ANDREW WALDORF
No dia do meu aniversário, tenho que trabalhar durante horas. Queria ir pra casa, ver Agnês, ficar um tempo sozinho com ela. Mas como sempre, Elizabeth está no controle e nos quer lá para uma pequena festinha em comemoração aos meus 20 anos. Não, não quero comemorar. Estou envelhecendo e já desisti de fazer faculdade, sou praticamente sustentado pelos meus pais. Já que eles ainda nos dão dinheiro. Eu trabalho na empresa apenas para garantir que tenhamos algo caso eles surtem e decidam que não vão mais nos dar nada. É apenas um dinheiro reserva, do qual nem precisamos.
Agnês disse que eu não preciso trabalhar. Que juntando o dinheiro de nós dois já dá pra uma vida toda. Esse é o problema. Foi Blake e Elizabeth quem trabalharam por esse dinheiro, não nós. Eu não quero me sentir como se estivesse tentando roubar algo que eles demoraram para ter. Eu sei, são eles que estão nos dando esse dinheiro por vontade própria. Mas mesmo assim
AGNÊS WALDORFElizabeth passou a tarde toda mandando nos empregados, arrumando a decoração e provando o buffet. Estava tudo ótimo, mas eu sei que Andrew nem vai ligar muito para a festa. Já que ele nunca gostou disso, e sempre deixou isso bem claro quando em suas festas de 15, 16, 17 e 18 ele não voltou para casa. Ficamos lá plantados, esperando o adolescente rebelde que provavelmente estava enfiado no meio das pernas de qualquer garota que encontrou em alguma festa. É claro que eu morria de ciúmes, mas sempre fiquei quieta. Já que irmãos não sentem esse tipo de ciúmes um pelo outro. Sempre quis dizer a Andrew como eu me sentia quando ele trazia uma garota diferente toda semana. O quanto eu odiava isso, odiava que eu nem pudesse sair de casa enquanto Andrew ficava transando com as garotas no quarto ao lado.Começamos a cantar parabéns, enquanto Andrew abriu um sorriso amarelo. Batendo palmas junto. Em seu rosto consegui notar que ele não estav
ANDREW WALDORFNão sou o idiota sonso que Sebastian está pensando, s todo momento estou de olho nele. Principalmente quando suas mãos sujas estão no corpo da minha noiva. Ele não me engana, sei muito bem o que ele quer. Mas não vai conseguir, Agnês nem liga para ele. E acho que ela não está disposta a jogar uma vida inteira comigo fora por um idiota falso que só quer foder com ela e depois fingir que são irmãos e nada além disso. Não que na época em que nos relacionamos eu fosse muito diferente, mas se Agnês quisesse eu estava disposto a contar ao mundo todo que era apaixonado por ela. Essa é a nossa diferença, eu sou muito mais homem que Sebastian. Para o bem dele, é melhor tirar Agnês de sua cabeça, ou então vou precisar tomar medidas drásticas e acabar com a vida dele caso ele faça alguma coisa para ela. Não duvido nada de Sebastian, aquela cara de anjo engana qualquer um menos eu. Talvez todos já tenham percebido os interesses dele, mas é tão hipócrita que ningu
AGNÊS WALDORFDesde ontem eu estava ao redor de Aylla, perguntando se ela precisava de alguma coisa ou estava bem. Desde o momento em que ela desmaiou na minha frente por insuficiência respiratória. Eu entrei em desespero, não soube o que fazer ou para quem pedir ajuda. Estava em completo choque, sem dizer nem uma palavra. Eu não consegui ajudar minha irmã, eu vi que ela estava morrendo e eu não consegui fazer nada. Sebastian chegou em casa e a levou para o hospital, antes que ela morresse diante dos meus olhos. Por que fiquei parada? Por que não ajudei em nada? Era como se todo o meu corpo estivesse desligado, como se nada me pertencesse e eu não tivesse o poder de mexer um músculo. Foi terrível, senti uma sensação estranha de quase morte. Eu sei que Aylla é minha irmã gêmea e estamos ligadas. Porém naquele momento, quando eu vi ela
