Depois de perder a mãe num trágico acidente de carro, Clarice, uma jovem de 25 anos, decide retornar para a pequena cidade onde nasceu para, lá, tentar recomeçar sua vida. Ela volta para sua antiga casa, uma charmosa chácara perto de uma grande floresta na cidade de Pinewood, com um grande quintal onde decide retomar o ofício que sua mãe a ensinou, cultivar flores. Decidida a superar a perda da única família que tinha, ela aluga uma pequena loja e monta sua floricultura, que era o sonho de sua mãe. No dia da inauguração, três homens visitam o local e Clarice reconhece um deles de sua infância. O filho de Doran Bankov, Clarck, herdeiro da única indústria da pequena cidade, misterioso fechado e, acima de tudo, extremamente charmoso. Clarice sequer espera que ele a perceba ali ou que a reconheça, mas o que ela não sabe é que Bankov a viu, ou melhor, sentiu seu doce aroma de rosas, no instante em que saiu do seu carro, então ele percebeu que a garota por quem ele era perdidamente apaixonado na sua adolescência havia retornado a cidade. Sua companheira predestinada. Mas será que Clarice irá aceitar o segredo que ele esconde? Ou tentará escapar das garras desse amor?
Ler maisNa manhã seguinte, Clarice começou o dia cedo na floricultura. A rotina era a mesma: organizar flores, atender clientes, preparar arranjos. A repetição ajudava a afastar os pensamentos sobre Lycans, lobos e vínculos. Clarck não havia dado notícias desde o dia anterior e, por um lado, aquilo era bom, afinal, ela precisava de um tempo. Tinha muito no que pensar, muito para decidir, e ficar tão perto de Clarck nublava seus pensamentos, principalmente depois da noite que tiveram.Quando o relógio marcava meio-dia, Sarah apareceu, carregando uma bolsa de couro surrada. Seus olhos brilhavam com uma mistura de excitação e nervosismo.– Preciso te mostrar uma coisa – disse Sarah, depois de olhar ao redor e se certificar de que estavam sozinhas na loja.Curiosa, Clarice se aproximou, Sarah abriu a bolsa e tirou um pequeno vaso com uma flor ainda fechada.– É só algo simples, mas... – Sarah fechou os olhos e sussurrou palavras que Clarice não conseguiu entender. Lentamente, a flor desabrochou,
Clarice suspirou quando o carro de Clarck parou em frente à sua casa. A noite parecia calma, mas dentro dela, havia um turbilhão. Clarck desligou o motor e virou-se para ela, o brilho dourado de seus olhos suavizado pela preocupação.– Preciso voltar para a matilha – disse ele, a voz baixa. – Ainda estamos investigando o rastro do Lycan. Não posso ficar parado enquanto ele continua à solta. Mas, antes de ir, queria agradecer, obrigada por vir comigo hoje, conhecer meu lar…Clarice assentiu, embora sentisse um aperto no peito. Ela não queria estar sozinha, mas entendia a gravidade da situação. Aquele dia foi mágico para ela e, na alcateia, todos a receberam tão bem que voltar para casa foi difícil. Jamais imaginou que o mundo de Clarck fosse tão encantador, nem que as pessoas seriam tão gentis com ela, tão respeitosas. Claro, sentiu um e outro olhar torto, mas comparada a forma carinhosa como estava sendo tratada, aquilo não foi nada. Clarck a acompanhou até a porta, hesitando antes
– Ah… Você é… Droga – não conseguiu completar, sentindo-o pressioná-la com um pouco mais de força, fazendo-a revirar os olhos. – Porra… Você é tão apertada… – Clarck rosnou, apertando-a pelas coxas, encostando seus lábios na testa da ruiva, beijando ali antes de começar a se mover. Os movimentos lentos, aos poucos, tornaram-se mais erráticos, mais fortes, intensos, e logo Clarck precisava manter o corpo da ruiva parado com suas mãos enquanto enterrava-se nela com toda força, fazendo os seios dela saltarem, vendo-a revirar os olhos claros de uma forma graciosamente devassa, como uma garota com uma carinha de anjo poderia fazer aquele tipo de expressão? Ele não queria saber, apenas queria aproveitar cada segundo.– Mais… Mais forte –ela implorou, as unhas arranhando as costas dele até romper a pele, deixando vergões vermelhos, e o ardor só o estimulou ainda mais. – Tão gostosa – ele gemeu, os sons de sua voz tornando-se mais roucos, Dorian e Clarck misturando-se para tornar-se uma c
Ah, como desejava marcá-la, mas esperaria o momento certo, podia esperar. Quando finalmente chegou ao quarto, a prensou contra a parede, prendendo-a a seu corpo, liberando as mãos apenas para levá-las a camisa de Clarice, pulando-a sem nenhuma hesitação, revelando a pele clara e delicada, os seios médios cobertos pelo sutiã delicado. – Tão perfeita – ele sussurrou, as mãos subindo pela barriga dela até encontrar seus seios, que cabiam perfeitamente nas mãos quentes de Clarck. – Feita pra mim. Clarice não conseguia raciocinar, cada toque dele era como brasa viva sobre sua pele, e ela estava adorando ser queimada. Um gemido rouco e baixo escapou de seus lábios quando sentiu as mãos dele em seus seios, o aperto a fez arquear as costas, queria mais, mais toques, mais calor, mais desejo. Sua calcinha já estava molhada e, sem perceber, ela esfregava-se contra Clarck tentando amenizar um pouco do tesão que tomava seu corpo. Era surreal, delicioso, completamente novo. – Clarck… – sussurr
