Felipe e Helena estavam no quarto do hospital, aguardando a visita do médico, Helena estava ansiosa para poder ir para casa, queria saber como Gustavo estava se comportando. Felipe estava colocando o filho no berço quando recebem uma visita inesperada. Felipe ao ver quem entrava no quarto, após bater à porta, sentiu um alívio tão grande que parecia que um peso saia de suas costas. — Pai?! — Augusto parecia ser uma outra pessoa, estava com roupas esporte e barba por fazer, de uma certa forma parecia ser mais jovem sem as roupas formais que costumava usar. — Oi Felipe, parabéns pelo nascimento do seu filho — Augusto abraça o filho — Eu sinto muito por tudo que aconteceu. — Felipe recebe o abraço do pai — Quando o senhor chegou?— Vim direto do aeroporto. Me desculpe por ter sido um covarde. — Augusto olha para Helena — Obrigada por ter apoiado os meus filhos.Helena não consegue responder o sogro, a vontade que tinha era falar uma boas verdades para ele, o que ele menos merecia era a
Desde que Augusto foi embora estave ciente de tudo o que acontecia com todos, através do seu assistente. Ele só evitava atender as ligações de Felipe por saber que ele iria cobrá-lo para que voltasse, mas ainda não se sentia preparado para voltar. Quando soube do acidente de Letícia, não se sentiu triste ao saber de sua morte, a verdade é que, se sentiu aliviado por saber que ela não mais iria interferir na sua vida, mas isso ele não era capaz de dizer a ninguém. Decidiu voltar quando soube que Helena tinha ido para o hospital, não foi capaz de adiar por mais tempo o seu retorno ao Brasil, já havia sobrecarregado demais Felipe. Estava na hora de enfrentar os erros cometidos e assumi-los.Para ele foi um alivio Bruna acordar, precisava conversar com ela e decidirem sobre a criança que era filho deles, iria fazer o teste de DNA e daria o seu nome a criança, não causaria mais problemas para Felipe, assumiria para todos que era o pai daquela criança. Ao ver a falta de amor de Bruna pelo p
Bruna ao receber a visita do médico, fica sabendo que teria que ficar mais alguns dias hospitalizada, para realizar alguns exames e fazer fisioterapia. Depois que o médico sai, Felipe logo entra e encontra Bruna pensativa.— Oi, Bruna. Como você está?— Oi Felipe — Ela fica o olhando, ela estava ali naquele hospital por acreditar que um filho faria com que aquele que estava a sua frente a aceitasse como mulher — Vou ficar bem, em breve estarei fora desse maldito hospital.— Estou feliz por ter acordado.— Obrigada por vir me ver todos os dias.— Espero que não confunda o que eu fiz, eu apenas precisava que acordasse.— Como está a criança? — O seu filho está bem, mas precisamos resolver a questão dele. Espero que você e meu pai cheguem a uma conclusão sobre o que fazer. — Foi um erro eu ter tido essa criança, hoje eu sei que o meu maior erro foi ter acreditado nas palavras de sua mãe, devia saber que nem um filho faria você me aceitar ...— Deveria ter pensado nisso antes de seguir
Helena estava no escritório trabalhando de casa, quando entra uma jovem com um bebê chorando no colo.— Oi filho, o que foi? — Helena se levanta para pegar o filho que chorava.— Acho que ele está com saudade da mamãe dele, por isso o trouxe aqui para te ver. — Helena trabalhava de casa, ia a empresa apenas quando tinha reuniões. — Pode deixar Clara, eu vou dar o almoço dele hoje — Miguel estava com seis meses e já se alimentava de papinhas — Você está um homenzinho muito lindo filho. Helena deixa o que estava fazendo para dá atenção ao filho, que logo para de chorar por estar no colo da mãe. Ele tinha babá, mas Helena adorava dar atenção ao filho, Felipe também estava sendo um pai muito presente, Miguel já conhecia a voz do pai, que sempre que chegava da empresa o pegava no colo para o mimar um pouco. As vezes Helena nem acreditava que aquele fosse o mesmo Felipe que conheceu um dia, que gritava, xingava e brigava com todos, e o pior, não lhe dava nenhuma atenção antes de ficarem
