As coisas pareciam estar longe de se normalizarem, estando Sandra com elas no hotel, chega também a mãe do filho de Henrique, filho que Paulina nem sabia existir. A mulher era séria e de pouco falar, mas não parecia ser uma má pessoa, e pelo que ouviu da conversa entre ela e Sandra, soube que era a namorada de Henrique na época que ele se envolveu com Sofia. Paulina percebe que a confusão era muito maior do que parecia ser, todos estavam envolvidos como se estivessem em uma teia. Não sabia como as coisas acabariam, mas tudo levava a crer que não seria da melhor forma, e isso deixou Paulina ainda mais aflita, por desconhecer os próximos passos de Sofia e o tal Sebastian que parecia ser quem coordenava toda a situação. Elas ainda estavam na suíte, quando Sofia chega e o clima se torna tenso quando ela vê quem também está ali. Paulina sabendo que as coisas se complicariam, decide levar Eduarda para brincar, e elas passam por Sofia que nem para a filha olha. Quando Paulina volta pa
ALGUNS DIAS ANTES Erick estava em seu escritório lendo alguns relatórios quando o seu telefone toca, era um número desconhecido, mas ao ver a identificação, soube ser uma chamada do Brasil. Ele atende acreditando ser uma ligação do irmão, já que ele era o único que tinha o seu contato. — Alô! — Erick atende dando uma pausa na leitura que fazia mas, ao ouvir o que a pessoa do outro lado diz, ele se recosta na cadeira sem acreditar. — O seu nome era o contato que havia nas coisas do seu irmão, para avisar em caso de emergência. — Como foi que ele morreu? — Erick pergunta ainda em choque. — Ele sofreu um acidente, o carro em que estava bateu de frente com um caminhão... A pessoa continua dando as informações sem Erick interromper, ele custava a acreditar naquela fatalidade. Depois de ouvir todas as informações necessárias, ele se põe de pé, sem querer acreditar no que havia acabado de ouvir. Era triste saber que depois de tantos anos sem ver o irmão, voltaria a vê-lo sem vi
Sofia sempre foi uma mulher bonita e mesmo vestida como estava, as roupas não conseguiam esconder a sua beleza. Apesar de sua bela aparência, Erick conseguiu fugir de seu assédio o quanto pode, mas depois do que havia lhes acontecido, ele prometeu a si mesmo que fugiria ainda mais da aparência do mal, pensava ele ao olhar para ela ali a sua frente. Erick permanece na porta, mas era como se Sofia ainda não acreditasse que ele estivesse ali. — Erick!? O que faz aqui? — Sofia pergunta surpresa, ao vê-lo ali depois de tantos anos. — O apartamento é meu, esqueceu? — Apesar da pergunta, Erick não foi grosseiro. — Não, não esqueci e provavelmente você veio me expulsar — Sofia responde, acreditando ser esse o único motivo que o faria procurar por ela. — Posso entrar? — Sofia se afasta da porta, permitindo que ele entrasse no apartamento — Pensei que fosse ao enterro de Sebastian. — Prefiro ter na memória a imagem dele vivo — Sofia esfrega um dos braços para tentar se aquecer, sabe
Sofia se aproxima ainda mais de Erick, ficando quase colada a ele, ela o olha nos olhos, como se o pedido fosse muito importante para ela. — Eduarda sendo a sua filha ou sobrinha, cuide dela para que ela seja uma pessoa como você ou minha mãe, não a deixe se tornar uma Sofia da vida... — O pedido de Sofia o surpreende, pois, por mais que ela demonstrasse não se importar com a filha, parecia ter algum sentimento por ela. — Não se preocupe, eu cuidarei de Eduarda junto com a sua mãe. — Obrigada — Sofia se afasta e fica olhando o vazio. — Preciso ir agora, você vai ficar bem? — Está tudo bem, sei que ele continuará cuidando de mim, como sempre foi. Erick não concorda com o que Sofia diz, mas Sebastian não estava mais ali, e se ela acreditava no que estava dizendo, ele não tentaria mudar essa convicção, talvez acreditar nisso a fizesse feliz. — Esse apartamento é seu, irei t
