Eva e Luke compartilham uma amizade inquebrável, mas uma noite de revelações transforma sua dinâmica para sempre. Entre risos compartilhados e segredos guardados, um desejo há muito reprimido se acende, desafiando tudo o que eles pensavam saber um sobre o outro. Enquanto mergulham em um romance ardente e proibido, enfrentam o dilema angustiante de arriscar sua amizade pela chance de um amor verdadeiro. Com o coração acelerado e os sentidos à flor da pele, Eva e Luke embarcam em uma jornada emocionante de descoberta, onde cada momento os aproxima mais ou os afasta irrevogavelmente. Prepare-se para uma montanha-russa de emoções, onde a amizade se transforma em paixão e cada página promete uma explosão de romance e desejo.
Ler maisLukeSete semanas depois, Eva e eu estávamos morando juntos. Eu não acreditava que a vida a dois poderia ser perfeita, mas estava enganado. Tínhamos os nossos pequenos desentendimentos por causa de bobagens, como: toalha molhada sobre a cama, tampa do vaso aberta, caneca suja sobre a mesa, entre outras coisas tolas. Mas, segundos depois, já estávamos nos braços um do outro, onde era o nosso lugar.Eva me ajudava com a parte financeira da Click Design & Publicidade. Ela era meu braço direito nos negócios e virava noites de fim semana trabalhando ao meu lado. Pouco a pouco, com o passar do tempo, estávamos conquistando o mercado e chegando ao topo.Deixei o nosso escritório no apartamento e caminhei para a sala. Eva estava terminando de montar a árvore de Natal. Aquele seria nosso segundo Natal no nosso lar e, pela primeira vez, receberíamos os familiares.Eu estava ansioso. Amber deixaria Anthony conosco durante todo o feriado até o réveillon, quando retornaria de Las Vegas com o namora
Luke Dois meses depois...De mãos dadas com Eva, deixamos o tribunal. Enfim, o julgamento contra Tiff havia terminado. O pai tentou livrar a cara do filho a todo custo, mas a justiça do homem foi feita. Ele pagaria por todos os crimes sexuais e de agressão que ficaram comprovados. Cinquenta e três anos de cadeia seria seu futuro. Cada um faz as suas escolhas.Jéssica cumpriu com aquilo que prometeu. Ela sorriu feliz e aliviada ao sair do tribunal. Não foi fácil descobrir sobre o que a filha havia passado. Era difícil para todos nós, menos para Arthur, que fez questão de não aparecer em nenhum dos julgamentos. Nem sequer ligou para a filha para saber como ela estava passando com tudo aquilo. Cretino! Mas o que era dele, a vida se encarregaria de lhe dar. E já estava lhe dando, começando pela multa que ele passaria o resto da vida pagando, pelo crime de venda de informações privadas. Sorte a sua não ter ido fazer companhia para Tiff em uma cela.Alguns dias depois, após visitar o meu p
Eva Acordei e senti o lado esquerdo da cama vazio. Abri os olhos e estava só no quarto. Levantei-me, vesti uma camisa sua e desci. Na cozinha, encontrei Luke escorado ao balcão, tomando café em uma xícara.— Bom dia. — Abracei-o e fui correspondida.Respirei fundo o seu cheiro de pós-banho e beijei o seu peitoral nu. Luke acariciou as minhas costas e beijou o topo da minha cabeça.— Senti saudade disso.— Eu também senti — ele respondeu.Respirou fundo com pesar e me apertou ainda mais nos seus braços. Percebi haver algo errado. Olhei-o.— O que tem de errado, Luke?— Não podemos, Eva. — Os seus olhos se encheram de lágrimas.O meu coração se partiu. Afastei-me um pouco e o encarei confusa.— Como assim? Claro que podemos, Luke! É o Will? Ele foi embora. Percebemos que não temos nada a ver um com o outro. Você é o meu par, Luke. Sempre foi! — disse desesperada.— Eva... Estou doente. Essa doença maldita está dentro de mim! A qualquer momento posso começar a me esquecer de tudo, esque
Eva Os dias decorreram e uma semana se foi. Pensei em mil coisas e em mil maneiras de procurar por Luke. Eu e a minha mãe voltamos para a nossa cidade. Passaríamos juntas o réveillon, mas com a companhia do Kurt, é claro. Ele era um cara incrível. Fazia a minha mãe rir o tempo todo e isso me deixava muito feliz.Era o último dia do ano. Faltavam exatamente uma hora para aquele ano acabar. Eu estava sentindo um misto maluco de ansiedade e angústia. Andava de um lado para o outro. Não conseguia me manter sentada. O meu corpo parecia estar vibrando em eletricidade.Em um rompante de um segundo, deixei a sala sem chamar a atenção dos dois, que riam baixinho de pé em frente à lareira. No hall, peguei a chave do meu carro, celular, o casaco e caminhei em direção à porta.— Aonde vai? — perguntou a minha mãe, vindo atrás de mim.— Desculpe, mãe. Mas eu preciso ir. — Beijei o seu rosto. — Feliz Ano-Novo.Saí rapidamente, sem lhe dar mais tempo para me questionar. Entrei no meu carro, liguei
