Chiara Bianchi sempre viveu à sombra do irmão gêmeo, Dario, um talentoso líbero de um dos times mais respeitados da Superlega Italiana. Quando um acidente o afasta das quadras, Chiara se vê diante de um grande dilema: assumir o lugar de Dario no time e se passar por ele, ou assistir o irmão perder sua posição e o seu time favorito ser prejudicado. Determinada a ajudá-lo, ela corta os cabelos, esconde sua identidade e enfrenta o maior desafio de sua vida. Dentro das quadras, o maior obstáculo de Chiara não é apenas manter seu segredo, mas lidar com Aki Ishikawa, o ponteiro japonês do time, que desconfia de "Dario" desde o início. Rígido, perfeccionista e totalmente focado no vôlei, Aki não tolera distrações, em particular principalmente aquelas que envolvem mulheres. Entre confrontos, desconfianças e partidas decisivas, Chiara tenta se destacar no campeonato italiano enquanto lida com os próprios sentimentos confusos por Aki, que não sabe que, por trás do jogador que ele critica, está uma mulher decidida a salvar a carreira do irmão. Segredos, sacrifícios e emoções se misturam em uma competição onde, mais do que o troféu, está em jogo a verdadeira identidade de Chiara e seus sentimentos mais íntimos.
Ler maisO quarto de Aki estava um pouco escuro, iluminado apenas por alguns raios solares que passavam pelas persianas. O único som era o da respiração acelerada de ambos. Chiara desceu do colo dele, mas rapidamente sentiu a presença dele atrás de si, o calor que emanava do corpo dele a deixava completamente excitada. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Aki aproximou-se, sua mão firme envolvendo delicadamente sua garganta. Não era força, mas controle, um gesto que fazia seu coração disparar e sua pele se arrepiar. Ele inclinou o rosto dela para o lado, a ponta dos dedos roçando seus lábios, tudo que se passava em sua mente era o quanto ele desejava aquela mulher.Quando os lábios dele encontraram os dela, o beijo foi cheio de desejo contido. Chiara mal conseguia raciocinar, só sabia que tudo que ela queria era ele. Sem aviso, ela girou o corpo, seus braços se agarrando ao pescoço de Aki enquanto ela pulava em seu colo, as pernas se entrelaçando em volta de sua cintura. O movimento foi ráp
Chiara saiu do quarto usando a camiseta de Aki, que caía levemente solta em seu corpo, cobrindo até metade das coxas. O tecido macio roçava sua pele, e ela se sentia estranhamente confortável – e ao mesmo tempo inquieta. Aki, por outro lado, ficou estático ao vê-la. Seus olhos demoraram um pouco mais do que o necessário para subir das pernas de Chiara até seu rosto. Ele engoliu em seco, afastando pensamentos que, claramente, não deveria estar tendo.“Eu poderia me acostumar com isso”, pensou ele, sem conseguir desviar o olhar.— Serviu? — Ele perguntou, tentando soar casual, mas sua voz entregava algo mais.— Sim. — Chiara respondeu, mexendo na barra da camiseta como se tentasse se esconder. Ela se sentou no sofá novamente, mas o ar parecia mais carregado do que antes.Aki respirou fundo, passando a mão pela nuca enquanto tentava recobrar a compostura. Sentou-se ao lado dela, a uma distância que considerava segura – embora a proximidade fosse suficiente para ele sentir o perfume dela.
Chiara respirou fundo, parada na frente da porta do apartamento de Aki. A sensação de desconforto que vinha sentindo desde a noite anterior parecia crescer a cada segundo. A mensagem de Asana, que havia perturbado sua mente por horas, fora esquecida temporariamente. Agora, tudo o que ocupava seus pensamentos era o convite de Aki e o fato de que passariam o dia juntos. Ela estava nervosa – mais do que gostaria de admitir.Ergueu a mão para tocar a campainha, mas hesitou no último segundo.“Você consegue, Chiara,” pensou, mordendo o lábio inferior.“É só um dia. Nada demais.”Antes que pudesse reunir coragem para bater, a porta se abriu, e Aki apareceu. Ele usava uma camisa básica e jeans escuros, algo raro de se ver, já que estava quase sempre em roupas esportivas. O cabelo úmido caía de forma despretensiosa na testa, como se ele tivesse acabado de sair do banho.— Achei que você fosse ficar aí para sempre. — Ele cruzou os braços, apoiando-se no batente da porta, um pequeno sorriso dan
Quando Chiara chegou à academia, a primeira coisa que viu foi Aki, focado em seu primeiro exercício. Ele estava de costas, os músculos bem definidos se movendo sob o tecido leve da camiseta, e sua concentração parecia inabalável. Chiara percebeu que havia esquecido completamente da mensagem de Asana. O incômodo inicial da manhã, a irritação por ela ter encontrado o seu Instagram, tudo tinha desaparecido tão logo ela viu Aki.Era como se ele estivesse monopolizando todos os seus pensamentos naquela manhã, e, sinceramente, ela não sabia como se sentir sobre isso. Na verdade, ela não queria admitir, mas estava completamente apaixonada por Aki Ishikawa. Ela olhou ao redor, procurando Luca, seu parceiro de sempre, mas ele não estava em lugar nenhum.“Provavelmente dormiu demais”, pensou, mordendo o lábio.Luca era pontual, mas até ele tinha suas manhãs de preguiça. O pensamento trouxe um sorriso breve, mas ela ainda se sentia ansiosa, como se algo estivesse para acontecer.O ambiente da a
