Você já deve ter ouvido que um momento pode ser capaz de mudar toda uma vida. Apesar do estilo “pensamento do dia”, essa frase nunca foi tão certa. Esse momento aconteceu para dois completos estranhos que, certamente, não tinham a menor ideia do quanto o futuro dos dois iria se entrelaçar. Independente e decidida Penélope não vê com bons olhos qualquer um que tente subestimá-la. Segura, extremamente controladora, forte, moderna e descolada, ela acredita que está para nascer o homem que vai dominá-la. Talvez tenha sido isso que despertou em Antony Mazza o desejo de domá-la, ou talvez não. Quem sabe ele não tenha visto além da superfície? O fato é que ele está decidido a Tê-la, tanto quanto ela está decidida a manter distância. Quão resistente você é diante de uma tentação? Quão corajoso você é para se jogar ao desconhecido. Chegou a hora. Deixe aqui seus preconceitos e tome uma dose de coragem para adentrar no escuro mundo de Tony e Penny. E, se por acaso você não tem uma dose de coragem, tome uma dose do bom e velho vinho tinto e seco. Nada suave
Leer másUma sensação deliciosa entre as minhas pernas. Era um sonho? A realidade aos poucos fez-se clara e eu fiquei ciente de onde eu estava. Não havia mais máscara em meu rosto e eu podia ver bem, apesar da penumbra do quarto, a cabeça de Tony entre as minhas pernas – Isso é tão bom – Falei sem pensar e ele riu sem tirar seu rosto de lá. Minhas mãos estavam livres, então eu agarrei os seus cabelos. Plantei os calcanhares em seu colchão e empurrei, esfregando minha boceta ainda mais contra a sua língua. Estava bom demais e eu estava quase lá quando ele parou. Frustração veio forte, mas eu a empurrei para longe quando o rosto dele ficou em frente ao meu e seu pau entrou lentamente em mim. – Sinto muito por acordá-la, mas eu não consegui mais vê-la tão bela em seu sono e fazer nada sobre isso. Preciso de você... Seja minha – Pediu. Seus olhos estavam em um tom acinzentado, tão intenso. Seus movimentos dentro de mim tão certos... eu quase disse sim. Mas eu não podia. Não ainda. Eu assisti Tony
As mãos dele pousaram sobre a minha face, uma de cada lado, meu rosto preso entre as suas mãos. – Por favor, fique. – Pediu. Nenhuma outra resposta me ocorreu naquele instante e eu sabia, lá no fundo, que meu sim não era para passar uma noite, mas para o final de semana inteiro. Quiçá, um mês. Eu queria descobrir aquilo que aquele homem tinha a me oferecer e estava disposta a pagar o preço.- Sim – respondi e finalmente entendi o que Isabel e Tony haviam falado sobre sentir prazer em satisfazer alguém. Eu estava feliz por satisfazer a sua vontade. O quanto isso era ridículo? Eu não queria saber. Seu rosto não se dividiu em um sorriso. Pelo contrário, ele estava muito sério. Mas eu não estava lendo errado. A intensidade do seu olhar e a sua respiração ofegante me deixaram saber que ele estava muito feliz com a minha decisão.- Venha comigo –Tony me ajudou a ficar de pé e fez o mesmo, tomando minha mão em seguida e me levando através de um corredor. Havia uma série de portas de ambos os
Nas duas horas e meia que faltava para a chegada de Antony eu passei pelos estágios de birra (do tipo eu-não-vou-a-lugar-algum), indecisão (talvez-devesse-ir-e-ouvir-o-que-ele-tem-a-dizer) e indecisão de novo (com-que-roupa-eu-vou). Quando o porteiro interfonou avisando que Antony já havia chegado, eu dei uma última olhada no espelho e satisfeita com a minha escolha, deixei o apartamento para encontra-lo no lobby.Quando as portas do elevador se abriram, eu o vi de costas com as mãos no bolso. Vestia um terno cinza grafite elegante e seu cabelo estava um pouco bagunçado. O elevador quase se fechou pelo tempo que eu demorei o observando. Eu consegui me mover a tempo de sair e caminhar até ele. Meu salto fazia barulho sobre o piso e ele se virou de repente ao ouvir os meus passos. Seu olhar encontrou primeiro meus olhos, mas não se demorou neles, percorrendo todo o meu corpo e depois fazendo o caminho de volta. – Está linda.Uma onda de satisfação ameaçou vir à tona por agradá-lo, mas e
PennyO apartamento estava silencioso. Demorei um tempo para lembrar de que estava sozinha. Giovanna estava passando o final de semana em algum lugar com o irmão de Tony. Alcancei meu telefone no criado-mudo e fiz uma chamada pra ela. Ela não atendeu. Eu ligaria novamente mais tarde. Vi que era mais de meio-dia e eu tinha uma leve, porém persistente dor de cabeça. Fiz um esforço para me levantar, tomar um banho e tentei não pensar na merda que eu fiz na noite anterior. Foi difícil. Cada vez que eu lembrava das coisas que eu falei sentia a minha face queimar de constrangimento. Uma hora eu estou cheia de dedos em me submeter a um homem e, outra hora, eu estou praticamente implorando para que ele me foda sem sentido. Se minha vida fosse um filme, nesse momento os espectadores estariam perguntando: É isso mesmo, produção?Decidi fazer uma limpeza no apartamento. Não que estivesse precisando ou que eu fosse esse tipo de pessoa prendada. Não mesmo. Mas eu queria me ocupar com alguma coisa
