Narrado por Ryder.
Aqui está o capítulo reescrito com mais detalhes, diálogos e aprofundamento nas interações entre Ryder e Savannah: Levando Ryder Sawyer ao Limite Acordei mais cedo do que o habitual, e isso já foi o suficiente para me deixar irritado. Não bastava o calor sufocante da manhã, a lista interminável de afazeres no rancho e a fadiga dos últimos dias. Agora, eu também tinha que perder meu tempo ensinando Savannah Wilder a montar a cavalo. Suspirei fundo, esfregando o rosto antes de sair da cama. A água gelada do chuveiro fez pouco para espantar o cansaço, mas pelo menos me ajudou a ficar alerta. Vesti um jeans surrado, uma camisa escura e minhas botas, pegando o chapéu antes de descer as escadas do estábulo. E foi ali, no piso inferior, que a encontrei. Pontual. Com um olhar desafiador. E completamente vestida de forma errada. — Que diabos você está vestindo? — disparei, cruzando os braços. Ela ergueu a sobrancelha, fingindo surpresa. — Bom dia pra você também, Sawyer. — Isso não é roupa para montar um cavalo. Savannah revirou os olhos, como se eu estivesse exagerando. Seu short jeans curto deixava suas pernas expostas, e a camiseta larga amarrada na cintura parecia algo que voaria com qualquer rajada de vento. — Está calor — ela argumentou, cruzando os braços. — Não importa. Você vai rasgar essas pernas todas no mato, e se cair, vai se arrepender desse shorts no segundo que bater no chão. Ela inclinou a cabeça, os olhos verdes brilhando com uma pontada de desafio. — E se eu não cair? Dei um passo à frente, aproximando-me o suficiente para que ela entendesse que eu não estava brincando. — Vai trocar de roupa, Wilder. Agora. Savannah sustentou meu olhar por um momento antes de bufar e girar nos calcanhares. — Você é um pé no saco, sabia? — E você é uma dor de cabeça. Agora anda logo. Ela soltou um resmungo antes de desaparecer em direção a casa. Cruzei os braços e soltei um suspiro longo. Seria um dia longo. Ela aprendeu rápido. Eu não queria admitir, mas era verdade. Apesar da teimosia inicial, Savannah pegou o jeito com facilidade. Ajustei sua postura algumas vezes, corrigi o modo como segurava as rédeas e mandei que parasse de tensionar o corpo como se estivesse prestes a ser jogada para fora da sela a qualquer momento. — Você precisa relaxar. — Eu estou relaxada. — Você parece uma tábua de madeira em cima do cavalo. Ela me lançou um olhar mortal, mas soltou o ar devagar, tentando seguir meu conselho. No fim, estávamos cavalgando lado a lado, e eu, apesar de tudo, fiquei de olho nela. O rancho se estendia por quilômetros ao nosso redor, com campos abertos e cercas de madeira delimitando áreas para o gado e os cavalos. A trilha que seguimos levava até um dos meus lugares favoritos na propriedade—não que eu fosse compartilhar esse detalhe com ela. Quando chegamos ao riacho com a cachoeira, Savannah prendeu o olhar na água cristalina que brilhava sob o sol da manhã. Eu desci do cavalo, amarrei as rédeas em uma árvore e me preparei para dizer a ela que deveríamos continuar quando, de repente, ela fez algo que me fez congelar no lugar. Desceu do cavalo de forma atrapalhada e, sem a menor hesitação, começou a tirar a roupa. Fiquei paralisado por um segundo, sem acreditar no que estava acontecendo. — O que diabos você está fazendo? Ela não respondeu de imediato. Apenas puxou a regata pela cabeça, revelando um top preto justo que moldava os contornos de seu corpo. Depois, desabotoou o jeans e o empurrou para baixo, deixando à mostra um pedaço generoso de pele dourada pelo sol e uma calcinha fina demais para a minha paz de espírito. Meu olhar percorreu cada detalhe sem minha permissão. A curva de sua cintura. A pele lisa de suas costas. As coxas firmes. E então, como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo, ela virou o rosto por cima do ombro e sorriu. Um sorriso atrevido. Provocador. Desafiador. — Vou me refrescar. E, sem esperar uma resposta, correu na direção do riacho e mergulhou na água. Pisquei, puxando o ar pelo nariz, tentando recuperar a compostura. — Você enlouqueceu de vez, Wilder? Ela emergiu, empurrando o cabelo molhado para trás. — Relaxa, Sawyer. A água está ótima. — Saia daí. Ela riu. — Ou o quê? Vai me puxar pelos cabelos? Minha mandíbula travou. O jeito que ela me olhava, o brilho de desafio nos olhos verdes, a forma como a água escorria por sua pele… tudo nela parecia feito para testar meus limites. Eu deveria simplesmente ignorá-la. Montar no meu cavalo e deixá-la ali. Mas Savannah sabia exatamente como cutucar um homem até conseguir uma reação. — Ah, droga… — ela soltou de repente, seu rosto se contraindo. Meu corpo ficou tenso. — O que foi? — Cãibra — respondeu, mordendo o lábio inferior. Eu revirei os olhos. — Me poupe, Wilder. Ela fez