* Sawyer Creek Serie * No coração do Sawyer Creek Ranch, Ryder Sawyer, o segundo irmão mais velho, carrega o peso de um sonho despedaçado. Criado sob o exemplo do casamento sólido de seus pais, ele acreditava ter encontrado seu próprio conto de fadas com Chloe. Mas o destino tinha outros planos, e no dia do casamento, Ryder se viu abandonado no altar, traído e com o coração em pedaços. Desde então, Ryder mergulhou em um abismo de mágoa e desconfiança, buscando consolo no álcool e enterrando-se no trabalho árduo do rancho. Sua vida parecia fadada a uma espiral descendente de amargura, até que um furacão ruivo chamado Savannah Wilder chega ao Sawyer Creek Ranch. Treze anos mais jovem e completamente inexperiente nas lides do campo, Savannah traz consigo uma personalidade forte, desafiadora e sarcástica que intriga e provoca Ryder. Sua presença é como um choque elétrico no sistema entorpecido dele, despertando sentimentos há muito adormecidos. Mas Savannah não é apenas uma força da natureza; ela carrega seus próprios demônios. Quando os mundos desses dois espíritos feridos colidem, faíscas voam e segredos vêm à tona. Poderá Ryder baixar suas defesas e arriscar seu coração novamente? Será Savannah capaz de curar as feridas do passado e encontrar um novo começo nos braços de um caubói desconfiado? Em meio às vastas paisagens do rancho e aos desafios diários da vida no campo, uma história de redenção, confiança e amor improvável se desenrola. "RYDER" é uma jornada emocionante de descoberta e cura, provando que às vezes é preciso se perder para realmente se encontrar.
Ler maisSavannahPasso a tarde com Harper, mas quando ela precisa ir embora, percebo que Andie ainda está no rancho.Seu carro azul ainda está estacionado na frente da casa.Isso me deixa inquieta.Onde diabos eles estão?Sem pensar muito, saio da casa e percorro o rancho, procurando por eles.Até que os encontro.Ryder está montando um de seus cavalos, conduzindo-o com maestria enquanto faz alguns exercícios.E Andie está ali, de pé, encostada na cerca, observando-o com um sorriso.Me aproximo e paro ao lado dela.— Ele é muito bom nisso, não é? — Andie comenta sem tirar os olhos dele.Cruzo os braços.— É o que dizem.Há um breve silêncio entre nós.Então respiro fundo e jogo a isca:— Vocês se conhecem há muito tempo?Andie olha para mim e sorri.— Sim. Fomos namorados no ensino médio.Minha cabeça vira tão rápido para encará-la que quase sinto o pescoço estalar.— Namorados?— Uhm uhm. — Ela assente, nostálgica. — Mas terminamos quando fui para Dallas estudar medicina. A distância atrapal
SavannahOs dias foram passando e, para minha felicidade, minha recuperação avançava rápido.Os hematomas começaram a desbotar, assumindo um tom amarelado, e eu já conseguia me levantar sozinha sem precisar da ajuda de ninguém. Logo estaria pronta para voltar ao trabalho, e eu mal podia esperar.Naquela manhã, Harper veio me visitar e acabamos sentadas na varanda, tomando um pouco de sol e confidenciando coisas uma para a outra.— O que foi? Você está com essa cara desde que chegou. — perguntei, inclinando a cabeça para observá-la melhor.Ela suspirou e desviou o olhar, brincando com a barra do vestido.— É Michael.Michael era o noivo dela, que vivia em Washington. Já tinha ouvido um pouco sobre ele, mas nunca com aquele tom de voz desanimado.— As coisas não estão bem entre nós. — continuou, mordendo o lábio. — A distância está desgastando tudo, e ele... ele é tão egoísta às vezes. Não pensa na minha carreira, só na dele. Parece que espera que eu simplesmente largue tudo e vá corren
RyderFaziam alguns dias desde a queda de Savannah, e o rancho estava mais atarefado do que nunca.Com menos uma pessoa para ajudar, o trabalho se acumulava, e por mais que eu odiasse admitir, Savannah fazia falta. Não porque era indispensável, mas porque, contra todas as probabilidades, ela tinha se provado resistente. Lutadora.E agora estava presa no quarto, descansando, enquanto nós nos matávamos de trabalhar.De vez em quando, eu ia até lá para ver como ela estava. Nada demais. Apenas uma conferida rápida, um aceno de cabeça, talvez um resmungo qualquer.Desde a noite em que dormi ao lado dela, mantendo-a nos meus braços sem perceber, eu tentava manter distância física. O problema era que meu próprio cão me traía.Bear, que sempre dormia aos meus pés, decidiu que Savannah era uma opção melhor. Nas últimas vezes que o levei comigo até o quarto dela, ele simplesmente se recusou a sair. Subiu para a cama dela, enroscou-se confortavelmente e ficou recebendo carinho enquanto ela sussu
Narrado por SavannahAcordei sobressaltada no meio da noite, meu corpo banhado em um suor frio. O pesadelo ainda pairava sobre mim como uma sombra sufocante, trazendo à tona lembranças que eu lutava diariamente para manter enterradas. A memória daquele dia fatídico – a faca reluzente, o sangue quente e viscoso, o olhar furioso e desvairado de meu pai – parecia mais vívida do que nunca.Meus músculos estavam tensos, prontos para uma luta que existia apenas em minha mente. Meu peito subia e descia em respirações rápidas e superficiais, enquanto eu lutava para me orientar na realidade.Foi então que percebi algo diferente. Um peso reconfortante sobre meu corpo. Braços fortes me envolviam em um abraço protetor, e meu rosto repousava contra algo quente e sólido.Meu coração, que já batia acelerado devido ao pesadelo, pareceu saltar em meu peito quando a realização me atingiu: Ryder estava me abraçando.Seu braço musculoso circundava minha cintura com uma firmeza que transmitia segurança,
