Domenic, agora com 20 anos de idade, tinha se tornado uma figura proeminente na máfia Bartoli. Seu talento e habilidade o haviam elevado ao posto de braço direito de Alex Bartoli, que se tornara o novo capo da família. Os anos de treinamento e experiência haviam moldado Domenic não apenas fisicamente, mas também em termos de liderança e estratégia.
Na véspera da cerimônia em que Alex seria oficialmente entronizado como capo, Domenic estava ocupado coordenando os últimos preparativos. Ele era conhecido dentro da família como "O Executor", um título conquistado por sua habilidade em resolver problemas de forma decisiva e eficaz.
Na manhã da cerimônia, enquanto supervisionava a segurança e a logística do evento, Domenic avistou Lorenzo, seu antigo mentor, entre os convidados. A lembrança das palavras não cumpridas de Lorenzo ainda queimava em sua mente. Quando Lorenzo se aproximou com um sorriso amistoso, Domenic se manteve reservado e frio.
— Domenic, meu rapaz, como você cresceu — disse Lorenzo, sua voz carregada de nostalgia e um leve toque de arrependimento.
Domenic olhou fixamente para ele por um momento antes de responder com um tom sério:
— Lorenzo. Você jurou que viria me buscar quando fui sequestrado. Mas você nunca apareceu.
Lorenzo baixou os olhos por um momento antes de erguê-los para encontrar o olhar firme de Domenic.
— Eu sei. E lamento profundamente por isso. Mas você se tornou forte, mais forte do que eu poderia imaginar. Vejo que você encontrou seu caminho aqui.
Domenic apenas assentiu, sua expressão impassível. Ele não estava pronto para perdoar Lorenzo, não depois de tudo o que passara.
— Eu prometi a mim mesmo que sobreviveria e prosperaria neste mundo — disse Domenic, finalmente quebrando o silêncio tenso. – E foi isso que fiz.
Lorenzo pareceu sentir o peso das palavras de Domenic, mas antes que pudesse responder, Alex apareceu para cumprimentar seu mentor.
— Lorenzo, que bom vê-lo aqui. Sente-se conosco durante a cerimônia — convidou Alex, interrompendo o momento tenso entre os dois homens.
Lorenzo assentiu, reconhecendo o gesto de reconciliação de Alex, e seguiu-o até o local onde a cerimônia seria realizada.
Domenic observou Lorenzo se afastar com Alex para o local da cerimônia. Enquanto caminhava pelos corredores da mansão Bartoli, ele refletia sobre o encontro tenso que acabara de ter com seu antigo mentor. As palavras não ditas ecoavam em sua mente, misturadas com lembranças dolorosas dos anos de sofrimento que havia enfrentado.
Ele se perguntava se algum dia seria capaz de perdoar Lorenzo por não ter cumprido a promessa feita anos atrás. A mágoa ainda era profunda, mas ele também reconhecia que Lorenzo, de certa forma, havia sido uma figura paterna em sua vida antes do sequestro.
Chegando ao local da cerimônia, Domenic viu Alex no centro das atenções, cercado por membros da família Bartoli e outros convidados importantes. Era um momento de celebração e legitimidade para Alex, que agora assumia formalmente o papel de líder da família.
Domenic se aproximou, assumindo seu lugar ao lado de Alex como seu braço direito. Ele sentiu uma mistura de orgulho e determinação enquanto observava seu amigo e líder sendo reconhecido por sua habilidade e liderança. Alex tinha sido um apoio constante para Domenic nos últimos anos, e agora era hora de retribuir esse apoio com lealdade e comprometimento.
Enquanto a cerimônia prosseguia e os discursos eram feitos em homenagem a Alex, Domenic não podia deixar de se sentir grato por estar ali, por ter encontrado um lar e uma família na máfia Bartoli. Apesar de todo o seu passado difícil, ele havia encontrado um propósito e uma comunidade onde podia verdadeiramente pertencer.
