Paulina era uma jovem rica, mas por desejar ter uma vida fora dos padrões da sociedade em que vivia, decide mudar de vida, se candidatando a um emprego de babá, tendo como experiência apenas os serviços voluntários que prestava nos orfanatos. Ficou surpresa ao conseguir a vaga e pensou em permanecer no emprego por pouco tempo, até pôr suas ideias em ordem, mas o que ela não esperava era permanecer naquele emprego por anos e como consequência, se apaixonar pelo pai da pequena Eduarda. Erick, um solteiro convicto, ao descobrir ter uma filha fica radiante por ser tudo o que sempre sonhou, mas que pensava ser improvável, por acreditar que toda criança merecia crescer em família. Ao assumir a guarda da criança, pede que Paulina continue sendo a babá, mas ele não esperava que ela fosse uma verdadeira mãe para a sua filha, e isso o fez tomar uma decisão, o fazendo dar adeus aos seus dias de solteiro.
Ler maisPaulina não sabia se Gonçalo estava falando sério as vezes ela acreditava que Gonçalo fosse capaz de certas atrocidades por acreditar estar fazendo o certo, mas ela nunca soube que ele tivesse feito tal coisa, e mesmo ela acreditando que ele fosse capaz ela duvidava de tal atitude. — Gonçalo, você não teria coragem. — Eu estou brincando, Paulina — Ele acaba rindo — Quando voltar, me avise, vamos reunir os nossos filhos, quem sabe Arthur não seja o futuro marido de Eleonora. — Aceito o convite, mas nem invente de comprometer a sua filha com o meu filho pois, se forem como nós, já sabemos o resultado. — As vezes a minha filha será um pouco diferente de mim, digamos que mais esperta do que eu fui. — Melhor não voltarmos a esse assunto, isso é passado, e desde já obrigada por nos ajudar, só não esquece de me mandar o contato, queremos viajar amanhã bem cedo. — Pode ligar a qualquer hora para o número que eu irei te enviar, avisarei que o jatinho estará a sua disposição. Ao ence
Paulina ao ouvir o motivo da ligação de Sandra fica apreensiva, com medo de terem revelado a situação de Sofia para Eduarda, tarde demais. — O que está acontecendo? Por que Sandra nos ligou a essa hora? Não vai me dizer que Sofia...— Erick atropela nas palavras, querendo saber o que havia acontecido, ele só conseguia pensar em Eduarda. — Sofia teve o quadro agravado e voltou para a UTI, e Sandra me disse que não sabe se ela vai resistir. — Meu Deus, até morrendo essa mulher nos tira a paz... — Erick, por favor, não diga uma coisa dessa — Paulina recrimina o marido. — Me desculpe, amor, mas confesso que é difícil lidar com toda essa situação. — Eu sei, mas precisamos manter a calma. Eduarda precisa do nosso apoio, pois, independente de qualquer coisa, Sofia é a mãe dela, mesmo que nunca tenha agido como mãe, ela é. — Aquilo ali nunca foi mãe, não é porque está morrendo que eu vou dizer que é santa, nem o meu irmão quando morreu eu disse isso — Erick passa as mãos pelos cabelos
Erick, entende que para Eduarda não havia outra mãe, ela não contradisse o que foi dito por ele, mas ao perguntar por Paulina, deixou claro em que acreditava, Paulina era a sua única mãe. Eduarda era apenas uma criança, mas suas poucas lembranças de quando menor, a faziam não querer se aproximar daquela que a gerou, em seu coração havia o temor de que ela a afastasse daquela a quem amava como mãe, sua encantadora babá., que lhe deu amor, atenção e proteção. Erick sabia que precisava ser cauteloso com as palavras, era um assunto delicado, mas necessário. A medida que ele tomou antes, quanso Sofia quis exigir se infiltrar em sua casa com a desculpa de ser pela filha, foi para o bem de Eduarda, por saber que em nenhum momento ela estava pensando na filha, e sim em infernizar a vida daquela que lhe roubou o lugar de mãe, como Sofia argumentava, sem se dar o trabalho de analisar o seu comportamento com a filha durante o tempo que viveram juntas. Qualquer mãe que amasse o seu filho, iri
Sandra fica em silêncio, por não saber o que dizer para Sofia, era estranho ver uma pessoa em seu leito de morte sem se arrepender do mal que causou a outras pessoas. — Mas, me diz, como ela está? Como está Eduarda, mamãe? Sinto curiosidade em saber. — Eduarda é uma criança linda, está com quase 10 anos, e é muito inteligente, além de ser dócil, meiga e carinhosa. Tem os cabelos loiros, como os seus eram e os olhos verdes assim como os seus. — A senhora teria uma foto dela para eu ver? — Sandra com as mãos trêmulas lhe mostra uma foto de Eduarda, e Sofia sorri. — Ela realmente é muito bonita, muito mesmo, mas ela se parece com Erick e não comigo, mesmo com os cabelos loiros ela é toda o pai. — Sim, ela se parece com ele. — Sabe mãe, eu cheguei a me perguntar para que eu nasci, dizem que todos tem uma missão na terra e aqui nesse hospital eu me perguntei qual foi a minha missão, já que eu reconheço nunca ter sido uma pessoa boa para ninguém, mas aí... — Sofia desabafa co
