Sofia se aproxima ainda mais de Erick, ficando quase colada a ele, ela o olha nos olhos, como se o pedido fosse muito importante para ela.
— Eduarda sendo a sua filha ou sobrinha, cuide dela para que ela seja uma pessoa como você ou minha mãe, não a deixe se tornar uma Sofia da vida... — O pedido de Sofia o surpreende, pois, por mais que ela demonstrasse não se importar com a filha, parecia ter algum sentimento por ela. — Não se preocupe, eu cuidarei de Eduarda junto com a sua mãe. — Obrigada — Sofia se afasta e fica olhando o vazio. — Preciso ir agora, você vai ficar bem? — Está tudo bem, sei que ele continuará cuidando de mim, como sempre foi. Erick não concorda com o que Sofia diz, mas Sebastian não estava mais ali, e se ela acreditava no que estava dizendo, ele não tentaria mudar essa convicção, talvez acreditar nisso a fizesse feliz. — Esse apartamento é seu, irei tEm poucas horas Erick chega ao destino, um bairro simples mas com belas casas. Não demora a encontrar o número e como a casa era com muros alto e portão fechado ele toca a companhia, é Sandra mesmo que lhe atende. — Erick, há quanto tempo — Sandra o cumprimenta com um abraço — Meus sentimentos. — Obrigado Sandra, posso te chamar assim? — É claro, não precisamos de formalidades. Venha, entre! — Ao entrar Erick vê que Sandra morava em uma bela casa, ele fica feliz, por ela ter melhorado de vida — Você não mudou nada, ou melhor, parece estar ainda mais bonito — Sandra fala rindo — Eduarda não está em casa, ela foi visitar uma escola com Paulina. — Paulina? — Erick pergunta por não se lembrar daquele nome. — Paulina é a babá de Eduarda, ela cuida dela desde que nasceu. Elas não devem demorar, foram cedo, mas provavelmente Paulina a levou para brincar em algum lugar, ela adora levar Eduarda para passear. — Na verdade, é
Sandra conta toda a história maléfica que Sebastian e Sofia arquitetaram e o desfecho de tudo. Erick apenas escuta, decepcionado ainda mais com o irmão, que ainda tinha tido coragem de se apresentar a Eduarda como pai, mas Sebastian parecia não saber o que essa palavra significava e isso faz Erick sentir raiva do próprio irmão que já estava morto. — Como pode ver, Eduarda teve dois pais quando na verdade não teve nenhum. Por isso, eu te peço que pense muito bem antes de se apresentar a ela como um novo pai, eu acho que ela já teve pai demais. — Mas o que você me aconselha a fazer? Se eu realmente for o pai dela, vou querer que ela me chame de pai, não vou negar à ela esse direito e nem a mim de ouví-la me chamando assim, eu também serei aquele que irei amá-la e protegê-la de tudo que possa lhe causar algum sofrimento — Erick se sente ainda mais responsável por Eduarda — Mesmo que eu não seja o pai, quero ser essa presença na vida dela. — Eduarda tem Paulina que é a mãe que Sofia
Era a primeira vez, depois da separação que Paulina sentia o coração disparar daquele jeito e aquele frio na barriga, mas ela preferia justificar sendo nervosismo, mesmo sem ter um motivo cabível, pois, ser o tio de Eduarda não era motivo para tanto. Ela pensa, mas aquele olhar, aquele sorriso, a fazia querer suspirar. Ao apertar a mão de Erick sentiu como se uma corrente elétrica percorresse o seu corpo, quando os seus olhares se encontraram, sentiu o coração disparar e o rosto queimar, sabendo que ficou vermelha, desvia o olhar, puxando a mão, tentando evitar que ele perceba o efeito que lhe causa. Há quanto tempo ela não namorava? Há quanto tempo ela não transava? Já devia estar virgem novamente. Ainda com esses pensamentos ela vê Erick a encarando e sente o rosto queimar ainda mais, como se ele fosse capaz de ler o seus pensamentos. — Tudo bem para você? — Erick pergunta a ela e ela não sabe nem mesmo o que responder. A que ele
Ao se despedir de Eduarda, Erick não se contem e a pega no colo, deixando Paulina encantada por ver como Eduarda estava feliz e como se sentia a vontade com ele. Paulina continua os observando e sorri ao ver que os dois haviam se dado bem, mesmo ele sendo um desconhecido, havia uma sintonia visível entre os dois e, Paulina podia ver o brilho que existia nos olhos de Erick que parecia estar vivendo um sonho, talvez por ser um desejo dele se ser pai e acreditar que Eduarda realmente fosse a sua filha. Já em seu quarto, Paulina não consegue deixar de pensar no homem que despertou nela emoções há muito tempo adormecidas. O que estava acontecendo com ela? Como podia continuar pensando em alguém que nem conhecia direito? Se pergunta, mas sem deixar de pensar nele. Sabia que Erick, mesmo dando atenção a Eduarda, percebeu o seu olhar sobre ele, e embora ela quisesse desviar o olhar, não foi capaz, mas quis acreditar que só queria ter certeza que ele não fingia ser quem não era, estava a
