Capítulo 7

Enquanto isso, em um lugar muito distante de onde Paulina estava, um homem trabalhava em seu escritório quando alguém entra em sua sala sem bater.

— Bom Dia, senhor presidente, me desculpe não ter vindo antes, mas como sabe, a minha vida não é fácil — Uma mulher alta e esguia abraça esse homem por trás, com ele ainda sentado — Parabéns pelo novo cargo, eu sabia que você um dia se sentaria nessa cadeira.

— Bom Dia Giulia — Ele se põe de pé aceitando o abraço que a mulher lhe dava — Pensei que ainda estivesse em viagem, só o trabalho que a faz se esquecer de mim — Ele fala rindo

— Convencido. Mas não posso negar o que acabou de dizer, e se quer saber, acabei de chegar e quis te fazer uma surpresa, acreditei que estivesse com saudade — Giulia o abraça pelo pescoço — Mas me diz como se sente como presidente de uma empresa?

— Como eu sempre me senti em relação ao trabalho, com a diferença de que no meu cargo anterior, o peso da responsabilidade era menor.

— Espero que na minha ausência não tenha aparecido nenhuma mulher capaz de derreter esse coração de gelo.

— Não tenho coração de gelo, apenas acredito que casamento não é para mim, você sabe muito bem disso.

— Confesso que a ideia também não me agrada, mas tenho medo de que um dia se case, eu não tenho pretensão de ser amante e, vou te confessar uma coisa, senhor Erick — Giulia corre os dedos por sua nuca, o olhando nos olhos com seus belos olhos cor de mel — Sinto a sua falta quando estou longe.

— Giulia, não se iluda comigo, gosto de estar com você, mas nunca te dei esperança de algo mais sério, gosto da minha vida de solteiro e sabe disso.

— Não se preocupe, eu não estou te cobrando nada — Giulia sorri – o provocando para um beijo — Eu nem sei porque chegamos a essa conversa, já que eu vim aqui apenas para te parabenizar pela presidência e te convidar para jantar comigo hoje.

— Terei imenso prazer em jantar com você... — Ele a beija, acariciando as costas nuas que o decote do vestido revelava.

— Preciso ir embora descansar, para a noite eu estar divina — Giulia se afasta, ajeitando o vestido — Eu quis ter vindo para o enterro do senhor Munhoz, mas não foi possível. Imagino o quanto foi difícil para você.

— Senhor Munhoz foi como um pai para mim, se não fosse ele eu não teria vindo para a Itália, não teria chegado tão longe com o meu trabalho e muito menos seria presidente de alguma empresa, nunca irei me esquecer do que ele fez por mim.

— Não se subestime, você chegou a presidência por competência e não por caridade, senhor Munhoz sabia muito bem o que estava fazendo quando te treinou para assumir a empresa.

— As vezes eu me pergunto se eu realmente merecia ter herdado essa empresa.

— Erick, você começou essa empresa do zero e em pouco tempo seu talento se destacou entre os profissionais da área e com isso a empresa só cresceu. Senhor Munhoz reconheceu o seu talento e sua dedicação, por isso ele quis investir em você.

— Talvez você tenha razão.

— Eu sempre tenho razão queridinho, portanto deixe de bobagem e trabalhe para honrar a confiança que lhe foi dada.

— É o que tenho procurado fazer — Erick responde rindo — Inclusive, tenho uma reunião daqui a poucos minutos.

— Sempre ocupado, isso parece que não vai mudar — Giulia se dirige até a porta — Nos vemos a noite.

Erick sorri ao vê-la sair de sua sala o provocando. Giulia era uma companhia agradável, ela era alegre, otimista e foi uma das primeiras pessoas que conheceu na italia quando chegou. Na época ele já estava com quase quarenta anos, mas sua beleza, sempre foi de chamar a atenção, mas diferente do irmão Sebastian, ele não usava a beleza para comquistar mulheres, fossem elas solteiras ou casadas.

Giulia era modelo e atriz e vivia viajando, talvez por isso eles conseguissem manter um relacionamento, principalmente por Giulia também não ter intenção de se casar, alegando que a profissão que tinha não lhe permitia se dedicar ao lar. Ela era filha de um dos amigos do senhor Munhoz, o homem que o ajudou a ser quem era.

Ainda era capaz de se lembrar com detalhes como foi no início de sua profissão, profissão essa que foi herdada do pai, que lhe ensinou a usar o martelo, o serrote, a lixadeira, entre outras ferramentas que sabia manusear muito bem. Erick havia assumido o cargo de presidente há poucos meses, antes ele trabalhava na oficina como supervisor, mas algumas vezes ele colocava a mão na massa, dizia sentir saudade do trabalho bruto.

Quando o senhor Munhoz foi diagnosticado com câncer, ele o chamou para trabalhar junto com ele, o preparando para assumir o seu lugar. Senhor Munhoz não tinha filhos e não havia ninguém para quem deixar os seus bens, por isso sua fortuna foi dividida entre alguns funcionários, e algumas instituições de caridade. Erick herdou a empresa e uma propriedade onde ele residia.

Como o senhor Munhoz, Erick também não tinha ninguém próximo, ele tinha apenas um irmão que morava no Brasil, e tinha anos que eles não se falavam. Ao pensar em Sebastian, o único irmão que tinha, Erick sente uma tristeza o invadir, Sebastian nao tinha uma vida muito honesta e ele tinha medo do que podia lhe acontecer, se um dia ele perdesse o irmão ele não teria mais ninguém a quem chamasse de parente.

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