Helena 23 anos, estava casada há três anos com Felipe, por quem era apaixonada. Helena era doce e dedicada, mas tinha uma personalidade forte, não costumava baixar a cabeça quando se sentia injustiçada. Felipe era um marido autoritário e frio, estava em seu segundo casamento, se casou com Helena logo depois de se divorciar, e amor não existia no coração dele pela atual esposa, mas o que ele menos esperava era um pedido de divórcio daquela que dizia o amar.
Ler maisHelena e Felipe estavam no parque com os filhos que brincavam sentados em uma manta ao ao lado deles.— Mamãe, água. Helena da água a filha que se molha um pouco, ela a seca antes de guardar o seu copinho.— Vem Miguel, beber água também. — Ela faz a mesma coisa com o filho mais velho.Aos finais de semana a familia sempre saia para fazerem algo juntos, fosse para ir ao cinema, no parque de diversão, ou mesmo fazer um piquenique como estavam fazendo. Helena engravidou pela segunda vez quando Miguel estava com três anos, deu a luz a Nicole que nasceu como o irmão, parecida com o pai. Gustavo as vezes se juntava aos sobrinhos para brincarem juntos, Helena achava estranho tio e sobrinho serem da mesma idade, a verdade é que eles pareciam mais serem irmãos pela semelhança. — Vem Nicole, vamos no balanço.— Cuidado com a sua irmã, ela ainda é muito pequena. — Nicole estava com três anos e Miguel logo faria sete anos e Helena recomenda mesmo o balanço ficando praticamente ao lado deles.—
Helena estava no salão de belezq, tinha decidido cortar os seus cabelos, deixaria eles curtos. Tomou essa decisão por tê-lo que usar sempre preso, por causa de Miguel que adorava os puxar. Ao sair do salão se depara com alguém que não lhe agrada, Bruna a olha de cima em baixo e Helena tenta passar por ela que a segura pelo braço. — Se não me soltar, corre o risco de precisar engessar esse seu braço — Helena olha para a mão que segura o seu braço, antes de olhar para a cara daquela que tinha um olhar altivo.— Parabéns você ganhou, só queria te dar os parabéns.— Não precisa se dar ao trabalho de me parabenizar, não há necessidade para isso. — Helena olha novamente para a mão que segura o seu braço. — Agora me solta que já estou perdendo a paciência. — Bruna a solta, pois não estava disposta a passar vergonha na frente das pessoas. — Helena, eu sei que Felipe te ama, só não sei o que você tem para tê-lo conquistado e o mudado como fez, pois ele hoje parece que só tem olhos para você,
Helena estava no escritório trabalhando de casa, quando entra uma jovem com um bebê chorando no colo.— Oi filho, o que foi? — Helena se levanta para pegar o filho que chorava.— Acho que ele está com saudade da mamãe dele, por isso o trouxe aqui para te ver. — Helena trabalhava de casa, ia a empresa apenas quando tinha reuniões. — Pode deixar Clara, eu vou dar o almoço dele hoje — Miguel estava com seis meses e já se alimentava de papinhas — Você está um homenzinho muito lindo filho. Helena deixa o que estava fazendo para dá atenção ao filho, que logo para de chorar por estar no colo da mãe. Ele tinha babá, mas Helena adorava dar atenção ao filho, Felipe também estava sendo um pai muito presente, Miguel já conhecia a voz do pai, que sempre que chegava da empresa o pegava no colo para o mimar um pouco. As vezes Helena nem acreditava que aquele fosse o mesmo Felipe que conheceu um dia, que gritava, xingava e brigava com todos, e o pior, não lhe dava nenhuma atenção antes de ficarem
Bruna ao receber a visita do médico, fica sabendo que teria que ficar mais alguns dias hospitalizada, para realizar alguns exames e fazer fisioterapia. Depois que o médico sai, Felipe logo entra e encontra Bruna pensativa.— Oi, Bruna. Como você está?— Oi Felipe — Ela fica o olhando, ela estava ali naquele hospital por acreditar que um filho faria com que aquele que estava a sua frente a aceitasse como mulher — Vou ficar bem, em breve estarei fora desse maldito hospital.— Estou feliz por ter acordado.— Obrigada por vir me ver todos os dias.— Espero que não confunda o que eu fiz, eu apenas precisava que acordasse.— Como está a criança? — O seu filho está bem, mas precisamos resolver a questão dele. Espero que você e meu pai cheguem a uma conclusão sobre o que fazer. — Foi um erro eu ter tido essa criança, hoje eu sei que o meu maior erro foi ter acreditado nas palavras de sua mãe, devia saber que nem um filho faria você me aceitar ...— Deveria ter pensado nisso antes de seguir
