A encantadora babá da minha filha
A encantadora babá da minha filha
Por: Dynha Henry
Capítulo 1

Paulina estava se arrumando para uma entrevista de emprego, iria concorrer a uma vaga de babá. Babá, ela sorri com essa possibilidade, em nenhum do seus devaneios pensou em tal coisa, mas ali estava elá decidida a conseguir aquela vaga, sabendo ser uma oportunidade única, soube da vaga através de uma amiga, que havia ligado para ela perguntando se conhecia alguém para indicar como babá, visto que, Paulina conhecia muitas pessoas que trabalhavam com crianças. Ao questionar sobre a vaga, viu ali uma oportunidade de por o seu plano em prática e deixar definitivamente Paulina Albuquerque para trás.

Depois de descobrir as informações que queria, não foi dificil enviar um currículo e depois disso, foi só torcer para ser chamada e assim aconteceu. Paulina quase soltou fogos de tão feliz que ficou ao receber uma ligação avisando sobre o dia e o horário da entrevista.

Saiu de casa disposta a dar o seu melhor para ser aprovada, apenas não diria a sua qualificação, não queria que alguém a questionasse por querer ser babá. No currículo colocou apenas alguns cursos que lhe ajudaria a ter um diferencial, afinal, cuidar de filhos de pessoas ricas não bastava apenas saber cuidar de criança, tinha que ter algo a mais, disso ela sabia bem.

Sua formação podia ser de excelência, mas estava precisando fazer algo que ninguém esperasse que fizesse, e assim faria. Paulina sabia que lidar com crianças era uma ótima terapia, dessa forma ela uniria o útil ao agradável, pois, para ela, lidar com crianças era encontrar a paz. Paulina sorri ao pensar no trabalho que fazia com as crianças como voluntária, era um trabalho prazeroso, o qual lhe enchia de satisfação, mesmo que ao chegar em casa fosse criticada e recrimidada por se dedicar a algo que gostava.

Ao chegar no endereço, foi recebida por uma senhora que se apresentou como a avó paterna da criança. Seria ela a escolher a pessoa que cuidaria de sua neta, pois a mãe da criança não tinha experiência suficiente para fazer tal coisa, isso fez Paulina estranhar tal atitude, principalmente ao saber que o filho da tal senhora não vivia maritalmente com a mãe da criança e por não estar ali, era nítido que não havia interesse, por parte dele, de conhecer a pessoa que cuidaria de sua filha.

Entre uma fala e outra, Paulina foi capaz de perceber que a situação era delicada, pois, a criança era fruto de um relacionamento às escondidas, e isso iria requerer dela mais que ser babá, uma vez que Eduarda, era uma recém nascida e cresceria em meio a conflitos familiares.

— Qual a sua experiência como babá?

— Na verdade, eu nunca trabalhei como babá no sentido da palavra, o que eu sempre fiz foi trabalhar como voluntária em orfanatos, mas no momento eu preciso de um emprego.

— E você acha mesmo que conseguirá cuidar de uma recém nascida? Como lhe disse antes, eu preciso de alguém com experiência para ajudar a mãe da bebê. Sofia não tem experiência nenhuma, é a primeira filha dela e ela está em pânico, com medo de não conseguir cuidar da própria filha — A senhora solta o ar como se estivesse cansada — Seria ótimo se ela pudesse morar aqui em casa, mas infelizmente o meu filho não permite, e eu não quero problemas com ele.

— A senhora não precisa se preocupar, eu tenho bastante experiências com bebês. Tenho pessoas que poderão confirmar o que estou dizendo, é necessário apenas que ligue para os lugares, os quais coloquei como referência, e assim saberá que sei lidar com crianças de todas as idades.

— Irei fazer isso. Confesso que gostei da sua postura, gosto de pessoas assim que não recuam diante de um obstáculo — A mulher se põe de pé dando sinal de que a entrevista havia terminado — Se você for a escolhida, entrarei em contato.

Paulina agradece e vai embora se sentindo confiante, mesmo ciente de que as referências podiam colocar tudo a perder, já que ela nunca cuidou de nenhum recém nascido sozinha, sempre era na companhia das funcionárias do local, mesmo assim, ela sabia que conseguiria se sair bem.

Para a sua surpresa, não demorou para receber uma ligação avisando que havia sido a pessoa escolhida para ser a babá, era necessário apenas que ela levasse os documentos no endereço que lhe foi passado. Ao encerrar a ligação sorriu feliz, por saber que a partir dali teria uma nova vida, livre de pessoas a criticando e tentando moldar o seu comportamento.

No dia seguinte, ela precisou se apresentar no endereço onde iria trabalhar e residir, já que precisaria dormir no emprego, quanto a isso não foi problema, já que ela estava hospedada em um hotel. Ao chegar no endereço ficou surpresa, pois apesar da casa ser muito bonita, estava longe de ser do mesmo nível da casa dos avós da criança, mas ao conhecer Sofia, a mãe da criança, descobriu que, o que faltava na casa, sobrava nela no sentido de querer demonstrar ser mais do que era na verdade.

— Bom dia senhora. Me chamo...

— Já sei, já sei quem você é. A minha sogra me disse que você viria — A maneira arrogante com que Sofia a recebeu a fez pensar se estava fazendo a coisa certa, havia mesmo necessidade de trabalhar como babá?

Paulina olha para a bebezinha que dormia no sofá e o seu coração se aquece, sim pelo menos por um tempo ela cuidaria daquele ser inocente.

Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App