Quando a cerimônia chegou ao fim, Alex ergueu sua taça em direção a Domenic, capturando a atenção de todos os presentes na sala. Seu olhar era sério, carregado de gratidão e respeito.
— Meus amigos, família Bartoli, hoje é um dia de celebração não apenas pela minha ascensão como capo desta família, mas também pela contribuição incomparável de um homem que tem estado ao meu lado em todos os desafios, — começou Alex, sua voz firme ecoando pelo salão.
Ele voltou-se para Domenic, e seus olhos se encontraram com uma expressão de admiração genuína.
— Domenic, meu irmão de armas, sem você, nada disso seria possível. Sua coragem, habilidade e lealdade inabaláveis não só me inspiram, mas fortalecem nossa família Bartoli.
Os presentes aplaudiram calorosamente, reconhecendo os feitos de Domenic e sua importância para a família. Domenic recebeu o reconhecimento com humildade, sentindo-se honrado por estar ali, ao lado de Alex, em um momento tão significativo.
— Para Domenic, o Executor da nossa família!, — exclamou Alex, erguendo ainda mais sua taça em direção a Domenic.
Domenic levantou sua própria taça em resposta, sentindo uma mistura de gratidão e determinação. Ele sabia que tinha um papel vital na família Bartoli, e estava determinado a continuar a servir com dedicação e coragem.
Os aplausos e os sorrisos dos presentes confirmavam sua posição. Domenic olhou ao redor da sala, vendo rostos familiares, alguns admirados, outros respeitosos. Cada um ali representava um elo na corrente que era a família Bartoli, uma unidade poderosa e coesa na qual ele tinha um papel fundamental.
Alex, agora oficialmente o capo, ergueu a taça uma vez mais, seu olhar encontrando o de Domenic com uma mistura de camaradagem e confiança.
— Para a família Bartoli, que permanece forte e unida, e para um futuro de prosperidade e segurança!, — brindou Alex, concluindo o momento com uma nota de esperança e determinação.
Domenic sentiu um nó na garganta ao pensar em como tinha chegado até ali. Desde os dias sombrios de sua captura pela máfia Rivale até agora, havia trilhado um caminho de desafios, sacrifícios e conquistas. Cada cicatriz em seu corpo contava uma história, uma lembrança das batalhas vencidas e das provações superadas.
Ele prometeu a si mesmo que não falharia na responsabilidade que Alex depositara sobre ele. Era não apenas uma questão de honra, mas de dever para com aqueles que confiavam em sua liderança e proteção.
Domenic sabia que, apesar de sua dedicação à família Bartoli, seu passado como Castellano ainda tinha laços fortes. Ele se aproximou de Lorenzo, mantendo uma expressão séria enquanto mencionava Sofia, sua irmãzinha que não tinha sido envolvida nos mesmos eventos traumáticos que ele.
— Como está Sofia? — Domenic perguntou diretamente, sua voz firme e controlada, escondendo a tempestade de emoções que o assaltava internamente.
Lorenzo, o olhar grave e pensativo, respondeu com cuidado.
— Ela está bem, Domenic. Crescendo rápido. Ela sente sua falta.
A resposta cortou Domenic profundamente, lembrando-o de uma dor que ele mantinha trancada dentro de si desde que fora separado de sua família. A ideia de deixar a família Bartoli, que agora o acolhia como um dos seus, parecia quase traição, mas ele sabia que suas raízes eram profundas com os Castellanos.
— Você precisa voltar, Domenic — continuou Lorenzo, a voz cheia de apelo e um toque de autoridade paterna.
— Sofia precisa de você. Nós precisamos de você. Você é um Castellano.
Domenic ouviu as palavras de Lorenzo com um nó na garganta, lutando para equilibrar o dever com o desejo de ficar onde estava, onde tinha encontrado um propósito renovado e um senso de pertencimento. No entanto, a responsabilidade para com sua família de sangue pesava sobre ele.
— Eu prometi protegê-la — murmurou Domenic, mais para si mesmo do que para Lorenzo.
— E eu pretendo manter essa promessa.
