Paulina tinha a curiosidade de saber o que realmente tinha acontecido entre Henrique e Sofia, eles pareciam nem se conhecerem, e ela se pergunta como eles foram parar na cama? As vezes ela ria dos seus próprios pensamentos, ao tentar adivinhas as coisas as quais não lhe dizia respeito.
Pela atitude de Henrique não foi dificil deduzir que um dia a situação mudaria, ela até achava que estava demorando, Eduarda já estava com quase cinco anos, e ele ainda se passava por pai dela. Mas um dia as coisas mudaram e o que Sofia menos esperava aconteceu. Ela chegou em casa com muita raiva, gritando com todos que encontrava pela frente e numa explosão de ódio, mandou todos os funcionários irem para as suas casas, até Paulina ela mandou ir, dizendo aos gritos que não precisava dela para cuidar da própria filha, mesmo a contragosto, Paulina pegou a sua bolsa e foi embora, ela aproveitou essa folga para se encontrar com a mãe, já que praticamente ela não tinha tempo livre. — Paulina o que pensa que está fazendo? — Ana, a mãe de Paulina, depois de abraçar a filha, começa com as cobranças. — Eu não estou fazendo nada, mamãe. — Pensa que eu não sei que você não foi para o exterio? Vai continuar com essa mentira até quando? Seu pai sente muito a sua falta. — Eu também sinto a falta de vocês. — Então me conte onde você está morando? Eu sou a sua mãe. — Eu estou bem onde estou, e o que estou fazendo é muito importante para mim, mas também sei que vai achar um absurdo o que eu faço. — Quanto mistério, mas vindo de você acredito que seja alguma obra de caridade — A mãe diz sem muita paciência — Gonçalo está noivo. — Que se case o mais rápido possível. — Mas se quer saber até hoje ele pergunta por você. — Diz que eu morri. — Deixe de bobagem — A mãe responde rindo — Você parece odiá-lo. — Não é ódio, mamãe. Eu amei Gonçalo, mas ele nunca me respeitou, e para completar ainda me acusou de traição, as vezes penso que o traidor podia ser ele. — Gonçalo te amava... — Mas não me respeitava, as coisas tinham que ser como ele queria, sem se importar de como eu me sentia. — Vamos esquecer esse assunto, mas só vou te prevenir, Gonçalo se te encontrar é capaz até de romper o noivado. Paulina depois de quase um ano sem dar notícias, procurou pelos pais, mas preferiu mentir, dizendo que estava morando no exterior, ligava sempre para a mãe, e quando podia se encontrava com ela, mas quanto ao seu pai só o viu poucas vezes, isso quando dizia estar passando férias no Brasil, eles insistiam em querer saber onde ela estava morando mas ela se negava a dizer, alegando ser para eles não contarem para Gonçalo que ainda insistia em procurá-la, mesmo já estando em outro relacionamento. Depois de passar a tarde com a mãe, Paulina segue para um hotel onde passaria a noite. Sofia havia dito que ela mesma cuidaria da filha, mas não foi isso o que aconteceu, no meio da noite Paulina recebe uma ligação de Sofia que sem se importar com a hora, mandou que ela fosse para o hospital ficar com Eduarda que estava hospitalizada. Ao receber a notícia de que Eduarda estava doente, Paulina ficou desesperada, mas para o seu alívio, Eduarda estava apenas em observação por ter chegado ao hospital com febre alta. Sofia não se deu o trabalho de dizer o que tinha acontecido, mas Eduarda contou que a mãe a fez tomar banho de piscina, a deixando com frio. Paulina cuidou de Eduarda a noite toda, mas no dia seguinte ela teve alta e Paulina estava decidida a não deixar mais Eduarda aos cuidados da louca da mãe. Paulina nunca imaginou estar passando por tudo aquilo, o problema não era seu, mas ela prometeu a Henrique cuidar de Eduarda e mesmo que não tivesse prometido ela não conseguiria virar as costas para aquela criança que viu crescer. Ainda podia se lembrar do primeiro dentinho que nasceu, dos primeiros passos que Eduarda deu e da primeira palavrinha que Eduarda disse, babá, mas agora Eduarda já não a chamava de babá, mas sim de Paulina. Eduarda quase não tinha contato com Henrique, mas ela disse papai antes mesmo de dizer mamãe, talvez por Henrique de alguma forma demonstrar mais cuidado com ela do que a própria mãe, que simplismente a usava para beneficio próprio, exibindo a filha como um troféu, apenas por dizer ser filha de um grande empresário. Paulina se perguntava quem era o pai de Eduarda, mas como resposta ela pensava que talvez nem mesmo a própria Sofia soubesse. Os problemas na vida da