Joaquim encontrou Henri no caminho de casa. Então contou para ele a rejeição da rainha, mas estava mais tranquilo por ela tê-lo recebido e deixado falar.
— Eu disse que ela poderia fazer você ou meus filhos de herdeiro, com isso deixei claro que não precisaria ser coroado.
— Tio, obrigado por se lembrar de mim, mas quando se casa com uma rainha é certo que o rei é o marido. Eu também não gostaria de ser rei, pois o que quero é ser guerreiro.
— Senti esperança de ser feliz de novo. Ela estava tão bonita para a idade dela parecia até a jovem de 18 que conheci, apesar dos cabelos brancos. Na verdade, está mais encantadora agora. Quando jovem não era bonita assim.
Henri cruzou o braço e sorriu.
— Não se preocupe tio, pois o senhor na verdade foi bem. Ela o atendeu. Para uma rainha que não tem coração, ela demonstrou ter algum. Na verdade, acho que muito em breve terá Anna para você. Vou ajudá-lo a conquistá-la.
— Menino, olha minha idade, eu lá preciso de você para conquistar?!
Henri sorriu.
— Vamos tio, está enferrujado.
— Bom, ela acendeu dentro de mim algo que estava apagado. Vou lutar por ela. Serei rei de Tabata.
Alguns dias depois, o jovem filho do ex-padeiro chegou às pressas. Ele entregou a carta do conselho para Henri que abriu com calma.
Conselheiro Henri da aldeia Cristal,
Estamos convocando a rainha de Tabatas para se pronunciar pessoalmente diante de seu povo, assim ela mesma lhes dirá o que fazer. Nada podemos fazer, além disso. Um mensageiro foi enviado à corte. Aguardem o pronunciamento de sua Rainha.
— Vão nos ajudar Henri? – Perguntou o jovem que demonstrou não ter lido o que havia lhe entregue.
— Não. Mas a convocaram diante do povo e será nossa chance para convencê-la que Cristal precisa ser protegida.
— A culpa disso é de seu tio – Berrou um homem.
— Não se preocupe, meu tio, digamos que fez as pazes com a rainha.
Os anciões se olharam e confiaram na palavra de Henri.
Durante a tarde os homens de Arcos vieram como prometido, mas Henri havia se preparado com os homens da aldeia. Henri lutou com comandante deles o derrotando.
Unidos os derrotaram e os seis homens fugiram.
Unidos eles aguardavam a vinda da rainha. Sabiam que iriam retornar e eles não teriam condições de se defender com mais homens do que aqueles. Eram homens violentos e acostumados a lutar e eles eram apenas aldeões.
No castelo, o conselheiro Normam surgiu no salão.
— Minha rainha, mensagem do conselho.
Anna pegou a carta.
Amada rainha de Tabata,
O conselho a convoca a pronunciar-se diante do povo, na aldeia de Cristal, eles alegam ser atormentados por Arcos que é nosso inimigo. Sabemos de seus motivos, mas deve obrigatoriamente se pronunciar diante seu povo.
— Minha senhora.
— Prepare os homens, sou obrigada a ir a cristal. Mande avisá-los que irei à tarde antes do sol se por.
Henri pediu que o povo se comportasse diante da rainha. Afinal, ele soube da recepção que fizeram quando ela veio na última vez na aldeia, isso há 30 anos.
— Entendam que vencemos apenas seis, mas virá mais. Não temos armas ou treinamento para isso. Estamos lidando com um exército e somos apenas aldeões.
Joaquim veio vestido com uma boa roupa.
— Muito bem meu tio, é assim que se faz.
— Você tinha razão e irei conquistá-la. Ela está tão bonita.
As pessoas estavam cansadas de esperar quando viram subindo um pequeno grupo de guardas e no meio a rainha.
Anna desceu do cavalo e segui até eles.
Henri estava sério até que ele a viu de perto. O sorriso dele se formou.
Henri ficou fascinado. Ela era séria e sua aparência era espetacular para uma mulher da idade dela. Não era jovem, mas para ele nenhuma jovem poderia superá-la. Ele sentiu o coração agitado e nervoso deu um passo a frente. Os fios brancos era o que mostrava a marca do tempo nela e o seu rosto parecia ser sedoso. A armadura era algo elegante e sedutor. A coroa de pedras brilhava na luz do sol.
