Romance Proibido

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Romance
Sandra Rummer  Atualizado agora
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Resumo
Índice

Emily vive um momento de desilusão amorosa após ser traída pelo namorado. Em uma tentativa impulsiva de superar a dor, ela se envolve com um desconhecido em um bar. Essa decisão a leva a reflexões profundas sobre suas escolhas e sentimentos. Paralelamente, conhecemos Okan, um homem turco com um passado complexo e obrigações culturais que entram em conflito com seus desejos pessoais. O encontro entre Emily e Okan é o ponto de partida para uma história cheia de reviravoltas, onde o destino, os desafios culturais e emocionais moldam os caminhos de ambos. O enredo aborda temas como tradições, liberdade, atração e o impacto das decisões impulsivas. Com capítulos bem estruturados e narrativas alternadas, o livro mantém o leitor imerso na jornada emocional dos personagens principais.

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Emily WoodyNo silêncio da noite, despertei de repente. O calor à minha frente me fez gelar por dentro. Meu nariz encostou em algo, ou melhor, em alguém. Um corpo quente. Ele se mexeu com um gemido rouco, e um aroma profundamente masculino invadiu meus sentidos. Deus! O que eu fiz?Virei-me devagar, sentindo o coração acelerar. Os olhos piscavam, tentando se adaptar à luz fraca que atravessava as cortinas do quarto. Cama macia. Lençol de... seda? Meu Deus. Tudo era diferente.O ar se tornou pesado. Um suspiro trêmulo escapou dos meus lábios enquanto olhava ao redor. Meu olhar pousou na figura ao meu lado. Um homem dormia profundamente, de costas para mim. Seu ombro largo e nu estava exposto, e o tecido fino de sua cueca branca mal escondia o contorno perfeito de seu corpo. As pernas fortes, cobertas por pelos, indicavam poder. Meu Deus, o que aconteceu aqui?A respiração falhava enquanto eu apalpava meu próprio corpo. Calcinha e sutiã de renda branca. Será que... Fizemos sexo? Não...
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Consegui dormir um pouco e me levanto por volta das dez. Na sala, encontro papai lendo o jornal no sofá de dois lugares. Inclino-me para beijá-lo no rosto.— Bom dia. Como foi a festa?Desvio o olhar e me jogo no outro sofá.— Foi boa.Ele franze a testa, desconfiado.— Hum, esse "foi boa" não me convenceu.Sorrio para ele, tentando mudar de assunto.— Mamãe falou com o senhor sobre o Ano Novo?— Falou. Você tem certeza que vai ficar bem?Reviro os olhos, rindo.— Pai, se tem um lugar onde vou estar bem, é na casa da Kayra. Ela segue costumes super rígidos. Para você ter uma ideia, para ela namorar, o rapaz precisa ser aprovado pelo pai e pelo irmão. Então estarei segura com eles.Meu pai ri, aprovando.— Eles é que estão certos! Se tivéssemos feito isso, você não teria quebrado a cara com aquele idiota do Henrique.Minha expressão muda. O nome dele ainda é uma ferida. Ninguém gosta de ser traída, mesmo por um idiota.— Nem vem com essa conversa! Deus me livre o senhor ter que aprovar
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Respiro fundo, afastando os pensamentos. Não posso me dar ao luxo de parecer vulnerável agora.—Mais alguma coisa? —pergunto, voltando ao tom prático.—Não, senhor.—Então está dispensada. Vá para casa e aproveite a virada do ano com sua família. Ah, e feliz ano novo.Ela sorri, surpresa com minha atitude.—Obrigada. E o senhor? Vai para casa também?— Não é de se admirar que o Réveillon neste hotel é uma das festas mais bem faladas....Eu sorrio me sentindo muito bem com isso. Tem que ser mesmo, eu praticamente respiro trabalho. —Sim, é verdade.—Então Feliz ano novo para o senhor.O escritório está silencioso agora, e o eco das palavras da minha secretária ainda ressoa na minha mente. "Feliz ano novo para o senhor." Ela saiu, mas sua despedida me deixa pensativo. Olho para a parede à minha frente, mas o que vejo é outra coisa. Memórias invadem, imagens que não consigo apagar.Hoje cedo, andando pelo hotel, observei algo que me desestabilizou. De trás de um aparador no restaurante,
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Quando volto, respiro fundo e tento me recompor. Ainda assim, basta um pensamento sobre a cena para o riso quase escapar novamente.Depois do almoço, nos reunimos na sala, e eu, incapaz de me conter, comento sobre o episódio da faca. Kayra, com o humor que só ela tem, explica que é uma superstição turca. “Nunca se deve entregar uma faca diretamente para outra pessoa. O certo é colocá-la na mesa, e a outra pessoa a pega. Se for entregue diretamente, a pessoa deve cuspir nela para evitar brigas futuras.”Rimos juntas, mas logo nossa atenção é desviada pelo movimento na casa. Homens uniformizados entram carregando enormes buquês de flores do campo.— Deus! Essas flores custam uma fortuna nessa época do ano! — digo, com os olhos arregalados.— Tudo isso é para os preparativos do Ano Novo? — pergunto, sentindo uma ansiedade crescente. Quantas pessoas estarão nesta festa?— Sim, mas não se preocupe. Está tudo sob controle. Elma, nossa governanta, organiza tudo todos os anos. Que tal descansa
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