Após a trágica perda dos pais, Lana Martins se vê obrigada a assumir a responsabilidade pela irmã de apenas 5 anos. Para garantir a custódia da menina, ela é forçada a tomar decisões difíceis, aceitando trabalhos arriscados, como o de acompanhante, e um contrato inesperado: fingir ser a noiva de Daniel Navarro, um completo desconhecido. Daniel, por sua vez, enfrenta um dilema pessoal. Sua namorada de longa data termina o relacionamento a poucos dias do casamento de seu irmão, onde ela também estará presente. Para evitar um confronto constrangedor e manter as aparências, ele propõe a Lana que finja ser sua noiva. No meio de segredos e situações inusitadas, será que Lana e Daniel descobrirão o amor verdadeiro onde menos esperam? Uma história envolvente sobre sacrifício, encontros inesperados e a busca por um lar. --------- Copyright © 2024 - G.S Oliveira Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação ou quaisquer sistemas de armazenamento e recuperação de informação, sem permissão por escrita da autora 😉 ISBN nº 978-65-01-23795-4
Ler maisLANA MARTINSCinco anos se passaram, e é quase inacreditável ver o quanto tudo mudou. Ana, agora com 12 anos, parece tão diferente daquela garotinha travessa de antes. Ela e Nina, com seus cinco anos, se tornaram as melhores amigas, inseparáveis. Ver as duas juntas — Ana sempre a tia protetora e Nina, com sua energia contagiante — me enche de alegria como mãe e irmã. A convivência entre elas é um presente diário, e a cada dia essa relação cresce de um jeito lindo.E quanto a mim? A cada dia ao lado de Daniel, sinto que a felicidade se multiplica. Estou grávida novamente, esperando nosso segundo filho, um menino, e a ideia de ser mãe outra vez me traz uma sensação de plenitude que quase não consigo descrever. O tempo voou, mas trouxe tudo o que eu sempre sonhei: uma famíli
LANA MARTINSO dia do casamento chega com uma ansiedade quase sufocante. Minhas mãos estão geladas, o coração acelerado, mas o sorriso não sai do rosto. Clara está ao meu lado, ajustando o véu, enquanto Ana, em seu vestido de dama de honra, não consegue parar quieta, cheia de energia.— Você está linda, Lana! — Diz Clara, dando um passo atrás para me observar. — Nunca te vi tão radiante.— Eu... nem sei o que dizer, Clara. — Sorrio timidamente, tentando controlar o nervosismo. — Tudo aconteceu tão rápido. Parece que ontem eu estava no hospital, sem saber se conseguiria viver para ver esse dia.Ela me olha com ternura e toca meu rosto. DANIEL NAVARROO dia em que Lana acordou mudou tudo. Quando ela abriu os olhos, senti como se o mundo tivesse ganhado uma segunda chance, uma nova energia, e nós também. Não só como casal, mas como uma família. O alívio de vê-la ali, de volta, é como um peso saindo dos meus ombros. Mas há algo que ainda me consome: eu quero pedir Lana em casamento. Depois de tudo o que ela lutou, depois de tudo o que enfrentamos juntos, sei que é a hora certa. Estou pronto.Antes mesmo dela voltar para casa, começo a planejar. A primeira pessoa em quem penso para ajudar é Lucas. Ele entende a urgência e a emoção que eu sinto. Quando conto meu plano, ele me lança aquele sorriso debochado, o mesmo de sempre.— Você e seus planos, irmão. — Zomba, mas vejo em seu olhar que ele está torcendo por mim.No dia em queCapítulo 30: Um Passo de Cada Vez
LANA MARTINSEstou em um espaço estranho, envolta em uma mistura de escuridão e luz, como se estivesse flutuando entre dois mundos. Fragmentos de vozes ecoam ao meu redor, mas parecem tão distantes, como se o mundo inteiro estivesse a milhas de distância. O peso no meu peito se dissipou, mas uma dor surda ainda persiste — algo que não consigo identificar completamente. Minha mente se perde entre realidade e desconhecido, sem noção exata de onde estou ou do que está acontecendo.Quando finalmente desperto completamente, a confusão me invade. Estou num hospital; os monitores emitem sons metálicos ao meu redor, e a dor, agora mais real, parece fazer parte de mim. Algo mudou, mas o medo ainda me consome. Onde está Daniel? E minha filha?O tempo parece congelado