Joaquim foi à direção dela. Quando ela se aproximou de Joaquim o povo se afastou.
— É você Joaquim que vem falando por esta gente?
— Não. É meu sobrinho Henri – Ele apontou.
Henri se aproximou dela se curvando.
Ele a encarou olhando-a nos olhos.
— O que significa esse olhar? – Ela perguntou. — Desconheço a forma como me olha.
Joaquim o afastou.
— É admiração minha rainha, pois ele é jovem e nunca conheceu ninguém da realeza antes.
— Não preciso que fale por mim tio. Não sou um menino – Zangou-se Henri. — Rainha, a aldeia está sofrendo. Não temos condição de vencê-los. O que aconteceu no passado deve estar no passado. Hoje, deve começar uma nova vida para todos.
— Henri, vim pessoalmente dizer que não me interessa o que acontece aqui. Não tenho interesse nessas terras. Não tem valor para mim. Se quiserem se livrar deles, devem ir embora e procurar outro lugar que os acolha.
Ela lhe deu as costas e caminhou em direção ao cavalo.
Henri a pegou pelo pulso e os guardas ameaçaram atacar.
— Solte-me – Ordenou ela.
— Você pode até não ter um coração como dizem, mas tem cérebro, entenda que se tomarem esta terra, logo irão atacar o castelo. Viverá com o inimigo como vizinho? Há crianças sofrendo.
Anna demorou-se nos olhos dele.
Até que desvencilhou o braço.
—Siga meu conselho, vá embora o mais breve possível.
Durante o percurso, algo incomodava Anna, um sentimento confuso a incomodava. Não sabia o que estava acontecendo. Ela respirou fundo. Ao entrar no castelo uma jovem veio até ela.
— Safira, onde esteve?
— Fui ver Drago – Respondeu.
— Tem que tomar cuidado, se ela descobrir, você sabe.
— Ela está fraca Anna, não sei o por quê. Seu coração a deixava forte, mas ela não sentiu minha presença.
Anna e Safira olharam na direção da montanha.
— Joaquim queria que me cassasse com ele, disse que podia escolher um de seus filhos ou seu sobrinho para ser meu herdeiro. Mas, talvez, a vinda dele tenha me causado algum efeito e tenha prejudicado a bruxa.
Safira sorriu.
— O que sentiu Anna?
—Sem o coração, digo que nada. Mas o sobrinho dele me intriga, o menino me olhou com uma admiração que ninguém jamais o fez. Ele liderou os aldeões contra Arcos. Soube que lutou com o líder dos homens de Arcos. Ele parece ser valente e até me confrontou. Deve ser um orgulho para Joaquim.
— Adote-o, já que precisa de um herdeiro – Falou Safira.
Anna olhou para safira. Ambas seguiram para biblioteca.
Por um tempo Anna leu livros e foi até a varanda.
— Eles não vão sobreviver – Falou Anna.
— O amor é muito forte Anna e nos prende a um lugar.
Safira abriu os braços e a magia formou imagens que apresentou o que aconteceria.
— Desde quando gosta de ver o futuro?
— Sinto que devo mostrar a você.
Havia fogo, crianças chorando, pessoas sendo mortas, idosos se arrastando, em meio a confusão Henri lutava, mesmo ferido, até cair onde Joaquim estava.
Anna olhou para Safira.
— Não vão sobreviver, nem as crianças. Teremos problemas depois.
Anna olhou para direção da aldeia e assoviou.
O exército de Arcos estava ali parado aguardando as ordens. Arcos chegou montado em um garanhão. Então ordenou que atacassem.
Henri percebeu a armadilha. Foram cercados e, com isso eles começaram a recuar.
— Fiquem juntos – Disse Henri.
Eles estavam encurralados na ribanceira da aldeia. Os homens de Arcos riam.
Henri pegou a espada e deu o primeiro passo. Os homens com ele tomaram coragem.
Um som de rugido ecoou no ar.
O povo temeu e os homens de Arcos começaram a recuar.
Henri olhou para cima e viu um dragão sob a cabeça deles.
