Capítulo 118

Paulina sente vontade de chorar, pois ela como psicóloga, custava a ver pessoas com tamanha clareza dos sentimentos e com tanto controle emocional, como Eduarda demonstrava ter, principalmente sendo uma criança. Eduarda se referia ao sonho que teve com uma sensibilidade admirável, e isso a fez ver o quanto a filha era especial. Sandra se derramou em lágrimas e foi preciso Paulina a confortar, para que ela se acalmasse. Mas o desespero de Sandra não desestabilizou Eduarda, que permaneceu firme diante o descontrole da avó, ela apenas segurou a mão do pai e assim ficou até a avó se acalmar.

— Eu posso entrar vovó? — Eduarda pergunta ao ver a avó mais calma e Sandra confirma com a cabeça.

— Filha, você não é obrigada a entrar... — Erick queria impedir que Eduarda entrasse naquele quarto, mas o olhar de Paulina o fez se calar.

— Eu quero entrar, papai, eu não sou mais um bebê — Eduarda abraça o pai, que lhe beija a cabeça — Eu não quero que ela sofra mais — Erick se abaixa e fica na
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