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Capítulo 11: Redenção na Escuridão

Cinco anos haviam se passado desde que Domenic fora capturado pela máfia Rivale. O tempo transformara-o de um jovem inocente em uma sombra coberta de cicatrizes físicas e emocionais. Cada dia era uma luta pela sobrevivência, uma batalha constante contra a dor e o desespero. Ele se tornara frio e distante, suas emoções seladas dentro de uma armadura de indiferença.

Naquele dia fatídico, algo dentro de Domenic se quebrou. Ele sentiu a fúria borbulhando sob a superfície, uma energia pulsante que ansiava por ser liberada. Era como se um animal enjaulado finalmente tivesse encontrado uma brecha para escapar.

Em um acesso de fúria e desespero, Domenic começou a lutar. Cada golpe, cada movimento era impulsionado pela dor e pela raiva acumuladas ao longo dos anos. Ele avançou pelos corredores escuros da prisão, enfrentando os capangas da máfia Rivale com uma ferocidade que surpreendeu até a si mesmo.

Os corredores ecoavam com o som dos gritos e dos gemidos dos homens que se atreviam a cruzar seu caminho. Domenic não hesitava, não parava para pensar nas consequências. Sua mente estava em um estado de frenesi, seu corpo agindo por puro instinto de sobrevivência.

Em meio ao caos, uma explosão repentina sacudiu os corredores, iluminando brevemente a escuridão. E lá, no meio do tumulto, estava Alex. Seu rosto era uma mistura de choque e alívio ao ver Domenic finalmente liberando-se da prisão que o mantivera cativo por tanto tempo.

— Eu falei que voltaria por você, Dom! - gritou Alex acima do tumulto, seu rosto iluminado pela luz da explosão.

Domenic virou-se para ele, seus olhos arregalados pela intensidade da situação. Ele mal reconhecia a própria voz, rouca de gritar e de desafiar o silêncio que o envolvera por tanto tempo.

— Alex! - sua voz soava como um rugido rouco, uma mistura de emoções indescritíveis.

Sem uma palavra, Alex se juntou a Domenic na batalha, lutando ombro a ombro contra os capangas que tentavam detê-los. A cena era uma dança caótica de violência e libertação, uma catarse há muito adiada.

Eles avançaram, cada passo aproximando-os mais da liberdade que tanto ansiavam. Domenic sentiu a adrenalina pulsando em suas veias, alimentando sua determinação de romper as correntes que o haviam mantido prisioneiro.

Enzo, o líder impiedoso da máfia Rivale, observava de longe com uma expressão de fúria contida. Ele sabia que perder Domenic seria uma derrota amarga, uma falha em seu controle implacável sobre aqueles que ousavam desafiá-lo.

Mas, naquele momento, Domenic não se importava com as consequências. Ele só sabia que finalmente estava lutando pela sua liberdade, pelo direito de viver sem medo e sem dor constante. A explosão foi um símbolo do renascimento de sua determinação, uma chama que nunca deveria ter sido apagada.

A batalha continuou, cada segundo um passo em direção à incerteza e à esperança. Domenic e Alex enfrentaram o que parecia ser um exército inteiro de capangas, cada um determinado a proteger seu território e seu líder.

No calor da batalha, Domenic olhou para Alex ao seu lado. Seus olhos se encontraram por um breve momento, e um entendimento silencioso passou entre eles. Eles não iriam parar até que estivessem livres, não importava o custo.

Com uma determinação feroz, Domenic avançou através da confusão da explosão, lutando contra os capangas de Enzo que tentavam impedi-lo. Cada golpe, cada movimento, era uma expressão de sua fúria contida ao longo dos anos de sofrimento e tortura. Seu coração batia forte, seus músculos queimavam, mas ele não sentia dor - apenas uma vontade inabalável de acabar com aquele que havia roubado sua vida.

Enzo, o cruel líder da máfia Rivale, estava parado no centro do caos, cercado por seus homens. Seu sorriso arrogante havia desaparecido, substituído por uma expressão de choque e raiva quando viu Domenic avançando implacavelmente em sua direção.

— Domenic, você é um tolo por ter vindo até aqui,— Enzo rosnou, levantando uma arma em direção a ele.

— Você nunca vai sair vivo desta prisão.

Domenic ignorou as palavras de Enzo, seus olhos fixos apenas no homem que representava tudo o que ele odiava e temia nos últimos cinco anos de sua vida. Com um movimento rápido e preciso, ele desarmou um dos capangas que se aproximou e usou a arma para disparar contra os outros homens que estavam no caminho entre ele e Enzo.

Cada tiro ecoava como um trovão no corredor da prisão, misturando-se com os gritos de dor e desespero. Domenic avançou com passos decididos, ignorando os ferimentos que começavam a queimar em seu corpo.

Enzo atirou em sua direção, mas Domenic se esquivou habilmente, continuando sua marcha inexorável. Ele estava agora a poucos metros de seu alvo, o homem que havia sido o arquiteto de seus tormentos.

— Você não pode me deter, Enzo, — Domenic disse com voz áspera, levantando a arma.

— Você não pode mais me controlar.

Enzo recuou, o medo finalmente rastejando em seus olhos antes arrogantes. Ele tentou atirar novamente, mas sua arma falhou. Domenic não hesitou. Com um único tiro certeiro, ele derrubou Enzo, vendo o homem cair no chão com um gemido abafado.

O silêncio se instalou na prisão, apenas o som distante de alarmes e gritos ao longe. Domenic ficou parado sobre Enzo, seu peito subindo e descendo com respirações pesadas. Ele havia vencido, mas a vitória era amarga.

Alex se aproximou, seus olhos encontrando os de Domenic em um misto de alívio e preocupação.

— Nós conseguimos, Dom, — ele murmurou, colocando uma mão no ombro de Domenic.

— Você fez isso.

Domenic olhou para Alex, a sensação de liberdade começando a se infiltrar em sua alma pela primeira vez em anos. Ele finalmente estava livre, livre da prisão física e mental que o havia mantido cativo por tanto tempo.

— Agora, vamos sair daqui.

Juntos, Domenic e Alex deixaram para trás o tumulto da prisão, caminhando em direção à luz que brilhava ao fim do corredor. Eles sabiam que ainda enfrentariam muitos desafios, mas agora, finalmente, tinham uma chance de começar de novo.

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