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Romance Proibido
Romance Proibido
Por: Sandra Rummer
Hum seu sotaque é lindo. Deus! E que sorriso! Uau!

Emily

Numa saída com minhas amigas eu o conheci. Lembro-me como se fosse hoje. Eu ainda consigo sentir o ambiente da festa. A música alta e agitada que tocava. O cheiro de álcool do hálito de Carol, uma amiga que bebe mais do que deve. E eu fui na onda dela e nesse dia bebi muito também. Letícia, estava conosco. Ela que iria dirigir nesse dia, então não me importei em ficar alta.

Aquela garota toda certinha estava na fossa, triste e extremamente desanimada. Pela primeira vez, se sentindo solitária. O namoro de dois anos tinha acabado de forma trágica com a traição dele com uma das minhas melhores amiga.

Então, ele entra....

Logo me empertigo no banco quando eu o avisto. O cara alto, usando um terno caro, não combina com o lugar. Não só eu, mas não tinha uma pessoa que não virava o pescoço para vê-lo passar na pista de dança do salão com luminosidade amena. A forma como ele anda e olha tudo dá a entender que ele está à procura de alguém.

—Deem uma olhada naquele cara que acabou de chegar. — Letícia sopra no meu ouvido.

Sim, eu já havia reparado nele. Carol o olha descaradamente. Rindo.

—Meu Deus! Ele parece gringo. —Ela diz se segurando em mim quando tropeça em seus saltos prata.

Reparo nos fios prateados na lateral dos cabelos e isso aumenta meu interesse e me faz fixar meu olhar nele. Seu rosto marcado demonstrava uma certa maturidade que eu não estou acostumada. Ele deve ter, uns trinta e cinco anos?

Mulheres sorriem quando se esbarram nele. Ele as afasta e continua sua busca. Eu, como boba, não presto atenção em mais nada e toda hora meus olhos procuram os dele. Acho que por causa do efeito da bebida eu esteja tão ousada.

Ele me intriga.

O que um homem maduro está fazendo em uma festa de aniversário composta por jovens desmiolados?

—Deus! Ele está se dirigindo para cá. —Letícia fala, e se sentindo nervosa se vira para o balcão.

Carol que até então está com a cabeça jogada no balcão a ergue dizendo: —Gente, vou mijar e já volto.

—Deus! Que expressão chula! —Eu digo para ela.

Nesse momento o homem se aproxima de nós. Letícia fica vermelha quando seu olhar passa por nós duas, mas então, ele o fixa nos meus olhos com todo seu ar de confiança.

—Oi.

—Oi. —Digo com um leve sorriso. —Está perdido?

Ele sorri e passa os olhos pelos meus lábios. Isso faz com que arrepios corram minha espinha.

—Pareço perdido? —Ele diz e sorri. 

Hum seu sotaque é lindo. Deus! E que sorriso! Uau!

—É que...

Ele vira mais o corpo para mim.

—Não combino com o lugar? —Pergunta.

Que sotaque é esse? 

Tenho vontade de perguntar, mas ao invés disso, reparo nele melhor. Ele está vestindo um terno de cor cinza-chumbo. Sua camisa branca tem os dois primeiros botões abertos me dando um vislumbre de seu peito bronzeado tonificado. Ele parece ter saído do trabalho, pois a gravata está pendurada no bolso de seu paletó.

O cara é lindo. Maturidade é tudo que eu gosto. Nunca tive oportunidade de conhecer um homem assim e ele está sendo entregue para mim de bandeja.

Eu sorrio abertamente para ele, pouco racional da minha parte, mas não consigo deixar de flertar.

—Não! —Minha voz sai num sussurro.

Ele sorri. Pega o celular na mão quando ele vibra. Dá um sorriso e o guarda novamente. Então olha para mim. Seus ombros relaxaram e ele me olha mais descontraído. Na hora sinto um arrepio na espinha pois a natureza de seu olhar muda e ele me olha agora com grande interesse. 

—Quantos anos você tem? —Ele pergunta olhando o meu copo de vodca. 

Eu bebo o restinho da bebida e o olho com desafio.

—Vinte e dois. —Minto.

—Parece mais jovem.

Eu sorrio.

—Vou encarar isso como um elogio. 

—Tem carinha de anjo.

Eu sorrio me sentindo superbem com as palavras dele.

—Estava procurando alguém? —O questiono.

Ele sorri.

—Você é bem observadora. 

—Achou? —Questiono sentindo minhas bochechas vermelhas.

—Sim, acabei de receber uma mensagem que essa pessoa já chegou em casa. 

O barman se aproxima dele e pergunta o que ele vai tomar. Ele pede um Scotch.

Ele é fino. Vejo por suas maneiras, pelo jeito dele se expressar. Não consigo deixar de olhar para ele. Então o desconhecido se vira para mim e eu digo:

—Acho que vou pedir outra bebida.

—Ao invés de beber, que tal sairmos daqui? Poderíamos ir a um lugar sossegado. 

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