— Eu sou bom com muitas coisas, Olívia… — As palavras de Dante a fizeram corar. — E se você quiser, eu posso mostrá-las a você. — Quero que me mostre… — Ela ousou em levar suas próprias mãos até os braços dele, subindo lentamente por cada veia saliente, até chegar em seu bíceps bem definido. Continuou, subindo ainda mais, fincando as unhas no pescoço do mais velho, o puxando para si apenas para sentir seu hálito mais de perto. — … quero que me mostre você por inteiro, Dante. (...) Na noite em que Olivia planeja confessar seus sentimentos por Lucas, seu melhor amigo, seus planos são arruinados. Desolada e com o coração partido, ela caminha sozinha sob a chuva, tentando escapar da humilhação. É então que ela cruza o caminho de Dante Salvatore, o homem que mudaria o curso de sua vida. Olivia sabe que se entregar a Dante pode arruinar sua vida, mas ela não consegue resistir. Professor da faculdade onde estuda, com o dobro da sua idade, e pai de seu melhor amigo, Dante Salvatore representa tudo o que pode destruí-la. E, talvez, esse seja o motivo para ela o querer tanto.
Ler maisDanteHospitais sempre me deram nos nervos. O cheiro de desinfetante, a frieza das paredes brancas, o som constante de máquinas apitando ao fundo. Eu odiava aquele ambiente. Sempre odiei. Mas lá estava eu, andando pelos corredores como se estivesse carregando um peso que nunca mais conseguiria soltar.Lucas tinha sofrido um acidente. E eu não estava lá. Quando fui visitá-lo pela primeira vez, ele estava distante. Parecia saber de algo que eu não queria descobrir o que era.Dessa vez, quando cheguei, a enfermeira me disse que ele estava acordado e que havia uma amiga com ele.Achei estranho. Lucas não era exatamente o tipo de cara que fazia amizades profundas.Mas quando parei na porta, entendi tudo.Olivia.Meu peito apertou no mesmo instante. Ela estava de pé ao lado da cama dele, e pela expressão dela, algo estava muito errado.Lucas não parecia o mesmo.Eu conhecia aquele olhar. Frio, cínico. Eu já tinha visto antes.O problema é que eu nunca quis admitir que ele era assim.Desde p
OliviaDante segurou minha mão com firmeza, seus dedos quentes envolvendo os meus, e me puxou para fora do quarto. Meus passos tropeçavam ao tentar acompanhá-lo, minha mente ainda atordoada pelo que havia acabado de acontecer.Eu não olhei para trás. Não queria ver Lucas, não queria registrar a expressão no rosto dele, o reflexo do ódio que finalmente havia sido revelado. Não havia mais nada ali para mim.Dante andava rápido, sua respiração pesada. O ar ao redor dele parecia vibrar de raiva, como se estivesse segurando cada músculo do corpo para não voltar lá e terminar o que começou.Eu nunca o vi assim.Ele sempre foi intenso, mas dessa vez, havia algo diferente. Um tipo de fúria que ia além de apenas o momento.Quando chegamos ao estacionamento, ele abriu a porta do carro e praticamente me empurrou para dentro. Eu entrei sem questionar, sem hesitar.O silêncio dentro do carro era ensurdecedor.Eu o observava de soslaio, tentando encontrar alguma brecha, alguma abertura para falar,
Olivia Se eu soubesse o que me esperava, nunca teria vindo. Mas eu fui. Porque no fundo, uma parte de mim precisava ver com os próprios olhos. Precisava ouvir da boca dele que tudo aquilo era verdade, que ele nunca foi o amigo que eu achava que era. O hospital era gelado e impessoal, e o cheiro forte de antisséptico me enjoava. Caminhei pelos corredores, sentindo o peso daquela visita em cada passo. Quando parei em frente ao quarto de Lucas, respirei fundo antes de entrar. Ele estava sentado na cama, relaxado demais para alguém que tinha batido o carro dias atrás. Parecia confortável, como se essa fosse só mais uma tarde qualquer e não o momento onde sua máscara ia cair de vez. — Você veio — ele sorriu, satisfeito. Não respondi. Fechei a porta, ficando de pé perto dela. Eu não tinha intenção de me acomodar ali. — O que você queria dizer com eu estar tomando decisões ruins? — fui direto ao ponto. Minha voz estava firme, mas dentro de mim, o sangue fervia. Lucas ergueu as
Olivia FernandesO vento quente da tarde tocava minha pele, e o sol se punha devagar no horizonte. Era um dia bonito. Tranquilo. Um daqueles momentos em que eu deveria me sentir bem. Mas não conseguia. Talvez porque eu ainda sentisse os resquícios do caos que Dante sempre deixava para trás. Talvez porque Lucas estivesse se tornando uma presença cada vez mais confusa, e o fato daquelas malditas fotos terem aparecido na minha porta. Eu estava calma demais para aquilo, acho que a ficha ainda não tinha caído de que alguém sabia que Dante e eu estávamos juntos. Mas, naquele ponto, eu não tinha nada a perder.Ele sim, mas eu sinceramente queria ver ele e Ester separados, simplesmente porque eu sabia que nada daquilo era real. Talvez assim ele acordasse. Estava sendo maldosa, eu sei. Mas queria ser egoísta, por mim, por nós. Pelo que restava da gente.Mas, infelizmente eu era trouxa demais. Estava com tudo planejado na minha cabeça, iria procurar Dante e mostrar aquelas fotos. Ele iria
