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Capítulo 13: A Ascensão do Executor

Domenic mergulhou profundamente nos ensinamentos da família Bartoli. Sob a tutela do pai de Alex, ele absorveu cada lição com dedicação implacável, transformando a dor de seu passado em uma força motriz para seu futuro. Seus dias eram preenchidos com treinamentos árduos, estudos de estratégia e imersão nos códigos de honra da máfia.

Enquanto isso, o espectro de Enzo Rivale pairava sobre ele como uma sombra ameaçadora. Domenic não sabia quando ou como o confronto aconteceria, mas sabia que estava se preparando meticulosamente para esse dia inevitável. Cada músculo treinado, cada estratégia planejada, era uma preparação silenciosa para o embate que mudaria o curso de sua vida mais uma vez.

Nos momentos de solidão, Domenic refletia sobre o que tinha perdido e o que ganhara desde que escapara da prisão de Enzo. Ele sentia uma profunda gratidão pela família Bartoli, que o acolhera quando ele mais precisava. Alex tornara-se mais do que um amigo; era um irmão de armas, um companheiro cuja confiança e lealdade eram inabaláveis.

À medida que os meses se transformavam em anos, Domenic se viu crescendo não apenas em habilidade, mas também em respeito dentro da família Bartoli. Seus feitos começaram a ser reconhecidos não apenas por sua força física e habilidade no campo de batalha, mas também por sua inteligência estratégica e compromisso inabalável com os ideais da máfia.

Ele logo se destacou como um mestre na arte da negociação, capaz de fechar acordos vantajosos para a família Bartoli, ampliando seus territórios e fortalecendo alianças estratégicas. Sua habilidade em resolver conflitos internos e externos era notável, frequentemente encontrando soluções que equilibravam poder e respeito.

Além disso, Domenic ganhou o apelido de 'O Executor' não apenas por sua destreza em combate, mas também por sua habilidade em lidar com questões internas da família. Ele era implacável quando necessário, garantindo que aqueles que traíam a confiança da máfia Bartoli pagassem um preço alto por suas traições. Seu nome se tornou sinônimo de disciplina e justiça dentro da organização.

O dia finalmente chegou quando os rumores de uma nova investida de Enzo Rivale se espalharam pelos corredores da mansão Bartoli. Os olhares sérios e as conversas sussurradas indicavam que o confronto era iminente. Domenic sentiu a adrenalina pulsar em suas veias, misturada com uma determinação fria que o mantinha alerta e focado.

Na véspera da batalha que decidiria seu destino, Domenic procurou a orientação do pai de Alex, um homem cuja sabedoria era tão profunda quanto seu silêncio.

O salão estava silencioso quando Domenic adentrou, sua mente tão tensa quanto os músculos de um lutador antes do confronto. O pai de Alex estava sentado à mesa, a luz de velas lançando sombras dançantes sobre seu rosto sereno e enrugado. Ele ergueu os olhos para Domenic, um leve sorriso tocando seus lábios.

— Domenic, — começou ele, sua voz profunda carregando uma serenidade que contrastava com a atmosfera tensa.

— A noite é escura, mas os corações dos homens são mais escuros ainda quando envoltos em raiva e vingança.

Domenic assentiu, seu semblante sério refletindo a gravidade do momento.

— Eu sei que o que está por vir será difícil, talvez o mais difícil até agora.

O pai de Alex balançou a cabeça, seu olhar sábio penetrando fundo na alma de Domenic.

— A vingança tem um preço alto, meu jovem. Às vezes, é mais fácil matar um inimigo do que viver com o peso de suas ações.

— Eu entendo, — respondeu Domenic, sua voz firme apesar do turbilhão de emoções dentro dele.

— Mas Enzo não deixará de nos perseguir. Eu não posso permitir que ele machuque mais pessoas.

O homem mais velho assentiu lentamente, tocando a mesa com os dedos entrelaçados.

— Há uma diferença entre justiça e vingança, Domenic. Certifique-se de que suas ações sejam guiadas pela primeira, não pela segunda.

Domenic olhou nos olhos do pai de Alex, encontrando uma calma que ele próprio desejava possuir.

— Eu farei o que for preciso para proteger minha família e acabar com Enzo.

O pai de Alex sorriu gentilmente, um gesto que transmitia aprovação e encorajamento.

— Então que assim seja. Que sua coragem e determinação sejam suas armas mais afiadas na batalha que se aproxima. Mas lembre-se sempre, Domenic, de que o verdadeiro valor de um homem não está na força de seus punhos, mas na integridade de seu coração.

Domenic respirou fundo, absorvendo as palavras do pai de Alex como um farol de sabedoria em meio à tempestade que se avizinhava.

— Obrigado, — disse ele sinceramente.

Ao amanhecer, as portas da mansão Bartoli se abriram para revelar um cenário de tensão palpável. Homens armados se preparavam, rostos sérios mascarados por uma determinação feroz. Domenic estava entre eles, seu coração batendo forte enquanto aguardava o inevitável avanço das forças de Enzo Rivale.

E então, como uma tempestade furiosa, o confronto começou. O som de tiros ecoou pelos corredores, mesclando-se ao grito de homens em combate. Domenic lutou com uma coragem selvagem, liderando seus companheiros com uma calma mortal. Cada movimento era calculado, cada decisão tomada com a precisão de um mestre estrategista.

No calor da batalha, Domenic avançou contra Enzo Rivale com uma fúria contida, seus punhos voando com precisão calculada. Cada golpe era uma explosão de força, um desabafo dos anos de tormento e sofrimento que suportara nas mãos de Enzo. O ar reverberava com o som dos impactos, e Domenic não recuava, determinado a acabar com aquela luta de uma vez por todas.

Enzo tentava resistir, mas estava visivelmente abalado pela ferocidade de Domenic. Seu rosto estava marcado pelas cicatrizes da batalha, o suor misturado com o sangue escorrendo por suas têmporas. Ele tentou contra-atacar, mas Domenic estava um passo à frente, bloqueando cada golpe e encontrando brechas na defesa de Enzo.

Com um golpe poderoso, Domenic conseguiu desarmar Enzo, fazendo sua arma cair no chão com um estrondo metálico. Ele aproveitou a oportunidade, agarrando Enzo pelo colarinho e o socando com uma força devastadora. Cada soco era uma liberação de toda a dor e angústia que Domenic carregava consigo desde sua captura.

Enzo tentou se defender, mas os golpes de Domenic eram implacáveis. O som dos punhos de Domenic contra a carne de Enzo ecoava pelos corredores da mansão, um testemunho da batalha interna que Domenic travava consigo mesmo.

Finalmente, Domenic se afastou, respirando pesadamente. Ele olhou para Enzo caído no chão, seus olhos ainda cheios de determinação e foco. A vitória era sua, não apenas no campo de batalha, mas também sobre os fantasmas do passado que o assombravam.

– Acabou, Enzo – disse Domenic, sua voz carregada de uma mistura de exaustão e triunfo.

Enzo, derrotado e ferido, olhou para Domenic com uma mistura de emoções. Havia raiva em seus olhos, mas também um reconhecimento silencioso da força de seu adversário.

– Você mudou, garoto. Mais forte do que eu jamais imaginei – murmurou Enzo, sua voz carregada de respeito e amargura.

Domenic tirou uma arma da sua cintura, atirando repetidamente, até ter a certeza que ele está morto.

Domenic permaneceu em silêncio, deixando suas ações falarem por si mesmas. Ele sabia que aquela vitória não era apenas uma questão de derrotar um inimigo, mas de se libertar das correntes do passado e se afirmar como um líder forte e determinado na família Bartoli.

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