Após uma trágica viagem de negócios, Afonso desaparece em um acidente de avião, deixando Melissa devastada e sem saber como prosseguir. Sem o corpo de seu amado para fazer o luto, Melissa se vê presa a memórias dolorosas e ao medo constante das ameaças de Salvatore, que agora se tornou um fantasma em sua vida. Determinada a encontrar paz e um novo começo, Melissa decide deixar a mansão e o passado para trás. Junto com seus filhos, Matteo e Laura, e sua mãe, Aurora, ela embarca em uma nova jornada em um país desconhecido, buscando anonimato e uma vida simples. O desafio é imenso: adaptar-se a uma nova cultura, lidar com o luto e proteger sua família dos ecos do passado.
Ler maisLuana estava tensa, mas sabia que precisava agir rapidamente. Seu olhar, oculto pelos óculos escuros e pela peruca loira, permanecia fixo no ponto que lhe interessava. Ela estava parada dentro do carro, estacionado em uma rua tranquila, observando cada movimento de Gerônimo com precisão. Ele estava na cafeteria, tomando o café como de costume, sem perceber que estava sendo vigiado. Para Luana, ele era mais do que um simples rival, ele era a chave para tudo o que estava prestes a desmoronar, e ela não podia deixar que ele tivesse qualquer vantagem.O tempo parecia se arrastar, mas Luana já sabia o que fazer. Ela pegou o telefone e discou rapidamente para seus homens, dando instruções claras e diretas.— Sigam-no. Não deixem que ele perceba. Peguem-no antes que ele chegue em casa, em uma rua isolada, sem levantar suspeitas. — Sua voz estava fria e calculada, como uma lâmina pronta para cortar.O carro que estava estacionado a uma distância segura logo se moveu, silencioso e ágil, enquan
Melissa suspirou, e Giovani podia ouvir a emoção em sua voz.— Afonso, eu... eu não sei como te explicar tudo isso por telefone. Mas você precisa saber, você tem que saber a verdade. O que aconteceu naquele acidente não foi o que te contaram. Você não está sozinho, Afonso. Você nunca esteve. Eu estive esperando por você.Giovani se sentiu tonto. O nome Afonso estava começando a fazer mais sentido, e ele não sabia se estava pronto para ouvir o que Melissa tinha a dizer. Sua mente estava dividida entre o desejo de entender tudo, de finalmente descobrir quem ele realmente era, e o medo do que essa verdade poderia significar.— Eu... não posso falar mais agora, mas eu preciso te ver. Onde você está? — ele perguntou, a voz carregada de urgência.Do outro lado da linha, Melissa hesitou antes de responder, como se estivesse calculando as palavras cuidadosamente.—Afonso! Me diga onde você está? Não é seguro agora que você pode estar se lembrando do seu passado. Não diga a ninguém que nos fal
Naquela noite Afonso demorou para dormir, seu filho pediu para dormir com ele já que sua mãe não estava em casa. Não que Luana fosse uma boa mãe e se importasse com o filho, quem lia todas as noites para o filho era Giovani um pai muito presente. Depois de ler a história ao filho Afonso acabou adormecendo depois de pensar muito sobre o que aconteceu naquele dia.Giovani estava em uma casa muito grande brincando com uma menina e um menino que o chamava de papai, a sala estava rodeada de brinquedos espalhados por todos os lados. Ele sorria enquanto brincava com a crianças. De repente uma mulher entrou na sala e caminhou até ele.— “Afonso meu bem” dizia ela. Ele se virou para ver quem era e uma luz invadiu o ambiente Giovani acordou abruptamente, seu coração batendo forte, como se o sonho tivesse sido mais real do que ele gostaria de admitir. Ele piscou os olhos, tentando afastar a sensação de confusão que tomou conta de seu corpo. A imagem da mulher na sala, chamando-o de "Afonso, meu
Giovani a observava atentamente, tentando ler algo em sua expressão, mas, como sempre, Luana era uma máscara de controle. Sua mente estava distante, e as palavras dela pareciam ter sido ditas mais para acalmar a si mesma do que para convencer ele. Ele sabia que havia algo errado, algo que ela não estava lhe dizendo. O que Luana não sabia era que, embora ele não se lembrasse de muitos detalhes, seus instintos estavam mais aguçados do que nunca.— Está bem… Eu vou ficar por aqui e cuidar do nosso filho enquanto está viaja. Se precisar de algo, me avise. — disse ele, ainda com uma leve desconfiança, mas sem ousar questionar mais. Não queria confrontá-la agora, não com o ambiente tenso entre eles.Ele sabia que, por mais que Luana tentasse manter a situação sob controle, algo grande estava acontecendo. Ela estava tão nervosa que nem se dava conta de que ele estava prestando atenção aos detalhes que ela deixava escapar.Enquanto Luana se preparava para partir, a mente de Giovani não parava