pequena Eduarda estavam longe de acabar, em casa ela contou para Paulina sobre a existência de um outro pai, deixando Paulina em choque, que pai seria esse que Eduarda dizia ter? Se pergunta com medo da resposta. Seria ele uma boa pessoa? Ao saber por Eduarda que o suposto pai era o namorado de Sofia, soube que os dois eram iguais em caráter, pois nenhum pai aceitaria que um outro homem criasse a sua própria filha, isso se fosse verdade a história de pai. — Paulina, não pode contar para a mamãe, é segredo — Pede Eduarda com o seu jeitinho inocente. — Quem te disse que esse homem é o seu pai? — Ele falou, eu sou seu papai de verdade, mas é segredo. Ele disse que vai morar, eu , mamãe e ele. Você também vai né Paulina? Se você não for, eu não vou morar com ele e nem com a mamãe — Eduarda a abraça pelo pescoço, como se tivesse medo de que um dia alguém as separasse.Enquanto isso, em um lugar muito distante de onde Paulina estava, um homem trabalhava em seu escritório quando alguém entra em sua sala sem bater. — Bom Dia, senhor presidente, me desculpe não ter vindo antes, mas como sabe, a minha vida não é fácil — Uma mulher alta e esguia abraça esse homem por trás, com ele ainda sentado — Parabéns pelo novo cargo, eu sabia que você um dia se sentaria nessa cadeira. — Bom Dia Giulia — Ele se põe de pé aceitando o abraço que a mulher lhe dava — Pensei que ainda estivesse em viagem, só o trabalho que a faz se esquecer de mim — Ele fala rindo — Convencido. Mas não posso negar o que acabou de dizer, e se quer saber, acabei de chegar e quis te fazer uma surpresa, acreditei que estivesse com saudade — Giulia o abraça pelo pescoço — Mas me diz como se sente como presidente de uma empresa? — Como eu sempre me senti em relação ao trabalho, com a diferença de que no meu cargo anterior, o peso da responsabilidade era menor. — Espero que na minha
O jantar com Giulia foi divertido e animado como todas as vezes. A noite estava sendo perfeita, mas Erick precisava ir embora, ele não gostava de passar a noite fora, dizia que o melhor lugar para dormir era em sua confortável cama. — Você com essa mania de ir para casa, parece até que alguém está te esperando. — Eu gosto da minha cama, apenas isso... — Se ela é tão confortável assim, podia me convidar para experimentar — Giulia o provoca — Preciso saber se o que diz é verdade. — Eu preciso ir, já está tarde. — Se Martina não fosse uma senhora, pensaria que são amantes. — Se Martina te ouvisse, iria te expulsar lá de casa. — Você dá muita ousadia para ela, parece até que ela é a dona da casa, ela é apenas uma governanta. — Ela é uma grande amiga — Erick se levanta indo para banheiro, deixando Giulia sozinha na cama. Já era tarde quando ele chega em casa, e Martina já não o esperava como sempre fazia. Ele vai até o seu quarto e depois de trocar de roupa, vestindo
No Brasil Paulina pôde ver Sofia totalmente desequilibrada, por ser obrigada a deixar a casa onde moravam. Paulina tentava evita a todo custo que Eduarda visse as cenas que a mãe fazia, mas era dificil evitar todas, pois Sofia não se importava da filha estar por perto, e costumava bradar que Henrique era o culpado por tudo aquilo que estava lhe acontecendo, e nessa hora as palavras chulas não faltavam. Um dia Sofia gritou com Eduarda, e quando Paulina tentou afastar uma criança assustada de perto da mãe, ouviu dela uma pergunta que lhe cortou o coração. — O papai não gosta mais de mim? — Essa foi a pergunta que Eduarda fez a mãe que sem nenhuma compaixão responde da pior maneira. — Ele nunca gostou de você, garota. Nunca! — Essa foi a resposta que ela ouviu da própria mãe, que parecia não se importar de entristecer a filha. — Mentira! — Criança boba... — Vêm Eduarda, vamos para o seu quarto. — Ela precisa saber a verdade — Sofia se aproxima de Paulina a fuzilado com
A calmaria logo foi embora e Paulina entrou em desespero ao ver Sofia entrar no apartamento fora de si, pedindo que Paulina arrumasse as coisas de Eduarda as pressas, alegando que elas precisavam sair dali o mais rápido possível. — O que está acontecendo dona Sofia? — Pergunta preocupada. — Não me faça perguntas, apenas faça o que estou mandando. Pegue apenas o necessário, precisamos sair daqui, o quanto antes. — Mas senhora, para onde vamos? — Paulina percebe que as coisas haviam se agravado e sente medo, não por ela, mas pela sua pequena Eduarda que brincava inocente, alheia ao que estava acontecendo. Sofia deixa cair a gaveta que havia acabado de abrir, causando um barulho alto, mas ela pouco se importa com isso, e olhando para Paulina grita com ódio. — CALA ESSA BOCA, QUE INFERNO!!! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME QUESTIONAR? — Sofia volta a pegar as coisas da filha — SERÁ QUE ESTÁ SURDA, NÃO TEMOS TEMPO A PERDER, ARRUME LOGO AS SUAS COISAS E AS DE EDUARDA. — Mas é que Eduar
