Início / Romance / Ryder / Capítulo 4 - Provocações no Riacho
Capítulo 4 - Provocações no Riacho

Narrado por Ryder.

Aqui está o capítulo reescrito com mais detalhes, diálogos e aprofundamento nas interações entre Ryder e Savannah:

Levando Ryder Sawyer ao Limite

Acordei mais cedo do que o habitual, e isso já foi o suficiente para me deixar irritado.

Não bastava o calor sufocante da manhã, a lista interminável de afazeres no rancho e a fadiga dos últimos dias. Agora, eu também tinha que perder meu tempo ensinando Savannah Wilder a montar a cavalo.

Suspirei fundo, esfregando o rosto antes de sair da cama.

A água gelada do chuveiro fez pouco para espantar o cansaço, mas pelo menos me ajudou a ficar alerta. Vesti um jeans surrado, uma camisa escura e minhas botas, pegando o chapéu antes de descer as escadas do estábulo.

E foi ali, no piso inferior, que a encontrei.

Pontual.

Com um olhar desafiador.

E completamente vestida de forma errada.

— Que diabos você está vestindo? — disparei, cruzando os braços.

Ela ergueu a sobrancelha, fingindo surpresa.

— Bom dia pra você também, Sawyer.

— Isso não é roupa para montar um cavalo.

Savannah revirou os olhos, como se eu estivesse exagerando. Seu short jeans curto deixava suas pernas expostas, e a camiseta larga amarrada na cintura parecia algo que voaria com qualquer rajada de vento.

— Está calor — ela argumentou, cruzando os braços.

— Não importa. Você vai rasgar essas pernas todas no mato, e se cair, vai se arrepender desse shorts no segundo que bater no chão.

Ela inclinou a cabeça, os olhos verdes brilhando com uma pontada de desafio.

— E se eu não cair?

Dei um passo à frente, aproximando-me o suficiente para que ela entendesse que eu não estava brincando.

— Vai trocar de roupa, Wilder. Agora.

Savannah sustentou meu olhar por um momento antes de bufar e girar nos calcanhares.

— Você é um pé no saco, sabia?

— E você é uma dor de cabeça. Agora anda logo.

Ela soltou um resmungo antes de desaparecer em direção a casa.

Cruzei os braços e soltei um suspiro longo.

Seria um dia longo.

Ela aprendeu rápido.

Eu não queria admitir, mas era verdade.

Apesar da teimosia inicial, Savannah pegou o jeito com facilidade. Ajustei sua postura algumas vezes, corrigi o modo como segurava as rédeas e mandei que parasse de tensionar o corpo como se estivesse prestes a ser jogada para fora da sela a qualquer momento.

— Você precisa relaxar.

— Eu estou relaxada.

— Você parece uma tábua de madeira em cima do cavalo.

Ela me lançou um olhar mortal, mas soltou o ar devagar, tentando seguir meu conselho.

No fim, estávamos cavalgando lado a lado, e eu, apesar de tudo, fiquei de olho nela.

O rancho se estendia por quilômetros ao nosso redor, com campos abertos e cercas de madeira delimitando áreas para o gado e os cavalos. A trilha que seguimos levava até um dos meus lugares favoritos na propriedade—não que eu fosse compartilhar esse detalhe com ela.

Quando chegamos ao riacho com a cachoeira, Savannah prendeu o olhar na água cristalina que brilhava sob o sol da manhã.

Eu desci do cavalo, amarrei as rédeas em uma árvore e me preparei para dizer a ela que deveríamos continuar quando, de repente, ela fez algo que me fez congelar no lugar.

Desceu do cavalo de forma atrapalhada e, sem a menor hesitação, começou a tirar a roupa.

Fiquei paralisado por um segundo, sem acreditar no que estava acontecendo.

— O que diabos você está fazendo?

Ela não respondeu de imediato. Apenas puxou a regata pela cabeça, revelando um top preto justo que moldava os contornos de seu corpo. Depois, desabotoou o jeans e o empurrou para baixo, deixando à mostra um pedaço generoso de pele dourada pelo sol e uma calcinha fina demais para a minha paz de espírito.

Meu olhar percorreu cada detalhe sem minha permissão.

A curva de sua cintura.

A pele lisa de suas costas.

As coxas firmes.

E então, como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo, ela virou o rosto por cima do ombro e sorriu.

Um sorriso atrevido.

Provocador.

Desafiador.

— Vou me refrescar.

E, sem esperar uma resposta, correu na direção do riacho e mergulhou na água.

Pisquei, puxando o ar pelo nariz, tentando recuperar a compostura.

— Você enlouqueceu de vez, Wilder?

Ela emergiu, empurrando o cabelo molhado para trás.

— Relaxa, Sawyer. A água está ótima.

— Saia daí.

Ela riu.

— Ou o quê? Vai me puxar pelos cabelos?

Minha mandíbula travou.

O jeito que ela me olhava, o brilho de desafio nos olhos verdes, a forma como a água escorria por sua pele… tudo nela parecia feito para testar meus limites.

Eu deveria simplesmente ignorá-la. Montar no meu cavalo e deixá-la ali. Mas Savannah sabia exatamente como cutucar um homem até conseguir uma reação.

— Ah, droga… — ela soltou de repente, seu rosto se contraindo.

Meu corpo ficou tenso.

— O que foi?

— Cãibra — respondeu, mordendo o lábio inferior.

Eu revirei os olhos.

— Me poupe, Wilder.

Ela fez uma careta, fingindo dor.

— Ryder… estou falando sério.

Porra.

Soltei um palavrão baixo e tirei o chapéu antes de entrar na água, indo até ela.

Mas no segundo que alcancei seu braço, Savannah jogou a cabeça para trás e riu alto.

— Você caiu direitinho!

Minha paciência se esgotou naquele instante.

— Eu juro que se você não sair dessa água agora, vou jogar você para fora dela.

Ela deu um passo para trás, ainda rindo.

— Está calor, Sawyer. Por que não aproveita?

— Porque, diferente de você, eu não sou um animal selvagem que sai arrancando a roupa no meio do nada.

Ela revirou os olhos.

— Você é tão certinho, meu Deus.

Saí da água e peguei meu chapéu, ignorando o jeito como meu jeans encharcado grudava nas pernas.

Mas antes de montar no cavalo, meu olhar caiu sobre ela de novo.

Foi aí que percebi.

A cicatriz.

Ela atravessava seu abdômen do lado direito, longa e irregular, como se tivesse sido feita por algo afiado.

Savannah percebeu o meu olhar e seu corpo ficou rígido.

Por um segundo, a diversão sumiu do rosto dela.

E então, como se fechasse uma porta, ela pegou suas roupas e as vestiu rapidamente, sem dizer uma palavra.

Eu também não disse nada.

Apenas montei no cavalo e segui o caminho de volta para o rancho.

Quando chegamos, Hunter nos olhou e franziu o cenho ao ver minhas roupas molhadas.

— O que aconteceu?

Eu o ignorei completamente e subi as escadas do estábulo.

Mas antes de fechar a porta do meu quarto, ouvi a risada de Savannah e sua voz brincalhona respondendo ao meu irmão:

— Acho que levei Ryder Sawyer ao limite.

Bufei.

Joguei meu chapéu em cima da cama e me troquei, decidido a passar o resto do dia o mais longe possível daquela mulher.

Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App