Henri a cada dia se aproximava mais da rainha Anna. Todos sabiam da intenção dela de tornar-lo seu futuro herdeiro. Ela admirava a qualidade nele de olhar de forma inexplicável. Uma admiração incomparável. Anna estava estudando os decretos de Tabata sobre herdeiros. Ele passou a ter professores para ensiná-lo a ser um rei.
Henri pensava em como resolver a situação que vivia, quando a serva entrou.
— Safira.
— Sim, Leona – Disse Safira.
— Seu banho está pronto.
— Tenham uma boa noite. Falou Safira para Henri e Anna.
Anna andou para varanda olhando as estrelas.
Ele a seguiu parando atrás dela.
— Há muitos anos não via o céu de Tabata tão lindo.
Ela se arrepiou com o vento gelado. Ele tirou a capa e a cobriu.
— Henri, você está se tornando um filho que nunca eu tive. Enche-me de orgulho.
Henri olhou para salão vazio, não havia nada entre eles, aquele era o momento.
— Anna. Ele a abraçou por trás.
— Henri…
— Por favor, não posso aceitar isso – Sussurrou ele no ouvido dela.
— Não estou entendendo – Ela tentou se afastar.
Ele a abraçou mais forte.
— Anna, eu não posso ser seu herdeiro.
— Por causa de sua mãe? Não precisa abrir mão dela.
—Não. É porque eu não quero ser um filho para você, mas sim seu homem.
Anna assustou-se e lutou para se soltar. Mas ele a segurou pelos pulsos.
— Me apaixonei por você e não por seu trono. Eu a quero em meus braços. Quando a olho vejo a mulher que desejo.
— Como ousa? Ela tentou se soltar, mas Henri era mais forte.
Ele a puxou pela cintura.
— Isso é impossível entre nós. Tenho a idade de sua mãe – Ela falou.
Ele tomou os lábios dela com paixão.
Anna o empurrou e saiu as pressas.
— Anna, eu te amo. Acredite em mim. Não podia continuar com essa mentira.
Guardas surgiram o impedindo de se aproximar dela, era certo de que ela deu ordens no caminho.
Anna ao entrar no quarto tocou os lábios e sentiu as lágrimas descendo em seu rosto.
— Como isso é possível?
Anna tocou o peito e sentiu o leve batimento.
Ela se assustou.
Anna chamou o conselheiro e ordenou que explicasse a Henri as condições para permanecer no castelo. Safira, que havia sido chamada, entendeu que havia mais que um simples mal entendido entre Anna e Henri.
— Eu agradeço, mas estou de partida, pretendo voltar em breve para reino de onde venho – Disse Henri ao conselheiro.
— Você poderá ser rei, mas terá que aceitar as condições da rainha e manter distância dela – Disse Normam.
—Isso é impossível. Não sou um homem interesseiro, ela sabe muito bem o que quero dela.
Ele se virou partindo.
Havia se passado duas semanas desde que Henri havia partido do castelo. Anna sentia-se atormentada pelas lembranças do beijo. E, sentia-se confusa.
Ela sentiu uma pontada no peito e desmaiou.
Quando acordou, o médico estava ali passando um pano em seu rosto.
— Minha rainha.
— O que aconteceu? – Perguntou.
— Anna, seu coração está crescendo dentro de você – Falou Safira.
Anna ficou confusa e surpresa.
— Um amor verdadeiro surgiu – Falou Safira.
— Isso é inaceitável – Falou Anna.
O médico se retirou.
— Quando Henri a beijou, você correspondeu ao sentimento que também sentia.
— Está louca? Eu não sinto nada além dele ser um filho que não tive.
— Anna, a prova do que sente amor por ele está no seu peito, está crescendo. Ele a corresponde.
Anna sentiu-se envergonhada e pôs a mão no rosto.
O conselheiro entrou no quarto. — Perdoe-me, mas é urgente.
— Seja breve Normam – Falou Anna.
— O Plebeu Joaquim está morrendo e deseja vê-la.
Anna apertou os olhos.
Um tempo depois...
Henri estava olhando para o tio. Anna devia amá-lo ainda, pensou. Cerrou os dentes com fúria.
— Henri, a rainha chegou para ver seu tio – Avisou a mãe.
Os primos estavam todos de joelhos, muito tristes.
Ele sentiu ciúmes.
A família reverenciou a Rainha.
Anna sentou na cadeira ao lado de Joaquim e, acariciou seu rosto com carinho.
Henri fechou os olhos para não ver.
— Anna – Falou Joaquim.
— Ah, Joaquim.
Ela beijou a testa dele.
Henri sentiu o ciúme o corroer e saiu às pressas da casa batendo a porta sem ao menos falar com Safira.
Anna chorou.
O tempo pareceu sentir a tristeza da rainha de Tabata e da família de Joaquim. O céu, antes limpo, deu lugar a nuvens escuras. Relampeava e, logo depois uma fina chuva começou a cair.
