91: O Que Vai, Volta

Dante Salvatore

O quarto de Ester era estranho. Eu não sabia identificar muito bem o que me transmitia, mas acho que ela conseguiu replicar bem sua frieza através das cores monótonas e frias.

Era sempre gelado, muito frio, e isso me fez achar um pouco de graça levando em consideração o contexto.

Os quadros com o rosto de Ester pintados enfeitavam o lado esquerdo da parede, próximo a cama. Alguns eu mesmo pintei em minha juventude, quando eu ela e Beatriz éramos amigos inseparáveis.

Antes de eu entender que ela soube fazer de mim um fantoche em suas mãos. Um pouco de choro, beleza, um toque de bebida e uma amostra da vulnerabilidade que atrai homens tolos e voilá: a receita do caos.

Não posso me eximir da responsabilidade, nunca fui resistente à mulheres ao meu redor. Sempre fui atraído pelo magnetismo, a voz doce e suave, toda a essência que evoca a feminilidade e me deixa hipnotizado.

Mas como os mais velhos dizem: basta conviver para conhecer a verdadeira essência de alguém.

Est
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