Paulina era uma jovem rica, mas por desejar ter uma vida fora dos padrões da sociedade em que vivia, decide mudar de vida, se candidatando a um emprego de babá, tendo como experiência apenas os serviços voluntários que prestava nos orfanatos. Ficou surpresa ao conseguir a vaga e pensou em permanecer no emprego por pouco tempo, até pôr suas ideias em ordem, mas o que ela não esperava era permanecer naquele emprego por anos e como consequência, se apaixonar pelo pai da pequena Eduarda. Erick, um solteiro convicto, ao descobrir ter uma filha fica radiante por ser tudo o que sempre sonhou, mas que pensava ser improvável, por acreditar que toda criança merecia crescer em família. Ao assumir a guarda da criança, pede que Paulina continue sendo a babá, mas ele não esperava que ela fosse uma verdadeira mãe para a sua filha, e isso o fez tomar uma decisão, o fazendo dar adeus aos seus dias de solteiro.
Ler maisNaquela noite eles recebem uma visita inesperada. Giulia havia acabado de chegar de viagem e resolveu ir visitar o amigo, levando com ela presentes de aniversário para Eduarda e de casamento para Paulina. — Obrigada, é muito lindo, mas não precisava se incomodar — Giulia presenteou o casal com um vaso de cristal. Paulina agradece o presente, mesmo sabendo que o presente não havia sido dado de coração. — Que bom que gostaram — Giulia sorri — Paulina, você já começou a fazer o enxoval? — Confesso que não havia pensado nisso, a casa já tem tudo e não vi necessidade de mudar nada. — Com certeza irá querer fazer alguma mudança, sei que Erick tem bom gosto, mas falta um toque feminino nos ambientes, mas não se preocupe, se precisar de ajuda para decoração, terei o maior prazer em te ajudar, já viu que eu tenho bom gosto — Giulia se referia ao quarto de Eduarda. — Caso eu precise, eu falo com você — Paulina responde apenas para agra
Paulina estava arrumando as suas coisas e pensa em seu relacionamento com Erick, sabia que a decisão dele em se casar com ela havia partido da ideia de dar a eduarda uma família que ele acreditava ser perfeita, com ela tendo um pai e uma mãe ao lado dela. Talvez o abandono da mãe o fez acreditar nessa perfeição. Saber o que o levou a pedi-la em casamento, a faz pensar que teria sido muito melhor se o tivesse conhecido em uma outra época, onde ela não fosse a babá de Eduarda, assim ela teria certeza do real interesse dele por ela e não apenas o desejo de dar uma mãe para a filha dele. Já para ela, mesmo o conhecendo em tais circunstâncias, ele era um homem lindo e perfeit e não o pai da sua protegida. Ele a fazia querer estar com ele mesmo antes de dormirem juntos pela primeira vez, ela precisava reconhecer isso. Todas as vezes que os seus olhares se encontravam, sentia o rosto queimar por ter a sensação de que ele fosse capaz de invadir os seus pensamentos e ver
Paulina estava acabando de ajeitar as coisas para sairem quando Sandra se junta à ela no quarto, e Paulina aproveita para novamente perguntar se ela queria ir ao paseeio com eles. — Agradeço o convite mas, como não irão estar em casa, me permitir marcar um passeio também com alguém – Conta rindo. — Como assim? Vai me dizer que você... — Estou namorando um italiano, lindo de olhos azuis — Sandra conta um pouco acanhada. Sandra já havia passado da casa dos cinquenta, antes ela parecia ter mais idade pela falta de condições de se cuidar como queria, mas depois da ajuda que vinha recebendo, pode se dar o luxo de comprar novas roupas e se cuidar um pouco mais, rejuvenescedo alguns anos na aparência. — Fico feliz por você ter encontrado um novo amor, tenho certeza que dessa vez dará certo — Paulina a incentiva. — Eu também espero, mas não quero criar muitas expectativas, como já te disse, não tive sorte no amor até aqui, porém, não posso perder as esperanças. — Você está certíssima,
Erick estava em seu escritório quando recebe uma ligação de Giulia, já tinha algum tempo que eles não se falavam, a verdade é que Erick havia esquecido de ligar para agradecer a indicação que ela deu da escola. — Oi Giulia, como você está? — Erick atende, deixando de lado o que estava fazendo. — Depois que descobriu ter uma filha, esqueceu totalmente de mim — Giulia não parecia estar aborrecida e ele fica aliviado. — Deixe de bobagem, você está viajando a trabalho, por isso não quis te incomodar. — Eu estou ótima, liguei para saber como você está. Mesmo esquecendo de mim, eu não estou chateada, sei que você ainda deve estar se adaptando a ser pai — Giulia o tranquiliza — Mas me diz, gostou do colégio que te indiquei? Soube que é um dos melhores, isso segundo algumas amigas que tem filhos. — É realmente um ótimo colégio, hoje foi o primeiro dia de aula para Eduarda, ela estava eufórica — Erick conta rindo, lembrando da animação da filha — Só posso te agradecer pela indicação,