Anna perguntou a Safira sobre Henri.
— Não quer falar, está lá fora desde cedo com ciúmes.
— Fale isso baixo – Pediu Anna a Safira.
Anna discretamente saiu da casa. Henri estava com os braços cruzados olhando para o nada com semblante fechado.
Henri a viu e desviou o olhar lhe dando as costas.
— Você sabe que me importo com você também e tinha esperança de torná-lo meu herdeiro — Ela tocou as costas dele. — Por que não esquece isso e volta para treinar com Safira. Ela sente sua falta.
Ele desvencilhou da mão dela.
— Sabe que me recuso ser um filho. Não entendo porque me rejeita e prefere meu tio que a magoou.
— Seu tio tem minha idade e ele é um homem. Você é só um menino.
Henri com olhar penetrante tentou puxá-la para seus braços. Anna se afastou com receio do que as pessoas diriam sobre eles. Porém Henri foi mais rápido e a tomou nos braços.
— Acha que sou menino por causa da minha idade? Pois, te mostro já que não sou nenhum menino.
Henri tomou os lábios de Anna. Ela tentou afastá-lo, mas Henri a prendeu.
— Ceda a mim e te farei mais mulher do que qualquer outro poderia.
Anna o afastou e colocou as mãos no coração. Nem com Joaquim ela havia se sentindo assim.
Seu coração havia sido restaurado nos braços dele.
— Meu amor. Ele ergueu o queixo dela.
Anna ao olhar nos olhos azuis dele sentiu uma emoção tão forte que se lançou em seus braços buscando pelos lábios dele que se encaixaram nos dela.
Henri e Anna sentiram ser enlaçados pelo amor que sentiram um pelo outro.
A troca do beijo apaixonado do casal chamou atenção dos guardas e do cocheiro.
Emma abriu a porta procurando pela rainha e chocou-se.
O casou beijava-se.
— Não! – Ela gritou.
Anna afastou-se de Henri e ele segurou a mão da mãe que veio para bater na rainha.
Homens da guarda surgiram.
— Não é nada – Disse Anna aos guardas.
— Você é velha! Velha demais para ele. Eu nunca vou aceitar. Deixe meu filho.
— Pare mãe – Pediu Henri.
— Por que meu filho?
— Eu a amo.
— Não. A mulher se jogou no chão.
Anna sentiu sofrimento e abaixou a cabeça.
Safira saiu da casa.
— Joaquim está dormindo. Avisou.
A mãe de Henri tentava bater nele, mas ele lhe segurava os pulsos e a pedia para se acalmar.
— Vamos embora Safira.
— Anna, ele não vai viver muito, não é melhor que fique?
— Não posso – Anna disse olhando a mãe de Henri.
Elas seguiram para os cavalos.
Era tarde da noite e Anna ainda procurava por algo para ocupar a sua mente. Havia cartas a serem escritas para serem enviadas para as vilas e aldeias do seu reino.Estava distraída e se assustou quando ouviu a voz do jovem.— Meu amor.Anna ficou surpresa, pois ninguém havia avisado sobre a presença dele no castelo.— Henri, seu tio como está?— Não vim aqui falar do meu tio, por mais egoísta que possa parecer.Anna levantou-se.— Eu não posso ficar com você. É jovem demais para mim, além de ser um plebeu.— Meu tio também é plebeu.— Há um decreto de meu irmão sobre seu tio. Na época não iria ser rainha.— Você é rainha, então faça um, se necessário, para permitir nossa união.Anna ficou
— Anna.Henri a chamou quando passou por ele distraída. Apesar do vestido negro de luto, ele só via a beleza de sua rainha.— Eu quero que rompa o luto, já lhe dei tempo.— Henri, ele era seu tio, só tem uma semana que ele se foi.— A morte dele não muda o fato de que você é minha agora.Anna o ignorou e Henri seguiu para sua aula de história. Anna colou a mão no rosto sentindo-se frustrada por não conseguir controlar os impulsos de Henri. A cada dia que passava o rapaz se tornava mais teimoso.Anna recebeu uma carta da comemoração do conselho de Gronk.Ela não gostava de comemoração. Era cansativo e toda vez ela precisava dançar para Antunes.Safira entrou com olhar distante.— Safira, mostre-me o futuro.— Sabe que não é
Anna seguiu até onde estava o conselho. Antunes estava diante do conselho e se virou para ela com olhar de desprezo. — Rainha Anna, está sendo acusada de traição a honra deste conselho – Falou o mestre. Os reis e rainhas dos sete reinos estavam ali a confrontando. — Não entendo a acusação. — Ter um amante Anna. É normal entre nós, mas quando já se consumiu o ato do casamento. Tua reputação sempre foi à melhor de todos. Mas nos enganou ardilosamente alegando adotar um herdeiro quando na verdade é teu amante – Falou o mestre. Anna manteve a posição de rainha. — Eu a vi nos braços de Henri, entregando-se a um jovem que poderia ser seu filho – Falou Antunes. — Minha a vida só pertence a mim e não tenho marido para ter que dar satisfação. — Saiba que jamais vamos aceitá-lo como rei, pois é jovem demais e todos nós somos velhos para aturar uma criança entre nós. — Ele será rei e por aclama