O dragão abaixou a cabeça e o guerreiro andou até em frente do povo e parou ao lado de Henri.
Anna tirou o elmo e abaixou a espada de Henri.
— Você não está pronto para isso. Afaste-se.
Henri sentiu o orgulho ser ferido, mas não se afastou.
Arcos mandou atacar. Anna puxou a espada da bainha, um raio brilhante surgiu nela como se pegasse a luz do sol e ela correu ao encontro deles.
— Anna! – Henri tentou correr, mas algo o pegou. O dragão cafungou.
— Não seja tolo, ela é uma rainha, veja.
Henri estava preso nas garras do dragão.
Henri olhou na direção de Anna que seguia derrubando um a um com a espada. Os homens a cercaram e ela fincou a espada na terra e ficou esperando eles atacarem. Um a um ia caindo com os golpes de seus punhos. Anna ergueu a espada quando Arcos desceu do cavalo vindo em sua direção com a espada reluzindo algo negro. Ele no meio do caminho cresceu e virou um mostro.
Henri tentou se soltar.
—Pare jovem – Falou o dragão.
Anna desviou do golpe e derrubou Arcos com um só golpe nas costas. Ele começou a virar pó e desapareceu. Anna assoviou.
Lobos surgiram com guerreiros montados.
— Peguem todos – Ordenou.
Eles correram na direção dos homens de Arcos que fugiam.
O dragão soltou Henri. O povo se ajoelhou diante da rainha de Tabatas. Joaquim sentiu orgulho de tão bela e forte mulher ter o amado um dia. Henri se ajoelhou diante a rainha.
— Obrigado majestade.
— Voltem para suas casas, enviarei servos para ajudar na reconstrução da Aldeia.
Anna seguiu para frente do dragão que abaixou a cabeça para ela subir.
Tio e sobrinho admiram a bela guerreira que partia.
A aldeia voltava a ter vida como antes.
O povo cantava uma canção que se espalhou por todo reino.
Nossa rainha nos protegeu
Agora somos livres
Vencemos
Nova vida e novos momentos
Viva nossa rainha!
Com força e coragem lutamos
Nosso menino nos encorajou
Conseguimos
Anna estava escrevendo quando foi anunciada uma visita.
Ela ficou apreensiva – O que mais poderia ser?
— Joaquim? Perguntou.
— Não senhora, trata-se de Henri o conselheiro de Cristal.
— Deixe-o vir.
Henri entrou no salão o admirando e perdeu-se nos pensamentos ao ver Anna. A elegante rainha andou em sua direção.
— Seja breve – Ela pediu.
— Minha rainha, eu gostaria de pedir para ser da sua guarda.
— Pensei que fosse questionar por não ser mais o conselheiro de Cristal.
— Não entendo porque me tirou do cargo de confiança, mas não era algo que realmente queria fazer.
— Você é jovem demais, não tem experiência de vida para ser conselheiro. Mas reconheço que atuou bem.
Henri se irritou.
— A majestade irá me aceitar em sua guarda?
— Soube de sua coragem, não vejo porque negar, mas não sou eu que escolho quem deve estar no exército ou ser guarda do castelo.
Anna olhou para a jovem parada.
— Safira.
A jovem mulher se aproximou. Henri em outra situação iria achá-la bonita, mas manteve-se sério. Ela tinha cabelos negros até as costas e olhos negros; devia ter sua idade.
— Faça os testes e, se não passar o devolva para Joaquim. Seja gentil, pois ele é muito jovem para suportar um treino muito intenso.
— Desculpe-me, mas vejo que ela tem minha idade e é mulher, por isso não acredito que seja mais forte que eu.
Anna olhou para Safira.
— Não se engane com minha aparência Henri, pois sou bem mais velha que Anna.
Os olhos dela mostraram ser iguais aos do dragão que o segurou e Henri deu um passo atrás.
Anna sorriu.
Henri disse à família que iria ser treinado no castelo.
— Meu filho, tem certeza de que é isso você quer?
— Mãe é minha chance.
Joaquim abanou a cabeça.
— Sou eu que devia morar no castelo.
—Você já teve sua chance – Falou agressivo com o tio.
Emma sentiu frieza no filho com Joaquim.
