DRACO SAGA: O DESPERTAR - Livro 1 - 4ª ed. SINOPSE: Imagine entrar em coma, acordar anos depois e descobrir que suas sociedade e cultura estão, aos poucos, sendo destruídas por uma praga que se propaga mais rápido do que é possível conter. Foi mais ou menos isso o que aconteceu com o poderoso dragão dourado Dryfr que, ao despertar, inicia uma jornada épica para descobrir e tentar conter a praga que assola seu mundo. A praga, porém, somos nós humanos, mortais, gananciosos, sedentos por poder e riqueza em um mundo novo previamente dominado por seres de inteligência superior que nos permitiram viver em paz, em seus domínios por muito tempo. No entanto, não valorizamos a liberdade que nos fora dada e o preço a pagar pode ser alto demais! PRÊMIOS: Em 2013, a obra foi indicada ao prêmio "Codex de Ouro" da literatura brasileira na categoria "Fantasia" ao lado de ícones como Eduardo Spohr ("A Batalha do Apocalipse") e Raphael Dracon ("Dragões de Éter") além de obter grande sucesso de público e crítica na blogosfera especializada em literatura fantástica. Para mim, a simples indicação já foi um grandioso prêmio. O QUE MUDOU NA 4ª EDIÇÃO: Uma crítica recorrente sobre esse livro, sempre foi o "final sem final" e por isso a 4ª edição ganhou um epílogo. Além disso, uma nova revisão foi feita e os capítulos, antes muito longos, foram subdivididos para facilitar a leitura. A arte da capa também mudou para dar mais sobriedade à série. MAILING LIST: Inscreva-se em www.fgcardw.com e ganhe acesso a área EXCLUSIVA do leitor com conteúdo extra GRATUITO!
Ler mais—Ah, jovem dourado! Tu quase alcançaste, nesse ponto, um entendimento da nossa missão nesseplaneta — explanou o velho púrpura que ouvira pacientemente meu relato por dias — mas faltou-lhe. É uma pena queWyrmygnnunca tenha me ouvido e que tenha negado por toda a vida minhas visões, mensagens enviadas a mim pelos espíritos superiores. É uma pena, pois tudo poderia ser diferente! Contudo, os espíritos superiores também nos ensinam que uma folha não cai antes nem depois da hora. Tudo acontece quando deve acontecer e com motivos para acontecer e nada é por acaso. 
—É claro! Pensas que lidas com um filhote incapaz? Não sabes quem eu sou e não fazes ideia do que existe nesse mundo, minha querida “topo da cadeia alimentar”. —tripudieicom a voz intensa e estrondosa.—Calma,Dryfr, tenho certeza que podemos nos entender... — sugeriu, gaguejando outra vez.Mas eu a interrompi.
Acostumada a lidar com filhotes e dragões moribundos, ela não esperava queisso não funcionasse com um Draco experiente e superior, como eu.Não parei. Em vez disso dei o bote com minha garra direita para envolvê-la. Precisava interrogá-la para saber onde estava meu ovo e recuperá-lo. Depois a mataria lenta e dolorosamente com omaior prazer. Entretanto, mais uma vez ela me surpreendeu: no exato momento em que minhas garras se fechavam em torno de seu corpo, ela se esquivou para o lado, rápida como um trovão. De cima avaliei melhor o estrago que eu fizera: os muros que envolviam o Novo Coliseu, a catedral e o palácio agora eram ocos. Dentro deles só ruínas. No ar, rumei para o norte até os campos militares. Voei baixo passando por sobre a cidade acuada, de onde muitos tentavam fugir carregando o que podiam. Eu mataria a todos depois que alcançasse meu objetivo principal.Ouvi cada vez mais forte o clangor da batalha que se desenrolava a minha frente. Uma batalha incomum, à noite, acontecendo forçada pela implacável vontade dosûnosque já tinham transposto a Neblina Eterna com seus exérc69 - REENCONTRO
De muito longe avistei a cidade, do alto, à noite, com pálidos pontos de luz. Os exércitosûnoa invadia pelo norte, e os soldados romanos marchavam para contrapô-lo. E eu não tinha o mínimo interesse nisso. O que eu queria eraTaramare meu ovo, e o lugar mais provável para encontrá-los era o castelo. Em minha loucura não passava mais nada pela cabeça senão procurar no cativeiro subterrâneo.Como um meteoro eu ajustei a trajetória para o meio da arena do Novo Coliseu e pousei lá, mas sem sequer esboçar diminuir a velocidade. Apenas colidi
Acordei em um sobressalto, os olhos cheios de lágrimas. Atordoado, não sabia se fora só um pesadelo, como aviso do que poderia acontecer ou se de fato ocorrera. Precisava confirmar o mais depressa possível e só tinha umjeito: voar mais rápido do que nunca! Ainda na forma humana olhei a minha volta e só vi escuridão, pois já anoitecera. Estava dentro de algum recinto que não identifiquei, mas com minha pressa assumi minha forma original sem pensar.Quando concluí a metamorfose, que se dá em poucos instantes, senti estourara o compartimento que ag
—Dryfr.Eu ouvia ao longe a voz deWyrynme chamar. Suave e cristalina como na última vez em que ela me visitou em viagem astral. Porém, o que vi a seguir não foi a imagem dela doce pairando a minha frente, emanando luz e, sim,uma imagem rebuscada de minha casa, meu lar.Wyryndormia tranquila como na última vez em que eu aviraà beira de nossa fogueira que aquecia todo o salão principal da minha casa. Seu sono era profundo, suave, tranquilizador. —Viste aquilo? — frisei com a voz alterada àWlyn.Assumira, no meio do caminho, a forma de uma pequena pomba para entrar voando para dentro da carruagem real. Uma vezlá, assumi a forma humana e comecei a falar.—O quê? As explosões? — demonstrou não ter posto a cabeça para fora da carruagem. Passaram em minha cabeça, como relâmpagos, vários flashbacks: as discussões nos conselhos por causa dos roubos de ovos, até mesmo o ovo deTrwyf; o cativeiro subterrâneo que eu encontrei; as pegadas de dragão e humanos juntas; as armas secretas referidas no baile e os senhores com uniformes e emblemas desconhecidos que cobriam agora, as vestes dos que comandavam os jovensDracosno ar.Olhei para meus três companheiros e os vi tão perplexos quanto eu.FyreGyltembasbacados com os olhos esbugalhados sem saber o que dizer.Drywt, o Sábio de Cobre, demonstrou maior controle, mas mesmo assim eu pe65 - INCONSCIÊNCIA
64 - PERPLEXOS