Quando Isabella nasceu, Paulina decidiu ficar um tempo a mais em casa, mas para não fechar o seu comsultorio, contratou alguém para substituí-la até o seu retorno, mas que permaneceria trabalhando com ela depois, seu objetivo era não parar de trabalhar, mas sem abrir mão de estar com os filhos.Erick, no nascimento de Isabella, também tirou alguns dias de folga. Assim como foi com Arthur, ele quis estar ao lado da esposa nos primeiros dias de vida de mais uma garotinha na vida dele. Ele não podia se sentir mais feliz, a família havia crescido e o amor entre ele e Paulina era sólido e a sensação que tinha era que a cada dia a amava mais.— Essa não nasceu com os seus olhos — Paulina comenta, enquanto amamenta a filha ao lado do marido que lhe segurava a mãozinha delicada. — Ela se parece com você, pequena e delicada. — Precisamos curtir bastante a nossa bebê, porque a fábrica esta fechada.— Ela é muito linda — Erick beija a mãozinha da filha — E muito gostosa também. Eles ainda
Depois de pensar um pouco, recordando da sua infância ao lado do pai, o abandono da mãe e sua ausência. A dedicação do seu pai e da sua tia, que talvez tenha perdido o marido por se dedicar aos sobrinhos, Erick responde. — Sim, assim como ela foi comigo e com o meu irmão, Sebastian — Erick solta o ar em um suspiro — Quando a minha mãe nos deixou eu senti muito ódio dela, mas com o tempo a raiva passou e eu só me questionava o motivo dela ter ido embora, mas Sebastian mesmo ficando sem ela, teve a proteção e o carinho da nossa tia. Ele tinha tudo para ter se tornado uma criança como Eduarda é agora, mas ele sempre foi muito complicado e posso dizer que não foi por falta de amor, as vezes eu penso ter sido devido o meu pai evitar falar de nossa mãe, era como se ela tivesse morrido. — Por isso você não quis esconder Sofia de Eduarda? — Exatamente, eu precisava que ela soubesse quem era de verdade a mãe dela, para não criar uma falsa realidade. Eu já era um pouco maior quando minha
Gonçalo encerra a ligação e volta a se sentar, pensando em como seria aguentar mais uma gravidez de Giulia, com seus choros incessantes, seus desejos estranhos e sua carência permanente. E ainda tinham Eleonora que lhes sugava as energias e o deixava esgotado com suas manias e birras. Soltando o ar desanimado ele volta fazer o que estava fazsndo antes, o melhor era mergulhar no trabalho Sempre quis ter filhos, mas para ele Eleonora já era o suficiente, nunca teve o sonho de ter um filho homem para ser o seu sucessor, ele acreditava que sendo homem ou mulher, seria capaz de assumir o seu lugar no futuro, bastava estar preparado para isso. Ele pensa em Paulina, com o seu jeito manso e calmo de ser, lhe provou que a mulher é as vezes mais forte que o homem e muito mais determinada. Ela havia lhe mostrado isso, alcançando o que sempre desejou, e mesmo com três filhos continuava sendo uma mulher independente e empoderada, tinha o seu próprio consultório e continuava fazendo as suas obra
Martina estava em uma viagem, era a primeira viagem de cruzeiro que ela fazia, foi um presente de Erick e Paulina por ser um sonho que ela tinha, mas pensou que não realizaria. Ela estava fazendo a viagem sozinha, mas isso não foi motivo para ela dizer estar se sentindo só no navio pois, havia feito amizade e estava se divertindo mais do que havia imaginado. Já estava há alguns dias longe de casa e sentia saudade de suas crianças, que a chamavam de vovó, a enchendo de alegria. Paulina, para ela, era a mãe que toda a criança merecia ter, atenciosa, carinhosa e que educava os seus filhos para se tornarem pessoas boas e responsáveis. Conseguia dar conta de tudo, mesmo sem babá, e Martina as vezes se perguntava como ela conseguia, e o mais importante, Paulina nunca demonstrava cansaço ou má vontade, tudo que fazia, fazia com satisfação, monstrando o quanto era feliz em sua tarefa de ser mãe. Quanto a Erick ela não havia se enganado, ele era o pai que sabia falar sério, que conseguia
