Sinopse No coração das planícies do Kansas, duas vidas completamente opostas se cruzam em uma noite fatídica. Sarah Bennett, uma jovem evangélica de fé inabalável, vive uma vida humilde, lutando para sustentar a mãe, o padrasto e o meio-irmão. Quando sua família decide forçá-la a um casamento arranjado com um fazendeiro local em troca de dinheiro, Sarah sente seu mundo desmoronar. Do outro lado, Logan Carter é um magnata multimilionário, frio e autoritário, conhecido por sua determinação implacável nos negócios. Ele não acredita em Deus desde que traumas do passado o afastaram da fé. Mesmo com todo o poder e riqueza, Logan sente um vazio que não consegue preencher. Ao testemunhar a tentativa de casar Sarah à força, Logan intervém, determinado a salvá-la daquela humilhação. Mas seu gesto inesperado os coloca em uma situação ainda mais complicada: um casamento por conveniência que desafia os valores dela e os sentimentos reprimidos dele. Enquanto Sarah tenta ensinar Logan sobre fé e esperança, ele descobre que sua nova esposa pode ser a peça que faltava para preencher o vazio em seu coração. Porém, segredos do passado e interesses ocultos ameaçam a frágil relação entre eles. Em meio a intrigas, desafios e redenção, A Noiva Obsoleta do Magnata Americano é uma história sobre o poder do amor, do perdão e da fé que transforma até os corações mais endurecidos.
Ler maisSarah acordava cedo todos os dias, aproveitando a paz das manhãs na mansão. Depois de semanas tensas, as coisas começaram a melhorar. Logan havia trazido uma nova governanta para organizar a casa, e as humilhações haviam cessado. Ela ainda preferia passar o tempo sozinha, mas seus momentos de oração e trabalho no jardim estavam trazendo tranquilidade ao seu coração.— Está mais animada hoje — comentou Edward, que havia se tornado uma figura quase paternal para Sarah.Ela sorriu timidamente.— Acho que sim. As coisas têm sido mais calmas.— Bom, porque hoje temos uma novidade — disse ele, enquanto guiava Sarah até a cozinha.Lá, uma mulher de meia-idade, com olhos brilhantes e uma postura gentil, estava colocando flores em um vaso.— Esta é Margareth, nossa nova governanta. Ela cuidará da casa e também ajudará a senhora.Sarah sorriu educadamente.— Muito prazer, Margareth.No entanto, ao virar para Margareth, algo inesperado aconteceu. A mulher deixou cair o vaso, com os olhos arregal
Era uma manhã fresca e iluminada no Kansas. Sarah estava no jardim da propriedade, de joelhos, arrancando ervas daninhas. Ela gostava de passar um tempo ali, longe dos olhares críticos das empregadas que faziam de tudo para humilhá-la. No entanto, os hematomas em seus braços e as palavras cruéis que ouvia ainda ecoavam em sua mente.Dentro da mansão, Logan analisava relatórios em seu escritório, mas sua mente estava longe. Ele não conseguia parar de pensar em Sarah. Algo nela o intrigava profundamente. Mas, além disso, ele notava como ela evitava sua presença, como se estivesse com medo.— Edward — chamou Logan, chamando o mordomo.— Sim, senhor?— Quero que verifique se há algo errado com Sarah. Ela parece... diferente. Reservei as gravações das câmeras, mas quero confirmar o que está acontecendo.Edward assentiu, saindo para investigar mais de perto.---Na cozinha, Barbara, com seu avental impecável e um olhar altivo, observava Sarah carregar um balde pesado.— Vai com calma, princ
Sarah estava começando a sentir que o mundo ao seu redor era vasto e estranho demais. Quando Logan a trouxe para dentro de sua casa, ela mal teve tempo de processar o luxo que a cercava. Ela sabia que deveria estar grata pela oportunidade que lhe fora dada, mas os pensamentos sobre o passado e o medo do futuro não a deixavam em paz.Enquanto ela tentava se acostumar com o ambiente grandioso e a rotina que agora fazia parte de sua vida, as interações com as outras empregadas começaram a pesar sobre ela. As mulheres que trabalhavam na casa pareciam tratar Sarah com uma frieza imensurável, como se ela fosse uma intrusa. A hostilidade era palpável, mas o pior era o silêncio pesado que se estendia por toda a casa quando Logan não estava por perto.Uma das empregadas, a mais velha e amarga, chamada Barbara, tinha um olhar tão desconfiado quanto suas palavras cortantes. Sempre que Sarah tentava se aproximar ou perguntar algo, Barbara fazia questão de afastá-la com um sorriso sarcástico, que
