Luxúria. Apenas isso, apenas desejo e curiosidade. Enquanto Andrew Waldorf tentava se convencer que queria apenas sexo, acabou se apaixonando pela tentação em pessoa. Agnês faz o tipo adolescente mimada que tem o mundo aos seus pés. Nunca imaginou que quando fosse se apaixonar de verdade, seria logo por seu irmão mais velho, o qual sempre foi seu porto seguro. As provocações, os pensamentos proibidos, os ciúmes em excesso... Tudo parece lhes empurrar para o caminho do pecado e impureza.
Ler maisAlguns anos depois ANDREW WALDORF — Ashley, você já tem várias bonecas iguais a esta. Agnês estava exausta de tanto correr atrás da garotinha loira que parece estar ligada no 220v. Ela não para nem um segundo, parece uma pequena máquina que não descansa nunca. Na semana que vem é seu aniversário de 4 anos, então fomos obrigados a dar um passeio com ela no shopping. Está tão ansiosa que não para de falar disso nem por um segundo, parece até mesmo com Agnês toda vez que seu aniversário se aproximava. Na verdade, Ashley é uma mini Agnês. Com os grandes cabelos dourados e ondulados. Iguais os da mãe. Seus olhos alternam entre azuis e verdes, na maioria das vezes ficam azuis. Um azul escuro e marcante, exatamente iguais aos olhos da minha esposa. Nada mudou nestes 4 anos. Bom, poucas coisas mudaram. Como, Elizabeth e Blake terminaram o casamento deles, meu pai a trocou p
ANDREW WALDORFAlguns meses depois...— Qual o problema, Waldorf? — questionou Agnês, em um tom forçadamente sarcástico. Com o semblante cansado das noites em que passara em claro. Mas ela em si, estava perfeitamente arrumada. Com um vestido azul celeste, rendado. Os cabelos dourados e ondulados estavam soltos, os lábios pintados de rosa e, seu sorriso parecia mais feliz do que nunca; iluminando seu rosto.Eu continuava sorridente, lembrando da noite em que Ashley nasceu. Naquela noite, quase desmaiei três vezes durante o parto. Entrei em desespero, sem saber uma forma de ajudá-la com toda a dor que estava sentindo. Até que finalmente Ashley nasceu. E porra, o mundo todo pareceu ter ficado no mudo. As coisas que aconteceram nos últimos meses, parecem ter sido apagadas com apenas um único momento. O nascimento dela, da nossa filha. Eu não sei exatamente o que senti no segundo em que vi e segurei meu bebê, mas eu sei que meu cor
AGNÊS WALDORFDesde ontem eu estava ao redor de Aylla, perguntando se ela precisava de alguma coisa ou estava bem. Desde o momento em que ela desmaiou na minha frente por insuficiência respiratória. Eu entrei em desespero, não soube o que fazer ou para quem pedir ajuda. Estava em completo choque, sem dizer nem uma palavra. Eu não consegui ajudar minha irmã, eu vi que ela estava morrendo e eu não consegui fazer nada. Sebastian chegou em casa e a levou para o hospital, antes que ela morresse diante dos meus olhos. Por que fiquei parada? Por que não ajudei em nada? Era como se todo o meu corpo estivesse desligado, como se nada me pertencesse e eu não tivesse o poder de mexer um músculo. Foi terrível, senti uma sensação estranha de quase morte. Eu sei que Aylla é minha irmã gêmea e estamos ligadas. Porém naquele momento, quando eu vi ela
ANDREW WALDORFNão sou o idiota sonso que Sebastian está pensando, s todo momento estou de olho nele. Principalmente quando suas mãos sujas estão no corpo da minha noiva. Ele não me engana, sei muito bem o que ele quer. Mas não vai conseguir, Agnês nem liga para ele. E acho que ela não está disposta a jogar uma vida inteira comigo fora por um idiota falso que só quer foder com ela e depois fingir que são irmãos e nada além disso. Não que na época em que nos relacionamos eu fosse muito diferente, mas se Agnês quisesse eu estava disposto a contar ao mundo todo que era apaixonado por ela. Essa é a nossa diferença, eu sou muito mais homem que Sebastian. Para o bem dele, é melhor tirar Agnês de sua cabeça, ou então vou precisar tomar medidas drásticas e acabar com a vida dele caso ele faça alguma coisa para ela. Não duvido nada de Sebastian, aquela cara de anjo engana qualquer um menos eu. Talvez todos já tenham percebido os interesses dele, mas é tão hipócrita que ningu