Helena estava no salão de belezq, tinha decidido cortar os seus cabelos, deixaria eles curtos. Tomou essa decisão por tê-lo que usar sempre preso, por causa de Miguel que adorava os puxar. Ao sair do salão se depara com alguém que não lhe agrada, Bruna a olha de cima em baixo e Helena tenta passar por ela que a segura pelo braço. — Se não me soltar, corre o risco de precisar engessar esse seu braço — Helena olha para a mão que segura o seu braço, antes de olhar para a cara daquela que tinha um olhar altivo.— Parabéns você ganhou, só queria te dar os parabéns.— Não precisa se dar ao trabalho de me parabenizar, não há necessidade para isso. — Helena olha novamente para a mão que segura o seu braço. — Agora me solta que já estou perdendo a paciência. — Bruna a solta, pois não estava disposta a passar vergonha na frente das pessoas. — Helena, eu sei que Felipe te ama, só não sei o que você tem para tê-lo conquistado e o mudado como fez, pois ele hoje parece que só tem olhos para você,
Helena e Felipe estavam no parque com os filhos que brincavam sentados em uma manta ao ao lado deles.— Mamãe, água. Helena da água a filha que se molha um pouco, ela a seca antes de guardar o seu copinho.— Vem Miguel, beber água também. — Ela faz a mesma coisa com o filho mais velho.Aos finais de semana a familia sempre saia para fazerem algo juntos, fosse para ir ao cinema, no parque de diversão, ou mesmo fazer um piquenique como estavam fazendo. Helena engravidou pela segunda vez quando Miguel estava com três anos, deu a luz a Nicole que nasceu como o irmão, parecida com o pai. Gustavo as vezes se juntava aos sobrinhos para brincarem juntos, Helena achava estranho tio e sobrinho serem da mesma idade, a verdade é que eles pareciam mais serem irmãos pela semelhança. — Vem Nicole, vamos no balanço.— Cuidado com a sua irmã, ela ainda é muito pequena. — Nicole estava com três anos e Miguel logo faria sete anos e Helena recomenda mesmo o balanço ficando praticamente ao lado deles.—
Uma chuva fina caia naquela noite, Helena é capaz de escutar o tic-tac do relógio da sala, já perdeu a conta de quantas vezes olhou pela janela com a esperança de ver um farol se aproximando, ou mesmo um carro estacionando. Mais nenhum sinal do marido, não era a primeira vez que isso acontecia, mas ela não conseguia se acostumar com essas demoras, provavelmente chegaria com um cheiro de perfume diferente, mas ela não perdia mais tempo questionando, já que ele nunca respondia. 'Três anos casada com quem não me ama' ela pensa enxugando uma lágrima que teima em descer por seu rosto, a verdade é que se sentia cansada de insistir nesse casamento sem perspectiva. Será que valia a pena sacrificar o seu amor próprio por um homem que só a via como um objeto sexual, talvez tenha aceitado por muito tempo essa situação, fazendo com que ele se acomodase com a facilidade que tinha em tê-la sempre disponível para ele. Helena conheceu Felipe quando fez estágio em sua empresa de publicidade e marketi
Alguns anos antes.Felipe estava procurando uma modelo para a sua agência, que crescia cada dia mais com novos clientes e bons contratos, com 27 anos era considerado um homem de sucesso. Sempre a frente das necessidades da empresa, resolveu ele mesmo escolher a modelo que seria a imagem de sua empresa. Teria que ser linda, elegante e inteligente. Karen foi uma das candidatas, e ao vê-la, Felipe teve a certeza que beleza e elegância ela tinha, só precisava entrevistá-la para saber se preenchia o terceiro requisito, inteligência. Não ficou surpreso quando soube que ela era formada em jornalismo, pois respondeu a todas as perguntas com clareza e simpatia. Karen era a modelo que ele procurava, mas o envolvimento deles logo mudou do profissional para o pessoal, em poucos meses eles já estavam namorando e não muito tempo depois estavam fazendo juras de amor no altar. Mas o que eles descobriram depois de se casarem é que se entendiam mais quando eram apenas namorados. No primeiro mês já esta