A frieza em sua voz não escapou a Lorenzo, que baixou o olhar por um momento antes de erguê-lo novamente com determinação.
— Então, venha conosco, Domenic. Volte para casa — insistiu Lorenzo, estendendo a mão em um gesto de reconciliação e apoio.
Domenic olhou para Lorenzo, vendo nele não apenas um mentor, mas um elo com seu passado e seu futuro. Ele sabia que a decisão não seria fácil, mas era uma que ele não podia mais adiar. Antes de se comprometer, ele sentia que precisava discutir isso com Alex e Don, os homens que agora lideravam a família Bartoli.
Naquela noite, após a cerimônia, Domenic procurou Alex em seu escritório, onde encontrou seu antigo amigo e agora chefe, revisando documentos e mapas estratégicos da família.
— Alex — começou Domenic, sua voz carregada de seriedade.
— Precisamos conversar.
Alex ergueu os olhos, encontrando o olhar sério de Domenic. Ele assentiu, indicando a cadeira à frente de sua mesa.
— O que está te incomodando, Domenic? — perguntou Alex, sua expressão misturando preocupação e curiosidade.
Domenic respirou fundo antes de continuar.
— Lorenzo veio até mim esta noite — começou ele, escolhendo cuidadosamente suas palavras.
— Ele disse que é hora de eu voltar para os Castellanos. Para Sofia.
Alex ficou em silêncio por um momento, processando a informação. Ele sabia o quanto a família significava para Domenic, mas também sabia o valor que ele trouxera para a família Bartoli.
— Domenic, você tem sido fundamental para nós — disse Alex sinceramente.
— Sua lealdade e habilidades são inigualáveis. Não quero te perder.
Domenic abaixou o olhar por um momento, sentindo o peso da decisão.
— Eu também não quero deixar vocês — admitiu ele.
— Mas Sofia...
Alex assentiu, compreendendo a luta interna de Domenic.
— Você precisa fazer o que é certo, Domenic. Nós entendemos.
Após essa conversa, Domenic procurou Don, outro pilar da família Bartoli, cuja sabedoria e experiência eram respeitadas por todos. Sentaram-se juntos em um jardim tranquilo nos fundos da mansão, onde Don plantava suas próprias ervas e flores, encontrando paz na natureza.
— Don — começou Domenic, olhando para o homem mais velho com respeito.
— Lorenzo veio até mim.
Don assentiu, não surpreso.
— Ele quer que você volte para os Castellanos — completou ele.
Domenic assentiu lentamente.
— Eu sinto que devo, Don. Sofia precisa de mim.
Don olhou para Domenic com um olhar compassivo.
— Você está certo, Domenic. Sua família vem em primeiro lugar. Nós sempre estaremos aqui, não importa onde sua jornada o leve.
Aquelas palavras confortaram Domenic, mas ele sabia que o caminho à frente seria difícil. Ele se despediu de Don com um aperto de mão firme e voltou sua mente para as decisões que o aguardavam.
Na manhã seguinte, Domenic encontrou-se novamente diante de Lorenzo. Seus olhos se encontraram, e Domenic sabia que era hora de fazer sua escolha final.
— Lorenzo — começou Domenic, sua voz firme e determinada.
— Estou pronto para voltar.
Lorenzo assentiu, um sorriso suave cruzando seu rosto marcado pelo tempo.
— Você está fazendo a coisa certa, Domenic. Sua família vai se alegrar em tê-lo de volta.
Com um aceno solene, Domenic seguiu Lorenzo para o carro que os levaria de volta às terras dos Castellanos. Enquanto observava a paisagem passar pela janela, ele sabia que estava deixando para trás amigos valiosos, mas sua jornada de volta para casa era inevitável.
