CAPÍTULO 3

Anna abriu os olhos e viu o tórax forte e os braços definidos que a envolvia. Ergueu a cabeça e viu o rosto jovem de Henri. Ela corou. Começou a se afastar dele. Henri acordou com belo sorriso.

— Anna! Você está bem?

A rainha sentou as pressas, evitando olhar para o peito desnudo.

— Estou. Obrigada por ter cuidado de mim.

Henri ficou a olhando e Anna evitou olhar para ele.

— Já pode ir. Vá – Ordenou.

Ele sorriu. — Anna, eu…

Mas o que ele pretendia dizer foi interrompido pela porta que se abriu.

Safira entrou com o médico.

— Anna, que felicidade em vê-la melhor. Agora, você pode ir Henri.

Henri mesmo com desagrado levantou-se e começou a se vestir. Anna olhou para o jovem e sentiu a bochecha queimar. Ela nunca havia estado na cama com um homem, muito menos com o jovem com idade para ser seu filho.

Henri saiu às presas.

— Posso examiná-la rainha? – Perguntou o médico.

À tarde Safira gritava com Henri. Ela não dizia o porquê, apenas brigava por ter matado a bruxa.

— Você acabou com as minhas chances! Maldito.

Anna surgiu pedindo calma. Ela olhou para Henri.

— Ele fez o que qualquer guarda teria o feito. Não havia como ele saber que matando a bruxa não poderíamos salvar Drago.

— Nunca mais vou vê-lo por culpa dele.

— Safira, por anos tentamos, já era algo definitivamente impossível de resolver. Um dia teria que matá-la.

Safira secou as lágrimas e endureceu o rosto.

— Quero que ele vá embora.

Anna olhou para Henri.

— Não posso. Ele me salvou. Devo-lhe! Mais do que m****r embora. Os guardas o pedem como líder.

— Ele não terminou o treinamento – Safira falou com desprezo.

— Não há teste em Tabata mais difícil do que derrotar Berta. A bruxa derrotou o bruxo mais poderoso do mundo. Como poderia negar a honra ao menino?

— Ela tambémm me enganou, disse-me que não amaria Drago, logo depois usou o feitiço em mim e nele. Foi minha culpa.

Henri revirou os olhos, ele não era um menino e odiou saber como a rainha o via.

— Se está é sua decisão, peço que me de alguns dias, pois preciso ir a montanha – Disse Safira.

— Sabe que não é de fato minha serva, mas sim amiga. Então vá.

Safira passou por Henri com olhar desprezo.

— Safira, eu espero um dia poder trazer Drago de volta.

Safira olhou para ele e viu que era inocente da acusação dela.

— Cuide de Anna em minha ausência – E, partiu.

Henri foi avisado que Anna havia o convocado para ir ao Conselho de Cronk. O jovem não entedia porque as pessoas não ficavam surpresas com um dragão voando por cima deles e terem sido atacados por uma bruxa. No reino que vivia isso não era normal.

Anna passou por ele com sua armadura prata, na verdade de todos os guardas eram prata, mas o dela tinha um brilho extraordinário. Henri olhou para sua armadura e andou até o cavalo.

Ele ficou admirado o reino onde morava os conselheiros. Havia muitas tendas em vasto terreno, cercado por florestas. 

Anna percebeu os olhares das mulheres para Henri. Ela o observou, a postura estava perfeita, parecia um rei. Então sorriu.

Anna seguia acompanhada de Normam e Henri.

Rei Antunes, um rei mais velho que Anna de barba, se aproximou e Anna o cumprimentou.

— Quem é o jovem? – Henri chamou atenção.

— Este é Henri, é o chefe da guarda do castelo.

— Jovem demais para isso.

— Ele é jovem sim, mas é muito forte. Berta está morta pelas mãos dele.

O rei abriu um sorriso e bateu no ombro dele. Em seguida, ofereceu o braço para Anna, que aceitou, fazendo Henri se remoer de ciúmes.

Anna entrou em uma tenda e Henri tentou segui-la, mas Normam impediu.

— Aqui só entra os conselheiros, então se prepare, pois haverá guerra. Não será fácil, todos os reinos formam um só para defender o Sul.

Alguns meses...

Henri lutava ao lado de Creber, um homem da guarda, que estava encarregado de ensiná-lo sobre o reino e as táticas de defesa. Mas, Henri estava distraído vendo Anna lutar ao lado do rei Antunes. Aquele rei era apaixonado por Anna, sempre que havia oportunidade ele a cortejava.

— Henri, cuidado.  Preocupa-se demais com a rainha.

Henri sentia-se cansado, aquelas coisas não paravam de vir das águas do mar.

Quando os seres recuaram, Anna veio na direção de Henri.

 Anna tocou o ombro dele.

— Descanse Henri, você me encheu de orgulho. Quando olho para você vejo um filho que nunca tive.

Henri respirou fundo.

Antunes seguiu lado a lado de Anna.

— Não é atoa que dizem que ela é uma rainha sem coração – Falou Henri.

Cleber o olhou.

— Berta, a bruxa, a enganou dizendo que tiraria a dor por causa do seu tio e, devorou o coração de Anna. Por anos a bruxa invadia o castelo tentando matá-la. Foi assim que o rei Derek morreu, lutando com a bruxa para salvar Anna. Ela não tem coração, dizem que só um amor verdadeiro pode fazer crescer novamente. Às vezes acho que esse homem é rei Antunes. Ele espera por ela há 30 anos. Espero que ele consiga.

— Não. Eu vou conseguir.

Cleber o olhou confuso, mas Henri mudou de assunto.

Durante a festa de comemoração da vitória, os reis elogiaram o jovem Henri. Ele foi destaque entre eles.

— Daria um excelente herdeiro Anna – Comentou a rainha Cassandra.

Anna sorriu.

— É algo a se pensar, porque não ter um filho como ele? E bebeu da taça. — Quem sabe torná-lo o filho que não pude ter.

Os reis e as rainhas ergueram suas taças e brindaram ao reino de Tabata.

As pessoas comentavam, murmuravam e sorriam para Henri, que desprezava as intenções da rainha Anna.

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