanda vejo todos chegar, abro um grande sorriso vendo minha mãe, meu Deus eu sou ser mãe também, é tão estranho pensar nisso.Abro os braços recebendo os abraços, enquanto as crianças correm para dentro de casa, principalmente os gêmeos do Bento, ainda bem que ele operou senão era capaz de ter outra dupla.Não sei
* Daniel *.Não sei nem explicar o que eu sinto agora, ainda não acredito que vou ser pai e que tem uma pequena sementinha minha e dela dentro da sua barriga.Olho em seu rosto, dormindo tranquila e de nada lembra aquela jaguatirica brava que eu tenho.Será que nosso filho ou filha, vai ser como ela?Se for eu tô bem lascado, aturar ela já é difícil quando tá nervosa, imagina mais um em miniatura.Eu tô louco pra contar pra minha mãe, que ela vai ser avó, meu pai então vai ficar super feliz, mas ela pediu pra guardar segredo ainda, porque os parentes dela vai vir logo.Tudo bem que eu já escondi uma semana, sim uma semana escondendo que vou ter um filho até dos meus irmãos.Pensa num segredo difícil, já que meu peito pula igual aqueles tamborins de carnaval toda vez que olho para a sua barriguinha que ainda não tem nem sinal de que tem um filho nosso ali.Esses dois últimos dias ela tem passado muito mal, tudo que come joga fora, passa a noite abraçada com o vaso sanitário, então ela
Não sei o que é pior.Esperar o palito mudar de cor, ou ver a Patrícia e o Afonso me olhando.Acho que ver os dois me olhando é pior.Depois que a Patrícia mandou mensagem para o Afonso, não demorou nem uma hora ele já estava aqui, acho que saber se eu estou ou não grávida é mais importante que matar a saudade do namorado.Daniel saiu com o Davi, foi terminar de olhar o gado e só volta anoite, nem viu meu primo chegar e foi bom, tenho de conversar com ele e explicar que meu primo é gay, e ele não precisa ficar com raivinha dele._ Eai? — Afonso pergunta ansioso, até mais que eu._ Estou com medo de olhar. — digo com o teste na minha mão o fechando os dedos._ Então deixa que eu olho. — Patrícia tenta tirar o teste da minha mão, mas eu seguro._ Não eu vou olhar. — respiro fundo e abro a mão, todos nós vemos ao mesmo tempo e eu não acredito que ali estava às duas linhas._ Positivo. Não acredito positivo eu vou ser madrinha. — Patrícia diz pulando em cima de mim, eu disse se um dia eu
* Valentina *.1 mês depois..Já faz um mês que estou namorando e isso é tão esquisito, na verdade, estranho demais.Daniel fica mais na sede do que na casa dele, dorme todas as noites comigo, agarrado igual um carrapato e logo de manhã me acorda com um belo bom dia.Aquele bom dia que você me intende bem.Tive de comprar outra cama, aquela não aguentou ainda me lembro do tombo que levei. Estava tudo indo bem, eu estava lá no céu vendo as estrelas mais lindas, quando do nada a cama caiu e ele caiu em cima de mim e rolando da cama para o chão.Agora compramos uma de madeira pura mesmo, aquelas de tora de árvore, quero vê ela quebrar.Ontem minha prima Patrícia me ligou, e fiquei muito feliz, finalmente ela estava vindo com Afonso, e eu não tava mais aguentando de ansiedade._ Que cara é essa Val? — Daniel me pergunta enquanto olhamos os bois no pasto, agora é assim, aonde eu vou ele vai atrás e se um peão olhar pra mim, tenho o capataz mais bravo de todo Goiás._ Tô ansiosa._ Ansio
