Tâmisa Vermelho - Manipulação e Poder

Tâmisa Vermelho - Manipulação e PoderPT

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Índice

Sinopse

Realista

Na Europa do século XVII, Charlotte a herdeira dos dois mais poderosos reinos da Europa enfrenta uma guerra silenciosa por poder. Noiva do próximo rei da Inglaterra, a monarca se muda para a corte Inglesa, onde descobrirá um profundo mar de intrigas, mortes, conspirações e traições. Enfrentando seu primo bastardo pelo trono francês, ela irá ter de decidir entre casar-se por política ou tomar as rédeas de seu destino e seguir seu amor. Mas, e se o amor e política andassem de mãos dadas? Henry é o homem ao qual um dia ela já amou, mas ela terá de desvendar se o homem com o qual esta fadada a se casar ainda é o mesmo que amou em sua adolescência toda. Seria ele capaz de se tornar um bom marido e monarca ao lado dela? Meio há tantos inimigos, ela terá de provar que seu poder vai muito além dos títulos e que poderá conquistar sua vitória usando sua inteligência e poder.

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Último capítulo

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Prefácio
Esta é uma obra de ficção histórica. Aqui me inspiro na história da monarquia Europeia e nos acontecimentos inspiradores do qual aprecio. Alguns personagens aqui foram inspirados de algumas formas, em personagens e figuras históricas conhecidas, como: Rainha Charlotte que fora inspirada em Mary Stuart, Rainha da Escócia e Jacob Somerset que fora inspirado em Jack, O Estripador. Não é uma obra baseada em fatos, mas sim inspirada, por tanto, tenha em mente que nada aqui tem o compromisso de ser verossímil com a realidade. Inspirei-me na revolução inglesa, no início do iluminismo e no declínio do feudo, portanto, há muita mistura de fatos dos séculos, influenciando a história como um todo.Esta é uma história pesada e irá tratar de assuntos profundos e sombrios daquele século. É importante expor que a monarquia, regras, leis e
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Prólogo
Lá estava seu corpo; mais um entre o mar de cadáveres que teimavam em duplicar-se, como os próprios ratos que habitavam a escuridão sórdida daqueles túneis. Não parecia se importar com o sangue que manchava sua pele e tingia sua camisa de carmim, tampouco com o fato de que havia acabado de matar uma moça inocente. Na verdade, nada parecia importar para Jacob. Absolutamente nada. "Per signum Sanctae crucis, de inimicis nostris liberanos, Domine Deus noster. In nonime Patris et Filii et Spiritus Sancti", sussurrava em meio à sua própria confusão. "Amem", finalizou, traçando o sinal da cruz por seu corpo. Seus dedos deixavam um rastro de sangue desde a testa até os ombros. Retirou de seu bolso sua velha garrafa de absinto, marcando o corpo despido da jovem pelo líquido esverdeado. Retirou suas vestes, lançando-as sobre o tal. Fechou os olhos por um instante, sussurrando suas preces em latim e logo lançando a lamparina que se encontrava em su
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Capítulo I - Parte 1
"...Sim, aquilo tudo assustou-me muito, o olhar frio dele sobre meu corpo. O que há de errado com ele? Seria possível que ele havia se tornado um homem sem coração? Teria eu um destino tão triste? Meu peito aperta com este simples pensamento. Estar fadada a casar com um homem frio e sem alma como meu pai, é meu pior pesadelo. Felizmente nem todos mantiveram um olhar tão pesado e sem vida quanto o dele. Vossa majestade, o rei George, recebeu-me com aquele sorriso simples e forçado, mas que ainda assim, foi uma receptiva demonstração de hospitalidade de sua parte. Realmente espero, com esmero, que todo meu tempo na corte se resuma a momentos calmos e agradáveis, mas, algo em meu âmago me alerta, com fervor, que esta será uma fase conturbada da minha vida." — Charlotte, 04 de março de 1648. A porta do quarto se abriu, e o som dos passos invadindo o recinto, ecoaram pelo quart
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Capítulo I - Parte 2
Charlotte caminhou até o pavilhão aberto, acompanhada por Effie e Nimue, mas ambas pararam antes que Charlotte cruzasse o arco de pedra que ligava o corredor ao pátio. — Deixem-me a sós. Esperem por mim aqui. — Sim vossa alteza — Ambas se dirigiram ao outro canto do corredor. Livre de suas damas, Charlotte caminhou pelo gramado, indo em direção da silhueta ereta e rígida de seu amigo. Parece sério disse mentalmente. Diminuiu os passos e suspirou enquanto fitava seus ombros. — Algo o incomoda e pelo que posso imaginar é sério. Vamos, me diga o que há com você... — Por algum acaso adquiriu a habilidade de ler mentes?