O exame é feito naquele mesmo dia, Eduarda fez o exame sem questionar, Paulina disse que ela precisava fazer um exame por ter tomado muito sorvete, e não queriam que ela ficasse doente. Ela até sorriu quando viu Erick dizer que também faria o exame porque tomou muito sorvete, assim como ela. O resultado saiu em poucos dias e Erick não coube em si ao ver que havia dado positivo. Nunca imaginou sentir tamanha emoção, era um misto de euforia e êxtase. De uma forma não planejada havia realizado o seu sonho, ser pai. Pensando fazer uma surpresa para a filha ele ligaria para Giulia e pediria a ela que o ajudasse a preparar o quarto para Eduarda, mas antes conta para Martina a novidade. — Você não me contou que havia deixado alguém no Brasil. — Eu não deixei, mas aconteceu e descobri que sou pai, isso não é maravilhoso. Você irá ficar encantada com Eduarda, ela está com quatro anos, mas logo irá fazer cinco. — Vejo que está feliz e isso é o mais importante, sei também que saberá ser um
Erick sorrindo a responde com o coração transbordando de felicidade. — Eu não vou ser o seu papai, eu sou o seu papai — Erick consegue permanecer sorrindo, mesmo que sua vontade fosse chorar tamanha emoção que estava sentindo — Eu sou o seu papai e te amo muito, por isso, quero te levar para morar comigo. — A vovó e a Paulina também vai para a cidade dos lobos? — É claro — Dessa vez ele sorri ainda mais. — Eu posso te chamar de papai? — Eduarda pergunta séria, talvez por não saber ser o certo. — É claro que pode, eu vou adorar — Erick enche o rostinho de Eduarda de beijos a fazendo sorrir feliz, da porta Paulina observa a cena e uma emoção a invade, dentro dela algo dizia que os dias de turbulência na vida de seu amorzinho haviam chegado ao fim, e isso lhe dava uma sensação de dever cumprido. Paulina não teria tempo de ir ver os pais, por isso ela decide fazer uma ligação para a mãe avisando sobre a viagem que faria em alguns dias. — Você irá morar na Itália, mas assi
Depois de mais de 15 horas de viagem, eles finalmente chegam ao seu destino. Erick morava uma grande propriedade, com portões de ferro alto e um caminho que levava até uma bela casa. O lugar era muito bonito, e a casa não era como Paulina imaginou, uma grande mansão. Era grande, mas não parecia ter dez ou mais quartos como pensou, coisa que ela sempre achou desnecessária. A casa tinha cinco quartos, a suíte principal e mais um de empregada que não era usado, pois Martina dormia em uma dependência com acesso a casa. — Meu Deus, quem é essa menina linda? — Martina pergunta depois de ser apresentada a Paulina e Sandra. — Fala o seu nome para ela, filha — Erick é quem pede. — Eduarda, o meu nome é Eduarda. — Que nome mais lindo — Martina lhe faz um carinho na cabeça — Como ela se parece com você Erick. — Muito, não é mesmo? — Erick responde orgulhoso — Giulia disse que o quarto ficou ótimo. — Ela não mentiu, acredito que Eduarda irá gostar. Paulina conseguia entender toda a
Eles ainda estavam na sala quando escutam as risadas de Eduarda anunciando a sua chegada. — Veja! Encontramos Paulina — Eduarda corre até Paulina como se estivesse há muito tempo sem vê-la — Fomos em seu quarto, pois essa daí parece que nasceu agarrada com você — Sandra fala rindo — É muito amor. — Oi meu amorzinho... — Meu Deus!!! Erick, sua filha é a coisa mais linda, parece uma boneca — Giulia interrompe Paulina indo até Eduarda... — Fala oi com Giulia, filha. — Oi! — Eduarda vai até o pai, se afastando de Giulia. — Gostou do quarto que eu preparei? — Giulia falava em Italiano. — Giulia, ela não vai conseguir te entender — Erick responde por Eduarda. — Então pergunte a ela, quero saber se ela gostou, se achou bonito — Giulia pergunta visivelmente otimista. — Filha, você gostou do quarto? Foi essa moça quem preparou. — Paulina tem vontade de revirar os olhos, mas ao invés disso ela pede licença e vai até a cozinha. Melhor ficar na cozinha do que ali vendo a tal