EvaMais tarde, já na minha cama, uma batida soou do outro lado da porta. Ao abri-la, lá estava Will do outro lado. Sem esperar que eu dissesse nada, ele entrou e me surpreendeu com um beijo profundo que tinha gosto de desespero. Os seus braços me apertavam contra o seu corpo, como se a qualquer instante eu fosse desaparecer.Já estava quase sem fôlego quando ele se afastou soltando os meus lábios. Senti-me atordoada. Respirei fundo e o olhei espantada.— O que foi isso? — perguntei sem ar.Ele analisou-me meticulosamente, sem pressa. O seu olhar entristeceu.— Você não sente — constatou, aos sussurros.— Não sinto o quê? Do que está falando, Will?— Não sente por mim o que sente por ele.Desviei os meus olhos dos seus.— Will...— Eva, olhe para mim — pediu, interrompendo-me.Tomei coragem e o encarei.— Nunca vai me amar como o ama, eu sei. Posso sentir. E quer saber? Está tudo bem. — Acariciou o meu rosto.— Desculpe. — Os meus olhos se encheram de lágrimas.— Não tem que se descul
EvaÀ noite, depois do jantar, seguimos para a igreja. Após o culto, saímos e voltamos para casa. A minha avó estava ansiosa para nos servir dos biscoitos que passou a tarde fazendo. Ao descer do carro, com o Will no meu encalço e agarrado a minha cintura, encontrei Luke de pé na varanda da frente.— Luke... O que faz aqui? — perguntei ao me aproximar.A minha reação momentânea foi olhar para o Will. Ele não estava nem um pouco feliz vendo o meu ex-namorado ali.— Desculpe. Eu precisava vir até aqui. Preciso conversar com alguém. Preciso conversar com você, Eva.A minha avó e a minha mãe passaram por nós e entraram em casa após desejar um Feliz Natal para Luke. Will estava tenso e nos olhava de modo indecifrável. Ele se inclinou e sussurrou no meu ouvido:— Vou esperar você lá dentro.Assenti.Selou os meus lábios de modo possessivo, como se estivesse marcando o seu território, e depois beijou a minha testa. Luke virou o rosto para não olhar a cena. Will passou por ele e o encarou seg
Eva A véspera do Natal chegou e a única coisa que conseguia pensar, desde o dia que cheguei, era no Luke. Sorria só de me lembrar dele e dos momentos que tivemos juntos. Sempre que pensava em nós dois, sentia o meu peito literalmente se aquecer.— O tempo está mudando rápido. Fará bastante frio essa noite — disse Will sentando-se ao meu lado, no banco da varanda dos fundos da casa da minha avó.Ele me abraçou e beijou.— Ainda bem que tenho você para me esquentar. — Aconcheguei-me nele.— Não está feliz de estar aqui?— Claro que sim. Por que não estaria?— Você parece um pouco aérea. Tem se isolado desde que chegamos. Isso tem a ver em ter visto o McAlson?Desviei o meu olhar do seu. Tinha tudo a ver com o Luke, mas dizer isso para ele o magoaria. E não queria mentir. O que fazer?— Desculpe.Ele suspirou fundo e assentiu.— Eva... — chamou a minha avó. — O seu pai está na sala. Quer vê-la.Will e eu nos entreolhamos. Ele sabia de toda a minha história com o meu pai.— Vou ficar aqu
EvaAo chegarmos no campo de futebol, vi como o lugar estava abarrotado de gente. Ficamos ao canto, perto da arquibancada, e conhecemos mais alguns calouros escondidos ali.Alguns dos jogadores veteranos apareceram e quiseram nos arrastar para o meio do tumulto depois das inúmeras apresentações e discursos motivacionais de boas-vindas. Segundo eles, todo calouro passava por um trote de iniciação. Alinharam-nos um ao lado do outro sobre o gramado verde e então pegaram coolers cheios de água e gelo, entornando-os sobre nós e nos deixando completamente molhados. Depois da “iniciação”, caminhei até onde uma garota distribuía pequenas toalhas para uma tentativa frustrante de nos secar.— Obrigada — disse ao pegar uma toalha.— Eva?! — alguém me chamou, atraindo a minha atenção.Ao virar para trás, lá estava William Donson.— William... Oi! — Sorri ao ver um rosto conhecido.— Oi. Que bom ver você. — Beijou o meu rosto. — Na verdade, estava esperando vê-la esta noite. Como foi a mudança?—
Eva Amanheceu e, ao contrário do que eu esperava, não havia gritos ecoando pela casa. Levantei-me e saí do quarto ainda de pijama. Desci a escada vagarosamente e fui até a cozinha.— Bom dia, mãe.— Bom dia, Eva — desejou sem tirar os olhos do tablet que tinha à frente do seu rosto.— Como foi o baile? — Sentei-me à mesa.— Como todos os outros.Escutei passos e logo a voz do meu pai ecoou ao entrar na cozinha. Ele nos desejou um bom-dia e sentou-se à mesa, ao meu lado. Nem sequer tive coragem de olhá-lo. Pelo canto dos olhos, observei a minha mãe. Ela lentamente abaixou o tablet e o colocou sobre a mesa, à sua esquerda.— Arthur... — chamou-o.— Sim, querida.Ergui a cabeça e o olhei. Havia tanta falsidade no seu sorriso e tom de voz... Como era capaz? Como conseguia? Aquilo me dava nojo.— Quero que vá embora.Ele nem sequer a olhou, apenas gargalhou enquanto se servia de uma xícara de café.— Deixe de bobagens, Jéssica.— Arthur! — chamou a sua atenção em um tom severo e alto. Ele