Em poucas horas Erick chega ao destino, um bairro simples mas com belas casas. Não demora a encontrar o número e como a casa era com muros alto e portão fechado ele toca a companhia, é Sandra mesmo que lhe atende. — Erick, há quanto tempo — Sandra o cumprimenta com um abraço — Meus sentimentos. — Obrigado Sandra, posso te chamar assim? — É claro, não precisamos de formalidades. Venha, entre! — Ao entrar Erick vê que Sandra morava em uma bela casa, ele fica feliz, por ela ter melhorado de vida — Você não mudou nada, ou melhor, parece estar ainda mais bonito — Sandra fala rindo — Eduarda não está em casa, ela foi visitar uma escola com Paulina. — Paulina? — Erick pergunta por não se lembrar daquele nome. — Paulina é a babá de Eduarda, ela cuida dela desde que nasceu. Elas não devem demorar, foram cedo, mas provavelmente Paulina a levou para brincar em algum lugar, ela adora levar Eduarda para passear. — Na verdade, é
Sandra conta toda a história maléfica que Sebastian e Sofia arquitetaram e o desfecho de tudo. Erick apenas escuta, decepcionado ainda mais com o irmão, que ainda tinha tido coragem de se apresentar a Eduarda como pai, mas Sebastian parecia não saber o que essa palavra significava e isso faz Erick sentir raiva do próprio irmão que já estava morto. — Como pode ver, Eduarda teve dois pais quando na verdade não teve nenhum. Por isso, eu te peço que pense muito bem antes de se apresentar a ela como um novo pai, eu acho que ela já teve pai demais. — Mas o que você me aconselha a fazer? Se eu realmente for o pai dela, vou querer que ela me chame de pai, não vou negar à ela esse direito e nem a mim de ouví-la me chamando assim, eu também serei aquele que irei amá-la e protegê-la de tudo que possa lhe causar algum sofrimento — Erick se sente ainda mais responsável por Eduarda — Mesmo que eu não seja o pai, quero ser essa presença na vida dela. — Eduarda tem Paulina que é a mãe que Sofia
Era a primeira vez, depois da separação que Paulina sentia o coração disparar daquele jeito e aquele frio na barriga, mas ela preferia justificar sendo nervosismo, mesmo sem ter um motivo cabível, pois, ser o tio de Eduarda não era motivo para tanto. Ela pensa, mas aquele olhar, aquele sorriso, a fazia querer suspirar. Ao apertar a mão de Erick sentiu como se uma corrente elétrica percorresse o seu corpo, quando os seus olhares se encontraram, sentiu o coração disparar e o rosto queimar, sabendo que ficou vermelha, desvia o olhar, puxando a mão, tentando evitar que ele perceba o efeito que lhe causa. Há quanto tempo ela não namorava? Há quanto tempo ela não transava? Já devia estar virgem novamente. Ainda com esses pensamentos ela vê Erick a encarando e sente o rosto queimar ainda mais, como se ele fosse capaz de ler o seus pensamentos. — Tudo bem para você? — Erick pergunta a ela e ela não sabe nem mesmo o que responder. A que ele
Ao se despedir de Eduarda, Erick não se contem e a pega no colo, deixando Paulina encantada por ver como Eduarda estava feliz e como se sentia a vontade com ele. Paulina continua os observando e sorri ao ver que os dois haviam se dado bem, mesmo ele sendo um desconhecido, havia uma sintonia visível entre os dois e, Paulina podia ver o brilho que existia nos olhos de Erick que parecia estar vivendo um sonho, talvez por ser um desejo dele se ser pai e acreditar que Eduarda realmente fosse a sua filha. Já em seu quarto, Paulina não consegue deixar de pensar no homem que despertou nela emoções há muito tempo adormecidas. O que estava acontecendo com ela? Como podia continuar pensando em alguém que nem conhecia direito? Se pergunta, mas sem deixar de pensar nele. Sabia que Erick, mesmo dando atenção a Eduarda, percebeu o seu olhar sobre ele, e embora ela quisesse desviar o olhar, não foi capaz, mas quis acreditar que só queria ter certeza que ele não fingia ser quem não era, estava a