As coisas pareciam estar longe de se normalizarem, estando Sandra com elas no hotel, chega também a mãe do filho de Henrique, filho que Paulina nem sabia existir. A mulher era séria e de pouco falar, mas não parecia ser uma má pessoa, e pelo que ouviu da conversa entre ela e Sandra, soube que era a namorada de Henrique na época que ele se envolveu com Sofia. Paulina percebe que a confusão era muito maior do que parecia ser, todos estavam envolvidos como se estivessem em uma teia. Não sabia como as coisas acabariam, mas tudo levava a crer que não seria da melhor forma, e isso deixou Paulina ainda mais aflita, por desconhecer os próximos passos de Sofia e o tal Sebastian que parecia ser quem coordenava toda a situação. Elas ainda estavam na suíte, quando Sofia chega e o clima se torna tenso quando ela vê quem também está ali. Paulina sabendo que as coisas se complicariam, decide levar Eduarda para brincar, e elas passam por Sofia que nem para a filha olha. Quando Paulina volta pa
Paulina estava se arrumando para uma entrevista de emprego, iria concorrer a uma vaga de babá. Babá, ela sorri com essa possibilidade, em nenhum do seus devaneios pensou em tal coisa, mas ali estava elá decidida a conseguir aquela vaga, sabendo ser uma oportunidade única, soube da vaga através de uma amiga, que havia ligado para ela perguntando se conhecia alguém para indicar como babá, visto que, Paulina conhecia muitas pessoas que trabalhavam com crianças. Ao questionar sobre a vaga, viu ali uma oportunidade de por o seu plano em prática e deixar definitivamente Paulina Albuquerque para trás. Depois de descobrir as informações que queria, não foi dificil enviar um currículo e depois disso, foi só torcer para ser chamada e assim aconteceu. Paulina quase soltou fogos de tão feliz que ficou ao receber uma ligação avisando sobre o dia e o horário da entrevista. Saiu de casa disposta a dar o seu melhor para ser aprovada, apenas não diria a sua qualificação, não queria que alguém a q
Paulina prefere acreditar que conseguiria lidar com uma patroa problemática. Faria o seu trabalho com perfeição e tentaria ignorar a mulher a sua frente, afinal não pretendia ficar muito tempo ali. — O seu quarto será ao lado do quarto da minha filha, mas isso é apenas para você não dar desculpa de deixa-la chorando, não é para pensar ser importante por estar em um dos quartos de hóspede. Eu não sei cuidar de criança e com você aqui, não há necessidade de eu aprender, afinal de contas estará sendo paga para isso, e acredito que será muito bem paga — Paulina prefere nada dizer, apenas ouviria. Queria saber onde a louca daquela mãe iria chegar — Como babá, usará uniforme e não usará maquiagem, nada de unhas pintadas, e quando Henrique vier aqui, mantenha distância, ele estará sempre aqui para ver a filha, mas quando isso acontecer eu mesma cuidarei de Eduarda, e outra coisa — Sofia a olha de cima a baixo — Mantenha esses cabelos presos e não use essas joias baratas — Sofia fala olhan
Paulina entra em seu novo quarto, não era grande, mas era confortável. Ela abre o armário e lá estavam alguns cabides com roupas rosa, Paulina balança a cabeça em negação, o uniforme não era nada bonito. A última vez que usou uniforme foi quando estava no ensino médio, pensa pegando um uniforme para vestir depois do banho. Antes de entrar no banheiro, ela se olha no espelho. Se acha diferente, mas não se sentia incomodada com isso, pelo contrário, se sentia satisfeita com a imagem que via. Vestia uma calça Jeans, e uma camisa creme com os primeiros botões abertos. Nos pés uma sapatilha confortável. Suas roupas eram comuns mas não foram baratas, poucos saberiam disso, mas seria melhor visitar uma loja de departamento e comprar coisas mais simples para a sua nova vida, pensa decidida. Os seus cabelos estavam soltos e ela sabia que eles eram bonitos e sedosos, e talvez tenha sido isso que desagradou a patroa. Paulina tira o seu cordão barato, como Sofia havia pensado e, o guarda em