Num mundo moderno, mas predominantemente governado por reis e rainhas, Alice era apenas uma adolescente comum, que vivia com seus tios e primo em um dos poucos países que ainda seguia a democracia. Ela estava feliz e no inicio de um namoro promissor quando descobre que sua vida havia sido uma mentira desde o inicio e que tudo estava prestes a mudar para sempre.
Ler maisA vida é feita de uma série de escolhas e, às vezes por impulso de uma emoção, nós fazemos várias escolhas das quais nos arrependemos depois. Escolhas certas, escolhas erradas... Elas não definem quem somos, pois o que importa é o que escolhemos ser agora, afinal estamos todos em constante mudança. Minhas escolhas não foram as melhores, e elas me levaram a um caminho perigoso e sem volta. Eu seguia por uma trilha cheia de espinhos e pedregulhos, da qual eu com certeza sairia machucada, mas eu mesma havia me colocado ali e não poderia negar isso. A minha dúvida era se algum dia eu seria feliz. Finais felizes são para contos de fadas, a vida real nem sempre segue esse roteiro, mas
Alice estava simplesmente incrível, mas eu poderia estar mais feliz com isso se não fosse o fato de ela estar se casando com outra pessoa. Observei enquanto ela entrava no salão com seu vestido branco decorado com flores vermelhas. Vi seus olhos buscarem os meus por entre as pessoas, e vi quando ela voltou a olhar para frente, para o seu futuro marido. Eu sabia que ela tinha razão e que aquela era a única solução, por enquanto. Se tivéssemos sorte o bebê que ela carregava nasceria ruivo e de olhos verdes e assim todos poderiam pensar que ele era o filho de Kevyn. De uma coisa eu sabia: Nosso futuro juntos estava acabado e eu me consolava dizendo que nunca havia realmente existido a possibilidade de um futuro para nós dois.
O dia do casamento chegou e eu estava pronta, porém muito nervosa. Seria aquele o dia em que eu uniria a minha vida com a de Kevyn... Para sempre, talvez. Julian veio me ver pouco depois do almoço, trazendo o meu vestido com ele, e eu o esperava apenas de lingerie branca e com um roupão também branco por cima. Me sentei numa cadeira para que ele pudesse me maquiar, fazer um penteado em meu cabelo e pintar as minhas unhas. No dia anterior eu já havia passado por uma seção de beleza completa, por isso não havia muito mais o que fazer além do básico. Tirei o roupão e deixei que Julian me ajudasse a colocar o vestido, fechando o zíper das costas enquanto eu me admirava no espelho.
- Muito bem, Majestade. - elogiou Isis. Ela estava me ensinando a dança tradicional de casamento que eu teria que dançar com Kevyn em nossa festa. Era uma dança fácil, mas era preciso prestar muita atenção ao ritmo. - Obrigada, mas acho que precisarei treinar muito mais até o casamento. - Ainda temos uma semana. - ela me lembrou - E a senhorita está indo muito bem. Sorri agradecida. Quase duas semanas haviam se passado desde a minha noite com Kevyn e eu havia decidido que era melhor seguir em frente com o plano do casamento, ao menos por enquanto, então a data havia sido marcada para a próxima semana.
Depois do meu longo passeio pensei em ir para o meu quarto e dormir, mas cheguei a conclusão de que eu não devia. Eu precisava treinar, pois já não havia feito isso no dia anterior e não podia ficar dois dias seguidos sem treino se quisesse melhorar. Mandei meus guardas embora para poder ficar sozinha e fechei a porta da sala. Eu estava muito cansada então resolvi fazer apenas exercícios de concentração e reflexo que Felipe havia me ensinado, e depois fiz lançamentos de facas, que era algo novo na minha lista de coisas para aprender. Depois de um tempo eu simplesmente me deitei no chão, sobre o tatame e fitei o teto, respirando lenta e profundamente. Todo aquele exercício era bo
Acordei num susto e olhei em volta, tentando buscar em minha memória como eu havia voltado para o quarto, mas minhas lembranças estavam um tanto confusas. Me levantei da cama e imediatamente percebi que havia me movido rápido demais, pois o quarto girou à minha volta e eu me segurei na parede para não cair. Meu estômago se embrulhou e eu corri para o banheiro, colocando para fora tudo o que eu havia comido na noite anterior, apesar de não ter sido muito, e me deixando com um sabor horrível de bile na boca. Escovei os dentes, lavei o rosto e então comecei a me arrumar, pois o dia seria longo. Quando saí do quarto me deparei com uma cena que eu achava que jamais veria. Kevyn estav
Eu nem me lembrava de como havia dormido, para mim pareceu mais que eu havia desmaiado. Acordei com o barulho do celular tocando e me senti um pouco zonza quando me levantei. Fui ao banheiro e tomei um rápido, mas relaxante banho, então mandei que chamassem Julian. Eu poderia me arrumar sozinha, mas precisava de alguém para dar um jeito na minha palidez e nas olheiras dos meus olhos. Também mandei avisarem ao príncipe Kevyn que eu logo iria chama-lo. Quando Julian chegou eu já estava quase pronta. Coloquei o vestido vermelho que Julian havia me trazido no dia do meu noivado. Ele valorizava bastante os meus seios por causa do decote e seu comprimento ia até um pouco acima do joel
Estava tudo planejado para o meu fim de semana com o príncipe, só o que eu precisava agora era ficar calma e ir devagar. O problema era que eu não estava conseguindo ficar calma. No dia anterior ao dia em que o príncipe ia me visitar eu fiz um exame de sangue, mas o resultado estaria pronto no dia seguinte, o dia da visita de Kevyn, e isso só piorava tudo. Meu coração estava aos saltos quando eu fui até a enfermaria e tamanha era a minha ansiedade que me senti prestes a desmaiar. Eu torcia para que o exame desse o resultado negativo, mas as minhas esperanças se desvaneciam a cada dia pois eu continuava a me sentir enjoada todas as manhãs. Em minha mente era travada uma batalha e
Abri os meus olhos num susto. Alguém estava batendo na porta do meu quarto. Coloquei meu roupão e fui atender. Era um empregado do castelo. - Majestade, me desculpe incomodá-la. Seu tio, príncipe Lucas, me pediu para trazer o seu café da manhã e perguntou se a senhorita gostaria de cancelar a reunião de hoje. - Que horas são? - perguntei confusa. Aquilo tudo não fazia o menor sentido, não podia ser assim tão tarde. Eu ainda estava com sono e não parecia ter dormido mais do que poucas horas. - São nove horas da manhã, majestade. Arregalei os olhos de surpresa.Como e