uma careta, fingindo dor. — Ryder… estou falando sério. Porra. Soltei um palavrão baixo e tirei o chapéu antes de entrar na água, indo até ela. Mas no segundo que alcancei seu braço, Savannah jogou a cabeça para trás e riu alto. — Você caiu direitinho! Minha paciência se esgotou naquele instante. — Eu juro que se você não sair dessa água agora, vou jogar você para fora dela. Ela deu um passo para trás, ainda rindo. — Está calor, Sawyer. Por que não aproveita? — Porque, diferente de você, eu não sou um animal selvagem que sai arrancando a roupa no meio do nada. Ela revirou os olhos. — Você é tão certinho, meu Deus. Saí da água e peguei meu chapéu, ignorando o jeito como meu jeans encharcado grudava nas pernas. Mas antes de montar no cavalo, meu olhar caiu sobre ela de novo. Foi aí que percebi. A cicatriz. Ela atravessava seu abdômen do lado direito, longa e irregular, como se tivesse sido feita por algo afiado. Savannah percebeu o meu olhar e seu corpo ficou rígido. Por um segundo, a diversão sumiu do rosto dela. E então, como se fechasse uma porta, ela pegou suas roupas e as vestiu rapidamente, sem dizer uma palavra. Eu também não disse nada. Apenas montei no cavalo e segui o caminho de volta para o rancho. Quando chegamos, Hunter nos olhou e franziu o cenho ao ver minhas roupas molhadas. — O que aconteceu? Eu o ignorei completamente e subi as escadas do estábulo. Mas antes de fechar a porta do meu quarto, ouvi a risada de Savannah e sua voz brincalhona respondendo ao meu irmão: — Acho que levei Ryder Sawyer ao limite. Bufei. Joguei meu chapéu em cima da cama e me troquei, decidido a passar o resto do dia o mais longe possível daquela mulher.Narrado Por Savannah.Duas semanas.Duas semanas trabalhando no Sawyer Creek Ranch, e meu corpo ainda não tinha se acostumado. Cada músculo latejava no final do dia, e eu adormecia assim que minha cabeça tocava o travesseiro. Mas, apesar do cansaço, havia algo estranhamente gratificante em ver minhas mãos calejadas e sujas de terra.O trabalho era duro, mas era real.E, de alguma forma, me fazia sentir viva.Havia também os momentos que tornavam tudo mais suportável. Como os cafés da manhã feitos por Rose e Beth.A comida delas era um conforto que eu não sabia que precisava.Beth era falante, divertida e sempre com um sorriso no rosto. Rose, por outro lado, era mais observadora, como se pudesse enxergar coisas que eu tentava esconder.Naquela manhã, enquanto tomávamos café na cozinha, só nós duas, Rose me olhou com curiosidade antes de perguntar:— O que te trouxe até aqui, Savannah?O garfo parou no meio do caminho até minha boca.Eu podia inventar uma desculpa. Podia dizer que queri
Claro, aqui está uma versão mais curta do trecho:Narrado por RyderA ressaca me atinge forte. Faz dois anos que fui abandonado no altar, descobrindo que Priscilla estava grávida de outro. Hunter sabia, mas escondeu. Aquele dia me destruiu.Agora, só me resta o rancho e a rotina.No estábulo, após um banho, saio nu e dou de cara com Savannah. Seus olhos verdes me examinam, parando onde não deviam.— Apreciando a vista, docinho? — provoco.Ela fica vermelha e sai furiosa.Maldita ruiva.À tarde… Harper aparece para ver o cavalo.— Ele está finalmente a 100%. Podem voltar a montá-lo sem preocupações.Savannah e Hunter comemoram. Eu apenas solto um suspiro de alívio.Então, Harper nos convida para o bar country de Creekville naquela noite.— Uma banda muito boa vai tocar. Vocês deviam ir.Savannah aceita na hora. Hunter assente. Isaiah entra na conversa e decide ir também. Eu não respondo.No almoço, o assunto volta.— E você, Ryder? Vai? — Isaiah pergunta.Minha resposta é rápida e defi
Narrado por SavannahO domingo amanhece preguiçoso no Sawyer Creek Ranch. O céu tingido de laranja e rosa reflete nos campos dourados, enquanto a brisa matinal carrega o cheiro da terra úmida e da madeira velha da casa principal. Normalmente, um dia de folga como esse seria a oportunidade perfeita para visitar Creekville, dar uma volta pela cidade, talvez entrar em uma loja ou simplesmente observar as pessoas. Mas, por alguma razão, não sinto vontade de sair do rancho hoje. E decido ficar. Talvez porque, apesar de ser teimosa o bastante para não admitir, algo dentro de mim ainda não tenha digerido os acontecimentos da noite anterior. A briga no bar. O jeito como Ryder explodiu de raiva. O modo como ele me tocou. O fato de que, agora, ele está me ignorando completamente.Quando entro na cozinha, percebo o silêncio imediato. O ambiente está pesado. Rose está terminando de colocar a mesa, Beth serve café, e Hunter e Isaiah comem em silêncio, lançando olhares ocasionais um par