Narrado por SavannahA consciência retornou lentamente, como uma névoa que se dissipa. Meus olhos se abriram para a escuridão do quarto, e por um momento desorientador, não consegui discernir onde estava. A confusão logo deu lugar a uma dor latejante que pulsava em minha têmpora, acompanhada por um desconforto generalizado que parecia se espalhar por cada centímetro do meu corpo.Aos poucos, as lembranças da queda do cavalo emergiram das profundezas da minha mente. Tentei me mover, mas uma onda de dor aguda percorreu meu lado direito, arrancando um gemido involuntário dos meus lábios ressecados.Do outro lado do quarto, ouvi o rangido característico de um sofá. Meu olhar instintivamente buscou a origem do som e, mesmo na penumbra, reconheci a silhueta inconfundível de Ryder. Ele estava deitado, os braços musculosos cruzados sobre o peito largo, a cabeça ligeiramente inclinada para o lado em um ângulo que certamente lhe causaria dores ao acordar.Era uma visão quase surreal vê-lo assim
Narrado por RyderO crepúsculo já havia cedido lugar à noite quando terminei minhas tarefas no rancho. O céu, um manto negro salpicado de estrelas, oferecia pouca iluminação, mas o facho de luz que emanava da varanda da casa principal criava um contraste acolhedor contra a friagem noturna.Bear, meu fiel companheiro canino, caminhava silenciosamente ao meu lado, suas patas mal tocando o chão de terra batida enquanto eu me aproximava da casa para o jantar com minha família. O ar estava impregnado com o aroma de pinho e grama recém-cortada, uma fragrância familiar que normalmente me acalmava. Mas naquela noite, uma inquietação inexplicável pairava sobre mim.Assim que subi os degraus da varanda, percebi que algo estava errado. Minha mãe, Rose, e minha avó estavam sentadas lado a lado em cadeiras de balanço, seus rostos marcados por linhas de preocupação que não conseguiam disfarçar.- O que aconteceu? - perguntei, franzindo o cenho, sentindo um nó se formar em meu estômago.A minha mãe
RyderFaziam alguns dias desde a queda de Savannah, e o rancho estava mais atarefado do que nunca.Com menos uma pessoa para ajudar, o trabalho se acumulava, e por mais que eu odiasse admitir, Savannah fazia falta. Não porque era indispensável, mas porque, contra todas as probabilidades, ela tinha se provado resistente. Lutadora.E agora estava presa no quarto, descansando, enquanto nós nos matávamos de trabalhar.De vez em quando, eu ia até lá para ver como ela estava. Nada demais. Apenas uma conferida rápida, um aceno de cabeça, talvez um resmungo qualquer.Desde a noite em que dormi ao lado dela, mantendo-a nos meus braços sem perceber, eu tentava manter distância física. O problema era que meu próprio cão me traía.Bear, que sempre dormia aos meus pés, decidiu que Savannah era uma opção melhor. Nas últimas vezes que o levei comigo até o quarto dela, ele simplesmente se recusou a sair. Subiu para a cama dela
Narrado por SavannahA consciência retornou lentamente, como uma névoa que se dissipa. Meus olhos se abriram para a escuridão do quarto, e por um momento desorientador, não consegui discernir onde estava. A confusão logo deu lugar a uma dor latejante que pulsava em minha têmpora, acompanhada por um desconforto generalizado que parecia se espalhar por cada centímetro do meu corpo.Aos poucos, as lembranças da queda do cavalo emergiram das profundezas da minha mente. Tentei me mover, mas uma onda de dor aguda percorreu meu lado direito, arrancando um gemido involuntário dos meus lábios ressecados.Do outro lado do quarto, ouvi o rangido característico de um sofá. Meu olhar instintivamente buscou a origem do som e, mesmo na penumbra, reconheci a silhueta inconfundível de Ryder. Ele estava deitado, os braços musculosos cruzados sobre o peito largo, a cabeça ligeiramente inclinada para o lado em um ângulo que certamente lhe causaria dores ao acordar.Era uma visão quase surreal vê-lo assim
Narrado por RyderO crepúsculo já havia cedido lugar à noite quando terminei minhas tarefas no rancho. O céu, um manto negro salpicado de estrelas, oferecia pouca iluminação, mas o facho de luz que emanava da varanda da casa principal criava um contraste acolhedor contra a friagem noturna.Bear, meu fiel companheiro canino, caminhava silenciosamente ao meu lado, suas patas mal tocando o chão de terra batida enquanto eu me aproximava da casa para o jantar com minha família. O ar estava impregnado com o aroma de pinho e grama recém-cortada, uma fragrância familiar que normalmente me acalmava. Mas naquela noite, uma inquietação inexplicável pairava sobre mim.Assim que subi os degraus da varanda, percebi que algo estava errado. Minha mãe, Rose, e minha avó estavam sentadas lado a lado em cadeiras de balanço, seus rostos marcados por linhas de preocupação que não conseguiam disfarçar.- O que aconteceu? - perguntei, franzindo o cenho, sentindo um nó se formar em meu estômago.A minha mãe