O céu azul, que antes parecia pesar sobre Sarah, agora refletia uma luz suave, mas também uma sensação de vazio. O dia estava claro, e a brisa quente do Kansas ainda trazia com ela o cheiro da terra e das plantações que ela conhecia tão bem. Ela estava em pé no alpendre da casa onde passara boa parte de sua vida, mas tudo parecia diferente agora. O velho celeiro, que uma vez fora seu refúgio, agora se erguia como um símbolo do que havia sido perdido. O fazendeiro estava preso, a família se desfez diante de seus olhos, e o futuro que ela havia temido parecia ter se concretizado.Sarah sentia o peso da incerteza sobre seus ombros. Ela não sabia o que fazer a seguir. Suas mãos, que antes se acostumaram com a costura de sacas de café, agora estavam vazias. Aquelas mesmas mãos que haviam passado noites costurando sob a fraca luz de um lampião, agora não sabiam para onde ir. O trabalho que ela tinha, a única coisa que a sustentava e a fazia sentir que, pelo menos por um breve momento, estav
O calor sufocante da tarde estava se intensificando à medida que o sol se movia no céu, tingindo o horizonte de uma cor âmbar. Em Maplewood, as cores da paisagem eram suaves e douradas, mas em sua vida, Sarah sentia que a escuridão começava a tomar forma. A pressão sobre ela aumentava a cada dia. O que antes parecia ser uma rotina simples de trabalho, luta e oração, agora se transformava em uma tempestade. E nem mesmo sua fé conseguia proteger seu coração das correntes invisíveis que se fechavam ao seu redor. A situação em casa só piorava. O padrasto, Ralph, estava ainda mais viciado em jogos de azar e sua frustração com as perdas só fazia com que ele se tornasse mais cruel e imprevisível. A mãe de Sarah, Irene, afundava cada vez mais na bebida, negligenciando a filha e, com isso, o peso das responsabilidades recaía sobre os ombros dela. Jason, o meio-irmão, sempre esgueirava-se para o lado, aproveitando-se das circunstâncias e dando risada de tudo. A cada mês, as dívidas cresciam.
Capítulo 2: Sombras do Passado O céu do Kansas estava tingido de um tom laranja vibrante, enquanto o sol lentamente desaparecia por trás das colinas distantes. A paisagem parecia tranquila, quase intocada, mas o coração de Logan Carter estava longe de encontrar a paz. Ele caminhava lentamente pela varanda da casa de campo que servia como seu refúgio temporário, uma propriedade afastada da cidade, longe dos holofotes e da tensão que ele sabia estar à espreita. Era ali, naquela imensidão silenciosa, que ele costumava se perder em seus próprios pensamentos. Mas hoje, sua mente estava longe. Sarah Bennett. A jovem que ele viu na estrada naquele dia, tão simples, tão diferente de tudo o que ele conhecia. O que ele sentia por ela era inexplicável, como uma conexão profunda que não deveria existir. Como se a conhecesse há muito tempo. Ele não acreditava em coincidências. E a maneira como ela o tocou – não fisicamente, mas algo em sua alma – o deixou inquieto. Algo nela o lembrava de algo…
A manhã no Kansas se estendia como um quadro inacabado, tingido por tons dourados e azuis. O vento soprava suave, dançando com a relva alta que ondulava até onde os olhos conseguiam alcançar. O céu, profundo e límpido, parecia se unir com a terra, criando uma imensidão sem fim. O som distante de um tratores cortando o campo e o cantar das aves quebravam o silêncio sereno daquela paisagem rural. Sarah Bennett caminhava pela estrada de terra que cortava os campos dourados. Seus passos eram firmes, mas seu coração carregava um peso imenso, quase insuportável. Ela era uma jovem de olhar profundo e sereno, mas seus olhos carregavam uma tristeza velada. O vestido simples que usava, de tecido barato e com um tom esmaecido de azul, flutuava ao vento. Sua Bíblia estava presa entre suas mãos, como se fosse uma âncora em meio ao caos que começava a tomar sua vida. As casas ao longo da estrada estavam gastas pelo tempo, e o vento quente do Kansas assobiava por entre as fendas nas janelas. A pe