Depois de perder a mãe num trágico acidente de carro, Clarice, uma jovem de 25 anos, decide retornar para a pequena cidade onde nasceu para, lá, tentar recomeçar sua vida. Ela volta para sua antiga casa, uma charmosa chácara perto de uma grande floresta na cidade de Pinewood, com um grande quintal onde decide retomar o ofício que sua mãe a ensinou, cultivar flores. Decidida a superar a perda da única família que tinha, ela aluga uma pequena loja e monta sua floricultura, que era o sonho de sua mãe. No dia da inauguração, três homens visitam o local e Clarice reconhece um deles de sua infância. O filho de Doran Bankov, Clarck, herdeiro da única indústria da pequena cidade, misterioso fechado e, acima de tudo, extremamente charmoso. Clarice sequer espera que ele a perceba ali ou que a reconheça, mas o que ela não sabe é que Bankov a viu, ou melhor, sentiu seu doce aroma de rosas, no instante em que saiu do seu carro, então ele percebeu que a garota por quem ele era perdidamente apaixonado na sua adolescência havia retornado a cidade. Sua companheira predestinada. Mas será que Clarice irá aceitar o segredo que ele esconde? Ou tentará escapar das garras desse amor?
Ler maisA escuridão da noite havia se estabelecido completamente quando Clarck chegou à casa que compartilhava com Clarice. O caminho estava envolto em sombras dançantes projetadas pela luz da lua, e o som distante de corujas era o único som a quebrar o silêncio. Ele abriu a porta com cuidado, tentando não fazer barulho, mas não precisou procurar por Clarice. Ela estava sentada no sofá da sala, as mãos unidas no colo, o rosto marcado por preocupação.— Você demorou, — disse ela, levantando-se rapidamente. Seus olhos vasculharam o rosto dele, procurando sinais de ferimentos ou algo que pudesse indicar que algo havia dado errado.Clarck deu um suspiro pesado, tirando a jaqueta antes de se aproximar. — Foi um dia longo, Clarice. Tivemos que tomar algumas decisões difíceis. Precisamos conversar.Ela gesticulou para que ele se sentasse, mas Clarck permaneceu de pé, como se as próprias notícias o impedissem de relaxar. Ele esfregou a nuca, uma tentativa de organizar os pensamentos antes de contin
Enquanto isso, do lado de fora, Clarice caminhava sozinha pela floresta. Ela tinha pedido às garotas que a deixassem um pouco. Precisava de espaço para pensar. O ritual que haviam realizado ainda estava fresco em sua mente, como uma cicatriz que se recusava a desaparecer. As memórias que tinham visto eram perturbadoras, mas também reveladoras. Finalmente soube de sua verdadeira história, conheceu seus verdadeiros pais e percebeu que tanto eles quanto Elaina sacrificaram suas vidas por ela.Enquanto seguia o caminho para a casa que dividia com Clarck, sentiu a presença de Lunna, a loba interior, despertando em sua mente.“Você está muito quieta”, disse Clarice, mentalmente. “Também se abalou com o que vimos?”Lunna respondeu em um tom calmo, mas firme: “Estava esperando você organizar seus pensamentos. Mas precisamos falar sobre isso…”Clarice suspirou, parando ao lado de um grande carvalho. A luz do sol filtrava-se pelas folhas, criando padrões dançantes no chão. Por um momento, ela f
O som dos passos de Clarck ecoava pelos corredores da prisão da alcateia, um contraste perturbador com o silêncio que reinava. As paredes de pedra úmida refletiam a luz fraca das tochas, lançando sombras oscilantes que pareciam ganhar vida própria. O ar era pesado, impregnado de um leve cheiro de mofo e ferrugem, como se o próprio ambiente absorvesse o desespero dos que já haviam passado por ali. Cada cela guardava histórias de traição e dor, aumentando a sensação opressiva que acompanhava cada passo de Clarck. Ele tinha acabado de interrogar Tomás e sentia o peso da responsabilidade mais forte do que nunca. Assim que saiu para a luz do dia, respirou fundo, absorvendo o ar gelado que sempre lhe trazia um certo conforto. Mas agora, nem mesmo o ar puro de Pinewood podia aliviar sua preocupação.Atravessando o pátio, ele se dirigiu à grande casa central, o coração administrativo da alcateia. O pátio estava movimentado, com lobos em suas formas humanas e lupinas passando apressados, troca
Os lobos ao redor rugiram em aprovação, seus gritos ecoando na clareira. Foi então que uma mulher saiu da multidão. Era Elaina, a quem Clarice conhecia como sua mãe. Ela era a druida da alcatéia, agora as coisas faziam sentido para a ruiva. Elaina era sua protetora. — Connan está próximo — disse Elaina, sua voz cheia de gravidade. — Ele sabe o que ela representa e fará qualquer coisa para tomá-la. Mas a Deusa escolheu vocês para protegê-la, e eu levarei a pequena para um lugar seguro. Vocês têm minha palavra! Clarice sentiu uma onda de emoção ao ver a Luna abraçar Elaina com força. — Cuide bem dela — sussurrou a Luna. — Ela é tudo o que temos. Crie ela como sua, minha amiga…***A cena mudou rapidamente, flashes de Elaina correndo pela floresta com o bebê nos braços, desesperada enquanto os sons da batalha ficavam mais distantes. A visão se estabilizou de novo, revelando a alcateia sob ataque. Um Lycan gigantesco, de pelo negro e olhos vermelhos brilhantes, dominava o campo.