A noite estava tranquila, e o céu era iluminado apenas pelas estrelas quando Clarck estacionou o carro em frente à casa de Clarice. Ele desceu, abriu a porta para ela e a ajudou a sair, seus dedos demorando-se nos dela um pouco mais do que o necessário. Haviam deixado Sarah sozinha, já que a garota decidiu que ficaria na casa da avó. Sirius ficou por lá, mesmo que Sarah não tivesse ciência do fato, ele a vigiava de longe. Clarck achou estranho o fato do amigo se oferecer, já que costumava ser o mais isolado dos três, mas não o questionou, afinal, Sarah realmente precisava de segurança, afinal, a foto dela também estava no ritual de proteção.– Tem certeza de que vai ficar bem sozinha? – perguntou ele, a voz baixa e carregada de preocupação.Clarice assentiu, mas o olhar em seus olhos dizia algo diferente. A despedida parecia pesar mais do que deveria, para os dois. Aquele dia foi tão exaustivo, a vida parecia exaustiva nos dias atuais.– Vou ficar bem. Sarah precisa desse tempo sozin
Clarck caminhou diretamente até a ruiva, seus olhos cravados nela como se o resto do mundo não existisse. Sem dizer uma palavra, ele a puxou para um abraço firme, protetor, de alguma forma possessivo. Clarice não se afastou, apesar da confusão que sua proximidade ainda causava nela. Ela precisava daquele conforto, mesmo que por um instante, decidindo ignorar todo o caos em que estavam metidos.– Estou aqui – sussurrou Clarck, sua voz baixa e grave apenas para ela. – Você não está sozinha.“Nunca a deixaremos sozinha”, a voz de Dorian ecoou na mente de Clarck. “Mesmo que ela não nos queira por perto.”Clarice sentiu o calor dele a envolver, e por mais que quisesse resistir, permitiu-se relaxar em seus braços.Enquanto isso, Jhon se aproximou com Nora, sua companheira. A jovem, de aparência delicada e gestos suaves, dirigiu-se às meninas com um sorriso reconfortante.– Meus pêsames – disse ela, sua voz doce como mel. – Sei como é perder alguém que amamos, minha mãe também se foi esse an
A manhã estava tingida de cinza, tanto pelo céu nublado quanto pela tristeza que pairava sobre todos. O velório de Elaina acontecia no salão principal de uma antiga capela da cidade, cujas paredes de pedra pareciam guardar os lamentos de gerações. Clarice e Sarah chegaram juntas, o peso da perda compartilhado entre elas. Sarah estava pálida, os olhos inchados de tanto chorar, mas havia uma determinação silenciosa em seu rosto. Clarice, ao seu lado, era o porto seguro que a amiga precisava, embora ela própria estivesse profundamente abalada. A mãe de Sarah também estava lá, tão desolada quanto a filha, cada uma sentindo a perda de Elaina de sua própria forma.O ambiente era sombrio e silencioso. As poucas pessoas presentes murmuravam entre si, respeitando a solenidade do momento. O aroma das flores misturava-se ao do incenso, criando uma atmosfera pesada e melancólica. Sarah apertava o braço de Clarice com força, como se temesse desmoronar a qualquer momento.– Eu não consigo acredita
Era Clarck. Ele desceu do carro com passos firmes, mas seu rosto estava tenso, os olhos carregados de algo que parecia mais do que preocupação. Assim que ele se aproximou da porta, Clarice a abriu, vendo Clarck e seu amigo Sirius entrarem na casa sem cerimônia.– Preciso falar com você – ele disse, apoiando uma das mãos no ombro de Clarice. A dor das palaras dela ainda estava lá, seu coração ainda parecia pesado, mas aquele assunto precisava ser tratado sem envolver a situação deles. Não importava se ela o aceitaria ou não, Clarck jamais a deixaria em perigo. – O que aconteceu? – Sarah entrou na conversa, os olhando com preocupação. – Por que essas caras?Os dois lobos se olharam, Sirius claramente mais incomodado do que o comum, com o maxilar travado e os olhos fixos na garota a sua frente. Não costumava demonstrar suas emoções com frequência, mas Clarck podia perceber que ele parecia nervoso. – Elaina está morta – disse, sem rodeios, nunca foi bom em dar notícias delicadas.Sarah
A noite em Pinewood estava calma, mas pesada. O silêncio era quebrado apenas pelo som distante do vento atravessando a floresta. Na pequena casa de Clarice, Sarah dormia profundamente ao lado da amiga. A presença de Clarice era um consolo, uma âncora que a mantinha presa à realidade depois dos últimos acontecimentos.No entanto, os sonhos de Sarah estavam longe de ser tranquilos.Ela se encontrava em um campo vasto, coberto por flores selvagens que balançavam suavemente ao toque da brisa. A luz da lua iluminava o cenário com um brilho prateado, criando um contraste mágico. No centro do campo, uma figura familiar esperava.– Vovó? – Sarah perguntou, sua voz ecoando na campina, fazendo Elaina olhar para ela.A mulher virou-se lentamente, um sorriso sereno iluminando seu rosto bonito. Estava diferente, mais vibrante, como se a idade não tivesse mais peso sobre ela. Ainda assim, havia algo em seu olhar que fez o coração de Sarah apertar.– Minha querida, sabia que você viria – respondeu E