Após ser abandonada por seu noivo, a rainha Anna, desesperada, busca a ajuda de uma bruxa para curar a dor do abandono. Porém, a bruxa a trai, devorando seu coração em troca de poder. Muitos anos depois, Anna conhece Henri, um jovem encantador, admirado por todos ao seu redor. Será que, mesmo com um coração dilacerado, a rainha conseguirá resistir ao encanto desse jovem e, finalmente, encontrar a cura para sua alma perdida?
Ler maisCAPÍTULO ONZE— Majestade. A voz de Drago ressoou suave, mas cheia de determinação. Henri olhou para ele, ainda tentando assimilar as palavras que acabara de ouvir. — Drago, tem certeza de que querem voltar para a montanha? Não seria mais seguro permanecer aqui? — perguntou Henri, com um tom de preocupação. Drago, com seus olhos de um azul profundo e um semblante sereno, assentiu com a cabeça. — Sim, lá é melhor para nós. Somos os únicos que habitam aquele lugar, mas sempre que precisar, basta que me chame, e viremos. Henri suspirou, sabendo que essa era a melhor decisão para Drago e seu povo. — Obrigado, meu amigo. Eu farei isso, caso precise de ajuda. Drago olhou para ele com uma expressão quase paternal. — Henri, tome.Henri se virou e viu Drago estender algo em suas mãos. Um cordão, com uma joia de brilho suave, que parecia capturar a luz da lua e refletir um tom azul misterioso. — Uma joia especial do seu reino? — perguntou Henri, intrigado. Drago balançou a cabeça com u
CAPÍTULO DEZHenri partiu pela manhã e pretendia voltar no final da tarde do dia seguinte, como prometera a Anna. O problema é que seria exatamente no dia do casamento. Ele precisava tentar algo, e qualquer coisa era melhor do que não fazer nada. No percurso, um guarda informou que estavam sendo seguidos, e, à frente, 30 homens surgiram. Henri foi obrigado a fugir após a luta, e os guardas feridos o mandaram partir.Henri estava exausto e já era noite quando os homens, que pareciam ser de Antunes, ainda o seguiam. O jovem escalou a montanha e continuou correndo. Sabia que estava apenas a poucas horas de distância daqueles homens. Durante a manhã, acabou tombando de cansaço. Estava no topo da montanha. Olhou para a cratera e lá estava um dragão enorme. Henri começou a descer, pendurou-se em trepadeiras e se jogou em cima do dragão. Havia uma espada cravada em seu ventre.Ele tocou na espada.— Draco, sou amigo de Safira. Ela disse que é o único que pode me ajudar. O amor da minha vida
CAPÍTULO NOVEAnna seguiu até onde estava o conselho. Antunes estava diante do conselho e se virou para ela com olhar de desprezo. — Rainha Anna, está sendo acusada de traição a honra deste conselho. Falou o mestre. Os reis e rainhas dos sete reinos estavam ali a confrontando.— Não entendo a acusação.— Ter um amante Anna. É normal entre nós, mas quando já se consumiu o ato do casamento. Tua reputação sempre foi à melhor de todos. Mas nos enganou ardilosamente alegando adotar um herdeiro quando na verdade é teu amante. Falou o mestre.Anna manteve a posição de rainha. — Eu a vi nos braços de Henri, entregando-se a um jovem que poderia ser seu filho. Falou Antunes.— Minha a vida só pertence a mim e não tenho marido para ter que dar satisfação.— Saiba que jamais vamos aceitá-lo como rei, pois é jovem demais e todos nós somos velhos para aturar uma criança entre nós.— Ele será rei e por aclamação já é. O povo o reconheceu como. — Ele é rei porque a tomou como sua mulher, mas o re
CAPÍTULO OITO— Anna.Henri a chamou quando ela passou por ele distraída. Apesar do vestido negro de luto, ele só via a beleza de sua rainha.— Eu a quero hoje. Já lhe dei tempo para o luto de meu tio. — Henri, ele era seu tio, faz só uma semana que ele se foi. — A morte dele não muda o fato de que a fiz minha mulher, então não vou dormir no outro quarto.Henri seguiu para sua aula de história. Anna colou a mão no rosto, sentindo-se frustrada por não conseguir controlar os impulsos de Henri. A cada dia que passava, o rapaz se tornava mais teimoso.Anna recebeu uma carta sobre a comemoração do conselho de Gronk.Ela não gostava de comemorações. Era cansativo, e toda vez ela precisava dançar para Antunes.Safira entrou com olhar distante. — Safira, mostre-me o futuro. — Sabe que não é correto ver, só em casos de vida ou morte. — Faça. Quero ver.A imagem foi se formando dentro da fumaça. Anna seguia pelo corredor, e ouvia o choro de uma criança. Ela abriu a porta e deu um belo