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Capítulo II
"Peço que me perdoe por me despedir de tal forma minha filha, nunca fui um pai muito carinhoso e hoje vejo que esse é um dos meus maiores arrependimentos. Eu devia ter lhe abraçado mais, lhe beijado mais vezes depois de ler uma história para você dormir, dito que lhe amava todos os dias. Eu falhei, como marido e como pai, por isso peço que me perdoe. Sei que tal mensagem não deveria ser dita em uma carta como esta, no entanto, o tempo não me permitiu ter a chance de ver seu rosto pela última vez. Rezo que um dia me absolva por todos os meus erros, tais atos que fiz num momento de falho julgamento. Apesar de tudo, você minha filha, se tornou uma grande mulher e sei que se tornará uma grande e poderosa monarca, lamento que, no entanto, eu não esteja presente para vê-la neste dia. Seja sábia, paciente e gentil! Lembre-se que o seu dever é para com o povo, não para consigo mesma! Seja imparcial, paciente e justa, o seu povo só pode contar
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Capítulo III
Simon parecia ter caminhado por toda a Inglaterra. Seus olhos totalmente inchados e sua postura relaxada deixavam seu semblante cansado totalmente deplorável. Observou a porta velha de madeira, enquanto batia com dificuldade. — Vamos Robbie, eu voltei! Senhora Jones, obrigada por cuidar dele! — Simon, ainda sentindo seu corpo mais pesado que o normal encara a porta se abrir enquanto ele fala. — Simon, você a encontrou? — Os olhos castanhos de Robbie pareciam mais melancólicos do que no dia anterior, quando foi deixado pelo irmão mais velho. — Não Robbie, sinto muito, mas logo vamos encontrá-la, certo? Eu te prometo! — Tudo bem. — Robbie sorri sem emoção. Quando retornam para cas
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Capítulo IV
Na manhã seguinte, Simon estava deveras incomodado com aquele diário. Havia passado desde o amanhecer lendo e relendo seus trechos, organizando informações em sua cabeça e decorando maneiras de falar. Ele havia se convencido de que, cedo ou tarde, ele teria de voltar às farsas para sobreviver. Simon começara com estes trabalhos de farsante desde a morte dos pais, há dois anos, quando ficou sem dinheiro e sem meios de sustentar seus irmãos. Seu amigo, Jared, que havia crescido a seu lado, o convenceu de que esta poderia ser uma maneira simples de conseguir dinheiro suficiente para comprar comida para os irmãos, sem ter que abandonar a única casa que eles tinham em toda Londres. Simon, mesmo incomodado com a ideia da mentira, entendeu que nada era simples e que seria aquilo, ou se matar de trabalhar na lavoura ou lojas para ganhar o dinheiro suficiente para comprar apenas um pedaço de pão. Ele não podia deixar seu irmão morrer. Aprendeu a l
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Capítulo V
"...Ele é diferente do que esperava. Quando o conheci, naquela manhã, pude perceber que ele não me olhava com cuidado, ele quase despiu-me com os olhos, nunca me senti tão invadida com o olhar de alguém... Nem pelo de Henry. Talvez seja apenas um devaneio meu, ou uma sensação longa e aguda de solida que me faz sentir atraída por todos. Por que fiquei tão mexida com o olhar daquele homem? Mas por que me importar? Por que é tão errado que eu me sinta bem e queira ser desejada e olhada daquela forma? Porque somente Henry tem o direito de me humilhar e me fazer sentir horrível, beijando cada moça que cruza seu caminho e bem na minha frente! Apenas por que sou uma mulher? Nem mesmo o título de rainha me garante liberdade?... Pai, sinto-me frustrada." — Charlotte, março de 1648. Henry adentrou o salão de guerra, após dispensar os guardas que ladeavam a porta. O salão de guerra e
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Capítulo VI
Henry deixou a sala poucos minutos após a saída do pai. Seu destino seguinte: encontrar-se com Jacob Somerset. Sabia que provavelmente o encontraria em algum canto do palácio bebendo ou com alguma mulher. Somerset deleitava de seu tempo sozinho, o que geravam fofocas de que ele era uma pessoa estranha, que não gostava das mulheres e que era uma pessoa perigosa. No fim das contas, os boatos provaram-se verdadeiros, exceto pelo não gostar de mulheres, pelo contrário, gostava tanto de mulheres, quanto de homens. Era um sir, ou senhor como é mais frequentemente usado, desta forma, Jacob Somerset é um nobre, mas seu título tão baixo não o faz tem tamanho prestígio para que os nobres o respeitem, além do mais, suas riquezas são quase nulas, tendo somente poucas propriedades a qual se intitular dono. Seu único poder provem do título de amigo do príncipe e seu cão de caça. Por tal motivo, é plausível julgar-se que Sir Jacob não era uma pessoa com
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Capítulo VII
Charlotte sabia que momentos como aquele eram raros, principalmente na corte inglesa, portanto aproveitava. Não poupou risadas ou gritos, enquanto seu cavalo corria desenfreado e alegre pelos campos ensolarados e vazios. Observou Charles metros atrás de si, com um sorriso emburrado delineando os lábios e olhos, tão castanhos e brilhantes, semicerrados. A mechas de seu cabelo castanho escuro decaindo sobre os olhos, totalmente bagunçados, após vários galopes nada gentis de seu cavalo. — Vá com calma, quer matar meu cavalo de cansaço?! — exclamou o homem. — Talvez devesse mudar de montaria, vejo que seu belo cavalo não serve nem para um singelo passeio! — Charlotte ri, berrando por cima do ombro. — Ora, mas quem será que está convencida? Ele está apenas indisposto, seu cavalo que é ab
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