* Daniel *.Com a Val tem de ser veiaco, e pensando nisso eu armei todo o plano em algumas etapas.Armar a armadilha.Arrumar a isca.Fisgar a presa.Prender ela na armadilha.Bem simples né? Só que não, pois eu conhecia a minha jaguatirica e sabia que não seria tão fácil assim, e o Douglas quase que me atrapalha tudo, mas no final deu tudo certo e ver a cara dela na frente da família não tem preço, quero ver ela voltar atrás em aceita namorar comigo.Pois, acredito que sim, ela voltaria.Aquela mulher é traiçoeira só que eu sou mais.Armei a armadilha deixando ela sentir minha falta, e claro eu fui a isca, uma bela isca não acha?Fisguei minha jaguatirica naquele plano dela aceitar meu pedido e o grande final digamos assim, foi meu pai ligar pra dona Manuela falando do nosso namoro, e claro que eles iam vir, só não imaginava que ia vir tudo.Tem gente demais aqui, a família toda dela e não é pouco não, o gente pra fazer filho tem tanto muleque correndo que tenho até medo de pisar ou
* Valentina *.Novamente acordo com sua mão abraçada ao meu corpo, e sua barba roçando meu pescoço, sinto um arrepio que faz os meus cabelos se arrepiarem, e meu coração está tão quentinho em ter ele ali comigo.Ainda não acredito que cai naquela chantagem idiota, ele não ia aguentar ficar parado, eu sei que não aguentaria muito tempo, e mesmo assim eu cedi e agora não tem mais volta, pois eu disse sim.Não acredito que disse sim, e só de pensar nisso meu coração acelera tanto, eu estou namorando pela primeira vez e é com ele.Daniel é muito teimoso, e eu sabia que ele ia insistir até conseguir o que queria e, no fundo eu também queria, mas é verdade, eu tenho medo, e depois de tudo que aconteceu entre nós, acho que esse medo seja compreensível.Sofri tanto na minha adolescência por causa dele, por amar tanto ele e ele não me ver, e depois pelo o que aconteceu, por causa daquela aposta idiota que eu já entendi que ele não queria fazer, mas fez.E isso nos distanciou por muito tempo,
* Daniel *.Ter a Val aquele dia foi a certeza que quero ela só pra mim, e que eu sou dela e apenas dela.Seu corpo macio colado ao meu, sua boca na minha e eu dentro dela, sentindo ela tão gostoso, que não tinha vontade de parar. Eu queria mais e mais, só parei porque ela pediu.Mas essa história de sexo só por fazer não vai rola comigo não, eu mudei e não quero mais isso pra minha vida, eu quero ela, casa com ela ter um monte de pestinha correndo por tudo que é lugar.Então tive de mostra pra ela, como as coisas funcionam, se é só quando se tem vontade, ela ia ficar sem, até não aguenta mais.Eu aguentei cinco anos, aquento alguns dias.Enquanto isso falei com meu pai, na verdade, ele falou comigo, pergunto como eu e ela tava e falei, e ele deu risada da minha cara, falou que a Val conseguia ser pior que a Dona Manuela, não sei se isso é possível ou se é porque já me acostumei com a Val.Mas aí ele me disse que pra domar a Dona Manuela, o senhor Isaque usava as armas que tinha, qu
* Davi *.Não sei quem tem menos juízo, se é meu irmão ou eu.Acho que sou eu.Que tava rolando uma coisa entre ele e a Valentina isso tava, o sorriso de besta na cara dele tava grande demais, só que depois ele foi falar com nosso pai e eu descobri tudo, e o plano dele é bem maluco.Eu nem saio dia de sábado, fico em casa vendo televisão, e remoendo a minha burrice.Como posso ser tão burro.E depois até a Daniela entrou no meio de tudo, tava tudo ok.Até o Douglas atrapalha, não sei daonde saiu aquele dito cujo, nois tava indo de boa jantar na minha mãe e o bendito passa o mata burro, com um sorriso largo olhando pro nosso carro, aí já viu né.Meu irmão pirou, e me deixou maluco de vez.Tava me sentindo um espião desses dos filme que vejo, atrás das árvore só de olho.E meu irmão fazia cada cara engraçada que já tava me dando um trem na barriga, de tanta vontade de rir, mas nenhuma comparo quando o Douglas pegou na mão dela em cima da mesa, a frase."Vou corta os dedos dele com a tr