Capítulo 43

Eva

Amanheceu e, ao contrário do que eu esperava, não havia gritos ecoando pela casa. Levantei-me e saí do quarto ainda de pijama. Desci a escada vagarosamente e fui até a cozinha.

— Bom dia, mãe.

— Bom dia, Eva — desejou sem tirar os olhos do tablet que tinha à frente do seu rosto.

— Como foi o baile? — Sentei-me à mesa.

— Como todos os outros.

Escutei passos e logo a voz do meu pai ecoou ao entrar na cozinha. Ele nos desejou um bom-dia e sentou-se à mesa, ao meu lado. Nem sequer tive coragem de olhá-lo. Pelo canto dos olhos, observei a minha mãe. Ela lentamente abaixou o tablet e o colocou sobre a mesa, à sua esquerda.

— Arthur... — chamou-o.

— Sim, querida.

Ergui a cabeça e o olhei. Havia tanta falsidade no seu sorriso e tom de voz... Como era capaz? Como conseguia? Aquilo me dava nojo.

— Quero que vá embora.

Ele nem sequer a olhou, apenas gargalhou enquanto se servia de uma xícara de café.

— Deixe de bobagens, Jéssica.

— Arthur! — chamou a sua atenção em um tom severo e alto. Ele
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