—Sim, mas terei a terceira, afinal poderei visitar meu sobrinho querido e aproveitar para paquerar Anna.
Henri cruzou o braço e o encarou com olhar agressivo.
— Minha mãe tem razão, Anna merece um homem que a deseje tê-la em seus braços.
Joaquim o olhou confuso.
— Por que mudou de ideia?
Henri ficou sério.
— Porque você não a vê com os mesmos olhos de um homem que a deseja – Virou-se saindo.
Emma estranhou o comportamento do filho e Joaquim coçou a cabeça.
Os homens da guarda aceitaram Henri e começaram a ensiná-lo, mas a dificuldade era passar nos treinos de Safira. Ela era rigorosa demais com ele. Os outros o viam treinar e se admiravam. Pois o jovem tinha a postura de um rei. Havia boatos de que Joaquim havia o oferecido para ser herdeiro de Anna. O povo queria um herdeiro porque não queria ser dividido para outros reinos no futuro.
Henri agora se vestia como os homens da guarda, mas com diferença por ser um aprendiz. Mas o que Henri sentia mesmo desejo era estar dentro do castelo perto de Anna. Ele só a via brevemente passando com Safira e os guardas quando saia do castelo.
Com o tempo Henri foi ganhando habilidade chamando atenção de todos do castelo e nos treinos, muitos iam o ver lutar. Anna certa vez curiosa o viu da janela. Os servos e guardas pareciam ver o seu rei treinar. Lembrava os treinos de seu irmão.
Safira resolveu fazer um teste árduo, mesmo contrariando Anna, chamou seu guerreiro chefe do exército e mandou lutar com Henri. As pessoas torciam por Henri irritando o chefe do exército.
A luta terminou com empate, quando Anna os mandou parar, ao perceber que dali em diante seria vida ou morte, ela parabenizou os dois e olhou para Safira.
— Vejo que está querendo substituir Eduardo?
— Ele não está se recuperando, devido sua idade estar muito avançada. Rainha precisamos de um líder para nossa guarda.
Os homens da guarda sorriam e o chefe do exército o cumprimentou com gesto breve.
Henri não parava de olhar para Anna. Ela o olhou desconfiada e seguiu para o castelo.
Henri estava no alojamento, sentado na cama com pensamentos confusos, não sabia o que fazer para se aproximar de Anna. Ele resolveu dar uma volta e saiu do castelo. De onde parou e olhou para montanha distante e sentiu esperança.
— Um dia, Anna, será minha – Disse olhando para uma luz que surgiu no cume da montanha.
Ele voltou para o castelo e seguiu para o alojamento. Então se deitou na cama com os braços atrás da cabeça e adormeceu.
Era madrugada quando homens começaram a gritar mandando levantar e se preparar.
— Rápido! Protejam a nossa rainha. Sejam rápidos.
Henri pulou da cama e se vestiu rapidamente pegando a espada e correu para fora. Homens lutavam com espécie de ursos. Ele correu golpeando um. No pátio, olhou para o castelo e seguiu para ele desviando dos ursos. Nos corredores, haviam servos caídos e guardas. Henri chegou ao salão e viu uma ruiva falando com Anna e Safira. A rainha e serva ameaçavam a mulher.
— Anna, desista!
— Desista você, pois não vai conseguir – Avisou Safira.
— Dessa vez tenho algo preparado para ti, naveguei terras distantes até encontrar – A mulher mostrou uma bola azul.
Safira correu na direção dela e foi lançada longe com a luz que saiu da bola.
— Safira! – Gritou Anna.
A rainha se defendeu da luz e protegeu-se com a espada, mas a energia dela parecia acabar. Aos poucos a luz a atingiu e, então gritou caindo.
Henri a viu cair e correu em direção da bruxa que precisou parar de atacar Anna para poder se defender do golpe de sua espada. Henri girou a arma e começou a atacar. A bruxa não entendeu porque estava com dificuldade. A fúria do rapaz era mais forte que ela.
Safira tentou ergue-se — Henri, não faça nada.
Henri confrontava a bruxa que começou a recuar. Com um golpe certeiro Henri cortou a cabeça da bruxa.
O corpo da bruxa virou pó.