Nos corredores silenciosos da majestosa mansão Castellano, cujas paredes de pedra testemunhavam séculos de glória e obscuridade, o mordomo Vittorio percorria seu caminho com a elegância de um monarca solitário em seu reino sombrio. Seu rosto, esculpido pelas rugas do tempo e pela dor silenciosa, refletia a serenidade de quem conhecia os segredos mais profundos daquele lugar.Desde os tempos imemoriais, a mansão Castellano era o epicentro do poder e da intriga na região, um bastião sombrio onde as lealdades eram tão frágeis quanto a própria vida. E, no coração desse império de trevas, estava a família Castellano, cujo nome ecoava como um sinônimo de terror e respeito.Foi nesse cenário de grandiosidade e desolação que Giovanni e Isabella Castellano, os soberanos daquela fortaleza, tomaram uma decisão que moldaria o destino de seus filhos para sempre. Com apenas cinco anos de idade, Domenic, o primogênito, e sua irmã mais nova, Sofia, foram deixados aos cuidados de Vittorio, o fiel mord
A luz do sol filtrava-se pelas altas janelas com vitrais da mansão Castellano, desenhando padrões intricados no chão de mármore polido. O silêncio matinal era quebrado apenas pelo canto distante dos pássaros, criando uma atmosfera de tranquilidade que contrastava fortemente com o destino sombrio que aguardava o jovem Domenic Castellano. A vastidão da propriedade, cercada por densos bosques e colinas ondulantes, conferia uma sensação de isolamento absoluto, uma prisão dourada para o herdeiro de uma das famílias mafiosas mais poderosas da Itália.Vittorio, o mordomo fiel, estava na cozinha preparando o café da manhã para Domenic e Sofia. O aroma de café fresco e pão recém-assado preenchia o ar, criando um contraste reconfortante com o peso da responsabilidade que pairava sobre seus ombros. Vittorio sabia que, apesar da aparência serena da manhã, aquele dia marcaria o início de uma jornada árdua para Domenic.Domenic, com seus cinco anos, já demonstrava uma curiosidade inquieta e uma int
Enquanto a primavera avançava, o vento suave carregava o aroma das flores que começavam a desabrochar nos jardins da mansão Castellano. No entanto, dentro das paredes sombrias da mansão, a atmosfera era pesada com o peso da responsabilidade e do treinamento incansável. Domenic, agora com quase seis anos, enfrentava cada dia com uma determinação feroz, absorvendo cada lição como se sua vida dependesse disso – e, de certa forma, dependia.O treinamento de Domenic havia evoluído significativamente. Seus movimentos com o bastão de madeira tinham se tornado fluidos e precisos, e Lorenzo decidiu que era hora de introduzir armas mais reais e letais. A primeira arma que Domenic aprenderia a manejar era uma adaga, escolhida por sua versatilidade e facilidade de uso em combate corpo a corpo.Lorenzo colocou a adaga na mão de Domenic, seu olhar grave e firme. O peso frio do metal na mão pequena de Domenic era um lembrete constante da seriedade de seu treinamento.– A adaga, Domenic – começou Lor
A manhã estava envolta em uma névoa suave quando Domenic saiu para o pátio da mansão, onde o treinamento diário estava prestes a começar. Ele havia passado os últimos meses mergulhado em um regime rigoroso de treinamento físico e mental, aprimorando suas habilidades de combate e desenvolvendo uma disciplina férrea. A determinação de Domenic se refletia em cada movimento, em cada golpe que praticava.Lorenzo estava no centro do pátio, aguardando-o com uma expressão séria. Ele segurava duas espadas de madeira, entregando uma a Domenic assim que ele se aproximou. O garoto segurou a espada com firmeza, seus olhos fixos no mentor.– Hoje – disse Lorenzo, ajustando a posição da espada – vamos testar tudo o que você aprendeu até agora. Estarei lutando com você, então não se contenha.Domenic assentiu, ciente da importância daquele momento. Ele estava ansioso para mostrar a Lorenzo o quanto havia evoluído, mas também sabia que seria uma luta difícil. Lorenzo era um guerreiro experiente, e Dom