Dante SalvatoreA noite com Olivia ainda queimava na minha pele, mas agora, era uma brasa incômoda. Um lembrete do que eu nunca consegui deixar para trás. O cheiro dela, a sensação do seu corpo no meu, os sussurros entrecortados entre o desejo e a necessidade. Tudo isso ainda estava impresso em mim enquanto eu dirigia para o hospital. Mas havia algo maior que me sufocava agora. Algo mais urgente.Lucas.Meu celular estava desligado desde que cheguei no apartamento de Olivia. Eu me desliguei do mundo por horas, preso naquele transe viciante que sempre foi estar com ela. E, nesse meio-tempo, meu filho sofreu um acidente. Eu não estava lá quando ele precisou de mim.Cada quilômetro percorrido até o hospital era um golpe no meu peito. Minha mente girava em torno da mensagem que Beatriz me entregou. O que Lucas queria me dizer? O que era tão importante que ele se distraiu o suficiente para perder o controle?Cheguei na recepção do hospital e perguntei por ele, meu coração martelando contra
OliviaO silêncio que se seguiu após a saída de Beatriz foi mais ensurdecedor do que qualquer discussão que Dante e eu já tivemos. Mesmo depois que ele foi embora, depois que a porta se fechou atrás dele, eu ainda podia sentir o peso daquela conversa pairando no ar.Eu não dormi. Me revirava na cama, encarando o teto, sentindo cada parte do meu corpo ainda impregnada do toque de Dante, mas, pela primeira vez, isso não era reconfortante. Era sufocante.Beatriz tinha razão.Eu e Dante nos jogávamos um no outro como se o resto do mundo simplesmente não existisse, como se estivéssemos presos em um ciclo vicioso que só terminaria quando não sobrasse mais nada de nós. Mas sempre sobrava. Sempre havia algo que nos fazia voltar.Mas até quando?Levantei da cama quando o sol começou a nascer. Não havia motivo para continuar fingindo que conseguiria dormir. Tomei um banho longo, tentando me livrar da sensação de culpa grudada na minha pele, mas não adiantou.Na empresa, Dante evitou qualquer in
Olivia FernandesO silêncio que se instalou na sala depois que Dante abriu a porta foi tão pesado que parecia ter o poder de esmagar qualquer palavra antes mesmo que ela pudesse ser dita. E então, lá estava ela. Beatriz. A mulher que já foi o centro da vida de Dante e que, de certa forma, ainda tinha uma presença imponente em tudo que ele fazia.Eu assistia a tudo como uma espectadora, o sangue congelando em minhas veias. Beatriz parecia deslocada, mas havia algo nos olhos dela que indicava que não estava ali por acaso. Ela entrou na sala sem esperar por convite, e Dante deu um passo para trás, como se estivesse se preparando para um impacto que sabia ser inevitável.Beatriz não olhou para mim imediatamente, e eu agradeci por isso. Sentada no sofá, ajustei apressadamente o robe que ainda estava vestido, tentando desesperadamente parecer menos... vulnerável. Menos culpada. Porque, naquele momento, eu me sentia como uma intrusa na história deles.— Dante — ela começou, a voz controlada,
Dante SalvatoreOlivia era o meu ponto fraco. Cada gesto, toque, olhar que ela direcionava a mim, me fazia ceder um pouco mais. Entre um toque e outro, embriagados pelos próprios beijos, cheiros e o calor que aumentava, eu me peguei pensando o quanto isso era certo, ao mesmo tempo que tão errado.O gosto do proibido se fez doce no instante em que eu a provei na ponta da minha língua, pincelando seu clitóris delicadamente enquanto a sentia tremula de prazer. Apesar da voracidade daquele tesão que parecia incontrolável, eu era gentil em todos os toques. Queria que ela aproveitasse cada detalhe, cada segundo do jeito que merecia, tratando a região sensível com a delicadeza que necessitava. Quando o ápice se mostrou, eu parei. Mesmo que aquilo fosse difícil, pois não existia nada que eu quisesse mais do que vê-la gozar na minha boca, eu queria provocar e ver até onde ela iria.A expressão frustrada em seu rosto se fez nítida quando vi um biquinho de frustração em seus lábios. Mas quan
OliviaNinguém nunca vai ter uma explicação perfeita sobre o que acontece quando dois corpos se conectam. Quando duas mentes se entendem e formam um vínculo inexplicável. Explicações cientificas podem exemplificar como ocorrem algumas sensações, mas o que pode definir um encontro de Almas? A chance de nunca conhecer alguém é muito maior do que a de conhecer, e me pergunto, dentre tantas pessoas e tantos caminhos que eu poderia trilhar, porque a vida me encaminhou para o destino de Dante? Me perguntaria isso por toda a eternidade, simplesmente porque nada para mim conseguiria explicar o que eu sinto quando ele me toca. É quase desumano que uma sensação vinda de outro seja tão acolhedora e reconfortante, tão necessária. Eu não sei lidar com o quanto peciso tê-lo perto de mim, em mim. É torturante quando estamos separados. Mas quando estamos juntos, é como se tudo tivesse se alinhado justamente para isso acontecer. Os toques fazem sentido, tudo se encaixa perfeitamente bem. O beijo é