A taça de vinho voou da mão de Luana, quebrando-se em pedaços na parede com um estrondo surdo. O líquido vermelho escorreu pelo chão de mármore, manchando a elegância da sala de estar. O homem diante dela, um de seus empregados, deu um passo atrás, assustado com a fúria que ela exalava.— Maldito! — Luana gritou, a voz carregada de fúria. Seus olhos estavam flamejantes, e seu rosto, normalmente impassível, agora estava contorcido pela raiva, ouvia-se o ranger de dentes. — Quero que acabem com todos que estão por trás disso!O homem, visivelmente desconcertado, tentou controlar o medo que começava a tomar conta de seu corpo. Ele sabia que Luana não era alguém a quem se contrariasse, mas nunca a tinha visto tão fora de si. A pressão estava aumentando, e ele sabia que qualquer erro agora poderia ser fatal.— Como ousam nos investigar? — ela continuou, sua voz agora mais controlada, mas carregada de uma frieza que gelava o ambiente. — Se eles acham que podem nos prender, estão muito engan
Ela parou diante do espelho, observando seu próprio reflexo. A mulher que ela via ali era diferente da que havia enterrado seu marido, diferente da jovem que um dia acreditou no amor, na lealdade. A viúva... senhora Bianchini, a mulher que se encontrava agora, estava marcada pelo sofrimento do passado que insistia em permanecer rodeando sua vida.Será que ele está realmente vivo? A pergunta ecoava na mente de Melissa, assim como o fantasma do próprio Afonso. Se ele estivesse vivo, isso significaria que ela tinha sido enganada por todos esses anos. E pior: poderia ser que ela tivesse sido cúmplice, sem saber. Ela fechou os olhos, tentando ignorar o peso da dúvida. Mas o que ela não conseguia ignorar era o fato de que o homem que cruzou seu caminho no hospital dizendo se chamar Giovani, não parecia se lembrar quem ela era. Se Giovani fosse mesmo Afonso... porque ele não se lembraria dela? Ou melhor... porque ele foi tão indiferente comigo, parecendo não me conhecer? Vivemos juntos por o
— “Senhora não sabia de nada, Tomasi. Eu a vi. Ela está tão envolvida nessa mentira quanto nós. Ela confiava em Afonso, e acreditava que ele estava morto. Mas… agora tudo faz sentido. Eles esconderam essa verdade por anos. Talvez Melissa fosse apenas uma peça na jogada deles. Mas, se isso for verdade, o que eles querem agora? Por que esconder isso de todos nós?” Gerônimo perguntou, seus olhos estreitando com a preocupação.Tomasi sentia a pressão apertando. Era difícil lidar com tantas informações, com tantas perguntas sem resposta. E a mais difícil de todas era a de quem estava por trás disso tudo, quem havia manipulado todas as peças do tabuleiro e por quê.— “E quem está tentando te silenciar, Gerônimo? O que você fez para ser o alvo dessa perseguição? Não pode ser coincidência. Eles querem apagar qualquer vestígio da verdade, antes que ela venha à tona." Tomasi falou, com a voz mais grave agora. Ele olhou para Gerônimo, tentando medir a gravidade da situação. "Se eles estão tentan
Tomasi sentia que algo muito maior estava por trás dessa história, algo que se estendia muito além da suposta morte de Afonso e dos mistérios envolvendo Giovani e Luana. Aquela mulher que ele havia ajudado. Ele tinha visto, os dois perdidos na escuridão daquela noite. A mulher assustada, desesperada parecia pedir por socorro para que não deixasse seu marido morrer. Gerônimo não hesitou. O levou para casa e cuidou dele por quase dois dias até que em uma manhã quando ele acordou, os dois não estavam mais lá. A mulher tinha deixado uma carta agradecendo e pedindo para que Gerônimo esquecesse tudo o que viu e que não contasse a ninguém sobre ela e seu marido. Agora a história parecia fazer sentido. Aquela mulher escondia a verdadeira identidade de Afonso, fazendo ser Giovani, mas e a mulher que se dizia se chamar Luana, quem poderia ser? Talvez seria verdade que ela fosse a Cloé? Tomasi se dava conta de que aquilo fazia muito mais sentido do que ele imaginava.— “Tomasi...” Gerônimo murmu
— “Afonso?... eles acham que você sabe demais, não é?” Tomasi disse com uma calma tensa. “Essas pessoas... elas querem silenciar você. Mas o que você sabe que pode nos colocar em perigo?”Gerônimo olhou para frente, os olhos fixos na estrada, mas sua mente estava longe, voltando àquele dia. Aquele dia que agora, à luz das revelações, parecia ser o marco do começo de tudo. A morte de Afonso não havia sido um acidente. Ele sabia disso com certeza. O que começou como um simples resgate se transformou em um pesadelo que ele ainda não conseguia desvendar completamente.— “Afonso... ele estava tentando me alertar. Eles não querem que ninguém saiba o que aconteceu naquele dia. A suposta morte dele não foi um acidente. Vi tudo. Ele estava bastante machucado e não parecia ser um acidente de avião.” Gerônimo falou, a voz tensa e cheia de pesar, como se as palavras saíssem mais pesadas do que ele esperava.Tomasi olhou para ele rapidamente, os olhos estreitos em concentração. Ele sabia que aquil