No dia seguinte Erick e Paulina fizeram questão de ficar com Eduarda, eles aproveitaram para organizar os últimos detalhes do aniversário dela que seria em poucos dias. O aniversário de Eduarda seria a oportunidade para conhecerem os pais dos novos coleguinhas de Eduarda da escola, pois todos seriam convidados. Depois de tudo resolvido, Paulina aproveita um momento para ligar para a sua mãe, não contaria a novidade sobre o casamento por telefone, mas avisaria que iria visitá-los. — Seu pai está muito magoado com você, esses anos todos, só veio nos visitar contadas as vezes. — A senhora sabe muito bem o motivo que me fez me afastar dele, o papai só sabia falar da bobagem que eu fiz em me divorciar de Gonçalo, era como se não tivesse um outro assunto. — Por falar em Gonçalo, ele rompeu o noivado, não sabemos o motivo, só sabemos que ele continua solteiro. — Ah! Mamãe, até a senhora? Esquece Gonçalo por fa
Paulina sorri, pelo menos o desejo por ela ainda existia, e isso era um bom sinal, dava-se a entender que a história do divórcio não havia o assustado tanto. — O que você propõe? — Paulina pergunta o abraçando pelo pescoço. — Isso — Erick a segura pela nuca e a beija com intensidade fazendo o corpo de Paulina se curvar. Ele a conduz até o seu quarto, aos beijos e ao entrarem ele a põe deitada sobre a cama ainda vestida. Paulina queria sentir o seu corpo colado ao dele, mas Erick parecia não ter pressa. Ele a beija, acariciando os seus seios por sobre a roupa e Paulina geme sem pudor quando ele lhe toca a intimidade, o fazendo sorrir malicioso. Ele a castiga com carícias ousadas, a fazendo suplicar por ele. Quando ele a deixa nua, ela procura algo para se cobrir, mas Erick a impede, a fazendo permanecer olhando para ele enquanto tira as próprias roupas e não demora para eles estarem suados e exaustos, depois de se entregarem por completo
Paulina pensa em um jeito de começar aquela conversa, ela precisava contar que já havia sido casada, mas como dizer à Erick que o seu primeiro casamento fracassou em um ano, como dizer que o seu ex marido ainda perguntava por ela? Ela respira fundo e o olha, tocando as suas mãos que a seguravam pelos ombros. — Erick... — Paulina, eu sei que pode estar pensando que a minha decisao é precipitada, mas eu realmente quero que seja a minha esposa — Erick pega uma caixinha no bolso da calça e meio sem jeito ele abre e lhe mostra um anel de ouro branco e diamantes — Nem sei o que falar direito, mas a minha pergunta é: Vove aceita se casar comigo? Paulina sente vontade de ri, não dele, mas da situação. Era nítido que ele nunca havia pensando em pedir alguém em casamento e romantismo estava um pouco longe dos planos dele, mas por ele ter a preocupação de leva-la para um lugar só dele, preparar o ambiente para eles dois, era como se estivesse di
Ao entrarem no carro, Erick olha para Paulina que se mantinha calada e pensativa, ele decide não falar nada, ao invês disso, liga o carro e logo sai da propriedade. — Para onde vamos? — Passear — Ele responde sem entrar em detalhes. Paulina sabe que mesmo Erick sorrindo ele estava aborrecido, isso ele não conseguia esconder, mas ela também sabia que o motivo do aborrecimento dele foi ela ter o ignorado na noite anterior. — Erick... — Ela o chama mas ele não a olha e ela prefere se calar, esperaria o momento certo para tentar se explicar. — Diga-me! Pode falar, eu estou ouvindo? — Ele a olha de lado e percebe que ela não está conseguindo encontrar palavras — Quer falar sobre o seu sono de ontem?— Paulina sabia que ele era direto, mas precisava se acostumar com isso. — Eu não quis parecer ser leviana, indo te procurar no seu quarto, foi isso. — Por qual motivo eu te chama
Erick estava ansioso esperando por Paulina em seu quarto, pensou que eles estivessem em um relacionamento depois da noite que tiveram, mas estava enganado. Escutar Paulina dizer que estava quase dormindo, mesmo sabendo que ele estava esperando por ela não o agradou, era por isso que ele não gostava de relacionamentos, se apegar a alguém era o mesmo que colocar o pescoço na guilhotina e viver com a sensação de ser morto pela pessoa amada a qualquer momento, tinha visto isso com o seu pai e a sua tia, que foram abandonados pelos seus companheiros sem nenhuma consideração. Esse era um dos motivos que o fazia gostar da vida de solteiro, além de não precisar dar satisfação a ninguém, não era capaz de sentir falta ou mesmo saudades de alguém, muito menos tinha a preocupação de ser abandonado um dia. Paulina foi a única mulher que mexeu com ele, mas não estava disposto a se apaixonar, o seu único interesse por ela naquele momento era fazê-la sua esposa, para que Eduarda tivesse a