LANA MARTINSMeus dias na casa de Daniel começam a ganhar um ritmo próprio. Entre consultas médicas, repouso e os preparativos para a chegada de Nina, cada dia segue um padrão familiar, mas eu sinto que algo está mudando. É uma sensação boa, como se, finalmente, eu estivesse me preparando para algo maior do que imaginava.Certa manhã, a arquiteta chega com amostras de cores e tecidos para o quarto da bebê. Daniel a acompanha enquanto ela me mostra as opções, seus olhos atentos a cada detalhe, como se tudo fosse essencial. Tento disfarçar, mas não consigo evitar a emoção. Ver tudo tomando forma é um sinal claro de que uma nova fase está prestes a começar.— O que acha dessa cor? — A arquiteta perg
DANIEL NAVARRONa manhã seguinte, ainda sentindo o impacto da noite na biblioteca, dirijo-me à casa de Lana com uma sensação de renovação. Chegando lá, encontro-a penteando o cabelo de Ana, e a imagem mexe comigo de uma forma inesperada. Não posso evitar imaginar como ela seria uma mãe incrível.Lana me oferece um café, e aceito, aproveitando a desculpa para prolongar o tempo com ela. Enquanto ela prepara a bebida, uma pergunta me escapa, como se já estivesse ali há tempos, esperando para ser dita.— Então... estamos namorando? — Eento soar casual, meio brincalhão, embora a expectativa me traia um pouco.Ela dá uma risadinha, mas desvia o olhar, mostrando uma hesita&cced
LANA MARTINSO mês passa mais rápido do que eu espero. Quando percebo, já estou com seis meses de gravidez, e o prazo que dei a Daniel está se esgotando. Decido, enfim, que é hora de voltar para o Brasil. Sei que preciso encarar a realidade, o que significa enfrentar as consequências das minhas escolhas e, principalmente, as do passado.Chego a São Paulo com uma mistura de sentimentos. Estou nervosa por reviver tudo o que deixamos para trás, mas, ao mesmo tempo, aliviada por finalmente estar voltando para a cidade, perto de Daniel. Não é mais o mesmo, não mais para mim, mas ainda assim, ele é o pai da minha filha. E essa é a única certeza que tenho agora.Na noite que segue à minha chegada, Daniel me convida para um jantar na casa de seus pais. Hesito por um momento, lembrando-me do quanto essa situação pode ser desconfortável. Não sei c
LANA MARTINSO dia está quente, o sol b**e forte, mas nada disso parece me aquecer por dentro. Eu me sinto como se estivesse congelada, presa entre as escolhas do passado e as incertezas do futuro. Daniel está ali, à minha frente, com um semblante sério e determinado. Ele não parece disposto a recuar, e isso me deixa ainda mais inquieta.— Não vou te obrigar a voltar para São Paulo, Lana. — Ele diz, e suas palavras me atingem como uma lâmina afiada. — Mas eu vou ficar aqui em Madrid.Aquelas palavras ecoam em minha mente. Eu já sei que ele não vai embora tão facilmente. Mas isso não significa que eu vá permitir que ele seja uma constante em minha vida, não depois de tudo o que aconteceu.— Daniel, você não pode ficar aqui. Você tem sua vida, sua carreira... — Tento dizer, mas a verdade é que eu não tenho mais argumentos. A sensação de insegurança me engole. Ele não parece disposto a se afastar de mim, e eu não sei o que fazer com isso.— Não, Lana. — Me interrompe, seu olhar firme e se
DANIEL NAVARROA vejo ali, parada na minha frente, com os olhos fixos em mim e uma expressão de choque que parece me atravessar. A mistura de sentimentos que me consome é avassaladora—alívio, raiva, confusão. Tudo o que consigo pensar é que, finalmente, depois de tanto tempo, eu encontrei Lana. E a surpresa de vê-la grávida, com aquela barriga que grita tudo o que eu já deveria saber, faz meu coração apertar.Respiro fundo, tentando me controlar. O que mais quero, nesse momento, é arrancar tudo de dentro de mim, desabafar, entender o que aconteceu. Mas, principalmente, saber se aquele filho que ela carrega é meu.— Precisamos conversar sobre isso. — Minha voz sai mais grave do que eu imaginava, e eu aponto para sua barriga. — Esse bebê é meu, Lana?Vejo a mudança na expressão dela na hora. Seus olhos brilham com uma mistura de raiva e surpresa, e antes que ela consiga dizer qualquer coisa, ela dá um passo atrás. O olhar de fúria que ela me dá me atinge como um soco.— Como você pode se