Safira com lágrimas nos olhos gritou.
—Não!
Anna despencou no chão quando tentou ergue-se e Henri correu até ela. Anna estava gelada e seus lábios roxos. Henri a pegou no colo e o homem esquelético surgiu o pedindo para acompanhá-lo. Estavam levando a rainha para o quarto.
Henri colocou Anna sobre a cama e o homem jogava vários cobertores tentando esquentá-la. Henri começou a tirar a roupa e ficou de calção, entrou debaixo do coberto e puxou Anna para ele esfregando o corpo dela com as mãos.
— O que está fazendo? – Perguntou o homem.
— Ouviu dizer que contato com corpo ajuda. Fique quieto.
Anna abriu os olhos e murmurou algo para Henri , que não entendeu.
Eles se olharam por um tempo. O homem ao lado sentiu-se constrangido com olhar deles.
Anna desmaiou. Henri abraçou e encostou o rosto nela.
Safira entrou no quarto em prantos. Olhou para Henri e Anna e em seguida pediu para o homem chamar o médico.
Henri beijou a cabeça de Anna e sentiu o perfume do cabelo dela fechando os olhos.
O médico chegou e ficou sem jeito de acorda Anna e Henri que dormiam.
— Doutor.
— Deixe-a dormir, amanhã pela manhã irei examiná-la. Vejo que está bem.
— Bom vou pedir que o jovem vá.
Ele segurou o pulso de Safira.
— Ele salvou a vida dela, está funcionando. Deixe-os.
Safira ouviu o médico e se retiram.
Anna abriu os olhos e viu o tórax forte e os braços definidos que a envolvia. Ergueu a cabeça e viu o rosto jovem de Henri. Ela corou. Começou a se afastar dele. Henri acordou com belo sorriso.— Anna! Você está bem?A rainha sentou as pressas, evitando olhar para o peito desnudo.— Estou. Obrigada por ter cuidado de mim.Henri ficou a olhando e Anna evitou olhar para ele.— Já pode ir. Vá – Ordenou.Ele sorriu. — Anna, eu…Mas o que ele pretendia dizer foi interrompido pela porta que se abriu.Safira entrou com o médico.— Anna, que felicidade em vê-la melhor. Agora, você pode ir Henri.Henri mesmo com desagrado levantou-se e começou a se vestir. Anna olhou para o jovem e sentiu a bochecha queimar. Ela nunca havia estado na cama com um homem, muito menos com o jovem com idade para ser seu fi
Henri a cada dia se aproximava mais da rainha Anna. Todos sabiam da intenção dela de tornar-lo seu futuro herdeiro. Ela admirava a qualidade nele de olhar de forma inexplicável. Uma admiração incomparável. Anna estava estudando os decretos de Tabata sobre herdeiros. Ele passou a ter professores para ensiná-lo a ser um rei.Henri pensava em como resolver a situação que vivia, quando a serva entrou.— Safira.— Sim, Leona – Disse Safira.— Seu banho está pronto.— Tenham uma boa noite. Falou Safira para Henri e Anna.Anna andou para varanda olhando as estrelas.Ele a seguiu parando atrás dela.— Há muitos anos não via o céu de Tabata tão lindo.Ela se arrepiou com o vento gelado. Ele tirou a capa e a cobriu.— Henri, você está se tornando um fil
Era tarde da noite e Anna ainda procurava por algo para ocupar a sua mente. Havia cartas a serem escritas para serem enviadas para as vilas e aldeias do seu reino.Estava distraída e se assustou quando ouviu a voz do jovem.— Meu amor.Anna ficou surpresa, pois ninguém havia avisado sobre a presença dele no castelo.— Henri, seu tio como está?— Não vim aqui falar do meu tio, por mais egoísta que possa parecer.Anna levantou-se.— Eu não posso ficar com você. É jovem demais para mim, além de ser um plebeu.— Meu tio também é plebeu.— Há um decreto de meu irmão sobre seu tio. Na época não iria ser rainha.— Você é rainha, então faça um, se necessário, para permitir nossa união.Anna ficou
