Helena estava muito atrasada e decide ir de taxi para o trabalho, não sabe ainda qual será o seu salário, mas com certeza seria muito melhor do que a ajuda de custo que ganhava como estagiária, além de ter direito aos benefícios que a empresa oferecia.
— Bom Dia Daniela, me desculpe pelo atraso, mas precisei resolver um assunto antes de vir.— Bom Dia Helena! Felipe pediu para que levasse o café dele assim que chegasse — Daniela sorri — Provavelmente, também está querendo um beijo de bom dia.— Deixe de ser boba. — Helena fala rindo, guardando as suas coisas para poder ir na copa preparar o café dele.— Agora eu descobri porque ele te notou. Você fica muito diferente sem aquelas roupas que escondem a sua beleza.— Não exagere...— Helena você é muito bonita, mas convenhamos, aquelas roupas não ajudava nadinha. — O telefone na mesa de Daniela toca — O chefe — Fala rindo — Pronto!— Se Helena já chegou mande ela trazer o meu café e deixar de conversa.— Sim senhor. — Daniela ri ao desligar o telefone — Acho que até você ouviu, vá logo acalmar o chefe com um beijinho.Helena corre até a copa para preparar o café, não vai dá motivos a ele para chamar a sua atenção. Assim que Helena entra no escritório é agarrada pelo "chefe", que a faz quase derrubar o café.— Não me canso de você sabia? — Ele a abraça depois de por o café na mesa.— Bom Dia senhor Felipe, acho melhor tomar o seu café antes que esfrie.— Bom Dia, minha gostosa. Quero o meu beijo de bom dia.— Eu já te dei...— Eu não te vi hoje ainda, esqueceu? — Ele pisca para ela e a beija de novo.Não passa de beijos, eles se recompõe e Felipe se senta em seu lugar, abrindo uma gaveta e pegando um documento. Ele pega uma pasta onde está o documento contendo os termos do acordo e estende para ela.— Leia com atenção e se concordar apenas assine. Marcaremos a data do casamento, assim que você assinar— Não sei se isso vai funcionar... — Helena se sente indecisa, o coração diz sim, a razão diz para ela cair fora de um casamento baseado em sexo.— Você disse que me ama e que queria que eu fosse o seu marido, o que mudou de ontem para hoje? — 'O lugar. Ontem eu estava no seu quarto com você enterrado em mim, hoje eu estou em seu escritório com você sentado em sua mesa' Helena pensa.— Eu vou ler... mas em relação aos meus pais, eles talvez não entendam um casamento assim de repente.— Eu irei falar com eles, já estive pensando sobre isso, diremos que estamos apaixonados e que queremos nos casar, já que trabalhamos juntos, não há motivos de ficarmos longe.— Tudo bem, eu vou ler com calma. Preciso ter certeza da minha resposta — Helena sai do escritório pensativa e ela ainda nem leu os termos que consta no acordo.Quando Helena se aproxima de sua mesa Daniela já estava indócil querendo saber como foi o bom dia do casal.— O que houve? Porquê essa cara? — Daniela pergunta morrendo de curiosidade.— Felipe quer se casar comigo.— O que!? Como assim!? Já!? Casamento é algo muito sério.— Eu sei, por isso não sei o que fazer...— Que pasta é essa?— São os termos para esse casamento, já que ele não me ama.— Se ele não te ama, porquê a história de casamento? — Daniela pergunta incrédula.— Talvez para afastar as mulheres do pé dele — Helena dá de ombros.— Mas e você? Você sente alguma coisa por ele, isso é, além de tesão é claro.— Eu o amo, sempre fui apaixonada por ele, um um amor platônico já que eu o olhava incansavelmente e o namorava de longe, mesmo quando ainda era casado com aquela loira exuberante.— Menina, me diga que está brincando. — Daniela põe as mãos na boca sem acreditar no que a amiga acaba de dizer.— Queria eu está brincando. Quer saber a verdade, fui eu quem me ofereci a ele, queria alguns momentos com ele, o queria ao menos para realizar o meu sonho de estar com ele.— Pelo jeito você soube fazer direitinho já que o deixou gamado.— Ele apenas gosta de fazer sexo comigo.—Isso é ruim? Já é um ponto a seu favor, já que não irá querer ter outra na rua.—Você acha isso mesmo? — Helena pergunta esperançosa.— Helena muitas traições acontecem pela falta de compatibilidade do casal na cama, sei que em alguns casos é porque o homem ou a mulher são sáfados mesmo.— Eu disse sim por isso ele fez o contrato...— Você já deu a resposta? Safadinha — Daniela fala rindo.—Não foi bem uma resposta consciente, já que estávamos transando e tudo o que eu pensava era "quero que ele seja o meu homem". Parece doideira, mas é a verdade.—Vamos ver os termos que estão aí —Daniela move a sua cadeira para perto de Helena, mas não conseguem nem abrir a pasta.—Eu te dei uma ajudante para ajudar no trabalho e não uma dama de companhia para ficarem conversando o dia inteiro.— Me desculpe Sr Felipe. — Daniela volta com a cadeirabpara o seu lugar.