CAPÍTULO SETEEra tarde da noite, e Anna ainda procurava algo para ocupar sua mente. Havia cartas a serem escritas, que seriam enviadas para as vilas e aldeias do seu reino.Ela estava distraída e se assustou quando ouviu a voz do jovem.— Meu amor.Anna ficou surpresa, pois ninguém havia avisado sobre a presença dele no castelo.— Henri, como está seu tio?— Não vim aqui falar do meu tio, por mais egoísta que possa parecer.Anna levantou-se.— Eu não posso ficar com você. Você é jovem demais para mim, além de ser um plebeu.— Meu tio também é plebeu.— Há um decreto de meu irmão sobre seu tio. Na época, eu não seria rainha.— Você é rainha agora, então faça um decreto, se necessário, para permitir nossa união.Anna ficou olhando-o, constrangida. Como ela poderia se casar com um jovem da idade dele?— Pare, Henri. Seu tio está doente. Algo entre nós seria um desrespeito.Henri tocou o rosto de Anna e começou a cantar. O mundo vai ver O quanto eu amo você Não me importo com o que v
CAPÍTULO SEISHenri, a cada dia, se aproximava mais da rainha Anna. Todos sabiam da intenção dela de torná-lo seu futuro herdeiro. Ela admirava nele algo inexplicável, uma qualidade incomparável. Anna estava estudando os decretos de Tabata sobre herdeiros. Ele passou a ter professores para ensiná-lo a ser um rei.Henri pensava em como resolver a situação em que vivia, quando a serva entrou.— Safira.— Sim, Leona. — Disse Safira.— Seu banho está pronto.— Tenham uma boa noite. — Falou Safira para Henri e Anna.Anna caminhou até a varanda e ficou olhando as estrelas.Ele a seguiu, parando atrás dela.— Há muitos anos não via o céu de Tabata tão lindo.Ela se arrepiou com o vento gelado. Ele tirou a capa e a cobriu.— Henri, você está se tornando um filho que nunca tive. Enche-me de orgulho.Henri olhou para o salão vazio. Não havia mais nada entre eles, aquele era o momento.— Anna. — Ele a abraçou por trás.— Henri…— Por favor, não posso aceitar isso. — Sussurrou ele no ouvido dela.
CAPÍTULO CINCOAnna abriu os olhos e viu o tórax forte e os braços definidos que a envolviam. Ergueu a cabeça e viu o rosto jovem de Henri. Ela corou e começou a se afastar dele. Henri acordou com um belo sorriso.— Anna! Você está bem?A rainha sentou-se às pressas, evitando olhar para o peito nu de Henri.— Estou. Obrigada por ter cuidado de mim.Henri ficou a observando, e Anna evitou olhar para ele.— Já pode ir. Vá. — ordenou.Ele sorriu.— Anna, eu...Mas o que ele pretendia dizer foi interrompido pela porta que se abriu.Safira entrou com o médico.— Anna, que felicidade em vê-la melhor. Agora, você pode ir, Henri.Henri, mesmo com desagrado, levantou-se e começou a se vestir. Anna olhou para o jovem e sentiu a bochecha queimar. Ela nunca havia estado na cama com um homem, muito menos com um jovem que tinha idade para ser seu filho.— Posso examiná-la, rainha? — perguntou o médico.Henri saiu às pressas.À tarde, Safira gritava com Henri. Ela não dizia o porquê, apenas o repreen
CAPÍTULO QUATROAnna estava escrevendo quando foi anunciada uma visita. Ela ficou apreensiva – O que mais poderia ser? — Joaquim? — Perguntou.— Não, senhora. Trata-se de Henri, o conselheiro de Cristal. — Deixe-o entrar.Henri entrou no salão, admirando o ambiente, mas se perdeu nos pensamentos ao ver Anna. A elegante rainha caminhou em sua direção.— Seja breve. — Ela pediu.— Minha rainha, gostaria de pedir para fazer parte de sua guarda. — Pensei que fosse questionar o motivo de não ser mais o conselheiro de Cristal. — Não entendo por que me tirou do cargo de confiança, mas não era algo que eu realmente queria fazer. — Você é jovem demais, não tem experiência de vida para ser conselheiro. Porém, reconheço que atuou bem.Henri se irritou, mas tentou se controlar.— A majestade irá me aceitar em sua guarda? — Soube de sua coragem, não vejo razão para negar, mas não sou eu quem escolhe quem deve estar no exército ou na guarda do castelo.Anna olhou para a jovem parada ao lado.
CAPÍTULO TRÊSJoaquim encontrou Henri no caminho de casa e contou a ele sobre a rejeição da rainha, mas estava mais tranquilo por ela tê-lo recebido e deixado falar.— Eu disse que ela poderia fazer você ou meus filhos herdeiros, e com isso deixei claro que não precisaria ser coroado.— Tio, obrigado por se lembrar de mim, mas quando se casa com uma rainha, é certo que o rei é o marido. Eu também não gostaria de ser rei, pois o que quero é ser guerreiro.— Senti esperança de ser feliz de novo. Ela estava tão bonita para a idade dela, parecia até a jovem de 18 anos que conheci, apesar dos cabelos brancos. Na verdade, está mais encantadora agora. Quando jovem, não era bonita assim. Ela tinha um decote discreto, mas dava para ver que era bem farta.Henri cruzou os braços e sorriu.— Não se preocupe, tio, pois o senhor, na verdade, foi bem. Ela o atendeu. Para uma rainha que não tem coração, ela demonstrou ter algum. Na verdade, acho que muito em breve terá Anna para você. Vou ajudá-lo a c