Paulina estava se arrumando para uma entrevista de emprego, iria concorrer a uma vaga de babá. Babá, ela sorri com essa possibilidade, em nenhum do seus devaneios pensou em tal coisa, mas ali estava elá decidida a conseguir aquela vaga, sabendo ser uma oportunidade única, soube da vaga através de uma amiga, que havia ligado para ela perguntando se conhecia alguém para indicar como babá, visto que, Paulina conhecia muitas pessoas que trabalhavam com crianças. Ao questionar sobre a vaga, viu ali uma oportunidade de por o seu plano em prática e deixar definitivamente Paulina Albuquerque para trás. Depois de descobrir as informações que queria, não foi dificil enviar um currículo e depois disso, foi só torcer para ser chamada e assim aconteceu. Paulina quase soltou fogos de tão feliz que ficou ao receber uma ligação avisando sobre o dia e o horário da entrevista. Saiu de casa disposta a dar o seu melhor para ser aprovada, apenas não diria a sua qualificação, não queria que alguém a q
Paulina prefere acreditar que conseguiria lidar com uma patroa problemática. Faria o seu trabalho com perfeição e tentaria ignorar a mulher a sua frente, afinal não pretendia ficar muito tempo ali. — O seu quarto será ao lado do quarto da minha filha, mas isso é apenas para você não dar desculpa de deixa-la chorando, não é para pensar ser importante por estar em um dos quartos de hóspede. Eu não sei cuidar de criança e com você aqui, não há necessidade de eu aprender, afinal de contas estará sendo paga para isso, e acredito que será muito bem paga — Paulina prefere nada dizer, apenas ouviria. Queria saber onde a louca daquela mãe iria chegar — Como babá, usará uniforme e não usará maquiagem, nada de unhas pintadas, e quando Henrique vier aqui, mantenha distância, ele estará sempre aqui para ver a filha, mas quando isso acontecer eu mesma cuidarei de Eduarda, e outra coisa — Sofia a olha de cima a baixo — Mantenha esses cabelos presos e não use essas joias baratas — Sofia fala olhan
Paulina entra em seu novo quarto, não era grande, mas era confortável. Ela abre o armário e lá estavam alguns cabides com roupas rosa, Paulina balança a cabeça em negação, o uniforme não era nada bonito. A última vez que usou uniforme foi quando estava no ensino médio, pensa pegando um uniforme para vestir depois do banho. Antes de entrar no banheiro, ela se olha no espelho. Se acha diferente, mas não se sentia incomodada com isso, pelo contrário, se sentia satisfeita com a imagem que via. Vestia uma calça Jeans, e uma camisa creme com os primeiros botões abertos. Nos pés uma sapatilha confortável. Suas roupas eram comuns mas não foram baratas, poucos saberiam disso, mas seria melhor visitar uma loja de departamento e comprar coisas mais simples para a sua nova vida, pensa decidida. Os seus cabelos estavam soltos e ela sabia que eles eram bonitos e sedosos, e talvez tenha sido isso que desagradou a patroa. Paulina tira o seu cordão barato, como Sofia havia pensado e, o guarda em
Paulina soube exatamente quando a avó de Eduarda foi embora, pois o seu nome nunca foi por tantas vezes gritado. — Toma essa criança, estou morta de cansada, nunca imaginei que um ser tão pequeno desse tanto trabalho — Paulina foi chamada assim que Lurdes vai embora, Sofia parecia não suportar mais se passar por boa mãe. — Recém nascidos não dão trabalho, já que eles geralmente dormem muito e só acordam para mamar. — Se ela chorar dê leite, já mamou muito por hoje — Sofia fala jogando os cabelos para o lado — Você está sendo paga para isso, cuidar dela. Minha sogra disse que você tem experiência, mas se não provar que tem, terei que dizer a ela sobre sua incompetência. — Senhora, a sua bebê ainda é muito pequena, tem apenas poucos dias, por isso o melhor é continuar a alimentando com o leite materno — A vontade que Paulina tinha era dizer: "Então boa sorte, se vira, porque eu estou indo embora" mas se fizesse tal coisa, com certeza sobraria para a coitada da Ivone que teria q