Narrado por RyderO crepúsculo já havia cedido lugar à noite quando terminei minhas tarefas no rancho. O céu, um manto negro salpicado de estrelas, oferecia pouca iluminação, mas o facho de luz que emanava da varanda da casa principal criava um contraste acolhedor contra a friagem noturna.Bear, meu fiel companheiro canino, caminhava silenciosamente ao meu lado, suas patas mal tocando o chão de terra batida enquanto eu me aproximava da casa para o jantar com minha família. O ar estava impregnado com o aroma de pinho e grama recém-cortada, uma fragrância familiar que normalmente me acalmava. Mas naquela noite, uma inquietação inexplicável pairava sobre mim.Assim que subi os degraus da varanda, percebi que algo estava errado. Minha mãe, Rose, e minha avó estavam sentadas lado a lado em cadeiras de balanço, seus rostos marcados por linhas de preocupação que não conseguiam disfarçar.- O que aconteceu? - perguntei, franzindo o cenho, sentindo um nó se formar em meu estômago.A minha mãe
Narrado por SavannahA consciência retornou lentamente, como uma névoa que se dissipa. Meus olhos se abriram para a escuridão do quarto, e por um momento desorientador, não consegui discernir onde estava. A confusão logo deu lugar a uma dor latejante que pulsava em minha têmpora, acompanhada por um desconforto generalizado que parecia se espalhar por cada centímetro do meu corpo.Aos poucos, as lembranças da queda do cavalo emergiram das profundezas da minha mente. Tentei me mover, mas uma onda de dor aguda percorreu meu lado direito, arrancando um gemido involuntário dos meus lábios ressecados.Do outro lado do quarto, ouvi o rangido característico de um sofá. Meu olhar instintivamente buscou a origem do som e, mesmo na penumbra, reconheci a silhueta inconfundível de Ryder. Ele estava deitado, os braços musculosos cruzados sobre o peito largo, a cabeça ligeiramente inclinada para o lado em um ângulo que certamente lhe causaria dores ao acordar.Era uma visão quase surreal vê-lo assim
RyderFaziam alguns dias desde a queda de Savannah, e o rancho estava mais atarefado do que nunca.Com menos uma pessoa para ajudar, o trabalho se acumulava, e por mais que eu odiasse admitir, Savannah fazia falta. Não porque era indispensável, mas porque, contra todas as probabilidades, ela tinha se provado resistente. Lutadora.E agora estava presa no quarto, descansando, enquanto nós nos matávamos de trabalhar.De vez em quando, eu ia até lá para ver como ela estava. Nada demais. Apenas uma conferida rápida, um aceno de cabeça, talvez um resmungo qualquer.Desde a noite em que dormi ao lado dela, mantendo-a nos meus braços sem perceber, eu tentava manter distância física. O problema era que meu próprio cão me traía.Bear, que sempre dormia aos meus pés, decidiu que Savannah era uma opção melhor. Nas últimas vezes que o levei comigo até o quarto dela, ele simplesmente se recusou a sair. Subiu para a cama dela
Narrado por RyderO crepúsculo já havia cedido lugar à noite quando terminei minhas tarefas no rancho. O céu, um manto negro salpicado de estrelas, oferecia pouca iluminação, mas o facho de luz que emanava da varanda da casa principal criava um contraste acolhedor contra a friagem noturna.Bear, meu fiel companheiro canino, caminhava silenciosamente ao meu lado, suas patas mal tocando o chão de terra batida enquanto eu me aproximava da casa para o jantar com minha família. O ar estava impregnado com o aroma de pinho e grama recém-cortada, uma fragrância familiar que normalmente me acalmava. Mas naquela noite, uma inquietação inexplicável pairava sobre mim.Assim que subi os degraus da varanda, percebi que algo estava errado. Minha mãe, Rose, e minha avó estavam sentadas lado a lado em cadeiras de balanço, seus rostos marcados por linhas de preocupação que não conseguiam disfarçar.- O que aconteceu? - perguntei, franzindo o cenho, sentindo um nó se formar em meu estômago.A minha mãe
Narrado por SavannahA consciência retornou lentamente, como uma névoa que se dissipa. Meus olhos se abriram para a escuridão do quarto, e por um momento desorientador, não consegui discernir onde estava. A confusão logo deu lugar a uma dor latejante que pulsava em minha têmpora, acompanhada por um desconforto generalizado que parecia se espalhar por cada centímetro do meu corpo.Aos poucos, as lembranças da queda do cavalo emergiram das profundezas da minha mente. Tentei me mover, mas uma onda de dor aguda percorreu meu lado direito, arrancando um gemido involuntário dos meus lábios ressecados.Do outro lado do quarto, ouvi o rangido característico de um sofá. Meu olhar instintivamente buscou a origem do som e, mesmo na penumbra, reconheci a silhueta inconfundível de Ryder. Ele estava deitado, os braços musculosos cruzados sobre o peito largo, a cabeça ligeiramente inclinada para o lado em um ângulo que certamente lhe causaria dores ao acordar.Era uma visão quase surreal vê-lo assim