- Trabalhar até tarde de novo? – Desviei a atenção da tela do meu computador para fixa-la em Isabel, que estava de pé à porta da minha sala.- Estou terminando um pré-projeto.- Qual é. Tenho certeza que nada deve ser tão urgente assim.- E não é.- Então por que você apenas não encerra o expediente por hoje e me segue até o bar para tomarmos uma bebida?Eu realmente queria, mas eu temia não ser capaz de segurar a minha língua sobre Antony. Eu desesperadamente precisava falar com alguém se não iria enlouquecer. Mas eu sabia que não devia mencionar o nome de Tony. Acabei concordando. De qualquer modo, hoje seria o grande jantar entre Giovanna e Matteo e eu não queria ficar sozinha em casa pensando bobagem. Fomos de táxi até o nosso bar preferido e ao contrário das usuais cervejas optamos por taças de vinho tinto.- Onde está Bruno? – eu sabia que ele provavelmente estaria viajando ou preso em alguma reunião para que em plena sexta-feira à noite Isabel estivesse sentada aqui comigo. Nó
PennyQuando eu abri os olhos pela manhã, o primeiro sentimento que me veio à tona foi humilhação e, em seguida, raiva. Eu fui completamente ignorada por Tony pelo resto da noite, mas a minha maior revolta era comigo mesma. Eu, Penélope Ferrara, a descolada, a segura de si, a confiante e independente financeira e emocionalmente, fiz o maior papel de boba para encerrar a noite com chave de ouro. Sentindo-me completamente miserável e também um pouco infantil por ficar me esgueirando pelos cantos da mansão enquanto Tony desfilava e tocava a mulher que tinha se pendurado nele pelo resto da noite, decidi ir embora, mas não sem antes falar com ele. Então virei uma taça de champanhe e a depositei, vazia, na primeira bandeja que atravessou o meu caminho, em seguida, caminhei com passos firmes em sua direção. – Tony – chamei intimamente, pois queria mostrar a mulher pendurada em seu pescoço que eu tinha alguma intimidade com ele, mas a cara que se virou pra mim colocou-me em meu devido lugar.
Eu estava muito nervosa quando finalmente chegamos à mansão, mas eu fiz um esforço para demonstrar confiança. Seria a primeira vez que o veria depois do nosso pequeno bate-boca na sala dele e eu não tinha ideia do humor que ele estaria ostentando hoje. Tentei não me sentir insegura diante de tanto luxo, seja nos carros luxuosíssimos que paravam na entrada da mansão, seja pelo próprio prédio, uma relíquia do século XIX. Eão nasci em uma família abastada, meus pais na verdade eram pessoas muito simples, mas boas pessoas e sempre fizeram o possível para me proporcionar uma educação de qualidade e isso é tudo. Portanto, eu não me sentia à vontade no meio de todas essas pessoas da nata Milanesa.Quando o táxi conseguiu parar no pátio central, onde os outros convidados desembarcavam, um homem bem vestido em um terno preto elegante, abriu a porta do táxi e nos deu as boas-vindas. Lancei algumas notas para o motorista e descemos do carro.Após atravessar a grande porta de madeira artisticamen
Penny Eu estive muito envolvida com a tarefa que Antony me deu durante toda a semana. Infelizmente (ou não) eu não podia simplesmente juntar tudo que eu havia levado para o prédio da Mazza de volta para a minha empresa e esquecer que eu o havia conhecido. Eu ainda tinha muito o que fazer naquela empresa pelos próximos meses. No dia seguinte após a assinatura do contrato, um sábado, eu estava muito ocupada na elaboração do material para o evento. O tempo era muito curto e eu me perguntava se tudo com Tony seria sempre assim em cima da hora. Nosso único contato foram alguns e-mails para que ele visse e aprovasse o material do evento e só. Na segunda-feira tudo estava acertado e eu enviei o material para a gráfica. Buscando deliberadamente manter alguma distância, Pedi que Isabel fosse até a Mazza Telecom e entregasse a Antony uma amostra do material. Ele, no entanto, não quis recebe-la e exigiu a minha presença. – Personalíssimo – ele disse quando eu entrei na sua sala fuzilando-o com
PennyUm elogio. Será que custava tanto assim fazer um elogio, uma observação, qualquer coisa? Eu sei que ele gostou. Eu vi o apreço em seus olhos e, por mais que eu soubesse que ele apreciava algo mais do que o meu projeto, eu sabia que ele também o aprovou. Mas eu realmente teria ficado feliz se ele tivesse a consideração de, pelo menos, dizer que gostou. O que custava? A não ser... não! Definitivamente eu não acredito que Antony iria dispensar a minha proposta por causa do que aconteceu entre nós. Ou será que ele o faria? Deus! Eu já estava surtando, quase meia-hora se passou desde que eu deixei aquela bendita sala de reuniões e nenhuma resposta. Como se fosse um milagre realizado para me tirar da minha ansiedade o telefone tocou sobre a mesa e eu atendi. Era jeanine – Srtª Ferrara, o Sr. Mazza gostaria de vê-la. Ele está em sua sala esperando-a. Fiz um esforço para manter a minha voz tranquila. Desconfio que não funcionou – O-obrigada, Jeanine. Eu estou indo. – A curta caminhada