Anna abriu os olhos e viu o tórax forte e os braços definidos que a envolvia. Ergueu a cabeça e viu o rosto jovem de Henri. Ela corou. Começou a se afastar dele. Henri acordou com belo sorriso.
— Anna! Você está bem?
A rainha sentou as pressas, evitando olhar para o peito desnudo.
— Estou. Obrigada por ter cuidado de mim.
Henri ficou a olhando e Anna evitou olhar para ele.
— Já pode ir. Vá – Ordenou.
Ele sorriu. — Anna, eu…
Mas o que ele pretendia dizer foi interrompido pela porta que se abriu.
Safira entrou com o médico.
— Anna, que felicidade em vê-la melhor. Agora, você pode ir Henri.
Henri mesmo com desagrado levantou-se e começou a se vestir. Anna olhou para o jovem e sentiu a bochecha queimar. Ela nunca havia estado na cama com um homem, muito menos com o jovem com idade para ser seu filho.
Henri saiu às presas.
— Posso examiná-la rainha? – Perguntou o médico.
À tarde Safira gritava com Henri. Ela não dizia o porquê, apenas brigava por ter matado a bruxa.
— Você acabou com as minhas chances! Maldito.
Anna surgiu pedindo calma. Ela olhou para Henri.
— Ele fez o que qualquer guarda teria o feito. Não havia como ele saber que matando a bruxa não poderíamos salvar Drago.
— Nunca mais vou vê-lo por culpa dele.
— Safira, por anos tentamos, já era algo definitivamente impossível de resolver. Um dia teria que matá-la.
Safira secou as lágrimas e endureceu o rosto.
— Quero que ele vá embora.
Anna olhou para Henri.
— Não posso. Ele me salvou. Devo-lhe! Mais do que m****r embora. Os guardas o pedem como líder.
— Ele não terminou o treinamento – Safira falou com desprezo.
— Não há teste em Tabata mais difícil do que derrotar Berta. A bruxa derrotou o bruxo mais poderoso do mundo. Como poderia negar a honra ao menino?
— Ela tambémm me enganou, disse-me que não amaria Drago, logo depois usou o feitiço em mim e nele. Foi minha culpa.
Henri revirou os olhos, ele não era um menino e odiou saber como a rainha o via.
— Se está é sua decisão, peço que me de alguns dias, pois preciso ir a montanha – Disse Safira.
— Sabe que não é de fato minha serva, mas sim amiga. Então vá.
Safira passou por Henri com olhar desprezo.
— Safira, eu espero um dia poder trazer Drago de volta.
Safira olhou para ele e viu que era inocente da acusação dela.
— Cuide de Anna em minha ausência – E, partiu.
Henri foi avisado que Anna havia o convocado para ir ao Conselho de Cronk. O jovem não entedia porque as pessoas não ficavam surpresas com um dragão voando por cima deles e terem sido atacados por uma bruxa. No reino que vivia isso não era normal.
Anna passou por ele com sua armadura prata, na verdade de todos os guardas eram prata, mas o dela tinha um brilho extraordinário. Henri olhou para sua armadura e andou até o cavalo.
Ele ficou admirado o reino onde morava os conselheiros. Havia muitas tendas em vasto terreno, cercado por florestas.
Anna percebeu os olhares das mulheres para Henri. Ela o observou, a postura estava perfeita, parecia um rei. Então sorriu.
Anna seguia acompanhada de Normam e Henri.
Rei Antunes, um rei mais velho que Anna de barba, se aproximou e Anna o cumprimentou.
— Quem é o jovem? – Henri chamou atenção.
— Este é Henri, é o chefe da guarda do castelo.
— Jovem demais para isso.
— Ele é jovem sim, mas é muito forte. Berta está morta pelas mãos dele.
O rei abriu um sorriso e bateu no ombro dele. Em seguida, ofereceu o braço para Anna, que aceitou, fazendo Henri se remoer de ciúmes.
Anna entrou em uma tenda e Henri tentou segui-la, mas Normam impediu.
— Aqui só entra os conselheiros, então se prepare, pois haverá guerra. Não será fácil, todos os reinos formam um só para defender o Sul.
Alguns meses...