— Anna.Henri a chamou quando passou por ele distraída. Apesar do vestido negro de luto, ele só via a beleza de sua rainha.— Eu quero que rompa o luto, já lhe dei tempo.— Henri, ele era seu tio, só tem uma semana que ele se foi.— A morte dele não muda o fato de que você é minha agora.Anna o ignorou e Henri seguiu para sua aula de história. Anna colou a mão no rosto sentindo-se frustrada por não conseguir controlar os impulsos de Henri. A cada dia que passava o rapaz se tornava mais teimoso.Anna recebeu uma carta da comemoração do conselho de Gronk.Ela não gostava de comemoração. Era cansativo e toda vez ela precisava dançar para Antunes.Safira entrou com olhar distante.— Safira, mostre-me o futuro.— Sabe que não é
Anna seguiu até onde estava o conselho. Antunes estava diante do conselho e se virou para ela com olhar de desprezo. — Rainha Anna, está sendo acusada de traição a honra deste conselho – Falou o mestre. Os reis e rainhas dos sete reinos estavam ali a confrontando. — Não entendo a acusação. — Ter um amante Anna. É normal entre nós, mas quando já se consumiu o ato do casamento. Tua reputação sempre foi à melhor de todos. Mas nos enganou ardilosamente alegando adotar um herdeiro quando na verdade é teu amante – Falou o mestre. Anna manteve a posição de rainha. — Eu a vi nos braços de Henri, entregando-se a um jovem que poderia ser seu filho – Falou Antunes. — Minha a vida só pertence a mim e não tenho marido para ter que dar satisfação. — Saiba que jamais vamos aceitá-lo como rei, pois é jovem demais e todos nós somos velhos para aturar uma criança entre nós. — Ele será rei e por aclama
Henri partiu pela manhã e pretendia voltar na parte da vespertina do dia seguinte, como prometeu a Anna. O problema é que seria exatamente no dia do casamento. Ele precisava tentar algo e qualquer coisa era melhor que não fazer nada. No percurso um guarda informou que estavam sendo seguidos e a sua frente 30 homens surgiram. Henri foi obrigado a fugir após a lutar, os guardas feridos mandaram-no fugir.Henri estava exausto e já era noite e os homens que deveriam ser de Antunes os seguiam. O jovem escalou a montanha e seguiu correndo. Sabia que estava apenas a poucas horas de distância daqueles homens. Durante a manhã, acabou tombando de cansaço. Estava no topo. Olhou para a cratera e lá estava um dragão enorme.Henri começou a descer. Pendurou-se em trepadeiras e se jogou em cima do dragão. Havia uma espada no ventre dele.Ele tocou.— Draco, sou a
O sol reluzia seu brilho em um céu sem nuvens. O dia estava perfeito. A alegria no castelo emanava por todo o reino. De longe, viam-se os reis e as rainhas de outros reinos chegando para o casamento, juntamente com seus servos. O povo de Tabata estava misturado com os visitantes, apesar do vasto terreno do Castelo não havia espaço para todos, por isso a festa do casamento e a cerimônia seriam feitas no campo que havia ao lado.Em volta do baluarte, os fiéis cantavam uma canção, que envolvia os visitantes.Que belo dia de solNossa bela princesa irá se casarOh! Oh! Lindo amorOh! Oh! Lindo amorNosso Joaquim! Jovem plebeuNossa Anna! Jovem princesaLindos herdeiros virão.Que belo dia de solNossa bela princesa irá se casarOh! Oh! Lindo amorOh! Oh! Lindo amor
30 ANOS DEPOIS— Hahaha! ai, pare Henri, você não tem jeito.— Sofie, estou indo embora, deixe-me despedir de você.—Hahaha, Você é tão lindo….Oh que saudades!Emma passava com a carroça gritando pelo filho.Henri a ouviu.— Até breve Sofie.O jovem surgiu sacudindo a roupa para tirar as folhagens.— Henri, não vá.O jovem loiro de olhos Azuis, tórax forte e braços forte, se pendurou na carroça e a mãe olhou-o para ver de onde vinha. A jovem distante agora acenava.— Já estou com saudades da minha aldeia.Henri se esticou atrás da carroça.— Quando voltaremos mãe?Henri tinha o sorriso mais encantador que um jovem podia ter, quem conhecia seu pai, que já