Enquanto as crianças se divertiam, Paulina e Erick entravam em contato com Sandra, para saber notícias de Sofia, souberam que ela iria para o quarto, mas não por estar se recuperando, mas por não ter mais o que fazer, ela estava em estado terminal e só iria para o quarto para que a mãe pudesse ficar com ela nos seus ultimos dias. Erick, mais uma vez, assumiu a responsabilida de arcar com as despesas médicas, autorizando Sandra a transferi-la para um hospital particular, fez isso em consideração a Sandra e a Eduarda, pois independente do caráter de Sofia, ela sempre seria a mãe biológica de Eduarda. A questão agora era como falar com Eduarda, sobre a situação atual de Sofia. O sonho que ela teve foi como um prenúncio do que estava por vir, e isso lhes facilitou, pois abordariam o assunto ciente de que ela se lembrava de muitas coisas sobre a sua mãe. Decidiram que juntos conversaria com a filha, para tomarem a decisão de ir ou não para o Brasil, isso dependeria da decisão de Edua
Com uma tristeza no coração, que não saberia dizer o motivo Eduarda vai a procura dos pais, eles não estavam no quarto e ela segue até a sala onde os encontra abraçados assistindo TV. Seu irmão Arthur já estava dormindo e Martina já havia se recolhido, e só os três estavam acordados. — Oi garotinha, veio dar boa noite? — Erick pergunta, vendo a filha se aproximar. — O que foi, meu amorzinho, que carinha é essa? Está sentindo alguma coisa? — Paulina pergunta preocupada. — Mamãe, me promete que ninguém nunca vai nos separar? — Paulina olha para Erick sem entender — Me promete, papai que eu nunca vou ser tirada de vocês — Eduarda começa a chorar e os pais ficam sem entender, já havia se passado mais de ano que Sofia havia pedido a guarda dela e eles acreditavam que ela não soubesse dessa história. Paulina a trás para o seu colo lhe abraçando e Eduarda se deita com a cabeça no colo da mãe e com as pernas, no colo do pai. — Filha, alguém te procurou? — Erick pergunta preocupado
Sofia quando se viu sem nada, decide voltar a fazer o que sabia, a arte da sedução. Mas seus planos fracassaram, pois nem para lhe pagar uma bebida encontrava alguém. Por não seguir o tratamento recomendado, os sintomas de sua doença voltaram, mas ela optou por permanecer em silêncio, não iria mais incomodar a sua mãe. Sofia se sentia cansada, não apenas devido ao seu problema de saúde, mas se sentia cansada da vida, só não estava em pior condição pois, sua mãe continuava lhe mandando dinheiro, e com ele ela podia comer e pagar as poucas contas que tinha. Sozinha em casa, ela se condenava, ao pensar em sua vida e em tudo o fez com ela. Nunca antes havia pensado que os seus erros a levariam ao fracasso, infelizmente na vida não era como em novelas ou em alguns filmes, onde a vilã se dava bem no final. Ao se olhar no espelho não conseguia mais se ver com a mesma beleza, seus cabelos depois do tratamento não voltaram a ser como antes. Seu rosto há muito tempo havia perdido o brilho
Paulina depois de tudo que passou, enfim consegue abrir o seu consultório de psicologia. Decide abrir em um espaço maior e em sociedade com um outro profissional da mesma área. Paulina decidiu se especializar em atendimento a crianças, tinha ciência de ser uma área difícil, mas sabia ser a escolha certa. Ela atendia crianças de várias idades, e algumas apresentavam problemas que aparentemente seria apenas vividos por pessoas adultas, mas ser criança não as impedia de passar por problemas pelos quais não deveriam passar. Optou por trabalhar apenas em um único período, gostava de estar em casa com os filhos, pois acreditava que de nada adiantaria se dedicar a ajudar outras crianças e os seus filhos ficarem sem a sua presença em casa. Arthur estava com dois anos, e já estava na escolinha, e como Eduarda, era uma criança muito inteligente, e sempre que chegava em casa gostava de falar sobre como foi o seu dia na escola. Erick, dizia que ele parecia ser um adulto, contando como foi o se
Paulina acredita nas palavras de Gonçalo, ele não tinha motivos para mentir e além disso, não havia maldade em suas palavras e muito menos segundas intenções, ele apenas lhe abriu o coração. — E Giulia, não pode negar que tem sentimentos por ela. — Eu a amo, mas é um amor diferente, Giulia é aquela que me completa, ela é linda e parece ter sido feita para mim. Quanto à você, você é a esposa que todo homem sonha ter, hoje eu sei disso. — Amigos? — Paulina pergunta, por Gonçalo ser um outro homem e ter provado ser um grande amigo. — Amigos, até que a morte nos separe — Gonçalo ri — Saiba que eu sempre estarei aqui se precisar de mim. — Eu também, sempre estarei aqui se precisar — Paulina encerra a ligação com o coração leve, Gonçalo havia se tornado uma pessoa mais humana e isso era muito bom, mesmo que eles não fossem mais um casal. Erick estava em casa brincando com os filhos, Arthur depois que aprendeu a andar, era mais perigoso que Eduarda quando bebê. Ele aprontava sor