Henri lutava ao lado de Creber, um homem da guarda, que estava encarregado de ensiná-lo sobre o reino e as táticas de defesa. Mas, Henri estava distraído vendo Anna lutar ao lado do rei Antunes. Aquele rei era apaixonado por Anna, sempre que havia oportunidade ele a cortejava.
— Henri, cuidado. Preocupa-se demais com a rainha.
Henri sentia-se cansado, aquelas coisas não paravam de vir das águas do mar.
Quando os seres recuaram, Anna veio na direção de Henri.
Anna tocou o ombro dele.
— Descanse Henri, você me encheu de orgulho. Quando olho para você vejo um filho que nunca tive.
Henri respirou fundo.
Antunes seguiu lado a lado de Anna.
— Não é atoa que dizem que ela é uma rainha sem coração – Falou Henri.
Cleber o olhou.
— Berta, a bruxa, a enganou dizendo que tiraria a dor por causa do seu tio e, devorou o coração de Anna. Por anos a bruxa invadia o castelo tentando matá-la. Foi assim que o rei Derek morreu, lutando com a bruxa para salvar Anna. Ela não tem coração, dizem que só um amor verdadeiro pode fazer crescer novamente. Às vezes acho que esse homem é rei Antunes. Ele espera por ela há 30 anos. Espero que ele consiga.
— Não. Eu vou conseguir.
Cleber o olhou confuso, mas Henri mudou de assunto.
Durante a festa de comemoração da vitória, os reis elogiaram o jovem Henri. Ele foi destaque entre eles.
— Daria um excelente herdeiro Anna – Comentou a rainha Cassandra.
Anna sorriu.
— É algo a se pensar, porque não ter um filho como ele? E bebeu da taça. — Quem sabe torná-lo o filho que não pude ter.
Os reis e as rainhas ergueram suas taças e brindaram ao reino de Tabata.
As pessoas comentavam, murmuravam e sorriam para Henri, que desprezava as intenções da rainha Anna.
Henri a cada dia se aproximava mais da rainha Anna. Todos sabiam da intenção dela de tornar-lo seu futuro herdeiro. Ela admirava a qualidade nele de olhar de forma inexplicável. Uma admiração incomparável. Anna estava estudando os decretos de Tabata sobre herdeiros. Ele passou a ter professores para ensiná-lo a ser um rei.Henri pensava em como resolver a situação que vivia, quando a serva entrou.— Safira.— Sim, Leona – Disse Safira.— Seu banho está pronto.— Tenham uma boa noite. Falou Safira para Henri e Anna.Anna andou para varanda olhando as estrelas.Ele a seguiu parando atrás dela.— Há muitos anos não via o céu de Tabata tão lindo.Ela se arrepiou com o vento gelado. Ele tirou a capa e a cobriu.— Henri, você está se tornando um fil
Era tarde da noite e Anna ainda procurava por algo para ocupar a sua mente. Havia cartas a serem escritas para serem enviadas para as vilas e aldeias do seu reino.Estava distraída e se assustou quando ouviu a voz do jovem.— Meu amor.Anna ficou surpresa, pois ninguém havia avisado sobre a presença dele no castelo.— Henri, seu tio como está?— Não vim aqui falar do meu tio, por mais egoísta que possa parecer.Anna levantou-se.— Eu não posso ficar com você. É jovem demais para mim, além de ser um plebeu.— Meu tio também é plebeu.— Há um decreto de meu irmão sobre seu tio. Na época não iria ser rainha.— Você é rainha, então faça um, se necessário, para permitir nossa união.Anna ficou
— Anna.Henri a chamou quando passou por ele distraída. Apesar do vestido negro de luto, ele só via a beleza de sua rainha.— Eu quero que rompa o luto, já lhe dei tempo.— Henri, ele era seu tio, só tem uma semana que ele se foi.— A morte dele não muda o fato de que você é minha agora.Anna o ignorou e Henri seguiu para sua aula de história. Anna colou a mão no rosto sentindo-se frustrada por não conseguir controlar os impulsos de Henri. A cada dia que passava o rapaz se tornava mais teimoso.Anna recebeu uma carta da comemoração do conselho de Gronk.Ela não gostava de comemoração. Era cansativo e toda vez ela precisava dançar para Antunes.Safira entrou com olhar distante.— Safira, mostre-me o futuro.— Sabe que não é
