Homem Perfeito

Homem PerfeitoPT

Romance
Nayla Quill  concluído
goodnovel16goodnovel
10
2 Avaliações
41Capítulos
3.1Kleituras
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Resumo
Índice

Luis se acha um mané. A namorada o largou porque, digamos, para poder continuar sendo uma vadia, só que solteira. Ele então decide se afastar de todas as garotas, menos da própria mãe, é claro (afinal, quem mais iria fazer o leitinho do bebê?! Brincadeirinha) e a amiga, Anna. Fora elas, o acesso de outras garotas a vida dele está terminantemente restrito, entendidos?! Nem preciso dizer que não deu certo. Preciso? Não! Logo na primeira aula de uma segunda-feira maçante, a novata Jessica Winters se aproxima dele. Ele de cara a detesta. É bem do tipinho metida popular que brevemente se tornaria BFF (e todos esses outros termos ridículos de pura falsidade) de menininhas como Christin, a ex namorada dele. Seria uma idiota que se acharia demais por ser socialmente aceita. E como foi que Greg, o melhor amigo de Luis disse? "É só questão de tempo e ela já tá de rolo com os jogadores do time, vira líder de torcida, participadora daquelas festas do Chad, 69 comigo." Basicamente isso.

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Denise Abreu
Adorei a história. Livro bem teen com lição de vida. Bem escrito e prendeu minha atenção! Estou ansiosa para ler mais livros dessa autora. Aliás, encerro mais uma leitura hj ...
2022-06-25 01:52:57
0
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stephany
achei muito injusto ela ter morrido eu chorei demais
2022-02-17 11:26:20
1
41 chapters
01
Quando abri os olhos e bati a mão no despertador do meu celular ultrapassado, pelo motivo que segundo mamãe é “Você é uma droga de filho, Luis!”, pensei que ainda devia estar dormindo. Sério, minha cama me envolvia com carícia, conforto, ternura… que merda de motivo me levaria a abandonar isso tudo pra encarar pessoas tão feias e sem graças enquanto ao mesmo tempo teria que escutar uma velha megera que sofre de falta de marido e desconta isso sem nem um pingo de delicadeza… em mim! Por que eu deixaria a Srta. Daisy para isso? Sim, eu batizei minha cama de Daisy.É claro que ainda não é levado a sério nenhum adolescente de 17 anos que faz rebeliões e manifestações por não querer abandonar a Daisy, mas confie em mim, o mundo evolui cada dia mais.Fiquei alguns minutos a mais do que dev
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02
— É, sou eu — me joguei no banco ao lado dela.Ela continuou me fitando, provavelmente esperando que eu perguntasse o nome dela.— Hã… sou Jessica. Jessica Hollys Winters — ela falou. Pude jurar que seus olhos brilharam, o que era meio idiota, considerando que o nome dela não tinha nada de mais.Se fosse Emma, Elizabeth, Angelina ou outro nome de atrizes perfeitas de Hollywood, eu até entenderia, mas era só Jessica, sem flashes. Seguiu minha linha de raciocínio?— Maneiro. — Fixei o olhar no batente de vidro da mesa.Ela parecia legal. Mas eu também achava Christin legal antes de ela sair se esfregando em outros.— Acabei de chegar do Texas — comentou ela. — Não conheço direito Ophelia. Acho que vai ser fera.Ergui os olhos.— Texas? Minha avó morou lá — falei. Então ela er
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03
Eu não estava lá muito acostumado a encarar garotas furiosas, já havia enfrentado algumas, mas isso não significava que eu me achava sortudo por isso e por naquele instante estar cara a cara com uma. Particularmente, eu preferia elas bem longe de mim, talvez enterradas em uma caixa de chumbo, seria excelente.— O quê? — perguntei surpreso.— Sei lá! Você anda por aí sendo estúpido com todo mundo, por causa da Christina? Isso é ridículo! Não é só você que tem problemas no mundo, tá ligado?Encarei Greg, confuso. Além de tudo ela era dramática. Só por que não dei bola pra ela, é isso mesmo?Antes que eu continuasse, ela se aproximou mais.— Anna está chorando no banheiro! Orgulhoso?!Ler mais
04
Me levantei, bocejei.— Tá legal, mas por que eu iria com você mesmo, lindinha? — indaguei sorrindo.Ela curvou a cabeça e abriu um sorrisinho.— Porque… estou mandando.— Fala sério, eu nem conheço você! Você bem podia ser… hm… uma maluca que coleciona pintos! E você invadiu minha casa… Como descobriu meu endereço?Ela deu de ombros, fez um muxoxo, e se sentou no parapeito da janela.— Moro na rua de trás, você sempre passa em frente a ela quando vai pra escola ou volta. Cigarros causam câncer, sabia? Que feio. — Ela trocou de lado. — Sua mãe sabe?Ah, que maravilha. Mais uma pessoa para cuidar da minha vida, super maneiro.— Mmmm, n&at
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05
Me fodi legal. Enquanto Jenn saiu praticamente sambando do 2° andar da minha casa, eu caí de bunda no chão.E ela só ficou rindo da minha cara.Primeiramente, ela tentou me ajudar a descer pelos galhos da árvore que chegava até a minha janela, só que não deu muito certo, nos primeiros 10 segundos em cima daquilo, eu caí e fiquei gemendo de dor. Cerca de um minuto depois, ouvi ela pular ao meu lado e ficar rindo da minha cara. Estendeu a mão e me ajudou a levantar.– Ha-ha-ha, muito engraçado – resmunguei, fazendo careta. – Eu podia ter quebrado alguma coisa!Enquanto isso, ela segurou o estômago, dando altas gargalhadas.– V-você caiu igual uma jaca! Acho que até uma jaca teria mais sorte.Cruzei os braços.

