Após perder o seu pai em uma operação policial fracassada em um morro perigoso do RJ, Lívia Viana decide se vingar de todos os envolvidos na tragédia. Usando o seu talento para a atuação, ela se transforma em Ludmila Brandão, uma jovem que se muda para o morro e se infiltra entre os seus inimigos. Mas o seu plano sofre uma reviravolta quando ela conhece Nanzin, o dono do morro, um homem misterioso e sedutor. Agora, ela terá que escolher entre a vingança e o amor, enquanto tenta manter a sua verdadeira identidade em segredo. Será que ela conseguirá?
Ler mais***5 anos depois ***Muita coisa mudou na vida de todos nesses últimos cinco anos. Namoros, noivados, casamentos, gravidezes, perdas… A Renata engatou um namoro com um juiz alguns meses depois do nosso casamento e realmente se casou dois anos depois do buquê. Embora tenha se mostrado ciumento no início, aos poucos o Renan se acostumou com a ideia e os dois se tornaram grandes amigos. O TH, ou melhor, Thiago, como ele prefere ser chamado agora, conseguiu fazer a barbearia que ele abriu no morro, quando optou sair do movimento, se transformar numa conhecida e movimentada barbearia na zona sul. Há três anos ele abriu outras duas, mas nunca se esqueceu de onde começou e sempre que pode ele está no morro, participando de alguma ação beneficente.A Débora se dedicou ainda mais a sua carreira e aos estudos, e há um pouco mais de dois anos se tornou delegada. Ela e o Thiago continuam mais apaixonados que nunca, e há um ano os dois se casaram. Há alguns dias ela descobriu que está grávida de
Como passar a festa inteira usando um enorme véu e um vestido longo seria impossível, assim que chegamos no local troco o vestido tradicional, e dou lugar a um vestido branco e curto para relembrar a vida como a Ludmila. — Aí sim, Liv! — Jéssica diz animada assim que me vê com o novo vestido. — Pensei que você ficaria a noite inteira usando aquele monte de pano. Agora dá pra gente rebolar até o chão.— A Ludmila não podia faltar, não é? Bora curtir e rebolar a noite toda, amiga!— Assim você acaba comigo, loirinha. — Renan cochicha quando me aproximo dele e sorri maliciosamente. — Se continuar me olhando assim, a lua de mel vai ter que ser adiantada, e ainda temos que curtir a festa do nosso casamento com os nossos amigos antes.— Fazer o que se não te resisto, por mim a gente ia agora mesmo. Bem, então vamos dar atenção aos nossos amigos logo, ou vou ter que te jogar no meu ombro e te sequestrar antes da hora.Passamos boa parte da festa na pista de dança, onde curtimos animadament
Os quatro meses passaram num piscar de olhos, e depois de me dividir entre a maternidade, a empresa e a organização do casamento, tudo com a ajuda do Renan, no fim, graças a deus deu tudo certo. Durante toda a noite não consegui sequer descansar, tamanha a ansiedade com o casamento, e antes que amanhecesse eu já estava de pé. _ Estarei ansioso te esperando no altar. - Renan diz enquanto nos despedimos, antes que eu vá em direção ao salão de beleza. _ Eu estarei ainda mais, meu amor. Nem acredito que é hoje._ Nem eu. - Eu o abraço e ele me beija. - Eu amo você, até mais tarde. Nos despedimos e fui em direção ao salão de beleza, onde encontro as minhas amigas, a Renata e as minhas avós. Logo começamos os nossos preparativos para a cerimônia, mas a todo o momento envio mensagem para a Anna, babá do Noah, e aos poucos vou me acalmando.Optamos por uma cerimônia no final da tarde para podermos aproveitar bastante, antes de irmos para a nossa lua de mel. Após algumas horas entre manicur
Diferente do que eu pensei e ouvi, os primeiros dias do Noah foram os mais tranquilos possíveis. O Noah é a cópia perfeita do Renan, os olhos, a boca, o nariz… E nós dois somos os pais mais babões do mundo.— Ele dormiu? — Renan pergunta quando entro no banheiro e o encontro tomando banho.— Sim, acabou de dormir. — Que tal se juntar ao meu banho pra relaxar antes de dormir? — Acho uma ótima ideia. Eu estava esperando ansiosamente por esse banho.— Então não posso deixar a minha mulher esperar ainda mais tempo. — Ele sorri maliciosamente e começa a ensaboar o meu corpo. — Eu estava pensando em uma coisa, um pouco antes de você chegar. — Eu também, por isso estou aqui. — O seu fogo não diminui, ainda bem, loirinha. Mas não era só isso que eu estava pensando. Acho que já podemos marcar a data do casamento.— Acho ótimo, amor. Tem alguma data específica?— Sim, daqui quatro meses, quando completarmos dois anos de namoro.— Não poderia pensar numa data melhor, eu amei a ideia, mas ach