Anna seguiu até onde estava o conselho. Antunes estava diante do conselho e se virou para ela com olhar de desprezo. — Rainha Anna, está sendo acusada de traição a honra deste conselho – Falou o mestre. Os reis e rainhas dos sete reinos estavam ali a confrontando. — Não entendo a acusação. — Ter um amante Anna. É normal entre nós, mas quando já se consumiu o ato do casamento. Tua reputação sempre foi à melhor de todos. Mas nos enganou ardilosamente alegando adotar um herdeiro quando na verdade é teu amante – Falou o mestre. Anna manteve a posição de rainha. — Eu a vi nos braços de Henri, entregando-se a um jovem que poderia ser seu filho – Falou Antunes. — Minha a vida só pertence a mim e não tenho marido para ter que dar satisfação. — Saiba que jamais vamos aceitá-lo como rei, pois é jovem demais e todos nós somos velhos para aturar uma criança entre nós. — Ele será rei e por aclama
Henri partiu pela manhã e pretendia voltar na parte da vespertina do dia seguinte, como prometeu a Anna. O problema é que seria exatamente no dia do casamento. Ele precisava tentar algo e qualquer coisa era melhor que não fazer nada. No percurso um guarda informou que estavam sendo seguidos e a sua frente 30 homens surgiram. Henri foi obrigado a fugir após a lutar, os guardas feridos mandaram-no fugir.Henri estava exausto e já era noite e os homens que deveriam ser de Antunes os seguiam. O jovem escalou a montanha e seguiu correndo. Sabia que estava apenas a poucas horas de distância daqueles homens. Durante a manhã, acabou tombando de cansaço. Estava no topo. Olhou para a cratera e lá estava um dragão enorme.Henri começou a descer. Pendurou-se em trepadeiras e se jogou em cima do dragão. Havia uma espada no ventre dele.Ele tocou.— Draco, sou a
O sol reluzia seu brilho em um céu sem nuvens. O dia estava perfeito. A alegria no castelo emanava por todo o reino. De longe, viam-se os reis e as rainhas de outros reinos chegando para o casamento, juntamente com seus servos. O povo de Tabata estava misturado com os visitantes, apesar do vasto terreno do Castelo não havia espaço para todos, por isso a festa do casamento e a cerimônia seriam feitas no campo que havia ao lado.Em volta do baluarte, os fiéis cantavam uma canção, que envolvia os visitantes.Que belo dia de solNossa bela princesa irá se casarOh! Oh! Lindo amorOh! Oh! Lindo amorNosso Joaquim! Jovem plebeuNossa Anna! Jovem princesaLindos herdeiros virão.Que belo dia de solNossa bela princesa irá se casarOh! Oh! Lindo amorOh! Oh! Lindo amor
30 ANOS DEPOIS— Hahaha! ai, pare Henri, você não tem jeito.— Sofie, estou indo embora, deixe-me despedir de você.—Hahaha, Você é tão lindo….Oh que saudades!Emma passava com a carroça gritando pelo filho.Henri a ouviu.— Até breve Sofie.O jovem surgiu sacudindo a roupa para tirar as folhagens.— Henri, não vá.O jovem loiro de olhos Azuis, tórax forte e braços forte, se pendurou na carroça e a mãe olhou-o para ver de onde vinha. A jovem distante agora acenava.— Já estou com saudades da minha aldeia.Henri se esticou atrás da carroça.— Quando voltaremos mãe?Henri tinha o sorriso mais encantador que um jovem podia ter, quem conhecia seu pai, que já
Joaquim encontrou Henri no caminho de casa. Então contou para ele a rejeição da rainha, mas estava mais tranquilo por ela tê-lo recebido e deixado falar.— Eu disse que ela poderia fazer você ou meus filhos de herdeiro, com isso deixei claro que não precisaria ser coroado.— Tio, obrigado por se lembrar de mim, mas quando se casa com uma rainha é certo que o rei é o marido. Eu também não gostaria de ser rei, pois o que quero é ser guerreiro.— Senti esperança de ser feliz de novo. Ela estava tão bonita para a idade dela parecia até a jovem de 18 que conheci, apesar dos cabelos brancos. Na verdade, está mais encantadora agora. Quando jovem não era bonita assim.Henri cruzou o braço e sorriu.— Não se preocupe tio, pois o senhor na verdade foi bem. Ela o atendeu. Para uma rainha que nã