— Onde estão os documentos que eu te pedi há mais de meia hora?— Já irei levá-los —Elas estavam tão entretidas na conversa que nem perceberam a aproximação dele.Daniela acaba de organizar os documentos e vai até a sala dele entregar.— Helena está ocupada?— Está redigindo um documento. Quer que ela venha aqui —Felipe a olha com os olhos azuis semiserrados — Com licença. — Daniela foge apressada da sala.— O que você fez para deixá-lo zangado? — Pergunta se sentando em sua mesa.— Eu? — Helena a olha sem entender — Que eu saiba nada.Já era o fim da tarde quando chega uma morena de cabelos até o meio das costas, olhos verdes e com um vestido que mostrava as suas curvas, usava uma sandália de salto agulha de dar inveja a quem não conseguisse se equilibrar sobre eles.— Oi Daniela, Felipe está me esperando.— Vou avisar que chegou, senhorita Bruna.— Não precisa, obrigada. — Helena olha aquela mulher linda e maravilhosa gingado com toda elegância indo ao encontro daquele que disse querer ser o seu marido.— Quem é a lambisgoia? — Pergunta com raiva.— Bruna e um sobrenome muito difícil para eu tentar falar — Daniela fala rindo — eles costumam jantar juntos, mas ela raramente vem aqui, até estranhei a aparição dela.— Vou buscar os documentos que levou mais cedo para ele. — Helena fala se ponde de pé.— Isso mesmo gatinha, marque o território — Daniela fala incentivando a amiga.Helena bate na porta, mas não obtém resposta, bate mais uma vez e entra, mesmo sem ouvir a palavrinha mágica "entre". Encontra Felipe sentado no sofá com a tal Bruna sentada ao seu lado, estão de mãos dadas e Helena sente vontade de esganar os dois.— Com licença senhor Felipe, vim buscar os documentos que lhe foram entregues mais cedo. — Estão em cima da minha mesa, é só os pegar. — Responde sem olhar para ela, mas Helena ao invés de pegar os documentos e sair, fica olhando pasta por pasta sem ler uma única palavra. — Algum problema? — Felipe pergunta a olhando sério.'Queria apenas chamar a sua atenção, seu idiota' Helena pensa e o olha com cara de desentendida.— Estou verificando se estão todos assinados. — Responde inocentemente.— Funcionária nova? — Bruna pergunta cruzando as pernas, revelando quase a calcinha 'vadia' Helena olha para as pernas da modelo e para a cara de Felipe que parecia está se divertindo com toda a situação. Helena ajeita o óculos e coloca o cabelo inexist
Helena o empurra com raiva, ela jamais o deixaria brincar com os seus sentimentos. Ele sabia que ela gostava dele, pois havia lhe confessado os seus sentimentos. Felipe não tinha o direito de se aproveitar disso, esfregando na cara dela que ela era substituível. Ele, com certeza, tinha ciência que despertaria ciúmes nela, mas mesmo assim ele levou a tal de Bruna para o seu escritório e namoraram ali, como se ela não estivesse sentada do lado de fora da sala, e ainda por cima, queria que ela ficasse esperando para ver a cara de satisfação dos dois, talvez ele ainda tivesse a coragem de chamá-la para dormir com ele. — Não sou seu brinquedo Felipe, não confunda as coisas. Não vou deixar você brincar comigo. — Ela sai da sala e vai direto para o banheiro, já que o seu batom estava todo borrado. Não sentia vontade de chorar, a única vontade que sentia no momento, era dá na cara dele, tamanho era a sua raiva. Felipe queria apenas fazer Helena sentir ciúmes para que ela pudesse aceitar ma
Helena estava indo para o ponto do ônibus quando o seu telefone toca "Felipe". Ela pensa em não atender, mas sabe que ele vai continuar insistindo. — O que você quer? — Pergunta sem muita paciência.— Onde você está? — Pergunta Felipe sem lhe dar confiança.— No ônibus. — Mente na cara dura.— Desce e me passa a localizacao, eu preciso conversar com você. — Acho que não temos nada para conversar.— Prometo que será a nossa última conversa, se assim você desejar, é claro. — Helena é capaz de vê-lo com um sorriso zombeteiro nos lábios.— Tudo bem, eu estava indo para o ponto de... — Antes que ela termine de falar Felipe para o carro a sua frente.Depois que ela entra no carro ele segue sem nem lhe dirigir uma palavra, logo ele entra na garagem do prédio onde mora. — Não havia necessidade de me trazer ao seu apartamento. — Helena cruza os braços, se negando a sair do carro. —Deixe de bobagem, vamos apenas conversar, prometo que não vou te tocar. Felipe desce do carro e a espera pert