O sol nascente lançava um brilho dourado sobre a vasta mansão e seus terrenos. O dia começava como qualquer outro, mas havia uma tensão no ar que Domenic não conseguia identificar. Vittorio e Lorenzo estavam especialmente silenciosos, e havia uma gravidade nas ações de todos ao seu redor.Lorenzo chamou Domenic ao pátio, mas, desta vez, o cenário era diferente. Em vez do campo aberto onde treinavam, havia uma pequena cabana de madeira, robusta e imponente, isolada do resto da propriedade. Lorenzo estava esperando na entrada, sua expressão era sombria.– Entre, Domenic – disse ele, sua voz baixa e séria. Domenic obedeceu, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.Dentro da cabana, o ambiente era austero. Havia uma cadeira de metal no centro da sala, correntes pendendo do teto e paredes reforçadas. Domenic olhou para Lorenzo, confuso e um pouco apreensivo.– O que é isso, Lorenzo? – perguntou ele, tentando manter a calma.Lorenzo fechou a porta atrás de si, o som do tranco ecoando pel
A noite caíra sobre a mansão da família Castellano, envolvendo tudo em um manto de escuridão. Domenic estava sozinho em seu quarto, deitado em sua cama com o corpo dorido e cansado. As feridas infligidas por Lorenzo ainda latejavam, cada movimento era uma agonia agonizante que o consumia por dentro.Lorenzo e Vittorio não haviam cuidado dele, deixando-o à mercê de suas próprias dores. Domenic estava acostumado a cuidar de si mesmo, mas desta vez, a dor era insuportável. Ele se contorcia na cama, gemendo baixinho com cada movimento.Enquanto a noite avançava, Domenic mergulhou em um estado de semi-consciência, sua mente oscilando entre a realidade e a escuridão. Ele teve vislumbres de seus pais, Giovanni e Isabella, mas não eram lembranças reconfortantes. Em vez disso, eram imagens distorcidas, distorcidas pelo peso de sua ausência e traição. Seus rostos estavam cobertos por sombras, suas vozes sussurravam palavras de desdém e desapontamento.Domenic tentou afastar as alucinações, mas
O sol brilhava alto no céu da Itália, banhando a mansão Castellano em uma luz dourada. Era o dia 16 de agosto de 2009, um dia que ficaria gravado na memória de Domenic para sempre. Ele estava prestes a completar sete anos e, para celebrar esse marco, uma cerimônia de iniciação na máfia estava marcada.Domenic estava vestido impecavelmente em um terno sob medida, seu coração pulsando com uma mistura de excitação e nervosismo. Ele sabia que este dia marcaria sua entrada oficial no mundo sombrio e perigoso da máfia italiana.Ao seu lado, Lorenzo observava com um olhar sério e calculista. Ele era o mentor de Domenic, o homem que o havia treinado nas artes da máfia. Domenic admirava e temia Lorenzo em igual medida, sabendo que ele era tanto um guia quanto um desafio.Enquanto a cerimônia começava, Domenic sentiu um nó se formar em sua garganta. Sua família deveria estar presente para testemunhar esse momento importante em sua vida, mas eles estavam ausentes. Um vazio o consumia, uma sensaç
O lugar onde Domenic foi levado era um esconderijo subterrâneo da máfia Rivale, escondido nas profundezas das colinas sicilianas. O ar era pesado e úmido, o ambiente repleto de uma escuridão opressiva que parecia absorver qualquer vestígio de esperança. Domenic acordou em um calabouço frio e sujo, cercado por várias celas onde outros homens estavam presos. A visão era desoladora, com rostos pálidos e olhos vazios olhando para ele por entre as barras enferrujadas.Ele estava exausto, o corpo ainda latejando de dor dos eventos que haviam ocorrido. Suas roupas estavam rasgadas, quase inexistentes, mal cobrindo sua pele. O chão de pedra estava frio sob seu corpo, aumentando a sensação de desolação.De repente, um jato de água fria o atingiu com força, fazendo-o despertar completamente. Ele ofegou, seus músculos tensos com o choque da água gelada. Ao abrir os olhos, viu um homem alto e musculoso parado à sua frente, segurando um balde vazio. O homem tinha um sorriso cruel nos lábios e olho