A floresta de Pinewood estava especialmente silenciosa enquanto Clarice, Sarah e Celeste seguiam pela trilha estreita que levava à casa de Guillaume, o pai de Celeste e druida da alcatéia. O sol se escondia por entre as copas das árvores, lançando sombras longas e inquietantes no chão coberto de folhas. Clarice tentava ignorar a sensação de que algo grandioso estava prestes a acontecer, mas não podia evitar os arrepios que subiam por sua espinha. — Ele não vai estar lá — afirmou Celeste, como se adivinhasse os pensamentos de Clarice. — Meu pai costuma desaparecer por dias em suas caminhadas espirituais, ele estava inquieto esta manhã, como se pressentisse algo, então acredito que saiu para ter um tempo para pensar sobre isso. Teremos privacidade para o ritual. Sarah, que andava logo atrás, estava ansiosa e empolgada na mesma medida, aquele era o primeiro ritual do qual faria parte, e esperava que pudesse aprender um pouco sobre magia naquele momento.— Não vou mentir, isso me deix
Na Casa da Alcatéia Clarice estava no quarto com Edla, observando a menina adormecer. O sono da criança era inquieto, e vez ou outra ela murmurava palavras incompreensíveis. A ruiva sentiu uma onda de tristeza e responsabilidade. Mesmo sem saber o que estava por vir, ela sentia que algo terrível estava se aproximando. Depois que Edla adormeceu completamente, ela chamou duas empregadas da alcatéia e pediu que vigiassem a menina enquanto ela saía para tomar um pouco de ar. No jardim, a luz do sol filtrava-se pelas árvores, criando um contraste entre o calor acolhedor e a tensão invisível que parecia envolver tudo. Clarice respirou fundo, tentando clarear a mente. — Clarice! — uma voz familiar chamou. Ela se virou e viu Sarah se aproximando com uma garota ao seu lado. A jovem tinha cabelos loiros longos e usava roupas leves e colares feitos de pedras naturais. Seu estilo era despretensioso, mas havia algo em seus olhos que transmitia sabedoria. — Estava pro usando você! Esta é
A tensão na alcatéia garra sangrenta era palpável. O ar parecia mais pesado, a floresta mais silenciosa, e até mesmo os mais experientes lobos sentiam a presença de algo sombrio pairando sobre a alcatéia. Depois que a criança disse tudo aquilo, Clarck estava decidido a obter respostas, e, para isso, sabia exatamente por onde começar. Ele deixou Clarice na casa da alcatéia, confiando Edla aos cuidados dela e de duas empregadas. Sabia que Clarice estaria segura lá dentro, e mesmo que não gostasse de se afastar dela, havia algo que precisava ser feito. A prisão da alcatéia ficava em uma área mais isolada, era subterrânea, escura e úmida, e vigias atentos a mantinham selada. Clarck atravessou o portão de ferro com passos firmes, descendo as escadas e ignorando os olhares curiosos dos guardas. Ele não precisava dizer nada; todos sabiam que algo estava errado. Desceu as escadas até desembocar num corredor mal iluminado, seguindo para frente até a única abertura ali. Ao entrar na ala d
O sol ainda se levantava preguiçoso no céu de Pinewood, tingindo o horizonte de tons dourados e rosados. A nova casa de Clarice estava envolta em um silêncio tranquilo, quebrado apenas pelo som de passos descalços no chão de madeira. Clarck desceu as escadas com Clarice em seus braços, os cabelos dela ainda desarrumados da noite anterior e um sorriso sonolento nos lábios. Eram como um casal em lua de mel, não havia nada mais doce que estarem um com o outro, aproveitar esse tempo juntos era tudo o que desejavam.Clarck a colocou gentilmente na cadeira junto à mesa da cozinha, abrindo um sorriso ao observar como ela parecia relaxada.— Fique aí. Vou preparar o café para você — disse, já indo até o fogão.Clarice o observava com um olhar que mesclava admiração e amor puro. Cada movimento dele era feito com cuidado, como se preparar uma simples bebida fosse uma forma de demonstrar o quanto ele se importava com ela. Agora que o vínculo entre eles estava completo, ela podia sentir a intens
O tom doce de sua voz foi o suficiente para fazer Clarck rosnar baixinho, voltando os lábios para os seios dela, explorando os mamilos, beliscando-os na medida certa para causar uma dor controlada. Mas não se demorou muito tempo ali, deslizando seus lábios para baixo, enrolando seus dedos nas lateral da calcinha e puxando para baixo lentamente. — Meu amor, vou adorar você a noite inteira… — ele sussurrou, completamente envolvido nos toques dos dedos de Clarice em seus cabelos, puxando os fios com certa força. Ele a tomou nos lábios, provando seu gosto, dando a ela prazer, deixando que a ruiva se derretesse em sua boca enquanto gemia seu nome, Clarck queria faze-la gritar para toda a alcatéia ouvir se possível, queria que todos soubessem que ela o pertencia. — Por favor, amor… — ela choramingou, segurando os cabelos dele com força e puxando os fios enquanto sentia a língua de Clark deslizar entre os lábios de sua boceta. Céus, como aquilo poderia ser tão bom? Não se lembrava de q