AGNÊS WALDORFElizabeth passou a tarde toda mandando nos empregados, arrumando a decoração e provando o buffet. Estava tudo ótimo, mas eu sei que Andrew nem vai ligar muito para a festa. Já que ele nunca gostou disso, e sempre deixou isso bem claro quando em suas festas de 15, 16, 17 e 18 ele não voltou para casa. Ficamos lá plantados, esperando o adolescente rebelde que provavelmente estava enfiado no meio das pernas de qualquer garota que encontrou em alguma festa. É claro que eu morria de ciúmes, mas sempre fiquei quieta. Já que irmãos não sentem esse tipo de ciúmes um pelo outro. Sempre quis dizer a Andrew como eu me sentia quando ele trazia uma garota diferente toda semana. O quanto eu odiava isso, odiava que eu nem pudesse sair de casa enquanto Andrew ficava transando com as garotas no quarto ao lado.Começamos a cantar parabéns, enquanto Andrew abriu um sorriso amarelo. Batendo palmas junto. Em seu rosto consegui notar que ele não estav
ANDREW WALDORFNo dia do meu aniversário, tenho que trabalhar durante horas. Queria ir pra casa, ver Agnês, ficar um tempo sozinho com ela. Mas como sempre, Elizabeth está no controle e nos quer lá para uma pequena festinha em comemoração aos meus 20 anos. Não, não quero comemorar. Estou envelhecendo e já desisti de fazer faculdade, sou praticamente sustentado pelos meus pais. Já que eles ainda nos dão dinheiro. Eu trabalho na empresa apenas para garantir que tenhamos algo caso eles surtem e decidam que não vão mais nos dar nada. É apenas um dinheiro reserva, do qual nem precisamos.Agnês disse que eu não preciso trabalhar. Que juntando o dinheiro de nós dois já dá pra uma vida toda. Esse é o problema. Foi Blake e Elizabeth quem trabalharam por esse dinheiro, não nós. Eu não quero me sentir como se estivesse tentando roubar algo que eles demoraram para ter. Eu sei, são eles que estão nos dando esse dinheiro por vontade própria. Mas mesmo assim
AGNÊS WALDORF— Olha que bonitinho! — Aylla praticamente gritou no meu ouvido, mostrando o vestido de bebê, rosa claro, com pérolas e babados extravagantes. Isso realmente não era nada a cara dela, mas estava fazendo um esforço tão grande para me deixar feliz que apenas esbocei um sorriso. Concordando com a cabeça, olhando para outras roupas.Primeiro conversamos com uma estilista, ela irá fazer o vestido do meu casamento com Andrew. Já avisei a ela que será antes de o bebê nascer, pois depois disso vou ficar gorda e acabada. Cheia de estrias e celulites. Só de pensar já me dá dor de cabeça.Almoçamos no shopping e agora estamos escolhendo uma roupa para sairmos. Andrew faz 20 anos semana que vem e eu praticamente não tenho roupa nenhuma. Tudo o que tinha deixei na casa de meus pais,
ANDREW WALDORFJá faz algumas semanas que Agnês e eu estamos com problemas. Principalmente agora que Sebastian está morando na minha casa. Claro que eu odiei a ideia, falei mil vezes que não o queria aqui. Mas Agnês implorou, dizendo que ele por perto ajudaria ela a se distrair. Bem, quando eu falei que tinha planos para nós não estava pensando que seu irmão biológico brigaria com toda a família adotiva dele e pararia na minha porta com a cara mais lavada do mundo. Sebastian tentou me convencer para que eu conhecesse minha mãe biológica. O que me irritou bastante, principalmente porque veio dele. Não quero conhecer ela, não temos nada em comum. Somos de mundos diferentes, eu sou filho de Elizabeth e Blake. Estou conformado com isso já.— Será que apenas eu sei fazer comida nessa casa? — resmungou o loiro, batendo as portas dos armários. Sim, apenas Sebastian sabe cozinhar. E eu não contrato uma cozinheira de propósito, somente para vê-lo
— Andrew, você ouviu aquilo? Ela tá doente! A MINHA IRMÃ PODE MORRER, ENTÃO NÃO ME PEÇA PARA TER CALMA!! — Agnês gritou, empurrando um vaso de flores no chão. Estava agindo como se a culpa fosse minha de Aylla ter uma doença cardiológica. Minha vontade é de alterar meu tom de voz e dizer a ela que o mundo não gira em torno de Aylla ou da doença dela. Sim, eu estou abalado, sem acreditar que posso perder minha irmã. Mas o fato de estar triste não me dá o direito de ser desequilibrado e colocar a culpa nos outros.— Qual é o seu problema? Ultimamente parece estar inventando motivos para brigar comigo. Cansou de brincar de casinha? Percebeu que isso não era pra você? Qual o problema, Agnês? — questionei, entre dentes. Tentando manter-me no controle. Não posso gritar com ela, precisamos discutir como dois adultos que somos. Ou então, não terá casamento algum. Se brigarmos por qualquer motivo, isso irá acabar nos desgastando com o tempo. Algo que eu não quero de je