Helena, por um momento, não sabe o que dizer. Dúvidas tentam a impedir de aceitar a louca proposta de se casar com alguém que só a quer na cama e não no coração, será que está preparada para enfrentar um casamento assim? Se pergunta. — Me desculpe se demonstro ser uma pessoa fria, mas eu prefiro ser honesto com você agora, para não haver cobranças amanhã. Não quero te fazer juras de amor e depois te decepcionar por não conseguir corresponder. Não prometo nada, apenas ser fiel, não terei relações com mais ninguém além de você, sexo será apenas com você, pois sabe o quanto me satisfaz. Somos perfeitos na cama, adoro quando está totalmente entregue em meus braços, adoro ouvir os seus gemidos que são como canções afrodisíacas aos meus ouvidos. Mas isso é tudo, como eu te disse, não sei até quando esse encanto irá durar. Eu só sei que não quero deixar você ir, não quero me privar de você, de sua boca, de seu toque, do seu corpo, você se tornou um vício para mim. — Não posso ser apenas a
Quando eles voltaram da lua de mel Helena entrou na auto escola, segundo Felipe ela precisava aprender a dirigir para ter o seu próprio carro, e assim ele fez, assim que ela passou nos exames, lhe presenteou com um carro lindo e moderno. Na hora de estreiar o carro, ela estreiou com Daniela que já sabia dirigir e já tinha o seu próprio carro, mas quis se juntar a amiga. — Onde está Felipe? — Daniela perguntou quando Helena chega na casa dela para buscá-la. — Eu nem imagino. Como estava no contrato ele sai sem se preocupar em me dizer onde está indo. — Você não pergunta? — Prefiro não perguntar e sair também. — Ela olha para Daniela e sorri, mesmo que não esteja tão feliz assim — Vamos aproveitar que Murilo está trabalhando, e curtir o dia, hoje é tudo por minha conta. — Huhu... então vamos embora curtir o carrão que ganhou do marido "bonzinho" — Daniela faz aspas com os dedos para o bonzinho.Depois de almoçarem em um restaurante a beira mar em Copacabana, elas seguem para o Corc
No aniversário de um ano de casados, Helena pensou que Felipe se lembraria da data e resolveu fazer uma surpresa. Antes de ir embora ela passa no escritório dele e pede para que não chegue tão tarde em casa. Ela prepara um jantar especial e arruma uma linda mesa para dois, vestiu uma lingerie nova e um longo vermelho com um ousado decote. Espera ansiosa por ele, afinal era o primeiro aniversário de casamento, mas as horas se passam e é madrugada quando Felipe chega. A mesa ainda está do mesmo jeito e o vestido jogado na poltrona no quarto. Felipe havia se esquecido da data, só lembrou quando viu a mesa arrumada ao entrar em casa. Quando chega no quarto vê Helena acordada, mas ela não diz uma única palavra. Felipe prefere não tocar no assunto, de nada adiantaria pedir desculpas por ter esquecido da data. Depois de tomar um banho ele se deita ao lado dela e a puxa para si, mas dessa vez ela diz não está se sentindo bem, alegando está com cólica lhe vira as costas. Pela primeira, e únic
A primeira discussão só fez eles se afastarem mais um pouco. Helena não queria se divorciar, mesmo já estando cansada do desprezo do marido, onde ele só a olhava na cama e quando alguém a olhava de forma diferente, que ele encontrava motivos de gritar com ela, e as discussões sempre acabavam na cama.Helena tentava um diálogo, mas nem mesmo no trabalho era possível, já que só falavam assuntos relacionados ao trabalho, era como se eles não fossem casados, nunca houve uma comemoração de aniversário de casamento. Nos aniversários de Helena ela passava com os pais e os amigos, os pais dela nem perguntavam mais por ele. Diana ainda tentou conversar com a filha, mas Helena disse está tudo bem. — Eu só não quero que você esteja infeliz.— Eu não estou mamãe, a gente tem as nossas diferenças, mas conseguimos nos entender, eu amo o meu marido e sou feliz por está casada com ele. Entre sexos e discussões, eles completaram três anos de casados, Helena conheceu a família dele em uma festa da em
Felipe anda de uma lado para o outro, 'como assim ela vai embora, ela não pode fazer isso' Ele liga para o amigo avisando que não poderá ir a festa que haviam planejado em um iate, ele pensa em ligar para Bruna, já que havia combinado com ela de se verem, mas muda de ideia, que ela esperasse. Quando Helena sai do banheiro tem os olhos vermelhos, assim como o nariz. Ela não esperava encontrar Felipe no meio do quarto, como se estivesse esperando ela sair do banheiro. — Helena...— Por favor Felipe... — Ela não consegue esconder a voz rouca pelo choro. — Helena me escute. — Nada do que disser apagará o que eu precisei suportar por três anos. — Ela fica de frente para ele — Eu não estou te culpando, a mais errada de toda a história fui eu mesma, por achar que te amar era o suficiente.— Você ainda me ama? — Felipe pergunta ansioso, com medo da resposta.— Isso não importa mais. — Ela se afasta entrando no closet, ela pega uma calça jeans e veste, decide por o bendito sutiã, já estava