Chiara acordou cedo, o despertador nem havia tocado ainda. Com os olhos semicerrados, estendeu a mão para o celular. Assim que desbloqueou a tela, foi surpreendida por uma notificação no Instagram. Uma mensagem direta. Ao abrir o aplicativo, seu coração deu um salto.— Asana?!Ela piscou algumas vezes, esperando estar sonhando. Mas lá estava:"Olá! Tudo bem? Sou Asana, amiga do seu irmão. Será que poderíamos conversar um pouco?"Chiara leu a mensagem novamente, como se o conteúdo fosse mudar de repente.“Amiga do Dario? Essa mulher é insuportável.”Respirou fundo e apoiou o celular no peito, olhando para o teto do quarto. Não era só o incômodo de Asana rondar Dario; a ideia de vê-la perto de Aki a deixava inquieta. Asana era uma ameaça ambulante, e tudo o que Chiara não queria era mais problemas envolvendo as pessoas que ela gostava.Decidida, ignorou a mensagem. A última coisa que faria seria dar abertura para aquela mulher. Deslizando os dedos pelo teclado, resolveu fofoca com Marti
A noite estava silenciosa no quarto de Asana, quebrada apenas pelo som das unhas longas batendo no teclado do notebook. A luz da tela refletia em seus olhos, fixos na busca incessante por informações. Ela suspirou, impaciente, enquanto digitava pela terceira vez o nome "Dario Bianchi" no Google. As páginas abertas mostravam o que ela já sabia: reportagens esportivas, estatísticas, algumas menções sobre a temporada atual. Nada que realmente a ajudasse.— Você é um mistério, Dario... — murmurou, apoiando o queixo na mão enquanto encarava a tela. — Mas ninguém consegue se esconder completamente.Com um novo estalo de determinação, ela começou a digitar novamente. Se não conseguia achar nada específico sobre ele, talvez procurar pelo sobrenome fosse mais útil. Era um caminho mais longo, mas ela tinha tempo e paciência. Aos poucos, os resultados começaram a aparecer. Fotos de eventos, pessoas aleatórias com o sobrenome “Bianchi”. Nada relevante. Mas então, entre os resultados, surgiu um pe
O silêncio preenchia o quarto. Aki ainda estava de pé, as costas encostadas na parede enquanto respirava fundo. Chiara, por sua vez, permanecia imóvel, os dedos tocando levemente os lábios que ainda sentiam a presença dos dele.— Chiara... — Aki começou, sem olhar diretamente para ela. Sua voz era grave, porém hesitante. — Sobre isso… — Ele indicou com o dedo entre os dois, sem saber exatamente como se referir ao que tinha acabado de acontecer. — Acho melhor não contar nada ao Luca... sobre nós dois.Chiara piscou, surpresa com a sugestão.— Não se preocupe, eu não ia falar nada. — Ela se aproximou devagar, tentando esconder o leve tremor em sua voz.Aki suspirou e finalmente virou o rosto para encará-la.— Eu sei que ele já sabe sobre você.Chiara arregalou os olhos, mas ele ergueu a mão, como se quisesse tranquilizá-la antes que ela entrasse em pânico.— Não precisa se explicar. É óbvio que o Luca sabe. Ele nunca fica grudado em alguém sem saber tudo sobre a pessoa. É o jeito dele.
Quando chegaram ao hotel, Chiara caminhava cabisbaixa, com os ombros pesados pela derrota e por tudo o que estava sentindo. Pela primeira vez, Aki não chegou antes dela ao quarto. Ele vinha logo atrás, caminhando com passos lentos e calculados, como se carregasse um peso invisível. Chiara sabia que ele estava ali, podia sentir sua presença como uma corrente elétrica percorrendo sua espinha. Seu coração batia descompassado, confuso entre a tristeza do jogo e a tensão crescente entre os dois.Assim que entraram no quarto, Chiara foi direto para o banheiro. Precisava respirar, colocar os pensamentos no lugar, longe do olhar penetrante de Aki, que parecia enxergar através dela. Enquanto ela tentava se recompor, Aki sentou na beirada da cama e começou a mexer em sua mala, mas seus olhos constantemente se voltavam para a porta fechada do banheiro.Quando Chiara saiu, seus movimentos eram desordenados. Tentava arrumar suas coisas, mas só conseguia espalhar tudo ainda mais. Ela mexia nas mãos
Na manhã seguinte, Chiara acordou cedo e olhou para o lado, percebendo que Aki já não estava mais no quarto. Um alívio imediato tomou conta dela, a última coisa que ela queria era começar o dia com mais um momento constrangedor.Sem perder tempo, ela se arrumou rapidamente, vestindo o uniforme do time, e desceu para o café da manhã. Assim que chegou ao restaurante do hotel, avistou Luca acenando entusiasmado para ela. Não muito longe dele, Aki estava sentado sozinho. Chiara sentiu um aperto no peito. Desde que Aki descobriu seu segredo, parecia que ela havia criado um muro entre ele e Luca, porque, onde ela estivesse, Luca sempre a acompanhava.Suspirando, ela foi até Luca e sentou-se ao lado dele, tentando afastar esses pensamentos. Ele, como sempre, estava cheio de energia e perguntas.— Como dormiu, belo adormecido? — Luca perguntou com um sorriso travesso.— Dormi bem, obrigada. E você? — respondeu Chiara, dando de ombros.— Só não dormi melhor porque não tinha uns cabelos cachead