Início / Lobisomem / Nas garras do amor / Capítulo 3: Alcateia garra Sangrenta - parte 3
Capítulo 3: Alcateia garra Sangrenta - parte 3

O caminho até a empresa foi feito com velocidade e pressa. Clarck guiou o carro pela estrada vazia que levava até a empresa com velocidade o suficiente para quebrar inúmeras leis de trânsito, mas aquilo não importava muito, afinal, o caminho que levava a alcateia até a empresa era uma rodovia que apenas quem morava em Pinewood utilizava, logo, não costumava ser movimentada ou ter uma fiscalização rígida. 

Ele fazia aquele caminho em quase todas as manhãs, algumas vezes mais rápido que outras, e não demorou até ver os portões da empresa, imponentes, erguendo-se na entrada da empresa, movimentada como sempre. As indústrias Bankov empregava a maior parte de Pinewood com salários muito justos, apesar do monopólio que tinham sobre a região. 

Bankov guiou o carro para dentro e estacionou, cumprimentando os seguranças, lobos de sua matilha disfarçados entre os humanos para manter o perímetro seguro. 

A matilha garra sangrenta havia decidido, há muitos anos, manter uma convivência pacifica com Pinewood e, atualmente, proteger a cidade era um dos trabalhos da alcateia, mesmo que ninguém soubesse. 

Ele caminhou rapidamente em direção ao prédio central da empresa, completamente em vidro, que reluzia sob a luz do sol, um centro luxuoso e tecnológico em meio a mata verde. 

Assim que chegou até o elevador e entrou nele, apertando o botão que o levaria ao andar presidencial, ele suspirou levemente, olhando para o relógio e percebendo que estava apenas dois minutos atrasado, não foi tão ruim, afinal. 

Assim que Clarck saiu do elevador, sentiu duas mãos pesadas segurando suas costas com força e o sacudindo, enquanto um riso divertido chegava aos seus ouvidos. 

— Ha, ha, meu bom amigo Clarck, obrigada, obrigada — Jhon disse, rindo vitorioso enquanto, ao longe, Sirius resmungava. — Apostei com Sirirus que Loren não te deixaria sair da cama na hora certa e, por dois minutinhos, esse otário agora me devem cinquenta pratas. 

— Apostou cinquenta dólares que eu me atrasaria? — Clarck perguntou, incrédulo. 

— E eu apostei cinquenta que não, já que você é sempre tão pontual — Sirius falou um pouco mais alto, ainda olhando para a tela de seu computador, insatisfeito. — Logo hoje você resolveu se atrasar cara, serio? 

— Na próxima, me avisa das suas apostas e eu tento te ajudar — Clarck retrucou, se sentando em sua cadeira logo atrás de sua mesa, abrindo seu notebook. — O que temos para hoje? 

— Três reuniões com a equipe do projeto para a universidade da cidade, uma outra com os funcionários do setor de produção e o Jhon precisa comprar flores pra garota dele — Sirius listou, digitando rapidamente em seu teclado. 

— Flores pra Nora? — Clarck perguntou, olhando para Jhon, que encolheu os ombros. — Não sei o que tá acontecendo com ela, mas ela anda meio estressada ultimamente, então queria fazer uma surpresinha. 

— Desde quando você é tão sentimental? — Sirius cutucou o amigo, o alfinetando de forma acida. 

— Se você tivesse achado sua companheira entenderia, mas como ninguém te quer, fica aí amargurado — o outro devolveu, irritado. — Não precisam vir comigo se não quiserem. 

— Não, eu vou, quem sabe pego algo pra minha mãe também — Clarck disse, dando um tapinha no ombro do amigo. — Tenho certeza que a Nora vai gostar. 

— Espero que sim, to cansado dela tentando me matar em toda lua cheia — Jhon brincou, rindo. 

Como sempre, ele era o mais bem-humorado do trio. 

Eram amigos desde a infância, os três tinham o habito de vagar pela cidade quando eram apenas crianças, fazendo o inferno nas casas das pessoas que moravam perto da mata, acabando com jardins, cercas, provocando animais, eram uns pestinhas. Depois de um tempo, com a idade, ficaram ainda mais amigos, até que Clarck assumiu a alcateia e nomeou Jhon como seu beta e Sirius como seu Gamma, não havia em quem Clarck confiasse mais que nesses dois, eles eram os únicos que podiam ocupar tais cargos. 

O resto do dia passou lentamente entre uma reunião e outra. A empresa era como um grande centro, haviam três prédios grandes e outras pequenas estruturas, cada uma com sua função. Atuavam no segmento de construções, fabricando soluções ambientalmente aceitáveis, eram os pioneiros na ação de preservação ambiental nas construções, algo que os Bankov se orgulhavam. 

E desde que Clarck assumiu a presidência, a empresa aumentou ainda mais seu faturamento, gerando mais empregos, tanto para a cidade, quanto para a alcateia. 

Ele estava se mostrando um líder exímio, em ambas as funções, mas sabia que isso não o livraria da responsabilidade de encontrar uma Luna. E esse foi o pensamento que não deixou sua cabeça durante todo o dia, tirando sua concentração. 

Quando o sol estava quase se pondo, Jhon fechou seu notebook e pegou seu paletó, o colocado enquanto okhava para os amigos. 

— Vamo, antes que a floricultura feche — apressou os outros dois, que resmungaram. 

— Cara, você acha flor em qualquer canto dessa floresta — Sirius resmungou, entrando no elevador ao lado de Clarck. 

— Não acho as flores favoritas da mina companheira em qualquer canto da floresta, Sirius. 

— Parem de brigar e vamos logo, se você chegar sem essas malditas flores, é capaz da Nora te colocar para dormir ao relento hoje! — Clarck brincou, apertando o botão do elevador que os levaria para o térreo. 

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo