— Eu sou bom com muitas coisas, Olívia… — As palavras de Dante a fizeram corar. — E se você quiser, eu posso mostrá-las a você. — Quero que me mostre… — Ela ousou em levar suas próprias mãos até os braços dele, subindo lentamente por cada veia saliente, até chegar em seu bíceps bem definido. Continuou, subindo ainda mais, fincando as unhas no pescoço do mais velho, o puxando para si apenas para sentir seu hálito mais de perto. — … quero que me mostre você por inteiro, Dante. (...) Na noite em que Olivia planeja confessar seus sentimentos por Lucas, seu melhor amigo, seus planos são arruinados. Desolada e com o coração partido, ela caminha sozinha sob a chuva, tentando escapar da humilhação. É então que ela cruza o caminho de Dante Salvatore, o homem que mudaria o curso de sua vida. Olivia sabe que se entregar a Dante pode arruinar sua vida, mas ela não consegue resistir. Professor da faculdade onde estuda, com o dobro da sua idade, e pai de seu melhor amigo, Dante Salvatore representa tudo o que pode destruí-la. E, talvez, esse seja o motivo para ela o querer tanto.
Ler maisOlivia sentiu o pânico crescer dentro de si quando viu a foto de Lucas piscando na tela de seu celular. Sem pensar duas vezes, ela rapidamente pegou o telefone e desligou a chamada, colocando-o no modo silencioso em seguida. Seu coração batia forte e suas mãos tremiam. — Tudo bem? — Dante perguntou novamente, claramente preocupado com o comportamento estranho de Olivia. — Sim, está tudo bem. — Ela tentou sorrir, mas foi um sorriso forçado. Dante franziu o cenho, mas decidiu não pressionar mais. Continuou dirigindo em silêncio, enquanto Olivia tentava controlar sua respiração e pensamentos. Cada segundo parecia uma eternidade. Ela precisava pensar em algo, qualquer coisa, para sair daquela situação. — Sabe, meu filho mencionou uma pessoa especial recentemente, mas, como sempre, não deu detalhes. Às vezes é difícil ter uma simples conversa com ele. — Dante começou, tentando quebrar o silêncio. — Desculpe, Olivia, não quero ser esquisito falando do meu filho com você. O comentário d
Olivia ficou estática por minutos. Não conseguia fazer nada que não fosse abrir e fechar sua boca, sem conseguir dizer palavra alguma. Estava absorta em seus pensamentos, convicta de que aquilo tudo não passava de um terrível pesadelo. Sabia que não tinha culpa por não saber que Dante era o pai de Lucas, afinal, ela nunca viu uma foto dele sequer, e sobre seu nome, sempre ouvia todos o chamarem de Senhor Salvatore.Parecia praticamente impossível e contra todas as possibilidades que aquilo tivesse acontecido justamente com Olivia, que era apaixonada por Lucas desde o primeiro ano da faculdade. De repente, parecia que tudo estava desmoronando. Desde o momento em que encontrou Lucas acompanhado de Luara, até o instante em que ela descobriu que Dante, o homem que passou a noite o conhecendo, era o pai de seu melhor amigo. — Isso só pode ser um pesadelo! — Quase gritou dentro do carro abafado, ainda esperando Dante liberar Lucas da delegacia para irem embora. E então, quando parecia
O telefone tocou, o som alto e claro de Chopin ecoou pelo loft.Olivia se assustou, e Dante estranhou o horário inoportuno para seu telefone tocar.Já era madrugada, e não era do seu costume receber telefonemas tão tarde. — Perdão, não vou demorar. — Ele deu um selo rápido nos lábios da morena, seguindo até a bancada um pouco distante do sofá onde estavam. Pegou o celular e observou a tela com curiosidade.Olivia, de longe, viu o cenho de Dante se franzir. Estava curiosa, ainda tentando assimilar tudo que tinha acontecido, lidando com o desejo intenso que corria em seu corpo.— Aconteceu alguma coisa? — Ela perguntou enquanto vestia sua lingerie. Dante ergueu a mão direita, pedindo um segundo enquanto ouvia algo no celular. Naquele instante, ela viu sua feição mudar. Ele parecia assustado.— Precisamos ir, meu filho está com problemas — Ele falou brevemente, se aproximando de Olivia mais uma vez. — Sinto muito precisar interromper isso, espero que saiba que não era a minha vontade.
Um toque. Foi preciso apenas de um único e pequeno toque para Olivia sentir arrependimento. Mas não se engane, ela não tinha arrependimento nenhum sobre Dante. Pelo menos não ainda. Ela se arrependeu por nunca ter feito isso antes, por esperar tempo demais enquanto estava perdida em suas inseguranças e ansiedades. Quando finalmente sentiu o prazer intenso lhe atingir como uma tempestade, Olivia percebeu que ainda havia muito a descobrir. E cada descoberta nova que fazia aumentava seu delicioso leque de possibilidades. — Isso, Dante. Bem aí — Olivia tentou conter o gemido sôfrego que escapou mais alto que o normal. — Não se contenha, por favor — Dante cessou seus movimentos ao fazer o pedido, mas Olivia o empurrou novamente, o afundando no centro de seu prazer. Os beijos que trocou com Dante deram a Olivia um gosto de como seus lábios eram macios, assim como sua língua, que escorregava contra a sua com habilidade. E toda essa habilidade foi reforçada no instante em que ele a
O momento em que se viu deitada, assistindo Dante em pé em sua direção, Olivia sentiu como se o seu coração estivesse prestes a rasgar a carne do seu peito e saltar para fora.A palpitação quase podia ser ouvida, e o frenesi que a consumiu no instante em que o assistiu tirar a camisa que vestia, a dopou.Mal conseguia respirar. Umedecia os lábios a cada segundo, buscando em si forças para resistir à sensação estranha que lhe tirava a resistência. Não sabia explicar, era algo que ia muito além do que poderia imaginar caso fosse perguntada. — Você está bem? — Ele se ajoelhou perante o sofá, alcançando os pés de Olivia.Ela assentiu, o respondendo, sem ainda dizer palavra alguma ao assisti-lo desabotoar suas sandálias com gentileza. Ele acariciou o tornozelo da morena ao repousar seus pés no chão novamente, subindo com suas digitais através da pele surpreendentemente macia. Dante se divertia ao perceber a excitação tão nítida na face de Olivia. Cada expressão entregando mais o quant
Iluminados pela luz da lua etérea, criando um ambiente lúdico e quase surreal, Dante e Olivia permaneciam parados na varanda, encarando um ao outro com um olhar de devoção em seus rostos. Dante aguardava um sinal de Olivia. Agora, mais do que nunca, queria ter certeza de que o que estavam prestes a fazer era o correto. E Olivia, em um silêncio torturante, guardava para si todos os pensamentos que a encurralavam naquela situação. Ela queria, com todo o corpo e alma, prosseguir. Queria ser a menina destemida e ousada que sempre sonhou — e invejou. Só não sabia se conseguiria evitar a culpa excessiva após ao enfrentar as consequências de seus atos. Porém, ainda que hesitante sobre um todo, sua mente analítica passou a pensar em possibilidades. — Podemos nos conhecer melhor essa noite, sem muita pressão… — Dante disse, quase como se pudesse ler os pensamentos de Olivia. Ela sorriu com antecipação, sem ainda dizer todos os pensamentos sórdidos que a entorpeceram no instante em
Caso Olivia fosse perguntada sobre como se representar em uma única palavra, ela muito provavelmente responderia: controle. Desde muito jovem, foi ensinada a controlar todos os aspectos de sua vida. Desde os detalhes mais bobos, quanto aos mais relevantes. E esses, os que teriam impacto em sua vida em um futuro distante, eram os que mais exigiam de si algum tipo de cautela sobre quais decisões tomar. Olivia fez tudo certo durante sua vida. Foi uma boa filha, obediente, submissa, quase perfeita demais ao que se entende sobre atender as expectativas dos outros. Porém, todo esse controle e perfeição durante seu crescimento, exigiam algo de si que, talvez, fosse irreparável. Não era difícil para quem a visse de fora enxergar o quanto a universitária sofria ao precisar tomar decisões importantes por conta própria. Olivia perdeu, durante a criação dura e desgastante, a habilidade de pensar com a própria cabeça. Saber analisar o que queria, quando queria, diferente do que achava que prec
Dante não a respondeu, mantendo o suspense sobre sua identidade. Apenas sorriu, o mesmo sorriso largo e bonito que a fez vacilar no primeiro instante em que se conheceram. — Seu sorriso é bonito, mas não vai ser o suficiente para evitar que eu faça mais perguntas. — Olivia disparou, o pegando de surpresa. — Se o meu sorriso não for o suficiente, posso tentar te dissuadir de outras formas. — Ele ajeitou uma mecha do cabelo de Olivia, a colocando atrás da orelha. Aproveitou para perdurar o toque ao alisar seu lóbulo da orelha, deslizando o dedo até seu pescoço, seguindo até a nuca.Olivia ficou surpresa de muitas formas ao sentir o toque de Dante sobre si novamente, agora, de forma mais íntima. — O que você viu em mim? — Ela deixou o pensamento escapar. Odiava se sentir assim, insuficiente. Mas basta ver o próprio reflexo em alguma superfície para essa sensação retornar. Lidar com o próprio peso nunca foi nada fácil para Olivia, e agora, na vida adulta, sentia essa insegurança respi
Dante acelerou o carro, exibindo um sorriso em seu rosto. Parecia se divertir ao fazer manobras arriscadas, utilizando a estrada vazia como seu parque de diversões ao ar livre. Era um mix de sensações confusas e inquietantes que se misturavam dentro de Olivia, e acreditando que essa seria sua maior loucura e permitindo-se ser imprudente pela primeira vez na vida, ela decidiu confiar na sensação curiosa que surgiu no pouco tempo em que esteve na presença dele. Olivia não saberia descrever, afinal, nunca tinha sentido nada parecido. Mas, o que a tomou ao sentir as digitais de Dante sobre sua pele, definitivamente não parecia como uma sensação ruim. — Desistiu de resistir? — Ele perguntou, curioso ao notar sua tranquilidade diante da situação. — Seria uma perda de energia, não é mesmo? — Olivia afirmou.— Certamente. — Ele sorriu ladino, ajeitando os óculos novamente, antes de pegar mais um chiclete. — Acho que não vai se importar em fazer uma pequena viagem, então. Olivia arregalou