ANDREW WALDORFAlguns meses depois...— Qual o problema, Waldorf? — questionou Agnês, em um tom forçadamente sarcástico. Com o semblante cansado das noites em que passara em claro. Mas ela em si, estava perfeitamente arrumada. Com um vestido azul celeste, rendado. Os cabelos dourados e ondulados estavam soltos, os lábios pintados de rosa e, seu sorriso parecia mais feliz do que nunca; iluminando seu rosto.Eu continuava sorridente, lembrando da noite em que Ashley nasceu. Naquela noite, quase desmaiei três vezes durante o parto. Entrei em desespero, sem saber uma forma de ajudá-la com toda a dor que estava sentindo. Até que finalmente Ashley nasceu. E porra, o mundo todo pareceu ter ficado no mudo. As coisas que aconteceram nos últimos meses, parecem ter sido apagadas com apenas um único momento. O nascimento dela, da nossa filha. Eu não sei exatamente o que senti no segundo em que vi e segurei meu bebê, mas eu sei que meu cor
Alguns anos depois ANDREW WALDORF — Ashley, você já tem várias bonecas iguais a esta. Agnês estava exausta de tanto correr atrás da garotinha loira que parece estar ligada no 220v. Ela não para nem um segundo, parece uma pequena máquina que não descansa nunca. Na semana que vem é seu aniversário de 4 anos, então fomos obrigados a dar um passeio com ela no shopping. Está tão ansiosa que não para de falar disso nem por um segundo, parece até mesmo com Agnês toda vez que seu aniversário se aproximava. Na verdade, Ashley é uma mini Agnês. Com os grandes cabelos dourados e ondulados. Iguais os da mãe. Seus olhos alternam entre azuis e verdes, na maioria das vezes ficam azuis. Um azul escuro e marcante, exatamente iguais aos olhos da minha esposa. Nada mudou nestes 4 anos. Bom, poucas coisas mudaram. Como, Elizabeth e Blake terminaram o casamento deles, meu pai a trocou p
✯AGNÊS WALDORF✯ — Você não manda em mim, Andrew! — esbravejo batendo a porta com força. Na maioria da vezes, meu irmão consegue me irritar tanto ao ponto de me fazer odiá-lo.Entendo que esteja me protegendo, mas isso é chato e irritante. Deveria saber que já não preciso mais dele. Eu já tenho dezoito anos, não sou mais a garotinha inocente e delicada que sempre chamava o irmão para tudo. Meus pais e Andrew parecem não aceitar o fato de que Aylla e eu crescemos.Não posso sair de casa, a não ser que Andrew me leve. Eu não posso nem ficar mexendo até tarde no celular. Meus pais só podem ter ódio de mim.A única pessoa que me entende é Aylla. Minha irmã gêmea e melhor amiga. Claro, todos pegam mais no meu pé e deixam ela mais livre, e isso foi ela mesma que conquistou com toda sua birra e personalidade forte.Ter uma irmã gêmea tem o lado bom e o ruim. Todos sempre acham
✯ANDREW WALDORF✯Assim que estaciono minha moto, Agnês freia bruscamente sua Lamborghini Rosé, parando ao meu lado. Essa garota não pode ser normal!- Estávamos apostando corrida e eu não sabia? - questiono quando a vejo sair do veículo. Ela se olho no reflexo da janela e joga os cabelos loiros e ondulados para trás.- Foi você quem arrancou na minha frente, não era eu quem deveria te fazer essa pergunta? - Reviro os olhos e pego minhas coisas, indo até ela e apoiando o braço em sua cabeça. Por conta dos seus míseros 1.62m de altura.- Desgruda, Waldorf! - resmungou me empurrando.- Como se teu sobrenome também não fosse Waldorf - provoco a empurrando de volta, vendo que um sorrisinho se formava no canto dos seus lábios.Ela anda na minha
✯AGNÊS WALDORF✯Andrew me tira do sério. Me irrita o jeito de sermos iguais, o jeito que ele provoca e me chama de gracinha. Tudo nele me irrita demais.Sempre odiei as proximidades das garotas do colégio, sempre soube que elas me usavam só como um jeito de ir pra cama com ele.Claro, eu nunca fui santa. Mas Andrew ultrapassa todos os limites. Esse babaca fácilmente acabará engravidando alguma adolescente boba por aí, e meus pais que pagarão por ele… já que eles sempre compram o silêncio das pessoas quando nossa família “perfeita” está envolvida.E agora, eu estou surtando por não ter nenhuma merda de empregada nessa casa. Quer dizer… até tem. Mas quando estamos em casa, mamãe e papai desejam que nós nos viremos e sobrevivemos por conta própria.Não consigo alcançar os salgadinhos no armário de cima. Eu literalmente odeio ser baixa!O perfume masculino de Andrew invade minhas