Epílogo

— Já estava preocupado. Tentei ligar no seu celular, mas só caía na caixa postal.

— Ele ficou sem bateria. Eu te disse que estava na casa de meus pais. Por que não ligou para lá? — Digo e caminho até ele, observando como seus ombros têm uma tensão contida.

— Porque estou aprendendo a conter esse gigante que às vezes se levanta dentro de mim, de preocupação.

— De ciúmes. — Completo, parando a poucos passos dele.

— Sim, de ciúmes. — Ele diz como se fosse um fato inescapável. — Está tudo bem? — Pergunta, me avaliando com olhos que não perdem nenhum detalhe.

— Sim, amor.

— Você passou bem?

— Passei. Se não fosse assim, eu teria te falado.

— Você é tão forte, tão independente, que às vezes acho que sofreria calada, ou passaria por algo e não me contaria.

Eu o beijo nos lábios, com um gesto que busca dissipar suas inseguranças.

— Compartilharei meus momentos bons e ruins com você, está bem assim?

Ele me puxa para perto, e seu abraço é quente, confortante. Estamos íntimos assim na sala porqu
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