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06
– Winters, como você sabe desse lugar? Pensei que você tivesse acabado de chegar.Ela levantou o queixo, de modo desafiador.– Não trabalho com nomes – esboçou um sorriso.– E eu não sou um escravo – estendi a chave do carro e dei de ombros, ameaçando ir embora.Jenn agarrou meu ombro.– Tá, tá, tá. Na escola, os populares que você detesta falam desse lugar. É tipo, o lugar que nunca dorme. Pedi o endereço e aqui estou.Como eu nunca havia sabido daquele lugar morando minha vida inteira naquele fim de mundo? E por que Jenn agia como se fosse simplesmente comum ir pra lá de madrugada? Aliás, por que parecia tão comum para todos?!– Certo. Isso definitivamente não explica muita coisa. E você me trouxe aqui para...Ela se aproximou da mesa de sinuca, se encostando nela.Ler mais
07
Tudo bem acordar uma hora da manha, normal, porque só naquele momento eu tava descobrindo que todo mundo em Ophelia fazia aquilo. Mas muito pelo contrário, eu só queria estar na Daisy, dormindo, se é que você me entende.Jessica virava de uma vez, me encarando com desdém– Qual é o seu problema com uma vida social, Luis? – indagou.– Bem, se essa vida social incluir você, todos – falei sem pensar.Ela fez cara de ofendida, piscando sem parar e formando um beicinho com os lábios. Extremamente fofa, mesmo.Depois sua expressão mudou, ficando totalmente serena.–– Você só está com dor de cotovelo – falou com um sorrisinho de canto.E TINHA ALGUÉM QUE AINDA NÃO SABIA QUE ERA AQUI
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08
– Você falou palavrão – avisei.– Eu quis.– Jenn, você é uma garota.– Ah, meu Deus, eu nem sabia. Passei minha vida inteira sem tirar a roupa e olhar pra baixo, juro! – revirou os olhos. – E daí?– E eu sou um garoto.– É mesmo? Pensei que fosse um travesti.Meio cruel isso soou, meio cruel, só acho.– Jenn, é claro que eu topo fazer a peça com você! Faz tempo que eu não... você sabe... e nem é por causa disso, mas é que, acho que pode ser interessante.Jenn sorriu e quando ia responder, o professor voltou a falar e não parou mais antes que o sinal batesse.~~~ // ~~~No sábado, Jessica apareceu em casa depois do almoço. Havia prendido os fios ruivos em um rabo de cavalo, de um jeito largadinho, vestia jeans e camiseta e pela primeira vez d
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09
Os ensaios da peça ocorriam toda quarta e sábado, o que explicava porque em tão pouco tempo Jenn já havia se enfiado por lá. Ela havia chegado segunda na escola, e quarta já estava inclusa. A garota era tão social da vida que às vezes me deixava surpreso que ela perdesse tanto tempo comigo. Ela tinha um sorriso lindo, eu era um mané. Ela era feliz, eu era praticamente um eremita. Enquanto ela estava ligada em 220 na encruzilhada da vida entre o "viva" e "seja feliz", sendo que ela conseguia se desdobrar e atravessar as duas, eu estava deitado no meu quarto, embaixo das cobertas, reclamando do quanto minha vida era potencialmente ridícula. Só que aí estava a questão, Jenn era minha amiga, em apenas alguns dias, ela já era uma grande. Era como se estivesse me dando um banho de choque e me arrastado até a encruzilhada com ela. Na encruzilhada, eu havia decido segui-la
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10
Ela tocava as teclas delicadamente, enquanto encarava a janela a nossa frente fixamente. Às vezes fechava os olhos, mas parecia estar sempre tocando, sonhando acordada. Aquela melodia me provocava sensações estranhas e num impulso me sentei no banquinho ao lado de Jenn. Junto a ela, comecei a tocar Clair de Lune. Jenn me encarou com surpresa. Parou de tocar e focou os olhos em mim. Depois de vários minutos, terminei e ela sussurrou:— Não sabia que você tocava.Sorri.— Eu gosto de surpreender, porque geralmente é sempre você quem me surpreende.Ela sorriu e debruçou a cabeça no ombro. Eu quase conseguia sentir a tristeza dela, e isso me deixava mal.— Minha vizinha me ensinou a tocar — falei baixinho.Jenn demorou a voltar a falar, e quando falou,
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