Henri partiu pela manhã e pretendia voltar na parte da vespertina do dia seguinte, como prometeu a Anna. O problema é que seria exatamente no dia do casamento. Ele precisava tentar algo e qualquer coisa era melhor que não fazer nada. No percurso um guarda informou que estavam sendo seguidos e a sua frente 30 homens surgiram. Henri foi obrigado a fugir após a lutar, os guardas feridos mandaram-no fugir.Henri estava exausto e já era noite e os homens que deveriam ser de Antunes os seguiam. O jovem escalou a montanha e seguiu correndo. Sabia que estava apenas a poucas horas de distância daqueles homens. Durante a manhã, acabou tombando de cansaço. Estava no topo. Olhou para a cratera e lá estava um dragão enorme.Henri começou a descer. Pendurou-se em trepadeiras e se jogou em cima do dragão. Havia uma espada no ventre dele.Ele tocou.— Draco, sou a
O sol reluzia seu brilho em um céu sem nuvens. O dia estava perfeito. A alegria no castelo emanava por todo o reino. De longe, viam-se os reis e as rainhas de outros reinos chegando para o casamento, juntamente com seus servos. O povo de Tabata estava misturado com os visitantes, apesar do vasto terreno do Castelo não havia espaço para todos, por isso a festa do casamento e a cerimônia seriam feitas no campo que havia ao lado.Em volta do baluarte, os fiéis cantavam uma canção, que envolvia os visitantes.Que belo dia de solNossa bela princesa irá se casarOh! Oh! Lindo amorOh! Oh! Lindo amorNosso Joaquim! Jovem plebeuNossa Anna! Jovem princesaLindos herdeiros virão.Que belo dia de solNossa bela princesa irá se casarOh! Oh! Lindo amorOh! Oh! Lindo amor
30 ANOS DEPOIS— Hahaha! ai, pare Henri, você não tem jeito.— Sofie, estou indo embora, deixe-me despedir de você.—Hahaha, Você é tão lindo….Oh que saudades!Emma passava com a carroça gritando pelo filho.Henri a ouviu.— Até breve Sofie.O jovem surgiu sacudindo a roupa para tirar as folhagens.— Henri, não vá.O jovem loiro de olhos Azuis, tórax forte e braços forte, se pendurou na carroça e a mãe olhou-o para ver de onde vinha. A jovem distante agora acenava.— Já estou com saudades da minha aldeia.Henri se esticou atrás da carroça.— Quando voltaremos mãe?Henri tinha o sorriso mais encantador que um jovem podia ter, quem conhecia seu pai, que já
Joaquim encontrou Henri no caminho de casa. Então contou para ele a rejeição da rainha, mas estava mais tranquilo por ela tê-lo recebido e deixado falar.— Eu disse que ela poderia fazer você ou meus filhos de herdeiro, com isso deixei claro que não precisaria ser coroado.— Tio, obrigado por se lembrar de mim, mas quando se casa com uma rainha é certo que o rei é o marido. Eu também não gostaria de ser rei, pois o que quero é ser guerreiro.— Senti esperança de ser feliz de novo. Ela estava tão bonita para a idade dela parecia até a jovem de 18 que conheci, apesar dos cabelos brancos. Na verdade, está mais encantadora agora. Quando jovem não era bonita assim.Henri cruzou o braço e sorriu.— Não se preocupe tio, pois o senhor na verdade foi bem. Ela o atendeu. Para uma rainha que nã
Anna abriu os olhos e viu o tórax forte e os braços definidos que a envolvia. Ergueu a cabeça e viu o rosto jovem de Henri. Ela corou. Começou a se afastar dele. Henri acordou com belo sorriso.— Anna! Você está bem?A rainha sentou as pressas, evitando olhar para o peito desnudo.— Estou. Obrigada por ter cuidado de mim.Henri ficou a olhando e Anna evitou olhar para ele.— Já pode ir. Vá – Ordenou.Ele sorriu. — Anna, eu…Mas o que ele pretendia dizer foi interrompido pela porta que se abriu.Safira entrou com o médico.— Anna, que felicidade em vê-la melhor. Agora, você pode ir Henri.Henri mesmo com desagrado levantou-se e começou a se vestir. Anna olhou para o jovem e sentiu a bochecha queimar. Ela nunca havia estado na cama com um homem, muito menos com o jovem com idade para ser seu fi