Os meses foram passando e aos poucos fomos voltando a nossa normalidade, retornando ao que éramos antes do Leandro aparecer nas nossas vidas. Como Ulisses disse, o Renan realmente soube cuidar de tudo muito bem e não houve nada que pudesse incriminá-lo, pois a única pessoa que conseguiu pôr as mãos no dono do morro do Vovô em Casa, preferiu manter a sua fidelidade a mim. Como parte final do seu plano, após três anos morando em Seattle, Renan Galvão retornou ao Brasil e retomou a sua carreira como advogado, deixando o Nanzin para trás de vez.Eu não sabia que isso seria possível, mas durante esses meses tenho sido ainda mais feliz do que já fui um dia, e o Renan esteve ao meu lado em todas as etapas da gravidez, me dando ainda mais certeza de que há males que vem para o bem. — Obrigada por me trazer, amiga. Eu não sei onde o Renan estava com a cabeça em vir só pra trazer um documento e esquecer o documento. — Comento com a Débora assim que subimos a serra. — Acontece, amiga, o bebê
Mesmo com a preocupação com o estado de saúde do Renan, após tomar um banho e jantar, senti o meu corpo pesado e resolvi me deitar um pouco antes de voltar ao hospital. Porém o que era para ser apenas alguns minutos se tornaram horas, e eu só acordei quando senti o sol bater no meu rosto. — Caramba, olha a hora. — Digo para a Débora assim que termino de me arrumar. — Dormi além da conta.— Eu preferi que você descansasse, Lívia, eu sei que a situação não é das melhores, mas você precisava relaxar.— Eu descansei bastante. Nossa, nem ouvi a Renata ligar sete vezes. — Falo enquanto olho o celular. — Primeiro toma o seu café, Liv, depois você retorna a ligação. Débora diz e desvia o olhar de mim, voltando a sua atenção para a tela do celular, e então tomo um café com leite e uma fatia de pão, antes de me levantar da mesa para ligar para a Renata. — Come mais um pouco, amiga. — Não, já estou preocupada com esse mistério, aliás, você disfarça muito mal.— Só quis que você comesse. — D
— Lívia, escuta! — Ulisses grita pela terceira vez e só então olho pra ele. — Quanto mais tempo você ficar pedindo pra ele acordar, menos chances ele terá de sobreviver. Ele tá perdendo muito sangue, Lívia, só me ouve e me ajuda... Eu prometi te ajudar e tô tentando, mas você tem que colaborar. Eu não vou fazer mal a vocês, já tá mais que provado isso, então só faz o que eu te disser e vai dar certo no fim. Apenas pisco e concordo, soltando o Renan mesmo contra a minha vontade. Ulisses pede ajuda a um segundo policial, o coloca na viatura e me ajuda a segurar a camisa do Renan contra o ferimento em seu peito. Os primeiros socorros foram feitos diante dos meus olhos, e foi preciso duas pessoas pra me tirar de perto dele quando o levaram para dentro do hospital.Novamente me vejo no passado, parada na frente do mesmo hospital onde eu recebi a morte do meu pai, e sentindo o medo de receber a mesma notícia a qualquer momento. A cada minuto sem notícias do Renan é desesperador, e embora
— Filho da puta! — Grito na tentativa frustrada de me soltar. — Você é um covarde, Leandro! — Fica nervosa não, Liv. Ele não sentiu dor, acredito que quando ele se deu conta, já estava dando Oi pra Deus. Te enganar foi tão fácil, Lívia, você teria sido uma ajuda e tanta se não tivesse se deslumbrado com a vida aqui. Os pais de vocês devem se envergonhar ao ver vocês dois nesse momento. Dois idiotas que nem para se vingar servem! Leandro continua contando tudo sobre como planejou tudo para matar o pai do Renan e o meu pai, e a cada palavra é como se eu levasse um soco no estômago. Quando ele se cansa de nos torturar psicologicamente, vai para o quintal e nos deixa sozinhos na sala.— Eu sinto muito ter causado tudo isso na sua vida, Lívia.— Você não causou nada, Renan, eu permaneci aqui porque quis, porque te amo. Fomos vítima desse filho da puta que planejou tudo desde o começo.— Eu te pedi pra não vir, o nosso bebê, Lívia. — Renan encara a minha barriga e chora.— Eu nunca te dei
***Por Lívia ***Tranquilidade é uma coisa que está bem longe da minha vida, após chorar até dormir, acordo assim que amanhece e a falta de notícias esmaga o meu peito. DG continua apenas mantendo poucas palavras, entre elas, que o Renan está escondido e bem. Por mais que eu tente acreditar, a todo momento o pensamento de que algo muito ruim aconteceu se faz presente.Tenho alguns segundos de alívio ao receber uma mensagem do número dele, mas logo sinto todo o meu corpo tremer quando abro a foto que recebi. Me deparo com o Renan amarrado com o rosto todo ensanguentado e alguém vestindo uma roupa preta ao lado dele. Sinto as lágrimas descerem incessantemente, mas antes que eu pudesse largar o celular, chega um áudio."Oi, minha querida amiga! Viu como o seu namoradinho está lindo? Tá vendo essa porra? Foi você que causou isso, não se esqueça. Não que esse filho da puta aqui não fosse caçar por conta própria, porque mais cedo ou mais tarde isso aconteceria, mas você atrasou todo o proce