Desde que Augusto foi embora estave ciente de tudo o que acontecia com todos, através do seu assistente. Ele só evitava atender as ligações de Felipe por saber que ele iria cobrá-lo para que voltasse, mas ainda não se sentia preparado para voltar. Quando soube do acidente de Letícia, não se sentiu triste ao saber de sua morte, a verdade é que, se sentiu aliviado por saber que ela não mais iria interferir na sua vida, mas isso ele não era capaz de dizer a ninguém. Decidiu voltar quando soube que Helena tinha ido para o hospital, não foi capaz de adiar por mais tempo o seu retorno ao Brasil, já havia sobrecarregado demais Felipe. Estava na hora de enfrentar os erros cometidos e assumi-los.Para ele foi um alivio Bruna acordar, precisava conversar com ela e decidirem sobre a criança que era filho deles, iria fazer o teste de DNA e daria o seu nome a criança, não causaria mais problemas para Felipe, assumiria para todos que era o pai daquela criança. Ao ver a falta de amor de Bruna pelo p
Felipe e Helena estavam no quarto do hospital, aguardando a visita do médico, Helena estava ansiosa para poder ir para casa, queria saber como Gustavo estava se comportando. Felipe estava colocando o filho no berço quando recebem uma visita inesperada. Felipe ao ver quem entrava no quarto, após bater à porta, sentiu um alívio tão grande que parecia que um peso saia de suas costas. — Pai?! — Augusto parecia ser uma outra pessoa, estava com roupas esporte e barba por fazer, de uma certa forma parecia ser mais jovem sem as roupas formais que costumava usar. — Oi Felipe, parabéns pelo nascimento do seu filho — Augusto abraça o filho — Eu sinto muito por tudo que aconteceu. — Felipe recebe o abraço do pai — Quando o senhor chegou?— Vim direto do aeroporto. Me desculpe por ter sido um covarde. — Augusto olha para Helena — Obrigada por ter apoiado os meus filhos.Helena não consegue responder o sogro, a vontade que tinha era falar uma boas verdades para ele, o que ele menos merecia era a
Quando Felipe chega em casa, depois de enterrar a mãe, ele segue direto para o quarto e encontra Helena dormindo com Gustavo ao seu lado. Ele não sabia o que tinha acontecido, mas ver os dois juntos o encheu de esperança, quando ele ligou para ela mais cedo, ela não o atendeu, mas ele mandou uma mensagem " Você sempre será a minha prioridade, foi você quem me ensinou a olhar para os outros e enxergá-los. Fiz o que eu achava ser o certo e espero que me perdoe pelo que fiz. Eu te Amo, e também ao nosso filho", por ela não ter respondido a mensagem, ele não esperava que ela estivesse cuidando de Gustavo.Mas o que Felipe nao sabia, é que quando ele saiu Diana foi procurar a filha, levando Gustavo com ela. Diana encontra a filha chorando e ao ver a mãe com a criança no colo, Helena chora ainda mais. — O que ele faz aqui? — Helena pergunta evitando olhar para o bebê no colo da mãe dela. — Filha, esse bebê jamais irá roubar o amor de Felipe como pai ou o nosso como avós. Mas ele precisa de
Felipe olha para Helena e tenta se aproximar, mas ela o afasta com as mãos e continua olhando para a criança que chora.— Amor, eu preciso conversar com você...— O que ele faz aqui Felipe?— Meu pai foi embora, dizendo que não assumiria o próprio filho, Bruna está em coma...— Mas ele não é seu filho, ele tem os avós dele — Helena responde sem se comover com o choro da criança — Leve ele para os avós dele. Helena volta para dentro de casa, e Felipe apenas tira o bebê do carro e também entra em casa, sabendo que não tem para onde levar aquela criança. Ele encontra a sogra na sala que o olha com com os lábios presos, por saber que aquela criança é de Bruna, a mulher que causou sofrimento para a sua filha.— O que está acontecendo Felipe? — Ela pergunta pegando a criança que chorava — Meu Deus, um recém nascido já passando por tudo isso — Diana tenta acalmar a criança que não para de chorar — Eu vou fazer uma mamadeira para dar a ele, com certeza, está chorando por estar com fome— As
Felipe depois se um banho e comer alguma coisa, já que ele passou o dia inteiro sem comer, ele volta para o hospital, os pais de Helena ficaram com ela. Thiago ainda estava o esperando, e quando ele chega eles enfim conseguem conversar. — Parece que a ficha não caiu ainda — Felipe fala desanimado — Eu nunca esperei que os meus pais, que pareciam ser tão centrados, fossem capazes de tamanha confusão, ao ponto de minha mãe perder a própria vida — Felipe sente uma lágrima rolar — Minha mãe, eu sei que ela tinha inúmeros defeitos, mas era a minha mãe.— Você contou a Helena?— Não, eu preferi dizer que ela estava em estado grave, mas eu disse a verdade ao pai dela, e ele irá falar com ela de manhã — Felipe olha para o amigo — Confesso que eu estou preocupado é com a reação de Helena quando souber sobre a criança. Não sei como ela vai reagir. — Você vai mesmo, assumir essa criança como se fosse seu filho? — Sinceramente eu não tenho certeza se essa é a melhor decisão, mas não vejo outro